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Capítulo Sete - O destino final não significa o fim

Perth é tão linda quanto as imagens que eu vi durante as semanas que antecederam a viagem. Dacre não para de falar sobre como não consegue se sentir feliz como se sente aqui. Entendo, é a sua cidade natal, mas não posso me relacionar com isso porque eu sou de qualquer lugar do mundo e nenhum lugar ao mesmo tempo.

Passamos em seu apartamento – simples, pequeno e bem organizado – para deixarmos nossas coisas. Ele me diz para tomar um banho enquanto devolve o carro na locadora e volta para casa.

- O que tem de comida na geladeira? – pergunto por cima do ruído das malas de rodinhas pelo piso frio.

- Acho que algumas frutas, se elas ainda estiverem comestíveis. – Ele se aproxima para conferir e faz uma careta envergonhada. – Tem uma maçã apenas. Quer que eu traga comida?

- Por favor, eu serei eternamente grata.

- Devo demorar um pouco para chegar – ele tira uma toalha limpa de um armário e a coloca sobre a bancada da cozinha –, não se preocupe comigo. A senha do wifi está anotada num papel ao lado da geladeira e você pode usar a minha Netflix se quiser.

- Ok, mais alguma coisa que eu preciso saber antes de você sair?

- Bom, – ele olha ao redor da cozinha e da sala, o céu nublado de Perth tocando suas feições cansadas de tanto dirigir e me ouvir desabafar sobre como é horrível que as pessoas me pressionem para ser como ele – acho que não. Está tudo certo.

- Dirija com cuidado. – Abaixo meu rosto para conter um sorriso de preocupação que eu daria para Sam quando ela precisa trabalhar quando está nevando muito.

- Eu vou.

A mão dele toca o meu rosto suavemente. Tantas lágrimas caíram enquanto ele dirigia e escorreram por essa mesma pele. Ele me disse para ficar calma. Em algum momento, ele parou numa estrada deserta e me deixou gritar todos os meus medos. Eu derramei mais lágrimas nessa viagem do que na minha vida toda.

- Sinta-se em casa, ok?

- Ok.

Estou me escondendo depois de rasgar o meu coração na estrada. A mão dele não se afasta de mim, tudo o que ele faz é levantar meu rosto e tentar flagrar o que eu estava escondendo. Seus lábios se inclinam até minha pele e estalam um pouco de eletricidade na minha bochecha.

- Eu te amo, nunca se esqueça disso, ok? 

- Quando você me disse isso no aeroporto antes de partir, eu senti que era real. – Seus longos dedos abrigam a minha bochecha com um encaixe perfeito. – Eu acho que nunca serei capaz de esquecer.

- Eu sei, meu coração também sentiu.

- Eu te amo, aussie.

- Ainda precisamos melhorar seu sotaque australiano – ele beija a ponta do meu nariz e ri com a minha tentativa falha. De todos os sotaques do mundo, ele possui o mais charmoso.

- Mal posso esperar para conhecer seus pais.

- Eles te amarão tanto como eu, tenha certeza disso.

Os minutos vêm e vão: eu tomo um banho, exploro o pequeno apartamento e descubro a coleção de DVDs e roteiros de filmes que Dacre guarda na sala, pego um de seus moletons para guardar seu cheiro em minha pele, deito em sua cama e descanso.

Meus olhos pesam com o cansaço da estrada.

Talvez seja a minha mente, mas a cama pesa mais para um lado e o calor se intensifica contra a minha pele.

- Eu gosto de você com as minhas roupas – Dacre sussurra.

- Não tivemos tempo juntos o suficiente para eu roubá-las.

- Pode escolher quantas você quiser e levar embora, eu não ligo.

- E se eu não quiser ir embora?

- Posso viver com isso.

Não abro os meus olhos, deixo Dacre se aninhar ao meu corpo como fizemos todas as vezes que dormirmos juntos lá em Vancouver. Deveríamos nos levantar e sair com os pais do Dacre, mas eu não consigo nem me mover.

Quando o celular de Dacre toca, aceito a realidade de que precisamos ir. Abro a minha mala para encontrar alguma roupa decente. É inverno e a temperatura cai com o avançar dos minutos. Mesmo que seja apenas um jantar na casa dos pais dele – não é apenas um jantar para mim, mas estou tentando ficar calma com o fato de que conhecerei os pais de Dacre e nem pensei na possibilidade de levá-lo para conhecer meus pais.

Visto minhas meias calças térmicas pretas e peço a ajuda de Dacre para fechar o zíper do meu vestido azul. Com uma bota e um casaco, eu roubo a bancada do banheiro para passar um pouco de maquiagem e esconder as olheiras.

Dacre nem se esforça muito: calça jeans, camisa de botão cinza, um blazer azul marinho e seu casaco para o frio. Ele está apoiado contra o batente da porta do banheiro, observando-me passar o rímel e suspirando a cada minuto.

- Será que você pode virar de costas? Não consigo me concentrar com você me olhando.

- Eu não consigo tirar meus olhos de você, Laura.

- Feche-os então. – Abano as mãos e tento não me desconcentrar. – Eu demorarei mais se você ficar me encarando e aposto que seus pais não teriam uma boa impressão de mim se eu atrasasse para o jantar.

- Eles sabem que você é uma ótima pessoa, não se preocupe. O trânsito nessa cidade pode ser um caos e um atraso seria facilmente perdoado com seus sorrisos.

- Fique lá na sala, dois minutos, por favor. Eu preciso de espaço para terminar essa maquiagem. – Minhas palavras começam a se embolar e Dacre espalma a minha cintura gentilmente. – Eu estou muito nervosa.

- Eu sei, eu imagino. Dará tudo certo, acredite em mim. – Os lábios dele pensam em ir para a minha bochecha, e eu os recuso. – Não estragarei a sua maquiagem.

- Dois minutos, juro que ficarei pronta.

+++

Dacre não mentiu: o trânsito da cidade após alguns centímetros de neve se tornou um grande pesadelo. A minha ansiedade aumentou e regrediu durante o trajeto, mas quando eu vejo as luzes acesas na varanda, tudo vai pelos ares.

- Ei, Laura, você está maravilhosa.

Ele beija os nós dos meus dedos. Em silêncio, ele sai do carro e dá a volta para me ajudar a sair. Cada pedacinho de mim transparece o medo e o terror de conhecer os pais de Dacre. Sigo os passos dele pela neve e suspiro.

- Qual a distância até o aeroporto mais próximo?

- Pensando em fugir, Laura?

- Planejando uma rota de fuga caso eles me odeiem.

Ele deve ter tocado a campainha enquanto eu ia de um plano de fuga a outro e uma mulher tão misteriosa, mas charmosa abre a porta para nós.

- Filho, você deveria ter avisado que estava chegando! – ela joga os braços ao redor dele e sorri para mim. – Laura, certo? Eu confundi o seu nome com Lauren por algumas semanas depois que Dacre começou a contar sobre vocês, mas tenho certeza que só acertarei daqui em diante.

- Lauren está bom para mim também – sorrio e espero que ela me abrace para tentar ler alguma coisa dela. – Acho que seu filho nunca mencionou seu nome.

- Meu Deus, que falta de educação a minha. Por favor, não me chame de senhora, apenas Sabrina basta para mim.

- Sabrina, nosso garoto já chegou? – a voz masculina que irradia da cozinha é forte como a de Dacre.

- Abe, eles já estão aqui! Por favor, entrem e deixem os casacos no armário. Eu vou subir para tomar um banho. – Ela aponta para as escadas e depois para a cozinha. – Dacre, ajude o seu pai com o jantar e não deixe a Laura preparar nada.

- Ah, não, por favor, eu quero ajudar. — Minhas palaras são ignoradas tanto por Dacre quanto por sua mãe. Eu sou uma convidada, mas realmente não quero incomodá-los.

Guardo meu casaco e tento seguir Dacre até a cozinha, mas ele é mais alto e mais forte que eu. Sou arrastada para a sala e deixada sozinha apenas quando Abe grita para o filho ajudá-lo com as panelas.

Ando pelo cômodo para observar as fotos de família e elas são como qualquer outra coleção de fotos: um bebê gorducho, uma criança brincando na neve e depois no verão com uma bola de futebol. A adolescência é o período com menos fotos e eu não o julgo: eu não gostava de fotos a não ser quando eu pedia para elas serem tiradas.

- Ele era fofo, não era? – Sabrina segura uma das fotos de Dacre bebê e sorri. – Você tem irmãos?

- Aham, dois, mas eu não os vejo pessoalmente há meses.

- Aposto que todo reencontro é uma surpresa para saber como eles estão.

- E em quanto tempo eles vão me ultrapassar em altura.

Sabrina me serve uma taça de vinho e eu a aceito – mais por educação do que por vontade. Ela começa a contar mais e mais histórias sobre Dacre e, assim que o marido deixa a cozinha, ela vai atrás dele para ajudá-lo a encontrar alguma roupa formal. Dacre deve ter construído toda uma narrativa para esse momento, penso ao observá-lo na porta para o quintal coberto de neve.

- O cheiro está ótimo.

- Meus pais são ótimos cozinheiros. – Ele se senta ao meu lado no sofá, nossos corpos se tocam e eu foco em seu perfume para distrair o meu estômago faminto.

- Só uma dúvida: você lembrou de avisá-los que eu sou vegetariana?

- Claro. Não se preocupe com nada, Laura. Eu não quero que você se pressione de novo por minha causa. – Fecho os olhos e deixo com que Dacre acaricie meu braço. – Eu quero que você fale comigo da próxima vez que se sentir assim. Sonhei centenas de vezes com o momento em que viveríamos juntos, sem toda essa distância entre nós e as visitas esporádicas, e eu receio que a minha imagem pública acabe te influenciando. Entendo que você não queira a fama para si, mas as histórias que você me contou e começou a escrever nesse meio tempo são incríveis!

Tento respondê-lo, mas, como em todas as vezes que entramos nesse assunto, as palavras me fogem e eu apenas sento em silêncio.

- Quanto tempo até você terminar a faculdade?

- As aulas? Elas já acabaram, porém estou aplicando para um curso de extensão de pesquisa. Os resultados ainda não saíram. Por quê?

- Eu olhei algumas universidades na Califórnia, o que você acha de se mudar para lá?

- Por que eu deixaria toda a minha vida em Vancouver de lado, Dacre? Eu não quero brigar, mas – ergo a mão assim que ele tenta se desculpar – com o curso eu terei mais tempo livre e poderei agendar as provas. Eu conseguiria pegar um trabalho de meio turno para pagar as passagens até os locais das suas gravações sem atrasar os meus estudos.

- E o que você pretende pesquisar?

- Eu não sei.

O peito de Dacre se eleva e a queda é pesada e nem um pouco natural. Estamos prontos para uma briga: ele me quer mais perto e eu entendo, mas eu não quero deixar Vancouver. Mesmo que Los Angeles seja a algumas horas de carro – e um voo rápido –, toda a minha história está lá. Meus amigos, a minha segunda família, meu apartamento com a minha melhor amiga e as melhores aventuras da minha vida: todos se encontram em algum lugar na grande Vancouver.

Porém eu poderia.

- Você não pode simplesmente me pedir para me mudar, Dacre.

- Por que não?

- Eu odeio a ideia de deixar Vancouver para trás, porém eu estou completamente apaixonada por você. Depois que esse jantar acabar e eu dormir por algumas horas, podemos conversar sobre uma transferência para Los Angeles.

- Você teria complicações com a faculdade?

- Eu ainda estou aplicando o projeto de pesquisa e os prazos são bem parecidos. Alguns dos meus professores podem me recomendar para algumas universidades... É bem viável.

- Então você se mudaria para Los Angeles?

- Primeiro eu preciso da vaga na faculdade, depois de um trabalho e a sua palavra de que vamos dividir as contas igualmente.

- Você não desiste fácil de ter independência.

- É a única coisa que eu vou carregar comigo até o túmulo. Podemos mudar de assunto?

Ele concorda e se levanta para buscar a garrafa de vinho e seus pais descem as escadas como se tivessem ouvido a nossa conversa pelos últimos dez, talvez quinze minutos.

- Eu achei alguns álbuns de quando Dacre era bebê e os deixei lá em cima. Você se importaria em pegá-los? Está no meu escritório, primeira porta à esquerda.

- Claro. – Descanso a minha taça meio vazia na mesa de centro e ajeito a saia do vestido. – Dacre, não conte nada humilhante sobre mim para os seus pais.

- Querida, eles já sabem tudo sobre você! – ele grita da cozinha.

- Espero que a sua mãe me conte tudo!

Tento não tropeçar no tapete que se desenrola pelos degraus e chego ao segundo andar intacta. Entro no escritório sem cerimônias, acho as caixas com datas e nomes de locais – vários destinos ao redor do globo que nem eu sei exatamente dizer onde ficam – e tento equilibrá-las em meus braços. As escadas se tornam um problema e, assim que chego no último degrau, Abe toma as caixas de mim e diz que Dacre quer falar comigo na cozinha.

Será que ele brigou com os pais enquanto eu estava lá em cima? Porque se foi isso, essa foi a briga mais rápida e silenciosa que eu ouvi falar, penso comigo mesma.

- Ei, aussie, aconteceu alguma coisa? Foi algo que eu falei?

Dacre está encostado na bancada central da cozinha de azulejos brancos e armários azuis. Ele sorri, mas há algo errado e eu tenho certeza de que a culpa é minha. Seis meses longe com a comunicação restrita apenas a mensagens e ligações, eu aprendi a ler as expressões dele.

- Dacre, eu sinto muito se eu disse algo que não o agradou ou ao seus pais...

- Você realmente se mudaria comigo para Los Angeles mesmo se não conseguisse nada nas universidades?

- Eu não sei. Por quê? Há algo errado?

- Viajar com você nesses últimos dias só me fez perceber o quanto eu não vou aguentar ficar longe, Laura. Eu sei que o meu trabalho pode ser uma loucura para nós dois, porém eu estou disposto a fazer todo o possível para te manter por perto. – Ele nos aproxima com alguns passos e segura o meu rosto. – Como eu pude me apaixonar por você, tão rápido e profundamente?

O beijo casto em minha bochecha alivia todo o estresse em meu corpo. Fecho os meus olhos e deixo com que Dacre toque o meu rosto com seus lábios e as minhas mãos com as suas mãos.

- Laura, abra os olhos, por favor.

Ali está Dacre, de joelhos e com uma pequena caixinha de veludo em uma das mãos. Eu não faço ideia de como chegamos a esse ponto...

- Casa comigo, Laura?

Mordo meus lábios.

- Meus pais sabem disso?

- Sam me ajudou a entrar em contato com eles. Ela não me odeia tanto assim depois do episódio no sofá.

- Um dia, você ainda me matará do coração.

- Laura?

- Sim, Dacre, eu me caso com você.

Oi!
Eu não sei como ainda tenho a coragem de aparecer aqui, mas eu finalmente consegui colocar um ponto (quase) final na história da Laura e do Dacre!
De praxe, o epílogo será postado em breve, então ainda não é o fim!
Perdoem-me pela loooonga espera. Quando eu comecei a história, escrever era a única coisa no meio do meu tratamento para a depressão que eu ainda me sentia apta a fazer. Anos depois, eu perdi um pouco da conexão com a história em si e a abandonei. Mas como uma promessa para 2020, resolvi trabalhar na finalização. Talvez vocês queiram me matar e tudo bem por mim, eu aceito! HAHAHA

Amor,
Isadora — GorroVermelho

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