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Capítulo 13

        O teto da enfermaria saudou-a como de costume: branco. Os lençóis brancos, a cama de ferro branca, as paredes brancas. Laurel suspirou, pestanejando com força enquanto se ajeitava, procurando sentar-se o mais devagar que conseguia. O ambiente era tão familiar que a menina espreguiçou-se, sentindo como se estivesse na sua própria cama e tivesse dormido um longo sono em vez de estar ali provavelmente por ter desmaiado devidos uma exaustão absurda.

        Sentado num banco perto da sua cama, Remus Lupin encarava-a com um sorriso triste no rosto e novas cicatrizes que iriam sempre relembrá-lo de quem era. O homem chegou-se à frente, pegando a mão estendida da filha, cujo sorriso gentil fazia com que por vezes Remus se sentisse apenas um homem e nada mais.

- Como te sentes? - questionou-a, afagando-lhe o pulso - Bateste com a cabeça quando desmaiaste, és capaz de sentir alguma dor nos próximos dias.

         Laurel apalpou a nuca, fazendo uma careta.

- Já senti. - a menina arregalou os olhos, fitando o pai com seriedade - Onde está o Sirius? O que lhe aconteceu! E Harry... Por Merlin, os Dementors! Sirius e Harry estavam a receber o Beijo!

- O Harry está bem, já passou algum tempo desde... aquela noite. - Remus fez uma pausa, observando a filha com atenção - O Sirius fugiu. Tinhas razão, Laurel, ele era inocente e Peter Pettigrew está vivo e em busca do seu Senhor, quase de certeza. Desculpa não ter acreditado em ti, com certeza será a última vez que isso acontece.

- Já devias saber que raramente me engano. - Laurel sorriu, descaindo os ombros num gesto de alívio, erguendo-os automaticamente logo a seguir - Onde está a Ashley? E Meredith?

          O olhar triste de Remus pousou em Laurel, deixando-a em lágrimas silenciosas.

- Ashley foi transferida hoje para o Hospital St Mungus, poucos minutos antes de tu dares sinais de vida. Quanto a Meredith, regressou mais cedo a casa para estar com o pai e se preparar para outra série de julgamentos. A boa notícia é que a Amanda vai ser presa novamente e desta vez não existe nenhum Sirius Black para causar confusão suficiente para ela fugir. - afirmou Remus, sorrindo ao dizer o nome do amigo - Estive cego estes anos todos mas ver um dos meus melhores amigos vivo e em liberdade deu-me mais alegria do que eu poderia imaginar.

- Ele vai ficar bem? - perguntou Laurel, fitando o vazio.

- O teu tio é um homem muito desenrascado, pequena. - Dumbledore aproximou-se dos dois, as mãos atrás das costas e o ar mais cauteloso que Laurel alguma vez lhe vira - Ele vai ficar perfeitamente bem. Como te sentes, pequena?

- Bem. - respondeu a mais nova, prensando os lábios para não sorrir - Ainda estou chateada consigo, avô. O senhor não tinha o direito de me expor da forma como fez.

- E tu não tinhas o direito de ameaçar uma aluna. - ralhou Remus, cruzando os braços - Dumbledore não o fez de propósito e tu sabes disso, Laurel.

- Ora, Remus, deixa-a estar. Eu cometi um erro e Laurel é justa o suficiente para me desculpar quando sentir que é a altura certa para o fazer. Agora, vou chamar umas pessoas que estão ansiosas para te ver. - piscando um olho a Laurel, o Diretor retirou-se da enfermaria tão depressa que a menina sequer pestanejou, intrigada com a postura tão calma do avô.

- Eu também vou deixar-te estar, a Madame Pomfrey diz que é melhor ficares de repouso mais umas horas...

- Não me vais contar o porquê de teres sido despedido? - questionou Laurel, erguendo uma sobrancelha - Estás a usar o teu casaco de viagem.

          Remus olhou para o teto, amaldiçoando Cora Ravenclaw por ter tido uma filha tão perspicaz. Quando voltou a encarar a menina, esta continuava a fitá-lo de forma inquisidora e sem qualquer chance de fuga. Derrotado, o lobisomem suspirou, voltando a sentar-se.

- A minha doença foi descoberta e eu apresentei a carta de demissão a Dumbledore antes que ele começasse a receber cartas de pais preocupados e outro género de coisas.

- Como é que descobriram? - perguntou Laurel, com uma expressão surpresa - Alguém te viu na noite de Lua Cheia?

- Bem... Acho que o Professor Snape pode se ter descaído em algum momento...

- O Snape? - Laurel abanou a cabeça, confusa - Mas o Snape é que andava a preparar aquela poção horrorosa... Como é que ele se descaiu? Isso não faz sentido..

- O Snape estava lá naquela noite. - interrompeu Remus, passando a mão na cara - Ele descobriu a Cabana dos Gritos, encontrou Sirius, Harry, Hermione e Ron de roda do rato e não ficou muito feliz quando eu intervi, sendo que Snape odeia o Sirius por ter sido... Várias vezes gozado por ele.

- Rato? - foi tudo o que Laurel disse, atordoada com tanta informação.

- Scabbers, o meu rato.

           Ron Weasley sorriu para Laurel, deitado confortavelmente na cama ao lado com uma perna engessada e mastigando silenciosamente, de tal forma que a Ravenclaw dera um pequeno pulo de surpresa ao ouvi-lo.

- O que te aconteceu? - perguntou Laurel, observando o ruivo com espanto - Tens estado aí este tempo todo?

- O teu tio mordeu-me a perna e arrastou-me por uma árvore adentro enquanto eu gritava por socorro.

- Ele fez o quê?!

