Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 4

Victória abre porta apenas três segundos depois de eu tocar a campainha. Ao vê-la, minha boca se curva em um sorriso contido, e meu coração ribomba dentro do peito com uma emoção diferente.

Ela está muito linda vestindo uma calça jeans retalhada nas coxas, uma camisa regata branca larga em seu corpo e coturnos nos pés. A maquiagem no rosto e o batom vermelho na boca são as únicas coisas que quebram seu look masculinizado — e que eu estranhamente adoro. Então reparo em como ela é um poço de mutações. Ontem à noite, quando vim procurá-la, suas vestimentas eram justas no corpo, bem mais femininas que as de agora, e o perfume exalando de sua pele era forte como os meus. No entanto, hoje vejo o inverso: roupas mais masculinas e perfume suave como os de Lívia.

Um aroma gostoso de comida também paira no ar, vindo da sua cozinha. Victória sorri pra mim, os olhos verdes brilhando na minha frente de uma forma diferente. Parece feliz com minha presença, e não amedrontada.

— Oi, pode entrar — diz, dando-me espaço para fazê-lo.

Entro em seu apartamento mais uma vez. Viro-me para ela, sem saber exatamente como agir. Eu fiz uma pergunta estúpida sobre vê-la outra vez, e ela permitiu me respondendo com uma mensagem. Eu não consigo compreender realmente isso. Eu não deveria estar aqui com segundas intenções quando minha mulher está dando total atenção em meu irmão e meu filho está sob os cuidados dos avós. Eu traio Enzo também quando durmo com Victória. Eu sempre disse a mim mesmo que o educaria para ser um homem honrado, muito com medo de ele ter o gene cretino de seu pai biológico e agir da mesma maneira como Alfredo agiu com sua mãe e com todas as mulheres por quem ele se interessava em fazer seus joguinhos. Mas agora, eu me vejo quebrando minhas regras e valores. Sendo um cretino como Alfredo.

Afasto meus pensamentos e lhe dou outro sorriso, sem saber exatamente o que dizer ou fazer.

— Está com fome? — ela quebra o silêncio, percebendo minha hesitação. — Estou fazendo o jantar e...

— Sim. — respondo, cortando-a. — Mas estou com fome de você, Victória. — E, com isso, eu dou apenas um passo para findar nossa distância. Seguro-a pela nuca e tomo sua boca para mim, num beijo profundo.

Instantaneamente ela se agarra à minha nuca e se ergue nos pés para melhor alcançar minha boca, suas mãos passando pelo meu corpo num ritmo frenético e constante.

— Espere... — protesta entre os beijos. — Espere, espere — e consegue me empurrar, mas eu quero trazê-la de volta para minha boca e sentir seu gosto. A ideia de que ela esteja desistindo desse encontro não me agrada e dói profundamente em mim. — Henrique... meu feijão vai queimar. — esclarece, rindo um pouco, então eu finalmente cedo me separar dela.

Victória corre até a cozinha e volta alguns segundos depois. Eu penso em lhe dizer alguma coisa, mas ela investe contra minha boca com desespero, e eu me desequilibro um instante. Sorrio com sua empolgação e a lanço pela cintura para meu colo. Beijando-a, eu nos levo para seu quarto, procurando-o por duas portas no corredor antes de, finalmente, encontrá-lo. Deito-a na cama, procurando beijar toda sua pele, não quero deixar escapar nenhum centímetro do seu corpo.

Para atender aos meus desejos, eu tiro sua regata larga, e novamente vejo que ela está sem sutiã, os seios já rijos de excitação. Abocanho-os carinhosamente, mordiscando os bicos com delicadeza. Ela se remexe sob mim, murmurando de prazer e afagando meus cabelos com força. Subo para sua boca outra vez e mordo-a carinhosamente. Então olho em seus olhos verdes e faço um afago em sua bochecha.

— Quero fazer diferente hoje — sussurro sem me desencontrar dos seus olhos. — Vamos devagar, pode ser?

Ela umedece os lábios com um sorriso encantador e afirma com a cabeça. O momento é estranho, pois eu e ela estamos muito confortáveis com a situação, como se o que estivéssemos fazendo, ou prestes a fazer, não fosse a coisa mais errada do mundo. Eu não me permito pensar mais nisso e somente a beijo outra vez, mas agora sou brando e delicado, aproveitando a serenidade desse beijo para senti-la melhor, sentir melhor o seu gosto e a textura da sua boca, a suculência dos seus lábios carnudos.

