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Capítulo V

A brisa do fim da tarde fazia a abaya negra da princesa esvoaçar enquanto percorria o caminho de pedras brancas do palácio até a vila. A todo instante olhava para trás para garantir que ninguém a estava seguindo, sabia que por aquelas horas já teriam dado falta dela e se não agisse rapidamente a pegariam antes que pudesse ver o rapaz que não saía de seus pensamentos.

Os resquícios da noite anterior ainda podiam ser contemplados no pátio da vila e os preparativos para mais uma noite de festa começavam, fazendo com que a fraca luz do sol já começasse a dar lugar as brilhantes lamparinas a óleo outra vez. O chafariz que centralizava o pátio o dividindo em parte exatas para o Norte, Sul, Leste e Oeste estava ligado refrescando assim quem passasse por ali. Ali sentado no mármore claro parecendo um tanto distraído estava Abdul, usando o que parecia sua cor preferida até então, um traje totalmente preto que lhe trazia ainda mais uma aura misteriosa.

O barulho dos passos de Amber acabou chamando a atenção dele e então por instantes trocaram um profundo olhar que foi interrompido apenas por ela que havia ruborizado abaixando assim as duas joias ambares que carregava em sua face. Abdul sorriu amplamente se levantando para cumprimentá-la.

– Senhorita Amber... – Disse de modo feliz – Pensei que não viria... mas vejo que sua demora valeu a pena – Falou a fitando de cima a baixo – Conseguiu ficar ainda mais bela do que antes – Elogiou fazendo-a sorrir envergonhada outra vez.

– Senhor Abdul – Ela por fim conseguiu dizer – Lamento que tenha esperado muito... tive alguns imprevistos – Comentou com certo nervosismo, não deixando de observar cada canto do pátio a procura dos guardas do castelo.

– Há algum problema? – Ele perguntou também procurando, embora não soubesse o que? – Está a procura de alguém?

Amber voltou a olhá-lo percebendo que estava demonstrando de modo exagerado sua preocupação, e então resolveu sorrir para amenizar a situação.

– Não... não.. – Negou exprimindo uma risada rouca – Estou apenas observando... mais uma noite de festival – Comentou despretensiosa e se sentiu aliviada ao ver que ele já havia esquecido o assunto.

– Virá esta noite outra vez? – Perguntou curioso

– Depende... – Respondeu incerta, embora esperasse uma resposta dele

– Do que? – Questionou enquanto afastava um dos cachos do cabelo que insistia em cair sob o rosto.

– O senhor virá? – Perguntou tendo um sorriso esperto enfeitando sua face.

Abdul parecia pensar sob o que ela disse, de modo sério a encarava desviando o olhar de seus olhos apenas para observar a boca rósea e farta da princesa. Ela por sua vez percebeu e imediatamente sentiu o mesmo frio na barriga que havia sentido na noite anterior.

– Será um prazer aproveitar o Diwali outra vez contigo, senhorita – Respondeu por fim mostrando as covinhas que deixavam sua expressão séria muito menos madura do que realmente era.

– Neste caso – Disse ponderando o que poderia fazer – Preciso me arrumar para esta noite – Falou recebendo um sorriso afirmativo dele.

– Conheço um lugar que podemos ir após as apresentações – Comentou despreocupado, no entanto Amber o olhou com euforia.

Se despediram evitando o contato físico, a Índia também possuía suas restrições e costumes embora fossem menos rígidos do que nos reinos árabes. Amber voltou pra o castelo já sendo acolhida pela escuridão da noite que havia chegado, sua mente borbulhava por antecipação imaginando onde Abdul a levaria depois que as danças da noite terminassem. Um sorriso involuntário surgia em sua boca e seus dedos tentaram reprimir o gritinho empolgado que saiu dela. Adentrou o jardim de jasmins do castelo indo rapidamente em direção a trepadeira que subia verde e folhosa por toda a lateral onde ficava a janela de seu quarto.

Poucos segundos separavam ela, a janela e o quarto. E quando Amber colocou os pés em seus aposentos perdeu a cor bronzeada outra vez naquele mesmo dia, como se tivesse visto um fantasma paralisou ao encontrar Robert em sua cama.

– Graças a Allah – Suspirou aliviada colocando a mão no coração – Por um instante pensei que fosse papai...

– Agradeça a sua mãe depois – Falou amargamente a olhando de cima a baixo como Abdul havia feito, embora o olhar do amigo lhe parecera muito mais julgador do que encantado – É assim que foi se encontrar com ele? – Disse observando as vestes negras de Amber que lhe pareciam reveladoras demais.

– Como sabe que fui me encontrar com alguém? Me seguiram? – Perguntou preocupada ignorando a cara desgostosa de Robert fazia.

– Todos sabiam do seu encontro, Amber. Por acaso se esqueceu do que houve no café da manhã? – Perguntou incrédulo com a capacidade dela de se surpreender com algo que estava claro para todos – Ninguém esperava que você realmente fosse sair, ao menos não depois do castigo que seu pai lhe deu. – Bufou inconformado com a teimosia dela.

– Ora Robert – Falou carrancuda – E você? O que faz aqui? – Arqueou as sobrancelhas nervosas – Está me vigiando por acaso? – Questionou cruzando os braços.

O amigo então se levantou da cama e caminhou até ficar próximo a ela, o suficiente para Amber se afastar dando dois passos para trás por puro instinto. O gesto por sua vez fez Robert rir fraco quase sentindo a ironia daquele momento.

– Estou mais uma vez acobertando você – Respondeu a fitando profundamente – Antes que o seu pai descubra do seu pequeno passeio e a tranque de uma vez por todas dentro do castelo – Suspirou fracamente sentindo o ar quente sair por sua boca – Mas é claro que você não consegue ver isso, não é? Sempre acha que todos querem te prejudicar e vive com mil pedras em suas mãos – Falou e Amber podia sentir a mágoa presente em sua fala.

– Robert... eu não quis... – Se aproximou dele tentando tocar um dos braços com a mão, mas ele se afastou. – Não faça isso... não se afaste de mim.

– Sua teimosia quase custou minha permanência na corte indiana – Revelou com certa raiva – Sabe o que é isso? – Perguntou abrindo os braços mostrando ao redor – É o meu sonho, Amber. E por sua causa eu quase perdi tudo.

– Robert.. Por favor – Disse quase em súplica – Não fale isso... tenho certeza que meu pai não te mandaria embora... ele não seria capaz – Disse com certa confusão.

– Ele mandou – Riu nervoso – Ele me mandou embora, Amber! – Disse alterando a voz – A minha sorte é que a sua mãe interveio a meu favor... porque se eu dependesse da sua amizade e do seu comportamento inadequado embarcaria em uma carruagem de volta ao Paquistão. Sabe o que aconteceria se meu pai recebesse a notícia de que as joias da família Al-amim Mamun não seriam mais fabricadas por ele? – Perguntou tendo seus olhos já vermelhos prontos para derramar todas as lágrimas que prendia – Eu estaria falido, minha família estaria falida e ninguém no reino iria nos tratar com respeito.

– Espere... – Respirou profundamente antes de continuar – Nada disso seria culpa minha Robert! – Exclamou

– Ah não? – Arqueou a sobrancelha pra ela – Claro que não Amber... quando é que a princesa real leva a culpa por algo? O que vai fazer agora? Voltou cedo para se banhar e ir se encontrar com ele novamente? – Perguntou quase em sussurro e ela já não entendia mais o que ele queria dizer com tantos assuntos desconexos sendo tratados de uma só vez.

A princesa então saiu do lugar e com raiva do que ele dizia começou a retirar o véu negro deixando que os cabelos caíssem livres em suas costas. Se virou carregando a lamparina e seguiu para detrás do biombo que ficava no quarto.

– É isso? – Ele falou no que parecia ter se sentado outra vez na cama – Vai me deixar falando sozinho?

Amber permanecia em silêncio, deixando a lamparina na mesinha de apoio enquanto desabotoava a abaya escura. A luz que a iluminava era refletida pelo biombo e mesmo que não quisesse Robert foi fisgado pela imagem da sombra dela. A princesa retirou o tecido pesado e então o vestidinho que usava por baixo ficando assim somente com as roupas íntimas, estas que logo foram retiradas também. Prendeu os cabelos em coque e tratou de encher a banheira com os vasilhames de água quentes deixadas ali.

A água parecia música nos ouvidos dela, a cada vez que enchia a banheira fechava os olhos imaginando que invés de estar naquele quarto estava tomando banho em uma cachoeira de águas termais e cristalinas e assim ela adentrou na água quente exprimindo um longo suspiro de satisfação que ecoou pelo quarto.

Minutos se passaram e tudo o que se ouvia no quarto era a respiração dos dois, ela feliz enquanto se secava com a toalha felpuda e ele ainda sentado na cama admirando a visão que tinha, embora seu subconsciente o acusasse de que era errado ficar ali. Logo Amber retornou devidamente vestida, desta vez deixando o tom sóbrio que em nada combinava com ela e dando lugar a um azul claríssimo muito parecido com a cor dos olhos de Robert.

– Espero que esteja mais calmo – Disse para ele enquanto penteava os cabelos e procurava um véu azul dentro dos baús.

No entanto, dessa vez quem não respondeu foi ele, que tinha seu olhar perdido pelo quarto enquanto as mãos repousavam sob as pernas na cama dela. Robert respirava nervosamente e tentava a todo custo não encara-la após vê-la daquela maneira através das sombras, no entanto, Amber sequer imaginava o que se passava na cabeça dele naquele momento. A princesa por vezes não tinha noção de tudo o que fazia agindo sempre de seu jeito despreocupado e espontâneo, tão natural que nem percebia.

– Robert – Ela disse deixando o que fazia para se sentar ao lado dele – Não fique bravo comigo... por favor – Pediu o olhando com os imensos olhos dourados.

– Não estou Amber... – Respondeu em meio a um suspiro – Vai mesmo se encontrar com ele? – Questionou a olhando a espera de uma resposta negativa.

Infelizmente para a tristeza do amigo a princesa abriu seu melhor sorriso e afirmou que sim.

– Ele vai me esperar no festival, dançaremos às margens do Ganges... e... – Comentou sonhadora

– E...? – Robert perguntou curioso, temia o rumo que aquele encontro poderia tomar.

– Ainda não sei – Respondeu dando de ombros – Ele vai me levar a um lugar esta noite. – Revelou apertando as mãos do amigo quando sempre fazia quando esperava a opinião dele sobre algo.

Robert por sua vez não lhe respondeu como ela desejava, apenas lhe devolveu um riso fraco e um olhar cúmplice que indicava que a acobertaria mais uma vez. No entanto, ele não parecia feliz pela amiga.

– Eu espero você voltar esta noite? – Perguntou com o último fio de esperança.

– É claro, Robert – Respondeu como se fosse óbvio – Será apenas um passeio... voltarei mais cedo do que espera – Disse piscando para ele – Eu prometo – E beijou a bochecha do amigo trocando um sorriso com ele ao se despedir.

Amber logo sumiu das vistas dele, e adentrou novamente a escuridão dos jardins.


Sextou meu amores! 

Inicialmente o capítulo tinha mais de 4k de palavras então resolvi dividi-lo em dois para não deixar a leitura cansativa, pois notei que apesar de vários gostarem dos capítulos super longos outros acabam pulando e não lendo ele todo e isto ocasionou em certas "lacunas" e dúvidas de leitores que ocorreram durante a história (pela experiência que tive com o livro anterior). Para que isso não ocorra com a história de Amber, os capítulos  terão essa média de 2k (exceto alguns que realmente não tiver como dividir).

Espero que vocês estejam gostando, muitas leem mas não comentam ou votam e eu adoro a interação de vocês! Por isso sempre que possível me deixem um feedback para eu saber o que estão achando do livro.

Um beijão! Eu devo voltar no domingo com o próximo capítulo para não deixar muito distante as cenas entre um e outro. 

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