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Capítulo 1

Anna Cardoso

— MULHER INÚTIL! — O tapa é desferido em meu rosto, o gosto do metálico preencheu minha boca. Cacos de vidros estavam sobre o chão, era minha xícara favorita que ganhei após o casamento.

— Desculpe, eu vou limpar isso. — Respondo, não me lembro a que ponto havia chegado, cada dia me fechava, deixava as lágrimas serem minha companhia enquanto Estavão andou saindo com outras mulheres.

Apenas fazia o papel perfeito de uma mulher prendada e obediente. A esposa perfeita em pleno século XIX, ainda existiam essa prática nas famílias tradicionais.

— Só acho que não precisava... — Meu rosto é acertado com um soco. Cai sentada em meio aos cacos, um deles furou a palma de minhas mãos. Não estava acreditando.

— Você é apenas uma imunda, fria que não sabe nem me satisfazer na cama! — Seguro o rosto no local do impacto, meu maxilar. Lágrimas tornaram a cair em meus olhos, era a primeira vez que levava um soco de quem eu mais amava. — Faço de você o que eu quiser!

Ele berrou, furioso pegou meus cabelos forçando o olhar nos olhos. Olhos que por dois anos amei incondicionalmente, agora sou fria como ele disse. Apenas a esposa perfeita.

— Espero que esteja satisfeita mamãe. — Resmungo assim que escuto a porta se fechar e com o impacto meu corpo treme.

Lana praticamente me empurrou para esse mundo. Muito interesseira, já que Estevão era o marido perfeito, sócio de uma das maiores empresas de São Paulo em tecnologia inteligente.

Nós apenas moramos em um subúrbio que quase todas as tardes tinha tiroteios por todos os lados. Ela achou que me casando com homem rico, iria poder ostentar joias e vestidos caros.

— Você precisa apenas agradá-lo Anna. — Levanto sentindo o maxilar doendo horrores. Vou ao banheiro e puxo a pequena maleta de primeiros socorros deixando o sobre a pia. 

Por que não fugi com Phetro?

— Você deve obediência a ele. Ele é seu marido. — Repetia a mim mesma a frase absurda que ouvi minha adolescência toda. Fiquei preparada para me casar com o filho bem sucedido de Anthony Souza. Estevan Souza, o maior canalha de toda a São Paulo.

Mas o amava, antes de tudo isso acontecer. Ele foi corajoso para destruir o último resquício de minha alma.

Agora me sinto uma qualquer que ele vem e bate, apenas a esposa perfeita que lhe propõe uma imagem aceitável pela sociedade. Peguei a agulha e tentei abrir um pouco mais a ferida para retirar o pedaço de vidro que ficou ali. Um ano de casamento foi às mil maravilhas, me olhei no espelho vendo a casca de uma mulher incrível que já morreu nessa prisão. 

No ano seguinte começaram as proibições, regras, exigências... Me obriguei a ser afastada das amizades. 

A dor do estilhaço de vidro sobre minha pele não foi tão dolorosa quanto a dor em meu peito. Pelo contrário, havia me causado uma sensação estranhamente boa.

Respirei fundo e peguei a pinça, ele era pequeno e estava bem visível a luz fluorescente do banheiro luxuoso.

— Humm. — Primeira tentativa e ele entrou mais na pele. Gemi pelo incômodo, afinal, a dor no peito estava maior.

Estevan nunca me bateu até os dois anos completos. O primeiro tapa foi na nossa comemoração de casados, Phetro havia me tirado para dançar, meu melhor amigo.

Ele teve coragem de me pedir para fugir com ele para o exterior. Mas tive medo de não dar certo, Estevam é aquele tipo de cara controlador, manipulador, e se as coisas não saem do jeito que ele quer, ele é capaz de tudo para a ter.

Seguro mais firme na pinça e coloquei na pontinha do vidro e o puxei, instantaneamente o sangue sai livre do corte de três centímetros, escorrendo pela palma e pintando o chão. 

Não poderia dizer, mas foi mais do que prazeroso ver o líquido escorrer de minha pele. Seis meses, seis meses sem ver ninguém. Samantha já deveria ter se casado com Fernando e Lana deveria estar cursando Paisagismo no exterior. E eu? 

Em casa, limpando, cozinhando, sendo a mulher perfeita...

Faço uma atadura e aproveito que estou no banheiro para levar as roupas para lavar. Estevan havia me batido pelo copo de vinho caído sobre o tapete da sala.

E estou aqui, levando as roupas para a máquina de lavar na área de serviço. Deixo as bater enquanto volto para a cozinha para preparar o almoço. No caso o meu, mesmo não tendo fome. Deixei as panelas elétricas ligadas enquanto ia tomar um banho, me senti mais suja além do normal, esfregando o corpo como se tirasse toda a culpa e remorso, a sujeira da pele.

Passei pela sala e tirei o tapete antes que a mancha piorasse. Lavei-o e depois subi para um banho, após banho bem tomado desci para desligar as panelas. Porém, quando meu caminho foi perto de um dos quartos de hóspedes, tive o vislumbre da pior cena que poderia ver. Estevan estava fazendo seco com uma garota lindíssima. 

Seus sexos batiam forte enquanto gemiam, Estevan segurava a cintura dela e se aprofundava cada vez mais rápido. Ele vira o rosto me notando na frente da porta vendo-os e apenas sorri. 

Corri para o banheiro do quarto, eu queria morrer, desejei tanto um fim. A dor era imensa, por todos esses anos pensei que ele iria mudar, pensei que me amava como eu o amo. Lágrimas tomaram violentamente pelo meu rosto.

Entro no quarto vendo a cama que um dia lhe entreguei minha vida. Estevan pisou nela, brincou com ela sem se importar com os danos. Me tranquei no banheiro e comecei a chorar. Horas depois a porta foi esmurrada.

— SAIA DAÍ SUA CADELA! — Me encolhi entre o gabinete da pia e a parede. Ele não merecia, mas eu o amava.

Muito tempo depois, Estevão cansado de tentar algo contra mim, desistiu saindo. Arrumei coragem e me levantei, abri a porta e vi meu espelho de corpo inteiro aos estilhaços no chão, assim como a mim.

Reduzida a nada, humilhada, me ajoelhei sobre eles e peguei um pedaço, como da outra vez, lembrando que o corte da mão serviu para um grande alívio e ali, sem me importar, comecei algo que um dia poderia desejar em parar.

***

Até a próxima.

Bjs Prinss.

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