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Capítulo 02: O estranho mais lindo que já vi

Ambrose não voltou a pensar sobre o estranho pelo resto do dia, decidindo enfim ir até o grande mercado logo após o almoço já que a chuva havia parado, podendo se deliciar em comprar tudo o que queria, sempre sorrindo para todos, apesar de ninguém ver por conta da máscara.

Haviam tendas coloridas erguidas por todo o caminho, então mesmo que voltasse a chover não corria o risco dos comerciantes e clientes se molharem, o som daqueles que gritavam e negociavam preços abafando as conversas ao longo do caminho fazendo o lugar parecer agradavelmente cheio, apesar de ser um horário com poucos transeuntes.

Parou de frente a uma barraca de fruta, seus olhos brilhando, já estava na época da jabuticaba?! Geralmente só as via ser vendida após seu aniversário que seria dali a quase um mês! Imediatamente pediu para o criado que o acompanhava pegar algumas enquanto seguia para a próxima barraca.

Sabia como era julgado pelos nobres por gostar desta atividade, por gostar de simplesmente sair por aí e andar pelo mercado do reino, caminhando entre pessoas comuns como se fosse um deles, porém não se importava. Por favor! Ele nem mesmo tinha um rosto para todos aqueles que estavam ao seu lado, então do que importava sair por aí?

Parou novamente ao ouvir seu nome ser chamado com a familiaridade que apenas sua família fazia, porém não era a voz de nenhum deles e isso o intrigou fazendo-o virar o rosto para ver aquele mesmo homem de mais cedo no jardim, os cabelos longos e loiros balançando com o vento, ele ainda estava no terno vermelho e parecia ter um pouco de grama em alguma parte, como se tivesse estado no meio do mato.

Ambrose se aproximou, interessado nessa figura, num primeiro momento jurou ser algo de sua cabeça já que ele havia desaparecido tão logo perdeu sua atenção, porém lá estava o homem novamente, o chamando enquanto sorria como se fossem velhos conhecidos.

Ele havia dito que já tinham se encontrado antes, não? Quem haveria de ser?

Olhou para trás notando o criado que o acompanhava parecia entretido negociando algumas frutas e decidiu fazer seu caminho até o homem misterioso.

– Por que desapareceu de repente do jardim? - Foi a primeira pergunta do príncipe fazendo o homem rir.

– Preferia ser descoberto a sós com alguém que não pertence a sua nobreza, vossa alteza?

– Se não és um nobre, como entraste no palácio?

O homem não respondeu, ainda sorrindo enquanto encarava o movimento contínuo da atividade comercial ao redor deles, Ambrose revirou os olhos, irritado com a falta de resposta.

– Desta vez falarás teu nome?

– Tu já conheces, Ambrose - O loiro colocou as mãos nos bolsos começando a andar, obrigando o príncipe a acompanhá-lo - Devias ter tentado sentar naquele trono.

– O trono não me pertence, nem aquele de cristal, nem o do palácio - O Alencar suspirou, seus olhos buscando o castelo enquanto pensava sobre isso - Pareces querer que eu o faça, por que?

– Todas as ações devem possuir motivos?

Ambrose estalou a língua ouvindo a risada do mais alto, os dois seguiram lado a lado em silêncio, pareciam meditar sobre o mesmo assunto, mesmo que seus pensamentos fossem para caminhos bem diferentes.

– Diga-me, estranho, já ouvistes falar em magia? - Ambrose foi quem quebrou o silêncio, ainda sem encarar sua companhia.

– Por que me chamastes de estranho? - O outro riu, parecendo ignorar a pergunta.

– Não me diz teu nome e eu não o conheço, logo és um estranho para mim - O príncipe explicou - Não respondeu à minha pergunta.

– Magia... - O loiro sorriu, seus olhos brilhavam como se algo passasse em sua mente naquele instante - Não achas que toda a perfeição deste reino é mágica, alteza?

O de máscara riu como se uma grande piada houvesse sido contada antes de encarar novamente o palácio ao longe.

– O que tem de mágico em um reino isolado de tudo o que possa existir? Preso em si mesmo.

– É uma forma triste de ver as coisas - O homem suspirou.

– Nunca pensastes em deixar este lugar, Estranho, de tentar descobrir o que há para além da floresta?

– Deveria?

– Alteza! - A voz do criado fez Ambrose se virar vendo-o se aproximar com sacolas pesadas - Em breve será o chá da tarde, sua alteza, o príncipe herdeiro, queria que o acompanhasse.

– Certo, tens razão - O primogênito do rei virou-se para se despedir, porém novamente aquele homem havia desaparecido – Como em um passe de mágica - Sussurrou divertido.

– O que disse, Alteza?

