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next stop: hell.

“I see the world through
eyes covered in ink and bleach
Cross out the ones who heard
my cries and watched me weep”

— Cradles (Sub Urban)

Observo as vias do desespero com pesar, posso sentir meus olhos se encherem de lágrimas vendo a crueldade a qual meu povo foi exposto. O cheiro de enxofre invade minhas narinas quando dou alguns passos a frente, os grunhidos agoniados que denunciam sofrimento ecoam em meus ouvidos de maneira que quase me faz querer ser completamente surda, para que então, eu não precisasse ouvir o som do inferno. O som do lugar a qual eu fui condenada a gerenciar antes mesmo de ser capaz de respirar pela primeira vez.

O gosto da decepção descansa no inferior da minha língua, me fazendo engolir a seco. Balanço minha cabeça, tentando evitar focar na situação do lugar em que eu cresci. Meu peito afunda mais a cada passo que meus pés, involuntariamente, davam. Ignorando a sensação de que falhei, sigo até meu destino.

Meu irmão se veste com um sobretudo preto sem um gorro, deixando seus cabelos ruivos expostos. O vejo brevemente, de costas para mim, ajudando algum pobre pedinte que se rasteja pelas vielas estreitas e sujas do tártaro. O mais alto se vira, me olhando com surpresa e um quase sorriso se formando em seu rosto, acenei carinhosamente em resposta.

— Billie! Oh meu deus. Não esperava te ver aqui tão cedo. — Finneas exclamou animado, correndo até mim. Sorri sem os dentes em resposta.

Seus braços rodearam meus ombros de maneira apertada, e embora Finneas tenha sempre sido amoroso, me sinto surpresa, já que nunca espero afeto de alguém que tem o mesmo sangue da pessoa que me partiu em pedaços. Depois de alguns longos segundos, correspondo ao seu abraço, deitando minha cabeça em seu ombro.

— O que você anda fazendo lá embaixo? A terra não é nada interessante pra alguém que tem o dever de comandar o inferno. — Ele pergunta, inocente, voltando a prestar atenção aos outros pedintes que seguravam seus pés com esperança de serem ajudados também.

— Bem, lá não tem tanto desespero e agonia quanto aqui. Olha para isso. — Aponto na direção contrária, mostrando para Finneas os demônios que gritavam dolorosamente.

— Depende muito do lugar em que você está. As vezes é até pior do que o inferno. — Ele responde sarcástico, me fazendo esmurrar seu braço. — Aí! Mas eu não tô mentindo. Aposto seu cachorro de três cabeças que você está em algum lugar de Paris, ou sei lá, uma praia paradisíaca do Brasil.

— Oh, como eu queria. — Cruzo meus braços e rio baixinho. — Se bem que minha humana vai para a Turquia. Não sei como é, nem onde é, mas tem nome chique, então com certeza deve ser maravilhoso.

— Sua o que?! — Finneas exclama, confuso.

— Minha garota. — Respondo, arqueando minhas sobrancelhas e contorcendo meu rosto em uma expressão óbvia. Depois de alguns segundos me encarando, ele aperta meu braço para então correr, me arrastando junto. Meus pés calçados batem fortemente contra o chão de barro, chamando a atenção dos demônios que caminhavam ao redor.

O resto do caminho foi silencioso, até chegarmos a escada do palácio construído em mármore escuro. O portão foi fechado violentamente, assustando o que chamávamos de monstrengos: Aqueles que se renderam ao sofrimento do inferno e se negaram a continuar as suas vidas no submundo, se tornando apenas pedintes e implorando aos seus superiores para escaparem de suas próprias agonias.

Como sucessora do trono, um dos meus maiores objetivos era diminuir a quantidade dessas pessoas, para, além de deixar as ruas menos agoniantes, acabar com o sofrimento das criaturas desesperadas. Finneas e eu nos sentamos no último degrau do castelo enorme, já que eu estava receosa a entrar depois de algumas longas semanas fora.

— Então foi por isso que você desceu para a terra? Porque, veja bem, não faz sentido você querer se alimentar dos sentimentos de outro alguém, quando você tem todos os sentimentos que precisa enjaulados em caixas. — Questiona, confuso.

— São sentimentos artificiais, não são tão saborosos quanto os sentimentos humanos de verdade. — Afirmei, o ruivo deixou que uma expressão de curiosidade se levantasse em seu rosto. — Mas não. Não foi por sentimentos que eu deixei o inferno.

— Você... Está atraída por um humano? — Ele pergunta retóricamente, preocupado.

— Eu não acho que... Seja apenas atração. — Levanto meu olhar para encarar seu rosto, que demonstra ainda mais preocupação.

— Eu não achei que você era do tipo de perder a sanidade por causa de uma garota. — Encosto minha cabeça na parede. — Papai vai te matar. — Mordo meu lábio inferior, temendo, mas não por mim.

— Minha preocupação não é comigo. Não tem como ele me machucar mais do que me machucou. — Volto a olhar para o terraço do castelo, prestando atenção aos detalhes da lava que caí da fonte. — Eu me preocupo por Ártemis. Ela é muito frágil para encarar o que papai é capaz de fazer.

Suspirei, pensando no quão errado isso poderia dar se aquilo saísse do meu controle, no quão isso feriria Ártemis, e principalmente, no quanto vê-la destruída partiria meu coração. Não conseguia evitar de pensar que era impossível que nós tivéssemos um final feliz. Meus sentimentos humanos tomavam conta de mim, fazendo eu me apavorar com a possibilidade de perde-lá para todo sempre, de ter que seguir em frente sem ela. Chegava a ser irracional, afinal, como ela poderia ter o mesmo sentimento por alguém que apavora ela? Como um ser puro poderia sentir algo real por um monstro?

Eros, como você conseguiu ser tão cruel comigo?

— Acho que só vou agressivamente ignorar essa parte da minha vida até esse sentimento ir embora. — Confesso para Finneas, que gargalha baixinho.

— Odeio te trazer as más notícias, mas isso não vai funcionar. — Responde, sincero, mas ainda rindo. — Eu realmente não sou de temer pelo futuro da nação... Mas se você casar com–

— Você tá viajando alto demais. — O interrompi, chutando seu tornozelo. — Eu não me casaria com ela nem mesmo se eu quisesse.

— Não é como se pudéssemos escolher com quem vamos casar. — Ele gargalhou, irônico, mas sua frase realmente me deixou triste. — Traga ela aqui qualquer dia.

— Você tá pirando, só pode. — Ri alto. — O que ela tem para ver no inferno?

— Eu. — Antes que pudesse responder, escuto o portão rangindo, me dando a visão do meu pai, vestido em um terno preto. Seus olhos escuros caíram sobre mim, fazendo eu travar meu maxilar para tentar controlar a minha vontade de soca-ló.

— Você sumiu, querida. — Colocou um sorriso cínico em seu rosto. — Vamos, entre. Tenho algumas coisas a perguntar sobre a sua estádia na terra. — Estendeu sua mão que era coberta por uma fina camada de luva branca, sorri falsamente em resposta, me levantando por si só e me negando a segurar sua mão.

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* OI TÔ VIVO.

vou tentar lançar mais dois capítulos hoje para compensar o tempo que fiquei sem atualizar e também porque esse é meio curto, mas vou logo avisando que não garanto nada.

o que acharam do capítulo?

vou perguntar de novo, vocês acham que tem alguma coisa que eu precise mudar ou melhorar na fanfic? tem algo incomodando vocês ou algo faltando?

o feedback de vocês ajuda muito para eu saber o que fazer na fanfic, porque é a primeira fic que estou disposto a terminar, e eu tenho algumas ideias em mente, mas é um pouco difícil organizar tudo perfeitamente.

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