Ela se senta na cama, e eu a acompanho. Vic tira minha camisa, também devagar, e desperta um sorriso em mim saber que faz para me agradar. Lenta, ela me deita na cama e monta em meus quadris; suas mãos escorregam pelo meu tórax, num toque lânguido e macio. Suspiro e fecho os olhos, sentindo todo meu corpo se agradar com esse simples contato. Ela tira minha calça e depois se deita sobre meu peito, beijando o canto da minha boca, subindo pela linha da mandíbula, mordiscando o lóbulo da minha orelha enquanto suas mãos ainda deslizam pelo meu corpo.

Troco de posição, deixando-a por baixo, e a ouço resmungar sobre querer lamber todo meu corpo. Oh, droga, e a simples menção me faz querer muito isso. Mas eu não a deixarei fazer; não por ora. Termino de tirar sua roupa e a penetro em seguida, ela já preparada para me receber. Transamos devagar, apesar de ser intenso, e o sexo é demorado; muito além dos quinze minutos das duas primeiras vezes.

Quando terminamos, nós dois estamos ofegantes e suados. O aroma dela, da sua pele e da sua vagina é extremamente excitante, e eu já me imagino dentro dela mais uma vez. Seu cheiro de pós-foda é delicioso e desperta em mim sentimentos até então desconhecidos. Não sei explicar essa minha atração tão repentina por Victória Santos, mas é algo completamente diferente de tudo o que um dia eu senti por alguém. Mas essa nossa atração, mesmo súbita, é inegável entre nós.

Victória se aninha em meus braços, enroscando suas pernas nas minhas e enfiando o rosto no meu pescoço. O ato é íntimo demais e estranho demais. Deus, como nós estamos tão tranquilos com o fato de estarmos traindo uma esposa e uma melhor amiga? Outra vez eu me sinto amargamente arrependido e desorientado. Eu amo Lívia — intensamente — e sei disso, eu sinto isso. Mas Victória... desde aquela noite ela mexeu comigo de uma maneira inexplicável, e agora eu a quero, quero esse sexo bom que fizemos, quero sentir seu sabor almiscarado e me surpreender com seus diversos looks, cortes de cabelo e perfumes.

— Eu não achei que você fosse realmente voltar — ela me fala, por fim, depois de muito tempo em silêncio. — E eu nem sei por que te enviei aquela mensagem.

Viro a cabeça para o lado, para encontrar seus olhos verdes. Se quando cheguei eles brilhavam encantadoramente, agora estão abatidos. É como se Vic se sentisse como um cristão cometendo um pecado depois de jurar a Deus não cair mais em tentação.

Arrependimento. É o que nós dois sentimos.

Arrependemo-nos, mas tornamos a cometer o mesmo erro. Eu não sei o nome que se dá a isso.

— Nem eu. — confesso, com um suspiro. — Victória, isso é errado, eu sei. Mas... não dá. Não paro de pensar em você e no nosso sexo.

— Eu sei — admite, descendo um indicador pela minha barriga.

— Você sabe?

Finalmente ela ergue seus olhos pra mim e suspira.

— Por que duvida?

Dou de ombros.

— Achei que não se apegasse a ninguém.

— E não me apego. Você não é o primeiro com quem eu transo e que não paro de pensar.

Certo, isso foi profundo e doeu. Todavia, não me dou ao luxo de retrucá-la. Victória é solteira e livre, e sua vida sexual ativa sempre foi de conhecimento de todos, ela nunca fez questão de esconder. Rio interiormente ao me lembrar de ela nos dizer uma vez sobre ser uma puta assumida e com orgulho. Eu nunca liguei muito pra esses quesitos, eu mesmo não sou nenhum santo, mas também nunca fui como ela. Sempre preferi relacionamentos estáveis e sexo comprometido; nunca sexo casual. Não que eu não tenha tido em algum momento da minha vida, mas sempre preferi relacionamentos amorosos — o total oposto de Victória. E mesmo com Lívia, sempre mais reservada, eu nunca me importei realmente com os homens que passaram na sua vida. Eu sei que ela se deitou com outros homens ao longo desses onze anos, não tanto e nem com tanta frequência como sua melhor amiga, e, assim como eu, sempre preferiu relacionamentos estáveis e monogâmicos, isso nunca me incomodou ou me fez julgar seu caráter. Exceto sobre Alfredo. Eu preferia mil vezes que ela tivesse se deitado com todos os homens do mundo, menos com meu irmão. Mas ela se deitou. Ele foi seu primeiro homem quando eu planejava ser o primeiro. Eu engoli todo esse orgulho machista e aceitei não ter sido o primeiro, mas o estável em sua vida, quem realmente estava ao lado dela. Não era Alfredo; era eu. E de certa forma, me afagava o ego.

Mas Alfredo sempre será o maior causador de ciúmes em mim quando se trata de Lívia. E saber que os dois estiveram juntos à época que Lívia planejava se vingar me tira qualquer vestígio de civilidade e racionalidade.

— O gato comeu sua língua? — Victória me puxa de volta ao mundo real, e só então percebo ter divagado. Era sobre ela, e em dois segundos tornei meus pensamentos sobre Lívia e meu irmão.

— Desculpe, eu fiquei meio sem jeito por causa da sua comparação — respondo, realmente um pouco ofendido.

Ela ri e me beija no canto da boca.

— Mas com você é diferente, acredite. — confessa, baixando o tom de voz e se ajeitando sobre meu peito.

— É?

Victória suspira, fechando os olhos.

— Sim, Henrique. E mesmo não sendo certo eu e você, eu... eu sinto isso, sinto sua falta, sinto vontade de te ver. De estar com você. É diferente de como eu pensava em outros caras.

Ela me diz isso sem a coragem de me encarar. Morde o lábio inferior com um pouco de força e agora parece realmente desconfortável com a situação, desconfortável comigo em sua cama. De repente ela se levanta, me dizendo apenas que tomará um banho. Eu não tenho tempo de responder, pois ela já entrou no banheiro. E embora eu esteja em um conflito interno sobre ir embora e parar de me encontrar com Victória e continuar batalhando por meu relacionamento fracassado com Lívia, eu me levanto e a sigo para o banheiro.

Seu corpo nu e molhado desperta meus desejos mais profundos, e no próximo instante estou me juntando a ela, abraçando seu corpo por trás e tecendo beijos em seu pescoço, ombro e nuca. Ela não protesta ou me impede, pelo contrário, encosta-se no vidro do box e se entrega docemente. Transamos mais uma vez, sem pudor, sem medo, arrependimentos, ou mágoa.

Somos egoístas e mesquinhos quando transamos outra vez, somos amantes.

Improváveis, mas, inegavelmente, amantes.

Ela põe o prato na minha frente, sobre o balcão da sua cozinha. Victória insistiu para eu ficar e jantar. Mesmo relutante, eu aceitei. Apesar de toda essa questão sobre trair Lívia, lá no fundo ainda existe uma mágoa por ela estar longe de mim, ainda dando atenção a Alfredo e seu estado de saúde delicado. Eu não penso em voltar para casa tão cedo; não enquanto eu não tiver minha mulher ao meu lado por completo. Nunca suportei dividi-la com meu irmão, e não será agora, mesmo sob trágicas circunstâncias, que aceitarei.

Sei como isso soa cruel e egoísta; como posso não me importar com meu próprio irmão, sangue do meu sangue? Depois de tantos anos vivendo sob a sombra de suas canalhices, eu não consigo mais realmente me importar. Ele não fez mal somente à Lívia, mas a mim também. Destruiu todo o bonito sentimento que havia entre nós, e sua passagem por nossas vidas foi constante ao longo da última década. E continua sendo. Alfredo de qualquer maneira sempre consegue interferir em minha vida com Lívia, e isso me deixa em um estado de irritação capaz de me fazer não me importar com ele.

— O cheiro está ótimo — elogio, enquanto ela se senta de frente pra mim com seu prato já em mãos. Victória preparou apenas arroz, feijão e purê de batata e uma salada bem colorida.

— Bem, mas você não vai encher a barriga apenas com o cheiro — e aponta o meu prato antes de dar uma garfada em sua comida. — Coma.

Nós comemos em silêncio. Isso não deveria ser natural. Isso nem deveria estar acontecendo. Mas está. Nós transamos duas vezes e agora estamos comendo, como se fôssemos realmente um casal comum, e não dois amantes. E lá está novamente, instalado no meu coração e na minha mente, esse sentimento estranho entre o arrependimento e a adoração: não é certo, eu sei, mas quero continuar fazendo. O pior de tudo é estar me acostumando com isso, me sentindo menos arrependido e mais confortável com a situação, com as minhas atitudes, a cada novo encontro nosso.

Victória também parece manter a mesma postura. Ou ela disfarça muito bem ou se sente assim como eu.

Ao final, eu a ajudo com a louça antes de decidir ir embora. Victória me acompanha até a porta. Há hesitação em seus olhos e em mim também. Eu queria poder ficar, e mesmo não havendo motivos para ir embora, eu forço minha mente a encontrar qualquer desculpa para me convencer a deixar Victória para trás.

— Henrique — ela me chama; ainda estou parado na porta com minha maldita indecisão.

— Sim?

Ela pisca e separa os lábios, como se calculasse as palavras.

— Eu estou arrependida.

Eu não a respondo, apenas aceno com a cabeça e entendo seu recado. Ainda assim, eu me aproximo e deixo um estalo em seus lábios vermelhos e carnudos antes de me afastar e ir embora.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro