Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo IV

 – Sabah alkhry – A princesa cumprimentou a família ao chegar a mesa do desjejum, sentando-se próxima ao irmão Jasper, que apenas a olhou e sorriu discretamente. 

Todos permaneceram em profundo silêncio causando estranheza na princesa que logo os fitou com dúvida. Mas quando seus olhos pousaram naqueles que eram tão dourados quanto os seus, engoliu seco. Said aguardava apenas o momento certo para falar, e todos pareciam saber disso.

– Bom dia, Amber – O pai respondeu a olhando atentamente do outro lado da grande mesa. – Será que poderia me explicar o que estava fazendo que chegou tão tarde ontem a noite? – Questionou a fazendo baixar a cabeça e olhá-lo sob os cílios.

A família Mamun presava muito pela segurança dos filhos, principalmente depois de tudo o que havia acontecido no passado. O sheik tinha olhos certeiros espalhados por todo o reino, e embora confiasse nos filhos não deixava que ficassem descuidados. Said passara aquela madrugada acordado, andando de um lado a outro no mezanino esperando as vestes coloridas da filha iluminarem o salão escuro. E ele podia jurar que esperou tempo demais, muito mais do que seria permitido para uma princesa.

– Estava no Diwali, papai – Respondeu em tom baixo.

Said suspirou profundamente tentando manter a calma.

– E foi sozinha? – Arqueou as sobrancelhas questionador.

– Não... eu ... – Imediatamente seus olhos procuraram Robert, que estava sentado ao lado de Jade e mantinha seus olhos fixos no prato de tâmaras. – Fui com Robert.

– É claro... – Said dizia enquanto olhava de um para o outro – Sabe o que é interessante, Amber? – A fitava pendendo o rosto entre as mãos dos braços que se apoiavam na mesa. – Você retornou sozinha... Será possível que o seu amigo tenha se perdido de você?

– Papa.. eu...

– Calada! – Disse alterando o tom da voz – Eu ainda não terminei.

– Said, querido... não precisa...-- Safira tentou intervir, mas logo tornou a ficar quieta ao perceber o olhar raivoso do marido. Suspirou olhando para a filha em desculpas. Algumas coisas ela não podia evitar.

Amber engolia seco e sentia seu corpo esquentar ao ser fitada com tanta fúria pelo pai. Poucas vezes em sua vida Said havia alterado a voz com ela, e eram raras as situações onde se via em meio a uma discussão com ele. A princesa sequer pensara que o seu passeio traria tanta confusão, tamanha esta que fazia o sheik adverti-la na frente de todos os presentes a mesa.

– Abdul Faissar – Ele disse a fazendo arregalar os olhos – Lhe parece familiar esse nome? O seu encontro com ele no Ganges foi esclarecedor, querida? – Falava tendo os olhos ambares brilhando com sua visível ira – Ou será que o passeio no centro comercial ao entardecer lhe revelará todos os segredos do exportador marítimo?

Era pretensão demais imaginar que ninguém descobriria, e Amber parecia ter perdido sua cor dourada ao ouvir as palavras do pai. Para ela era apenas algo inocente e ao observar que todos a olhavam surpresos pelas revelações de Said baixou a cabeça envergonhada. Em seu íntimo sabia que estava errada, não podia ser imprudente. Ela mal conhecia aquele homem, no entanto, desejava vê-lo outra vez apesar das circunstâncias.

– Majestade... – A voz de Robert ecoou no salão de desjejum – Eu sinto muito... mas acabei a perdendo de vista. Voltei ao palácio imaginando que ela teria voltado para casa. Se eu soubesse... não a teria deixado sozinha – Falou exprimindo a culpa que sentia pelo acontecido.

– Eu falarei a sós com você, senhor Williams. – Said respondeu sisudo – Quanto a você Amber, é melhor que tome seu chá em seu quarto.

– Mas.. Pai... – Tentou argumentar

– Pelas próximas semanas é onde você ficará. – Ordenou – Não lhe criei para agir com tamanha rebeldia. Estou decepcionado com você princesa Amber. – Disse com profundo desgosto – A minha filha não agiria assim, não negligenciaria a própria segurança desta maneira. – Falou se retirando do salão.

Imediatamente as criadas se ocuparam em retirar os alimentos e coloca-los em uma bandeja para que fossem levados aos aposentos da princesa. Amber olhava para a mãe em súplica para que ela fizesse alguma coisa, mas nem Safira nem ninguém poderia concertar aquela situação. A princesa então se retirou sentindo suas lágrimas molharem o rosto, mas não saiu antes de destinar um olhar para Robert que em nenhum momento a encarou.

*

– Princesa... – A criada Anekin falou – Não deve provocar o seu pai... – Disse temerosa acendendo as lamparinas do quarto.

– Por Allah! – Amber devolveu – Ele nunca fez isso, Anekin! Nunca fez! – Resmungou enquanto afundava o rosto nas almofadas da cama – Me envergonhou na frente de todos!

– Não fique assim... – Ela suspirou – O sheik só deseja o seu bem, ele se preocupa com você.

– Isso não é justo! – Reclamou outra vez – Eu só queria me divertir, qual o problema disso? Eles agem como se alguém fosse me sequestrar, me forçar a fazer algo que eu não queira... – Disse revirando os olhos – Eles se preocupam atoa, Anekin. Nada de ruim pode me acontecer.

A criada ficou em silêncio observando e escutando a jovem princesa murmurar sobre a vida. Anekin tinha tempo o suficiente no palácio para ter ocupado um lugar essencial na vida de Amber, fazia o papel que um dia fora de Soraia na vida da princesa Safira. Suspirou vendo que a teimosia era algo bem comum naquela família e que não adiantaria advertir a moça ainda mais. No entanto, ela se preocupava com a possibilidade dos otomanos cumprirem a ameaça que haviam feito anos antes.

– Não posso ficar aqui presa pelas próximas semanas – Comentou cansada enquanto rolava pela cama

– Darei um jeito de trazer suas amigas até aqui, o que acha? Assim não ficará sozinha – Falou ajeitando a mesinha com os quitutes trazidos do desjejum.

– Minhas amigas não suprirão a falta que o ar fresco da vila me traz... e além disso – Disse entre um suspiro e outro – Não são elas que eu quero ver.

Fitou a criada com os imensos olhos dourados e a viu negar com a cabeça como se não concordasse com os pensamentos da princesa. Amber queria ver o moço que encontrara no festival, ela desconfiava disso.

– As lamparinas do seu juizo parecem até que se apagaram – Comentou a criada – E não me olhe assim... – Advertiu a princesa – Não posso lhe acobertar outra vez, Amber. Seu pai tem razão, melhor que fique em casa... – Falou vacilante – Agora que está se tornando uma mulher há muitos olhos em você, não é bom que fique pelas ruas como uma folha solta no vento.

– Você mudaria de ideia se visse o quanto ele é bonito... – Falou sonhadora se lembrando dos cachos negros e dos olhos escuros de Abdul – É tão gentil... e encantador.

– São os piores... – Anekin resmungou baixinho

– O que disse? – Amber a olhou arqueando a sobrancelha em dúvida.

– Disse que o café está pronto – Respondeu arrumando a barra da abaya amarelada que usava – Venha, precisa se alimentar.

Amber tomou o café da manhã em silêncio e depois se deitou observando a janela de seu quarto, vez ou outra deixando que seus pensamentos a levassem até Abdul. Imaginando se ele estaria a sua espera quando o entardecer chegasse. Anekin havia se retirado a deixando sozinha, apenas ela e toda a mobília alaranjada e terrosa que lhe parecia monótona demais apesar de todo o colorido e brilho que possuía. Talvez fosse um defeito dela, ser contrariada ou proibida de fazer o que queria fazia tudo perder a graça para a princesa, e assim em profunda chateação acabou adormecendo em sua cama.

*

– O que estava pensando, Robert? – Said gritava com o joalheiro na sala de reuniões – Ela poderia ter se machucado! Sabe lá o que aquele homem poderia ter feito com ela! – Bravejou passando a mão pelo rosto e cabelos nervosamente.

– Senhor... eu sinto muito – Suspirou derrotado – Amber sempre faz o que quer... não está ao meu alcance dar ordens a ela – Reclamou vendo o sheik olhá-lo raivoso.

– Não está ao seu alcance? – Perguntou irônico – O que é que está ao seu alcance, senhor Robert? Se engraçar com as amigas dela? Comer quitutes de todas as barraquinhas do festival? Ou então se encantar com as dançarinas de tal maneira que seus olhos perdem a MINHA filha de vista? – Gritou outra vez, fazendo o joalheiro arregalar os olhos. Said realmente sabia de tudo.

– Senhor... eu.. – Engoliu seco

– Eu lhe dei uma ordem, Williams! – Vociferou ainda mais alto – Mandei que a vigiasse enquanto estivesse com ela. E olha o que aconteceu? Por quê eu deveria continuar permitindo sua amizade com ela se não pode cumprir o simples papel de cuidar dela?

– Somos amigos a muitos anos, senhor Said... – Tentou argumentar – Não pode proibir nossa amizade...

– Não posso? – Arqueou uma das sobrancelhas – Veremos então, senhor Robert Williams... veremos se não posso. – Falou em tom ameaçador – Pode se retirar – Disse apontando para a porta.

O jovem saiu apressado esbarrando com Safira pelo caminho, que avistou nos olhos azuis um misto de culpa e dor. Não trocaram nenhuma palavra, mas a princesa segurou sua mão e sorriu para ele como forma de amenizar a situação causada pelo sheik.

– Querido... – Safira adentrou a sala com cautela vendo Said bufar irritado enquanto tentava ler alguns dos muitos papéis postos em sua mesa.

– Não é uma boa hora, Safira – Ele alertou-a, no entanto a princesa não recuou.

– Eu acho que é uma boa hora – Ela disse firme – Acabei de encontrar Robert pelo corredor... – Falou esperando qualquer reação do sheik – Me pareceu muito atordoado, o que disse para ele, Said?

– Apenas a verdade, que é um imprestável – Respondeu amargo – Vou mandá-lo de volta ao Paquistão, não o quero mais aqui.

Safira respirou fundo e fechou os olhos pedindo a Allah sabedoria para lidar com o marido. Ela sabia o quanto Said podia ser intransigente quando queria.

– Quem é aquele homem? – Perguntou mudando o foco da conversa - Aquele que se encontrou com nossa filha..?

– Novato, tomou o lugar de Ahmed no parlamento depois de seu falecimento – Respondeu desgostoso – Não gosto dele, nenhum dos líderes gosta. Muito moderno... quer abraçar o mundo com as próprias mãos. É jovem demais – Falou se deixando relaxar na cadeira estofada. 

– Você também era um jovem destemido se bem me lembro... foi pra guerra escondido de seus pais – Falou vendo o olhar dele encontrar o dela – Ela se parece com você, Said – Disse se referindo a Amber.

– Preferia que fosse como você, então. Me daria menos dores de cabeça e cabelos brancos – Falou, tento o tom de voz mais ameno. – Ela não entende, Safira... me olhou como se estivesse encarando um desafio... – Revelou resignado.

Safira então se aproximou dele, sentando em seu colo e passando os braços pelo pescoço dourado do sheik. Deixou que a cabeça encostasse no ombro e permanecesse ali aconchegada nele.

– Ela se tornou uma mulher, Said... – Safira o alertou – Quer conhecer tudo a sua volta... quer conhecer outros jovens como ela. Tens que me dizer o real motivo de não gostar daquele rapaz... caso contrário porque tanta fúria...?

– Não quero ela envolvida com um parlamentar, Safira. – Respondeu – Ele não será um bom marido para ela. Além disso, tenho certeza que a abordou e fingiu que não tinha conhecimento sobre o sangue real que ela carrega. Ele não é confiável – Falou sucinto.

– E quanto a Robert?

– O que tem ele? – Perguntou confuso

– Acha que ele também não é confiável? – Arqueou as sobrancelhas loiras para ele

– É um bom rapaz – Ele disse suspirando – Mas tem muito o que aprender ainda. É melhor que eles fiquem distantes um do outro.

Said a abraçou, prendendo a princesa ainda mais em seu corpo, acariciando as costas cobertas pela abaya verde-escuro e enroscando as melenas loiras em seus dedos.

– Nesse caso... acho que está na hora dela se casar – Safira disse vendo ele a olhar pasmo – Sabe que estamos correndo contra o tempo... – Advertiu – Se nenhum destes moços servirá, teremos que informar a sociedade que ela está pronta para o matrimônio... Antes... antes que os turcos cumpram o que disseram – Falou sentindo um nó se formar em sua garganta.

– É uma péssima ideia... sabe que nunca concordei com esta tradição – Falou amargo – Ela também não aceitará isso facilmente, melhor que converse com ela antes de colocar a garrafa no telhado.

– Não fico feliz em ter que partir para esse extremismo, eu só quero a felicidade dela e se pudesse a deixava livre como ela tanto gosta de ser... - Falou com o olhar triste - Mas diante de tudo isto... temo que não haja outra saída. Não podemos deixar que Fátima ganhe esta batalha, não posso perder minha filha para eles – Disse com lágrimas nos olhos. – E além disso... eu conheço Amber... ela não desistirá até que faça o que quer . – Suspirou cansada.

– Está bem... – O sheik pareceu, por fim, concordar – Fale com ela e trataremos desse assunto o mais breve. – Disse vendo ela se levantar rapidamente e se recompor.

Safira sorriu abertamente

– Sabia que você faria a escolha certa, querido. – Falou  dando um cálido beijo nele e se retirando da sala.

– Safira! – Ele a chamou antes que a perdesse de vista – Avise o Williams que ele pode ficar – E assim vislumbrou o sorriso que mais amava no mundo emoldurar a face da esposa. – Darei a ele mais uma chance.

Safira seguiu pela escadaria com o coração leve, ansiosa para ter uma conversa séria e definitiva com a filha. Sabia que Amber tinha herdado muitas características do pai, mas felizmente ela sabia como domar aquelas duas feras. Bateu sorridente na porta dos aposentos da princesa e não escutando nenhuma objeção adentrou o quarto laranja. No entanto, para sua surpresa ele estava  vazio.

Amber não estava mais lá.

*

Pensa em uma princesa que gosta de dar trabalho hein?! Hahaha 

Pra quem quiser matar a saudade de Said e Safira, vou deixar uma fotozinha deles 20 anos depois ( no caso, como estão atualmente no livro da Amber).

Bom amores, deixem seu comentários e o voto pra me incentivar a continuar. Um beijo! 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro