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Capítulo III

Império Otomano

O entardecer chegava sorrateiro no castelo negro, assim como os passos de Aziz se tornavam cada vez mais silenciosos pelos corredores que dividiam as alas norte e sul. Os criados acendiam as lamparinas e desciam as longas cortinas de tecido negro que pendiam sob as janelas, assim impedindo que a vista de fora pudesse ser contemplada.

O futuro imperador descia a escadaria com cautela esperando não encontrar a mãe pelo caminho. Os últimos meses daquele ano haviam sido intensos e repletos de cobranças por parte da rainha vermelha, Aziz embora soubesse desde muito novo da responsabilidade que carregaria quando assumisse o trono otomano não esperava que a mãe escolheria sua noiva, ao menos não tão cedo. E para ele o casamento em si não era um problema, mas a noiva escolhida com toda certeza lhe causava os nervos.

Lembrava-se vagamente de ter escutado Fátima comentar anos antes que teria visitado a família Mamun na Índia tempos depois do assassinato do tio e de seu comparsa. Aziz tinha muito claro em sua memória o quanto Murad era um homem cruel, e se entristecia pois com o passar dos anos a rainha havia se tornado muito parecida com ele. Amber, era o nome que ele guardava consigo por muitos e muitos anos e sabia que logo chegaria a hora de se casarem, no entanto, Aziz já esperava receber um comportamento repulsivo da princesa. Ele entendia, afinal casar-se com o inimigo não era algo almejado por ninguém.

As fronteiras haviam sido fechadas e durante aqueles vinte anos o império foi excluído de todas as alianças reais e a fome assolou todo o território turco. O futuro imperador se preocupava com o rumo o qual o reino seguia, e para ele se nada fosse feito a situação pioraria ainda mais e não somente o povo morreria de fome como de inúmeras doenças.

– O que está fazendo, Aziz? – Se assustou ao ouvir a voz da irmã logo atrás de si.

– Não lhe parece claro? – Arqueou as sobrancelhas indicando a mesa repleta de documentos

– Você precisa respirar ar puro... – Samira comentou retirando os papéis das mãos dele – Sair desta sala escura e deprimente e observar as belezas escondidas pelas montanhas. – Falou com um belo sorriso no rosto.

Os dois irmãos tinham pouca diferença de idade, embora para Aziz a irmã ainda fosse uma jovenzinha indefesa e sonhadora. Compartilhavam do mesmo tom verde nos olhos herdados do pai, assim como os flamejantes cabelos herdados da mãe. O futuro imperador deixava os cachos vermelhos escondidos sob seu turbante dourado, enquanto a jovem princesa os deixava livres e selvagens emoldurando o rosto fino. No mais eram o oposto de personalidade, o futuro imperador era sério e deveras preocupado com tudo em sua volta,já Samira levava a vida com a tranquilidade que faltava no outro. Embora ela também fosse ocupada com seus próprios compromissos, estes os quais Fátima acompanhava de perto sempre lembrando a jovem que um dia ela também seria uma rainha.

– Agradeço a oferta, Samira. – Respondeu tomando de volta os documentos das mãos pálidas da irmã – Mas tenho assuntos sérios para resolver. Se era só isso que você queria... – Respirou profundamente – ... pode se retirar.

Aziz não contemplou o revirar de olhos de Samira, mas seus ouvidos doeram com a baque estridente da porta que indicava que a princesa havia saído furiosa com ele. O futuro imperador sabia que ela odiava ser tratada daquela maneira como se fosse uma serviçal que precisava ser mandada embora, mas sabia também o quanto ela era insistente e ele precisava trabalhar.

A pilha de papéis amarelados havia chegado na manhã daquele dia e ele lia linha por linha atentamente em busca de alguma informação que o ajudasse a pensar numa saída para reerguer o império, uma que não fosse apenas o casamento com Amber. Passou as mãos no rosto frustrado ao ver que só haviam pedidos e mais pedidos de dinheiro por parte dos comerciantes. Era difícil encontrar fornecedores dispostos a se aliançarem com os vermelhos e sentiu que o tempo estava realmente acabando.