– Nada, vamos retornar.

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Ambrose não conseguia tirar aquele homem desconhecido da cabeça e nem as breves conversas que tiveram, este era o motivo de estar novamente na biblioteca.

Além dele, somente seu irmão caçula, Amir, tinha o costume de visitar este lugar, adorando os livros tanto quanto o mais velho. Era seguro o bastante para que, após solicitar que seu jantar fosse servido ali, Ambrose retirasse sua máscara e capuz enquanto pesquisava entre os livros em busca de algo.

Nem ele sabia exatamente o que estava buscando, os mitos ao redor do trono de cristal? Algo sobre sua maldição? Magia talvez? Homens misteriosos que poderiam facilmente ser uma alucinação? Não tinha ideia, mas tinha aquela incômoda sensação que saberia quando encontrasse.

Ele já havia comido boa parte de seu jantar enquanto ia de livro em livro, lendo cada índice e sumário antes de perder o interesse, nada ali parecia o agradar, nada parecia certo, o que raios buscava afinal?!

Soltou um longo suspiro de frustração antes de se jogar contra a confortável poltrona, decidindo terminar de jantar e só então voltar a sua busca, ele não desistiria tão fácil!

Não era a primeira vez que Ambrose se via preso em pesquisas sem sentido, era um costume que tivera desde novo, o simples ato de pesquisar ajudava-o a alinhar os pensamentos e era o que precisava no momento. Quanto mais perto de seu aniversário mais sua mãe e seu irmão agiam de modo estranho, parecendo nervosos por seus próprios motivos, isso somado a sua própria ansiedade para o dia deixava-no extremamente nervoso, então buscava os livros para se distrair.

A primeira vez que buscou os livros sem nenhum sentido foi quando Amir nasceu, o príncipe mais velho não sabia o que pensar sobre um novo membro da família, um que não poderia o ver, então começou a buscar por algo que explicasse o que sentia. Foi a primeira vez que leu algo sobre magia, em um velho livro esquecido em uma alta prateleira.

Ler sobre magia sempre o fascinou, ainda mais quando descobriu sua maldição, como podia todo o reino ignorar a magia quando seu príncipe possuía uma horrenda maldição geração após geração?!

Algo chamou sua atenção e Ambrose parou de virar as páginas, seus olhos encarando o desenho feito a mão do que parecia ser um antigo diário: era o trono de cristal do jardim, porém de muito antes de ter aquele lago em seu colo.

As anotações haviam sido feitas de lápis e estavam parcialmente apagadas, porém existiam algumas coisas que ele poderia decifrar, o autor parecia questionar a existência daquele trono e qual sua ligação com a maldição.

Realmente teria uma? Então aquele estranho homem que o abordou no jardim e depois na feira tinha motivos concretos para incentivar o Alencar a sentar-se no trono?

Mudou a página mais lentamente vendo o desenho de algumas árvores, um pequeno ser de forma humanoide e asas na entrada. O que haveria de ser isto?

– Tem alguém por aqui?

A voz o fez fechar o diário com força, poeira levantando enquanto buscava sua máscara.

– Podes aproximar - Garantiu, seu peito ainda acelerado enquanto escondia o diário em sua veste, sua mãe caminhou para dentro com um sorriso.

– O que faz aqui, querido?

– Apenas tendo os livros como companhia durante o jantar - Ambrose explicou para a rainha Camilla, um sorriso em seu rosto enquanto tornava a retirar a máscara.

Eles eram fisicamente parecidos, com os cabelos escuros longos e os olhos amendoados possuindo tons levemente diferentes, a rainha tinha os cabelos presos em um coque para ajustar melhor a coroa, o vestido azul que usava combinando com as paredes frias de cristal do castelo.

– Não deves perder tempo com contos antigos, meu filho, e sim ocupar-se com os preparativos para o baile que ocorrerá daqui a um mês.

– Tenho isto em mente, minha mãe, não te preocupes - O jovem príncipe garantiu beijando a bochecha da mais velha - Irei me retirar, durma bem.

– Espero-te para o café da manhã, seu irmão tem algumas ideias para o baile.

Isso fez Ambrose rir antes de concordar, o baile era seu, mas, dado o fato de que Amir era o herdeiro, as decisões do caçula contavam muito mais do que as suas, nada que já não estivesse acostumado em todos estes anos no palácio.

Ajeitou novamente a máscara em seu rosto antes de deixar a biblioteca, o livro mantido firme contra seu peito enquanto apressava-se para o quarto onde poderia passar a noite buscando qualquer informação e fazendo suas próprias anotações sobre a magia antes de devolvê-lo para o lugar sem que nem mesmo a rainha tenha notado seu sumiço.

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