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Capítulo 18

     Meredith encarou o Diretor com a sua melhor expressão de tédio. Estava não só entediada mas com vontade de dar um soco no rosto do homem mais velho apenas para lhe arrancar aquele sorriso de compaixão que a estava a irritar.

     Infelizmente, seria expulsa caso partisse para a violência e provavelmente enviada para Azkaban por agredir o feiticeiro mais importante da atualidade.

- A escola começou há três dias e ainda não pôs os pés em nenhuma aula, Miss Lovelace. Os seus professores estão preocupados consigo e eu também...

- Desnecessário. - interrompeu a morena, cruzando os braços à frente do peito - Não preciso que andem atrás de mim. Se quiser chumbar por faltas tenho esse direito, certo?

     Dumbledore prensou os lábios por breves segundos, antes de voltar a sorrir, inflamando os nervos da adolescente à sua frente.

- Oiça, eu nem sequer queria vir para Hogwarts este ano, preferia mil vezes que o meu pai me enfiasse na escola dos Estados Unidos e fosse em busca da Idade da Pedra sem me importunar com isso. - Meredith revirou os olhos, frustrada - Quanto mais longe eu estivesse de Hogwarts, melhor eu estaria. Se faltar às aulas é o que preciso para ser expulsa e nunca mais voltar, então é exatamente isso que eu vou fazer.

- Eu entendo a sua raiva, Miss Lovelace. A morte da sua mãe...

- Eu não tinha mãe e o senhor não entende coisa nenhuma. - a jovem pôs-se de pé, os cabelos negros emoldurando-lhe o rosto belo e que odiava com todas as forças - O senhor não entende nada. Os adultos acham sempre que entendem, que compreendem mas o que raio é que vocês compreendem?! O Diretor sabe sequer o que se passa na sua escola?! Os seus alunos são mesquinhos e horríveis, tratam mal quem não gostam, são preconceituosos, racistas e gozam com quem quer que lhes responda! Sabe o quanto eu odiei ter sido selecionada para os Slytherin? Odiei assim que descobriram que eu tinha nascido em Azkaban. Claro que rapidamente percebi que as restantes Casas não são melhores. - fez um som de desdém, sentindo-se melhor ao ver os olhos arregalados de Dumbledore, o sorriso tendo desaparecido faz tempo - O senhor não entende nada. Eu não tinha nenhuma mãe, a mulher que morreu não passava de uma assassina idiota e sem escrúpulos que eu odiei toda a minha vida...

- Tem razão.

     Meredith calou-se, surpreendida. Com o coração acelerado, a Lovelace sentou-se vagarosamente no seu lugar, a raiva ainda a pulsar nas suas veias.

- Eu não sei tudo o que se passa na minha escola e lamento por isso. Eu... - Dumbledore passou a mão no rosto, cansado e revelando a sua verdadeira idade por breves instantes - Se deseja que a expulse eu posso fazê-lo de imediato. Nenhum aluno meu será infeliz nesta escola a partir do momento em que eu tomo conhecimento dessa infelicidade. Uma coisa eu lhe posso dizer, Miss Lovelace: por mais que queira acreditar no contrário, está de luto. Seja pela mãe que não teve, seja pela mulher que lhe deu à luz, seja pelo que for, Meredith, você acabou de perder a sua mãe e isso é impossível não sentir dor ou mágoa por isso. Como tal, permita que lhe diga que eu lamento muito a sua perda. Maus ou bons, os nossos pais sempre serão amados por nós, independentemente de tudo.

      Os soluços que irromperam de Meredith eram silenciosos e sofridos, como se a própria não quisesse admitir o quanto sofria. Dumbledore tinha razão; por mais que a odiasse, por mais que não merecesse, Amanda Lovelace era sua mãe, a única que tinha e nunca mais a iria ver. Ela fora-se. A sua mãe fora-se.

- Chamei alguém que tem estado muito preocupada consigo, Miss Lovelace. Ela está lá fora, à sua espera. - o Diretor fez uma pausa, enquanto a sua aluna limpava as lágrimas, recompondo-se - Se realmente quiser mudar de escola, eu próprio falo com o seu pai e explico-lhe a situação. Lamento que alguns alunos de Hogwarts tenham sido cruéis consigo ao longo dos anos mas garanto-lhe que nem todos são assim e a Meredith sabe disso.

     A Lovelace assentiu, incerta. Com um breve aceno, despediu-se do Diretor, saindo do seu escritório de forma apressada. Quando chegou ao corredor, os olhos voltaram a encher-se de lágrimas ao ver Laurel Ravenclaw parada à sua espera, com uma expressão de ansiedade no rosto e os braços abertos para a receber. Sem pensar duas vezes, Meredith abraçou a amiga, chorando no seu ombro enquanto a outra lhe fazia festas no cabelo, consolando-a.

- Lamento muito, Mer. - disse Laurel, com a voz embargada - Não merecias isto. Lamento tanto...

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- Vou me inscrever.

- O quê?! Nem pensar!

- Claro que vou!

- Não vais não!

- Lau, o Cedric é que sabe se se vai inscrever ou não... - tentou argumentar Meredith, calando-se de imediato ao ver a expressão da ruiva.

- Não te vais inscrever no Torneio, Cedric Diggory! - afirmou Laurel, encarando o mais velho com seriedade, algo difícil visto que Cedric era muito mais alto do que ela - Ashley está a melhorar e ela mata-nos se souber que te inscreveste para algo extremamente perigoso como esse Torneio idiota.

- A minha irmã vai ficar orgulhoso de mim. - afirmou Cedric, encarando Meredith - Não achas, Mer?

     A Lovelace assentiu, observando a discussão dos dois. A paixoneta que sentia por Cedric desaparecera, o coração demasiado sofrido com a morte da mãe e cheio de culpa pelo que acontecera a Ashley para sequer pensar em rapazes. Ainda assim, ser amiga dele e de Laurel tornava os dias mais fáceis de gerir, mesmo com todo o entusiasmo à volta do Torneio dos Feiticeiros e a futura chegada das outras escolas de magia da Europa. Regressara às aulas, ignorava Pansy Parkinson e companhia e aproximara-se de Blaise Zabini, o bonito rapaz de pele achocolatada que decidira expandir o seu círculo de amizades e dar-se com a Ravenclaw antes de Meredith deixar de se esconder no dormitório e voltar a frequentar as aulas.

     Ao sentir o olhar de Laurel, a morena mordeu o lábio inferior, sabendo que ainda devia uma explicação sobre a Copa, algo que a ruiva não esquecera. Ainda assim, a Ravenclaw confiava tanto nela que não a iria pressionar.

- Eu vou me inscrever e envio uma carta para a Ley a contar-lhe, ok? - Cedric ajeitou a mala nos ombros, a face corada da discussão - Pára de me tentar proteger como se fosses minha irmã, Laurel porque, mesmo que fosses, eu é que te protejo a ti. Sou o mais velho, lembraste?

- Mais velho não significa mais sábio. - Laurel cruzou os braços, visivelmente irritada - Vai para esse estúpido Torneio, não quero saber.

     Laurel virou-lhe as costas, ignorando-o enquanto ele a chamava. Nunca diria em voz alta mas tinha um mau pressentimento em relação ao Torneio, algo que se intensificava à medida que dormia menos e menos horas, assolada por pesadelos e pela voz de Tom Riddle na sua cabeça, noite após noite.

- Estás bem? - perguntou-lhe Blaise quando ela se sentou ao seu lado na aula de Transfiguração.

     Abanou a cabeça. Na mesa ao lado, Meredith sentou-se, observando a amiga com preocupação.

     Duas filas adiante, Draco Malfoy observou a ruiva em silêncio. Como sempre, os olhos de ambos encontraram-se e o loiro não se incomodou em desviar, sabendo que Laurel o faria, ainda incapaz de o encarar depois do que acontecera na Copa. Ainda assim, Draco não conseguia evitar notar na sua magreza, no seu cabelo baço e nos seus olhos safira sem qualquer brilho, deixando-o preocupado.

     Dia após dia, qualquer um que olhasse para Laurel notaria o seu desgaste e o vazio nos seus olhos cada vez mais presente.

     Dia após dia, Laurel estava mais irritadiça, com olheiras mais escuras, com ataques de sonambulismo em que acordava bem longe do seu dormitório e não se lembrava de como lá tinha ido parar.

     Dia após dia, Laurel afundava-se mais e mais num estado onde ninguém conseguiria alcançá-la e de onde ela própria não sabia se conseguiria sair.

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