– Aziz... querido... – Dessa vez a voz inconfundível da rainha invadiu a sala – Estou te procurando a horas – Comentou adentrando o local e se sentando na cadeira em frente a mesa.

– É mesmo, mamãe? – Perguntou em tom irônica sem deixar de olhar os papéis.

– Sei que está fugindo de mim – Comentou com a voz afetada, tilintando os dedos sob a madeira da mesa.

O homem suspirou profundamente, parecia já saber quais eram as próximas palavras que sairiam da boca de Fátima e se pudesse reviraria os olhos mais uma vez, no entanto, sua boa educação não permitia tais atrevimentos. A ruiva o olhava atentamente esperando alguma resposta, esta que veio apenas por um breve olhar que indicou que ela podia continuar a falar com ele.

– A alguns dias a princesa fez vinte e três anos... – Começou a dizer pausadamente – Sabe Aziz? Imagino que já esteja na hora de fazermos uma viagem até a Índia... reivindicar a mão que é sua por direito.

– A princesa não é minha por direito – Ele respondeu – Se bem me lembro a mão dela foi tomada pela senhora com uma ameaça velada – Arqueou a sobrancelha vendo a mãe se remexer na cadeira.

– É o justo, Aziz. – Respondeu seriamente – Depois de tudo o que nos fizeram... depois de todos esses anos em que estivemos a beira de um exílio, sujeitos a fome e pestilencias... – Comentou de maneira triste – É muito mais do que justo o seu casamento com ela... e em troca podemos deixar que eles vivam em paz naquele mundo repleto de ouro do qual esbanjam a tantos anos.

– Não é culpa dela, muito menos minha os problemas que existem entre vocês. – Ele retrucou bufando – Sabe disso, não sabe?

– Aziz... – Ela tentou ponderar 

– Eu tenho problemas demais para resolver, mamãe. – Falou cortando o assunto – Casamentos sempre podem esperar – Disse olhando de esguelha para ela.

– Não o seu. – Respondeu sisuda – Não se esqueça que ainda precisa ser coroado. Se quer tanto resolver os problemas do império, comece logo a fazer suas malas. – Falou amarga arrastando a cadeira saindo em fúria da sala.

A noite seguiu longa e silenciosa no castelo negro e o futuro imperador permanecia mergulhado em seus inúmeros papeis. Aziz bufava vez ou outra ao ler tantas barbáries e se preocupava com a revolta de seu pequeno exército. As reformas militares a modo europeu ficavam cada vez mais comuns e requisitadas em diversas partes do mundo e para ele era uma excelente oportunidade de ascender seu exército e recrutar novos soldados, no entanto os janízaros como eram chamados os participantes da elite do exército não aceitavam bem a ideia e cada vez mais se comportavam com anarquia.

Todas as suas possibilidades de salvar o império pareciam se esgotar a cada hora que passava, a cada documento que lia. Cada vez mais ficava perto de sua última opção. Aziz imaginava entre seus minutos de descanso e volta ao trabalho, se a princesa se acostumaria com o clima hostil dos otomanos. Se alguém que havia sido criada com tanto luxo e havia desfrutado da melhor educação, e vivido em meio aos costumes diferenciados dos indianos se afeiçoaria pelo silêncio e pela monotonia do castelo negro. Suspirou pois não queria ter seus pensamentos presos a ela, alguém que ele nunca havia visto em sua vida.

– Senhor? – Um dos guardas adentrou a sala em visível desespero – Me perdoe entrar desta maneira – Disse quase sem folego – Acabou de chegar – Falou entregando uma carta a Aziz.

– Obrigado. – Ele agradeceu fitando a carta em suas mãos – Pode se retirar.

Aziz abriu rapidamente descolando a cera azul do carimbo que selava o papel branco, seus olhos verdes e extremamente ávidos logo estudaram palavra por palavra contida ali e outra vez o desespero voltou a atingi-lo. Era uma carta do Czar Alexandre I do reino da Rússia. O homem logo fechou os olhos ao ver quem era o destinatário, não bastassem os anos anteriores travados pelas inúmeras guerras russo-turcas que havia dizimados milhares de otomanos a Rússia Imperial prosseguia com suas provocações.

De maneira clara e sucinta Alexandre relatava a situação do reino pós guerra e revelava sua profunda estima pelo futuro imperador, o Czar esperava que Aziz subisse ao trono e governasse com muito mais prudencia e sabedoria que sua mãe, seu tio ou seu pai. Embora tenha se surpreendido com uma carta de tom pacífico, para o futuro imperador as palavras do Czar não passavam de lamúrias, uma atitude baixíssima para um governante imperial. No entanto, não foram as agradáveis estimas de Alexandre que lhe chamaram tamanha atenção. Jã próximo do fim da carta estava o trecho que fez seu corpo inteiro estremecer.

[...] Espero que apesar de nossas diferenças, os impérios possam se ajudar diante deste terror assombroso que vem nos assolando. Vossa Excelência Imperial, por todo o povo e pelas boas línguas que transmitem a minha pessoa as melhores graças sobre ti, peço que com toda a sua paciência e devoção ao seus leia com atenção as minhas próximas palavras...

Desde os meses passados da última batalha um numeroso volume de soldados foi abatido. O império se sentiria honrado se estas mortes fossem por combate, mas meu caro futuro imperador, estes homens estão sendo assolados por uma terrível febre precedida de dias e dias onde regurgitam o pouco alimento que possuem e evacuam até que suas forças se esgotem. Os médicos não conseguem explicar o que é isto, mas temo pelo meu reino e consequentemente pelo seu império.

Nossos homens passaram anos e anos juntos em batalha, receio que de algum modo essa grave doença atinga os seus. Espero em breve retomar com notícias otimistas, mas por ora peço que olhe pelo seu exercito e proteja o seu povo. Esta bactéria parece ser de um tipo evoluído o qual ainda desconhecemos, mas sua contaminação é assustadora e em poucos dias perdemos milhares.

Vossa Excelência Imperial, precisamos unir os poderes. Precisamos de novos aliados, tratados com os reinos ocidentais onde os estudos estão mais avançados e de onde os recursos podem chegar com rapidez. Tenho em meu conhecimento que ainda não desposou uma princesa, mas se já tem alguma candidata a imperatriz otomana recomendo que faça o casamento acontecer o quanto antes. Os reinos não podem sucumbir, imploro pela sua piedade mesmo que o Império Russo não mereça nada que venha de ti. [...]

– Então é chegada a hora... – Falou sozinho – A Índia nos espera.

Os reinos pareciam ser assolados pelo desconhecido, e Aziz embarcava na viagem que poderia mudar tudo. O peso de salvar todo um povo estava sob suas mãos e ele encarava tudo com o olhar altivo e sério que aprendera a ter. "Um imperador deve ser forte, honrado e firme. Deve exprimir respeito e exigir recebê-lo de volta. Deve se preocupar com o povo, mas sem esquecer-se de sua família. Allah ilumina os caminhos daqueles que obedecem suas leis e o destino." Aquelas eram as palavras que havia escutado durante toda sua vida. Fátima embora tivesse seus questionáveis defeitos e momentos de loucura, não podia ser acusada de não ter sido uma boa mãe e uma excelente tutora para os filhos. Aziz respirou fundo após ler o restante da carta, uma gigantesca epidemia assolaria as terras áridas do deserto em poucas semanas, assim como já dizimava os gélidos campos russos levando tudo o que tinham. 

O destino nem sempre é bondoso, e às vezes ele escapa de nossas mãos. 

*

Vish que o negócio tá feio... 

É meus amores... Princesa Amber que se cuide,  é pretendente que não falta...rsrs.

Deixem seus comentários e não se esqueçam de votar. 

Espero que estejam gostando <3

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