- Em defesa do Sirius, ele só queria apanhar o rato. - intrometeu-se Remus, achando graça à expressão sa filha - Peter esteve doze anos em forma de rato a viver com a família Weasley. O teu tio reconheceu a forma Animagu de Peter quando viu uma fotografia que saiu num jornal.

           Laurel pestanejou, sentindo o seu cérebro dar um nó.

- Viveste com um Devorador da Morte por doze anos?!

- Eu sabia lá! Ele era um rato! - defendeu-se Ron, ruborizado.

            Remus pôs-se de pé novamente, observando a expressão intrigada e os ombros descaídos da filha. Apesar de parecer calma, era nítido a tristeza nos olhos de Laurel, a culpa do que acontecera a Ashley possivelmente a rondar-lhe o espírito. Quando a porta da enfermaria se abriu e Harry Potter entrou, seguido de perto por Hermione Granger, algo em Laurel pareceu relaxar e o suspiro de alívio ao ver o Menino Que Sobreviveu foi audível. A expressão de Harry alterou-se também ao vê-lá, apressando o passo para parar junto da cama dela.

- Desculpa. Este ano não quis aproximar-me se ti, depois da Câmara dos Segredos...

- Eu sei, eu percebi pela forma como me olhaste depois disso... Eu não tenho qualquer interesse em Voldemort ou em Tom Riddle. Aquilo não passou de manipulação e eu estava quase a cair que nem uma patinha. Não tens nada com que te preocupar.

           Harry assentiu, empurrando os óculos para cima, sorrindo levemente. Hermione, por outro lado, pousou uma mão no ombro da amiga com una expressão séria, fazendo Laurel erguer as sobrancelhas de forma inquisidora.

- Fui eu e Harry que ajudamos Sirius a fugir. Ele está bem mas o Ministério vai continuar a persegui-lo.

- O meu tio safa-se mas... Porque é que o fizeram? - questionou a Ravenclaw, curiosa.

- Sirius é meu padrinho. - respondeu Harry, com uma ponta de orgulho na voz - E afinal não me queria matar, ele estava atrás do Scabbers.

           Laurel pestanejou, encarando Hermione. As duas meninas trocaram um olhar silencioso, o qual a Granger entendeu perfeitamente o que queria dizer.

- Harry, talvez seja melhor irmos. Nós vimos visitar-te amanhã de manhã, Ron. - o Weasley acenou positivamente a Harry, que parecia relutante em deixar o melhor amigo tão cedo naquele lugar - Laurel, vou registar todos os trabalhos que precisas entregar até ao final do ano letivo e vou apontar toda a matéria para não te atrasares. - a morena sorriu, abraçando a ruiva de forma rápida - Até amanhã!

           Os dois meninos acamados acenaram aos outros dois. Remus há muito que tinha se ido embora e Ron virou-se de imediato para dormir, deixando Laurel sozinha e perdida em pensamentos. A teia que se enrolava em torno dela e de Harry era cada vez mais apertada e perguntava-se qual seria o papel de Voldemort naquele enredo, sendo ele também um Herdeiro. As coisas começavam a ficar mais estranhas, as memórias da noite de Lua Cheia corroendo-a ao pensar em Amanda Lovelace. A mulher quase morrera sufocada e se não fosse Dumbledore, com certeza teria sido alvo do Beijo dos Dementora que Laurel percebera controlar naquela hora em específico.

          Algo sinistro acompanhava-a, percebeu. Algo habitava dentro dela, uma Escuridão que não lhe pertencia, não era dela.

          Uma figura pálida entrou na enfermaria a passos lentos e contidos. Se não fosse o rosto compenetrado, Laurel pensaria que ele viera para fazer pouco caso dela ou até torturá-la. No entanto, não parecia ser esse o caso. O rapaz trazia na mão um livro gasto que a rapariga reconheceu de imediato ser o seu exemplar de Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, que normalmente deixava algures na Sala Comum dos Slytherin, onde parava por vezes para ler.

- Pensei que o quisesses para te entreter enquanto estás aqui. - disse Draco Malfoy, estendendo-lhe o livro - Só o trouxe porque estava no meio do caminho e a incomodar-me. - defendeu-se ele, crispando a boca - Não é nenhum gesto simpático nem nada do género.

        Laurel assentiu, com um pequeno sorriso. Não sabia porquê mas apesar de Draco ser claramente um patife, ela não conseguiu deixar de ver que não passava de uma fachada e que havia algo mais por baixo disso. No fundo, também não interessava; mesmo que houvesse, Draco nunca admitiria isso.

- Obrigada. Quer dizer, lamento que tenha incomodado, eu esqueço-me dele em todo o lado.

         Draco deu de ombros, desinteressado. Com um ar superior, deu meia volta em direção à porta, parando quando Laurel o chamou.

- Queres ler comigo? - perguntou-lhe a ruiva, com um sorriso gentil.

          O Malfoy ficou estático a olhar para ela, sem saber o que fazer. Laurel também não esperou por uma resposta, ajeitando-se confortavelmente na cama e abrindo o livro numa página qualquer. Hesitante, o loiro sentou-se ao lado dela na cama, evitando que os seus ombros se roçassem ou que o seu olhar se perdesse no rosto de boneca da Ravenclaw. Agora que sabia quem ela era e que já percebera porque se sentira sempre tão desconfiado em relação a ela, estava estranhamente confortável na sua presença.

         Laurel sorriu levemente, lendo tranquilamente e esperando que Draco assentisse em silêncio para poder virar a página. Por momentos, e para sua surpresa, ja não se sentia tão sozinha, muito menos culpada de quase se ter tornado uma assassina.

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