Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5

- Crooshanks? O que estás aqui a fazer? - perguntou Laurel, surpreendida.

        O gato feio de Hermione Granger estava deitado tranquilamente na cama de Laurel. Fazia dias que a ruiva não falava com a Grinffindor, ignorando os olhares piedosos da mesma. No que tocava a ser amiga da Raven, Hermione deixava muito a desejar, sempre compelida a escolher Harry Potter e Ron Weasley por cima de toda a gente. Como Harry continuava a recusar-se a falar com Laurel, Hermione fazia o mesmo.

- O que esse gato está a fazer no nosso dormitório? - perguntou Daphne Greengrass, de braços cruzados.

         Laurel suspirou. Outra coisa ótima naquele ano letivo: ter uma das guarda costas de Pansy Parkinson como colega de quarto.

        Uma sombra moveu-se junto da cama de Laurel, fazendo a ruiva semicerrar os olhos. Atrás de si, Daphne continuava a encará-la, à espera de uma explicação.

- Desampara-me a loja, Daphne. - respondeu Laurel, sem a encarar - Por favor. - acrescentou, lançando-lhe um sorriso de canto.

        Daphne bufou, saindo do dormitório com os sapatos a bater ruidosamente no chão. Sozinha, Laurel aproximou-se do gato esticado na sua cama, as duas mãos erguidas.

- Lumos. - sussurrou, apontando para a figura enrolada no chão.

         Devagar, os contornos de um cão enorme formaram-se perante os seus olhos, primeiro o focinho, o pêlo negro e por fim todo o corpo. Cautelosamente, Laurel aproximou-se do cão, o qual fez o mesmo.

- Como é que vieste aqui parar? - perguntou a ruiva, agachando-se junto do bicho - As meninas acabaram de sair para ir para as aulas... Tiveste aqui a noite toda?

         Para surpresa de Laurel, o cachorro assentiu. A inteligência nos olhos do animal recordaram Laurel da aula de Transfiguração onde a professora McGonagall se transformara em gato à frente da turma, surpreendendo toda a gente.

- És um Animagus... - afirmou Laurel, distanciando-se do animal, a medo.

         Num piscar de olhos, o corpo do cão começou a mudar. Os pêlos negros depressa se transformaram nos cabelos negros e desgrenhados de um homem, o corpo ossudo e doente com mãos e pés em vez de patas, o focinho num rosto familiar. Sentado a um canto de um dormitório feminino da Casa das Serpentes, Sirius Black encarava a sobrinha com um brilho no olhar, assimilando o rosto de boneca da menina que esperava conhecer há anos.

- Laurel... - sussurrou Sirius, com adoração.

         A boca de Laurel abriu-se, fitando o homem com espanto. Uma coisa era ver o seu tio num jornal ou ouvir falar sobre ele. Outra era vê-lo em pouca carne e muito osso, as olheiras encovadas de quem não dormira durante dez anos, encarcerado numa prisão sem ver a luz do Sol. A Ravenclaw abanou a cabeça, sem querer acreditar. A razão sobrepôs-se por momentos à emoção, levando Laurel a correr para trancar o dormitório, regressando depressa para o primeiro e único fugitivo de Azkaban.

- És o Sirius? - perguntou Laurel, sentindo-se idiota - Quer dizer, eu sei que és, estás em todos os jornais e notícias mas...

- És igual à tua mãe. - interrompeu Sirius, olhando-a de alto a baixo - Regulus iria ficar impressionado por não teres uma única parecença com ele. Tens a certeza que és filha dele?

          Regulus Black. O homem que Laurel conhecera quando era apenas um bebé e que nunca tivera a chance de lhe dizer o quanto o amava. As lágrimas subiram-lhe aos olhos cor de safira, que absorviam a imagem do irmão do pai, o seu tio, que toda a gente achava que era um assassino.

          Sirius não era e ao vê-lo, Laurel teve a certeza absoluta que ela sempre tivera razão.

- Tio. - foi tudo o que a menina conseguiu dizer, atirando-se para os braços de Sirius sem pensar duas vezes.

        Sirius abraçou-a de volta, apertando-a contra si. Nenhum dos dois se conhecia e ainda assim, nos braços da última família de sangue que lhe restava, Laurel soube que o amava mesmo assim, sem nunca sequer terem trocado duas palavras. Cora confiava em Sirius e amava-o. Laurel sentia exatamente o mesmo.

           E Sirius, dez anos trancado numa cela injustamente e com uma missão por cumprir, deixou-se ficar naqueles braços pequenos e muito brancos, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto e caindo no cabelo cor de fogo da sua sobrinha.

**

- Laurel! Ashley contou-te o que eu falei com ela? - perguntou Meredith, aproximando-se discretamente da ruiva.

         Laurel não respondeu. Os olhos safira da garota estavam fixos nos belos hipogrifos que Hagrid mostrava à turma, embora os pensamentos estivessem no cachorro que ajudara a sair do castelo e que depressa se embrenhara na Floresta Proibida. Sirius estava numa missão, embora não lhe tivesse contado qual era e apenas tivesse mencionado que tinha algo a ver com Harry Potter e a verdade por trás do que acontecera na noite em que Voldemort matara os Potter. Embrenhada na sua própria missão, Laurel estava mais do que decidida a obter as provas de que necessitava para inocentar Sirius, nem que para isso tivesse de entrar no Ministério e vasculhar tudo o que conseguisse deitar a mão.

- Laurel! - chamou Meredith, sorrindo forçadamente a Pansy, que a olhava desconfiada - Eu preciso da tua ajuda!

- E eu estou na aula, Meredith. - retorquiu Laurel, sem a olhar.

           Meredith revirou os olhos.

- A minha mãe vem a caminho de Hogwarts para me matar, não se importando nem um pouco quem morre pelo caminho e tu estás em aula?

           Laurel olhou para ela, franzindo o sobrolho.

- Desculpa, a tua mãe vai fazer o quê?

- Matar-me. - sussurrou a Lovelace, semicerrando os olhos - Ashley não te contou?

- Não. E o que eu tenho a ver com isso mesmo? - Laurel ergueu uma sobrancelha, inquisidora.

- Tu e a Ley são as únicas pessoas em quem confio neste castelo, Laurel. Eu peço desculpa por...

          Laurel deu uma risadinha, surpreendendo Meredith, que se calou de imediato.

- Não tens que pedir desculpa, Mer. Verdade que por causa dos teus boatos estou a viver um inferno nesta escola mas... Uma ameaça de morte é bem mais importante do que isso. - Laurel encolheu os ombros, sorrindo docemente - Mas com certeza tens muito que explicar.

- Bem, se não fosse o teu tio a fugir da prisão e a causar todo aquele alarido...

           Laurel tapou-lhe a boca com a mão, olhando em volta alarmada.

- Como é que sabes que o Sirius é meu tio? - sussurrou a ruiva, atirando-lhe um olhar severo - E não digas isso em alto e bom som! Não preciso que tenham mais motivos para implicar comigo, preciso é tentar passar despercebida.

- A Ley contou-me. - Meredith respondeu, afastando a mão da rapariga - Ela não é muito boa a guardar segredos.

          Laurel bufou, olhando para o céu exasperada. Um grito agudo ecoou no ar, fazendo Grinffindor e Slytherin aproximarem-se da origem do som, juntamente com Hagrid, o mais recente professor de Cuidados com Criaturas Mágicas. Meredith e Laurel aproximaram-se também, a ruiva empalidecendo ao ver Draco Malfoy estirado no chão, agarrado ao braço e a choramingar.

- Estúpido bicho! - gritou o loiro, amparado por Pansy, que o olhava de forma preocupada.

          Laurel tapou a boca com as mãos, sentindo algo macio encostar-se no seu ombro. Quando olhou, um enorme hipogrifo encarava-a de frente, assustando-a. Era Buckbeack, uma das criaturas que Hagrid apresentara no início da aula, antes de Laurel deixar de prestar atenção.

- Acho que ele gosta de ti. - comentou Harry Potter, aproximando-se dela com um sorriso contido - Nem sequer tiveste que fazer uma vénia como eu.

            O hipogrifo voltou a dar uma marradinha em Laurel, que pousou a mão no focinho do animal, acariciando-o. A menina olhou para Harry com um sorriso triste, a mágoa bem presente na sua expressão.

- Alguém que goste, Harry. Alguém que goste.

- Laurel, eu...

- Não. - Laurel abanou a cabeça, encarando o Herdeiro de Grinffindor com lágrimas nos olhos - Eu sei o que viste na Câmara dos Segredos. Eu sei que achas que sou perigosa, que sou das Trevas ou algo assim...

           A ruiva encolheu os ombros.

- Tens razão em te afastar de mim. Continua a fazê-lo, por favor. - afirmou a menina, de forma gentil.

           E virou-lhe as costas, segurando a corda de Buckbeack, que se recusou a deixá-la ir sozinha.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro