
Ajudar. - Capítulo 1
Olá, gente! Tudo bem?
Esqueci de avisar que as atualizações serão: segundas e sextas.
Avisinho: no meu Twitter você pode ficar por dentro de tudo, tem um trend de melhores momentos das minhas fanfics! ♡
Quarta-feira.
Realmente gosto desse dia, não pelo fato de ter seis matérias diferentes, sendo quatro delas ligadas diretamente com o curso de pedagogia, longe disso. Na verdade o motivo pelas quartas-feiras serem ótimas está ali.
— Eu não gosto desse garoto. — A voz de Chaewon me fez revirar os olhos, ela nunca gostava de nenhum boy, muito menos os que eu dava a bunda, exceto Minho, mas ele é nosso amigo, então não conta.
— Ah, pelo menos ele não é tão ruim quanto Sejun, Yuta é bem gatinho. — Ah, Yuta Nakamoto, um novato dois anos mais novo que eu e que digamos que eu já tenha explodido minha cota de vergonha por um ano, e olha que estamos apenas em maio.
— Ele é um desqualificado! Sinceramente, ele só é melhor do que o Sejun, mas continua sendo uma péssima opção. — Suspirei lembrando de Sejun, enquanto eu corria atrás de Yuta, Sejun que vivia me pertubando.
— Cheguei, acredita que a Mina disse que a aula da Soojin vai ser aqui embaixo? — A voz de Minho, que tinha acabado de me assustar chegando de fininho, logo ficou longe quando vi Yuta passar.
Ele estava indo comer agora? Dez para uma da tarde? É, a fila estava enorme, então tudo bem. Mas nossa, ele é tão charmoso, aqueles olhos claros, acho que é um azul avelã, sei lá, e além de tudo é um dos poucos alfas que estuda aqui.
Minha nossa! Ele me encarou de volta, vai Jisung, finge que tá prestando atenção no que o Minho tá falando.
— Esse trabalho de fazer uma rotina é pra acabar com a gente, certeza. — Verdade. Soojin parecia querer infernizar nossas vidas.
— É, vamos fazer cada um uma parte e trazer no dia, é só depois do almoço mesmo, e falar nisso, olha ela correndo ai. — Quando levantei o rosto para ver, a professora Soojin estava carregando um data-show, ela é a professora preferida de todos, claro que a minha é a Mina, mas Soojin também é maravilhosa explicando. — Ah, não.
— Que foi, Chaewon? — Lino perguntou sem parecer ligar realmente, assim que o olhei, abri um sorriso de canto vendo ele fazendo tricô. Um velhinho ranzinza.
— Você nem passou o link da sua loja, preciso de uma blusa que mostra a barriga. — Comentei entediado, não queria ir para a aula, mas agora que eu olhei a fila novamente o meu crush lindo não estava mais ali.
— O que? — Quase gritando, Chaewon olhou sério para algo em cima da minha cabeça. — O teu amigo com cara de maracujá azedo. — Às vezes Chaewon é agressiva ao extremo, mas na maioria do tempo ela é doce e faz os melhores brownies.
— Boa tarde, lobinho. — Senti uma respiração forte perto do meu rosto, perto o bastante para invadir todo um espaço pessoal, não segurei uma careta de desgosto.
— Oi, Sejun. — Cheguei um pouco para o lado. Céus, faz o sinal tocar.
— A gente precisa conversar mais tarde. — Precisamos não. Sinceramente, eu não sei porque tudo dá tão errado, Sejun já deveria está namorando com aquela beta, a Yujin, e me largado de mão.
Eu não gostava dele assim, foi só uma ficada.
— Claro, claro. — Não se eu sair correndo para minha casa.
Ele finalmente saiu e eu suspirei aliviado, mas não o suficiente para ouvir e sentir o cheiro de Minho forte, assim como o de Chaewon, uma mistura cheirosa de laranja e hortelã.
— Cara, por que você diz que não gosta? — Chaewon, mesmo sendo uma ômega, me olhou séria cruzando os braços.
— Ah, vai ver que o Ji gosta? — Mesmo sendo o alfa, Lino era o mais calmo, quando Chaewon estava brava no caso, como agora que tentava me defender do olhar irritado e tremelicado dela.
— Ele estava claramente incomodado. — Verdade, ai Jisung, fala algo ai.
— Ai gente, acho que é melhor deixar pra lá, muitas emoções e ainda nem começou as aulas da tarde. — Falei tentando acalmar os ânimos, principalmente com os olhares curiosos desses alunos desocupados, até porque o cheiro deles estava ficando forte demais.
Eles pareciam meus pais tentando me proteger com o cheiro.
— Mas a próxima vez, a gente vai falar, eu por exemplo não gosto que ninguém me toque e corto logo, só vocês dois que me abraçam. — Lino resmungou já tacando o tricô dele dentro da mochila.
Ai, a mochila!
— Ah, que fofo! — Mandei beijo para os meus dois amigos, e em resposta riram, minha parte na amizade era fazer eles rirem. — E eu vou ter que subir para pegar minha mochila, deixei ela lá em cima.
Sai correndo, e o sinal tocou justamente nessa hora, um aglomerado de pessoas perto da porta das escadas se formou. Eu deveria ter vindo antes.
Parabéns, Han.
Parabéns mesmo, olhei para o lado encontrando os olhos claros de Yuta, ele estava do meu lado aparentemente querendo subir, ele comeu rápido, se bem que hoje a diretora estava aí e ela fica dentro do refeitório gritando, óbvio que todo mundo comeria rápido para sair daquele desconforto.
Mas agora perto dele só consigo pensar na vergonha que passei na frente do alfa, céus! Nunca vou ter uma chance com ele, ainda mais depois de pagar inúmeras parcelas de micos.
Melhor pegar o celular para fingir desinteressado.
"Oiiiiii, Jisung! Sou eu de novo, você pode ver pela foto que sou eu, o Hyunjin, então, eu li o seu trecho e acho que deveria aumentar um pouco, ela disse que é um minuto e eu disse que era rápido, mas não tanto assim." — Certeza que ele digitou essa bíblia com aquela pose metida dele, e principalmente aquele sorrisinho falsamente amigável.
Suspirei profundamente antes de começar a digitar.
"Oi, Hyunjin! Tudo bem? Ah, sim eu vou aumentar e já te passo." — Se estivesse frente a frente, eu iria dizer tudo com uma careta e empinando o nariz sorrindo confiante e debochado. Estúpido, metido.
Assim que desliguei o celular, percebi quantidade de pessoas tinha diminuído, e na minha frente estava ele, ah. Oxi! E por que ele está tão perto daquele menino do segundo ano?
Droga. Pior é que ele é muito lindo, e eu já tinha dito aquilo para o beta ali.
Tentei forçar meu ouvido de fofoqueiro, mas eles pareciam só mexer a boca, que tipo de conversa era aquela? E agora estavam calados subindo, sinceramente, talvez Minho tivesse razão, se eu não fosse atrás, outro iria.
Só não achei que seria tão rápido. Mesmo que aqui tenha apenas vinte alfas entre trezentos ômegas e mais de quatrocentos betas na escola, tanta gente que a verba do suco tinha diminuído no almoço.
Sim, mais de setecentos alunos e eu fui gostar justamente dele, Yuta de cabelos loiros e olhos claros e um cheiro bom, não era o alfa mais cheiroso que eu eu já conheci, mas dava para o gasto.
Subi as escadas chateado. Poxa, eu não esperava que ele fosse achar alguém tão rápido, eu nem tive a chance de esbarrar nele e deixar meus livros caírem.
Peguei minha mochila e desci correndo, não exatamente correndo, mas em passos longos e rápidos, encontrei Chae e Lino sentados no banco enorme de concreto vermelho, me aproximei deixando a bolsa ali e tirei da calça meu celular com cordinha de miçangas roxas.
— Não vamos pra sala? — Perguntei assim que usei a minha digital para desbloquear a tela.
— Vamos, estávamos esperando você. E que barriguinha é essa? — Chaewon começou, tava amorosa demais. — Barriga de fora, tatuagem nos braços, ih, Hanie.
Cobri ela com minhas mãos, não era permitido a blusa branca de manga curta da escola ficar aberta, mas quem ouvia eles? Exceto Minho, claro, a blusa dele tinha todos os botões fechados.
— É estilo, mona. — Pisquei descendo o olhar para o celular novamente, não antes de olhar o reflexo do meu lindo rostinho e do cordão de pedrinhas estreladas, meu amuleto da sorte.
"Olha esse trono que tem na festa que eu tô do curso." — Segurei uma risadinha lendo pela barra de notificação depois de identificar quem tinha enviado, Hyunjin é estranho.
— Tá rindo olhando o celular por quê? Espero que não seja nem o Sejun e piorou o Yuta. — Revirei os olhos, talvez só por essas duas experiências eu deva aprender que: celular mais crush é igual a vergonha.
— Não, estou só vendo o negócio do inglês aqui, aliás, vamos para o bloquinho, vamos. Não acredito que vou sair só seis horas.
[...]
E foi assim que meu dia terminou, correndo da escola como o Cascão foge do banho.
Não me entenda mal, mas Sejun desde que terminou com Jennie vivia no meu pé, e eu não gostava dele assim, não mais.
E depois de ouvir papai Jackson falando sobre mais um dia difícil na escola, e como as crianças eram agitadas, eu tomei um longo banho e fiquei todo feliz com a esperança de que quinta-feira iria dormir até mais tarde.
Minha cama, eu, lavar o cabelo, me arrumar na tranquilidade e sossego por pelo menos umas seis horas de paz.
Peguei minha mochila do chão, tirei o celular de dentro e subi as escadas da minha casa, uma arquitetura moderna de que parte dela é embaixo e a outra no andar de cima. Me joguei na beliche de cima e suspirei abraçando meu travesseiro, olhei apenas a tela do celular vendo exatas sete horas da noite.
— Jisung! — Gemi choroso afundando mais meu rosto no travesseiro, a voz grave de Mark me deu um ódio.
Não dele, mas da vida que me fez pobre, e agora tinha que descer novamente para buscar os pratos, jantar e lavar a louça.
Mas amanhã nada me pertubaria de manhã.
— Que idiota! Filho de pombo, salafrário, perturbador da paz alheia. Só porque ele speaka em inglês acha que pode vir, perturbar meu único dia de paz. — Resmungava fechando o cordão de estrelas, peguei um pente deixando fios no meu rosto e olhei mais uma vez.
A barriga com o piercing estava aparecendo por causa do cropped amarelo apagado, minha calça jeans deixava minha bunda ótima, e por fim a blusa branca de botões que sempre ficam abertos, sem contar na tatuagem. Eu deveria fazer mais, ser tatuado me deixava gostosa.
— Gostosa. Yuta que perde, idiota. — Tecnicamente ele não perde, já que nunca teve, infelizmente.
Peguei meu card do ônibus, tranquei as portas e quase chorei de ver que deixarei esse silêncio e paz para ver um trabalho idiota, com um alfa gostosão metido.
Sai correndo de casa, a avenida não era grande, mas precisava correr um pouco para chegar no ponto de ônibus, e já aconteceu de tantas vezes perder ele quando estava chegando perto que não ouso testar para saber. E felizmente, o ônibus começou a sair quando cheguei, o lado bom de morar em uma casinha na Rua das Flores, era que o ônibus saia do final da rua e só precisava sair da avenida para pegar ele, e o ônibus 01 sendo rotativo, passava pelo centro.
E falar em centro, depois de um tempo vendo as senhorinhas entrarem e saírem do ônibus, cheguei no ponto mais perto da praça do curso, ou seja, no centro. Desci um pouco nervoso, e se ele não estivesse lá? Eu ia descer o sarrafo, melhor voltar para o ônibus e esquecer isso, passar a manhã toda dormindo.
"Já cheguei na praça, tô sentado aqui em uma mesa." — Droga! Eu tinha a chance de ir, mas não, ele está aí.
Pelo menos é pontual e com palavra.
Coloquei o celular dentro da calça, apertei o passo, minhas mãos estavam molhadas e inquietas mexendo na cordinha do celular, estava na rua do curso e precisava só atravessar, odeio passar aqui porque esses motoristas não sabem respeitar o sinal.
E lá estava ele, dava para enxergar o imbecil daqui, sentado na mesa de concreto perto de uns brinquedos, os fios puxados com gel e com uma blusa azul simples, mas que deixava os braços dele enormes, além da calça fina social e a corrente com a imagem da Santa Maria, que refletia a luz do sol. Sinceramente, por que ele simplesmente ficava um gostoso fazendo nada? E melhor: com esse estilo de pastor filhinho de mamãe?
Não suporto essa aura de mimado.
— Hyunjin. — Falei já jogando minha mochila na mesa, ela era branca quando comprei, mas agora está cinza.
— Ms. Han, que bom que veio, — "Ms. Han" esse sotaque britânico me deixa estranho, certeza que é raiva. — eu li o seu texto, e me pareceu bom, mas eu queria ouvir, sabe? Já que me parece muito que foi copiado do Google.
— Tá dizendo que não posso escrever um texto bom sem usar o tradutor? — Não que ele estivesse errado, mas não vou deixar ele me humilhar assim.
— Não! Jamais, eu apenas pensei, e seria bom ouvir antes de apresentar hoje. — Ele ergueu o canto dos lábios em um meio sorriso, os olhos finos estavam brilhando em puro escárnio.
— Não se preocupe, senhor perfeitinho speake. — Sorri confiante, ou tentei passar, já que tinha ouvido apenas uma vez o Google falar aquele texto.
Abri o celular e deixei na conversa dele, comecei a ler tranquilamente, apoiei a mão na cintura e vi o olhar dele seguindo, não deveria estar prestando atenção nos meus erros ao invés de olhar minha barriga? Acho que minha boca fica um pouco mais em cima. E infelizmente, chegou na parte que eu temia, pronunciar burguesia em inglês, a escrita era estranha e a pronuncia também.
— Bourgeoisie, Ms. — Nossa, me segura que eu vou meter minha mão na cara desse bocó. — Olha para minha boca e preste atenção no som, tudo bem?
— Não precisa falar assim, como se eu fosse um idiota. — Ao invés de se desculpar por ser um ameba, ele apenas deu um sorrisinho debochado cruzando os braços acima do peito, pareciam maiores tensionados.
— Perdão. — Após isso ele pronunciou burguesia perfeitamente, mas o estranho foi algo me chamou a atenção.
Os lábios dele, eu nunca tinha reparado em como eram grossos, e o canto deles sempre estavam puxados como se fosse natural aquele sorriso como se dissesse: sei que sou bonito e inteligente.
— Agora você, Ms. Han. — Engoli a seco, pisquei algumas vezes e suspirei antes de abrir minha boca, ainda em pé com ele mais baixo que eu por estar sentado, comecei tentando imitar o som dele.
Só que quando finalmente minha voz ficou do tom legal e saindo a palavra quase igual a dele, esse paspalho levantou, ficando bem mais alto e se aproximou de um jeito perigoso, perigoso do jeito que faz minhas pernas querer tremer.
— O que está fazendo? — Droga, Han! Minha voz saiu calma e delicada, devia era sair grossa e assustadora pra meter o medo nesse boboca.
— Me aproximando para escutar melhor, aqui é muito aberto e barulhento. — Balançou os ombros e eu, idiota, olhei para o cordão grande dele, que caia entre os peitos grandes, se bem que era minha visão quando eu olhava para frente, o lado ruim de ser um pouco baixo.
— Se eu tivesse em casa, poderia mandar um áudio e seria bem melhor. — Reclamei mesmo, ainda coloquei as mãos na cintura.
— Em casa eu não teria a chance de ver pessoalmente. — Revirei os olhos, cansado daquela bobagem.
— Você deve ter um tesão enorme em mim, não é possível. — Depois que encarei os olhos dele arregalados, notei a estupidez de abrir a boca grande.
Viu? Talvez seja por isso que eu não fale muito.
— Por que eu teria em você, ômega? — O que? Agora ele ta ferindo o meu orgulho. — Não se ache tanto.
— Olha quem fala! E sinceramente, perdi meu tempo e passagem vindo aqui, seu mimadinho! — Minha voz com certeza aumentou, e meu dedo bateu no peito forte, nossa e que grande, foco!
Me virei para sair, mas fiz questão de bater com o ombro no dele, mas antes de conseguir sair para pegar um ônibus de volta, meu pulso foi segurado delicadamente. Quando ergui o olhar, Hyunjin parecia um pateta, os olhos finos transmitiam calma e o cheiro dele também, o que era incomum, alfas lúpus não eram o maior amuleto de paz.
— Me desculpa por ter sido grosso, eu só gosto de fazer tudo bem e eu escutei aquele dia a professora recomendar as aulas de couch. — Além de tudo, a orelha é enorme, talvez seja para compensar o tamanho de outra coisa.
— Olha, valeu ai por tentar — destaquei o "tentar", e o gatinho ainda teve a audácia de se fingir de surpreso. — me ajudar, mas o que eu faço ou deixo de fazer é problema meu, paixão. Se liga e me solta. — Respondi irônico revirando os olhos.
— Ou! Eu to me desculpando na maior boa, e você age assim? Qual é! Então vai, não acredito que quis ajudar um petulante como você, arrogantezinho. — Ele começou falando um pouco alterado, do tipo que as sobrancelhas grossas foram se juntando. E quando terminou, ele novamente estava com o canto dos lábios puxados em um sorriso e com uma sobrancelha erguida em desafio.
— Não preciso da sua ajuda, docinho. Mas para sua informação, eu sei falar muito bem, e agora mesmo posso mandar você se catar na casa do caralho em inglês. — Não me contive em erguer o queixo, com meus lábios abertos em um sorriso enorme, tanto que ficou um pouco difícil de ver com as minhas bochechas tapando parcialmente minha visão.
Então por que ele continuava com a mesma expressão?
Quando os lábios grossos abriram, ele logo fechou encarando algo atrás de mim, e eu, como um curioso, queria saber, afinal a rua estava na minha frente e nas costas de Hyunjin, e seria o único lugar interessante para se olhar. E não as casas atrás.
Me virei curioso encontrando um alfa, ele tinha olhos finos, e um nariz bem parecido com o do Hyunjin, e a boca também, mesmo sendo mais fina. E bem, ele estava com uma camisa grande e de bermuda, além de chinelo e o cabelo preto bagunçado.
Ele fez um "H" com as mãos e logo acenou, em seguida fez o sinal de mãe, passando o polegar na bochecha e beijando a mão.
— Que foi, Niki? — A voz rouca do alfa fez meus pelos subirem, ele estava perto demais, mas nem notou. — Droga, eu não entendo.
Novamente, ele fez o sinal e em seguida revirou os olhos abrindo as pernas e tentando puxar algo? Depois fez um gesto que geralmente as pessoas fazem para representar bebê no colo.
— Ah! A mamãe? — O tal Niki balançou a cabeça e fez o sinal de "chamar", abriu a mão e fechou enquanto puxava. — Que?
— Tá chamando. — Revirei os olhos, mesmo sendo em libras esse imbecil podia sacar que era chamar.
— Ham? — Olhei novamente para o tal Niki, se eu olhasse esse alfa burro iria o socar. E esse Niki me pareceu engraçado quando sorriu e em seguida fez o sinal de "obrigado". — Você entende libras?
— Tenho uma disciplina de libras, sou o favorito da professora, e minha avó me ensinava . — Não que eu seja metido, mas era o favorito da maioria dos professores.
— Não duvido, a teacher também gosta de você. Mas, ela gostaria mais se falasse em inglês. — Desviei o olhar do Niki, que parecia bem curioso, quando novamente meus olhos encontraram os felinos do alfa burro, percebi que a vontade de socar ele ainda estava ali. — E eu poderia te ajudar.
— Você deve ter um puta fetiche em me ver pagando mico. — Dei uma lenta revirada de olhos, tanto que senti o frio bater nas orbes.
— Talvez eu tenha. — A voz melódica falou em puro escárnio levantando as sobrancelhas e senti o toque da mão grande se afastar do meu braço. — Estou falando sério, eu posso ajudar, Jisung. — Eu não entendi o que aconteceu ou o que se passou na cabeça dele ao sussurrar com a voz rouca dele. Ainda mais uma frase tão duvidosa como essa. — E em troca você poderia me ajudar com libras, só o básico e tá bom.
— Está falando sério? — Ele não tinha muito jeito de alguém que realmente pediria ajuda, mas eu também não tinha e desde que entrei nessa turma, estudava igual condenado inglês para acompanhar eles.
— É. Sabe, os deveres e a comunicação com Niki anda complicada, e seria uma boa ter uma ajuda que não custe o aluguel todo de casa.
Bem, realmente os aluguéis são caros e eu precisava de ajuda, era meu último ano no inglês e sair só falando "bye" e "hello" era vergonhoso. E libras deveria ser ensinado em todos os lugares, é uma necessidade para todos e era a primeira vez que alguém mostrava interesse em algo que eu sabia.
Aliás, eu só ia estudar com ele, não teria tempo o suficiente para socar a fuça bonita do lúpus. Não tinha como cair na porrada.
— Pode ser, mas sem ficar rindo de mim, e se eu sonhar que está me zoando, eu te quebro!
Com essa ameaça, que eu não teria força alguma contra ele, tenho certeza de que não terei problemas.
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