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ice cream.

I've been walkin' through a world gone blind
Can't stop thinkin' of your diamond mind
Careful creature made friends with time
He left her lonely with a diamond mind”

— Ocean eyes. (Billie Eilish)

Em meio as carcaças vazias que perambulavam pelos corredores da escola em que agora Billie frequentava, seu olhar caiu sobre o único ser humano que fazia com que o melhor de si se espalhasse e fosse visível a sua própria consciência. A garota de cabelos negros sorriu de leve, se direcionando até Ártemis que descansava próximo ao armário, conversando com Agnes.

Quando Billie se fez presente no ambiente, Ártemis percebeu a energia pesar um pouco mais, mas não de uma maneira ruim, ela sorriu quando adivinhou quem se direcionava até ela. Agnes percebeu o silêncio se formar quando os dois pares de orbes em cores claras se encontraram e se entreolharam por segundos generosos. Ver a interação pura fez a asiática sorrir de leve, genuinamente encantada pelo jeito que as garotas se olhavam.

Não demorou muito tempo para que Billie e Ártemis notassem os seus próprios silêncios, fazendo a situação um pouco desconfortável para ambas.

— Você ainda quer ir na sorveteria, Agnes? — Ártemis quebrou o silêncio, envergonhada pela situação.

— Se você quiser, para mim não é problema nenhum. — Agnes respondeu, se encostando no armário atrás de si. — Sua namoradinha também vai?

Seu comentário faz com que as duas garotas virassem os seus pescoços para encarar Agnes com os olhos desesperados e suas faces envergonhadas, arrancando uma risada genuína da asiática.

— Ela não é minha namorada. E vamos logo, a sorveteria fecha as 15:00. — Ártemis falou baixo, logo antes de sair puxando suas duas amigas pelos braços em direção a saída da escola.

[...]

— Que absurdo. Eu sou a aniversariante e eu que vou pagar tudo? — Fala em um tom irônico, indignada.

— Você é a rica aqui. — Agnes se ajeita na cadeira desconfortável da sorveteria. — Além do mais, seu aniversário é amanhã. — Argumentou, com uma expressão relaxada na cara.

— Você concorda com isso, Billie? — Chama a atenção da garota distraída encarando as paredes em tons claros e todas as outras pessoas no ambiente.

— Ah... Sim? — Ela responde confusa, sem sequer saber do que a pergunta se tratava. Ártemis bufa em decepção, descansando sua cabeça na mesa de cor amarela.

— Vou me lembrar disso, Billie. — Arrasta a cadeira com seu próprio corpo, se levantando e indo de encontro ao balcão em que a funcionária atendia outros clientes.

Billie acompanhou Ártemis com seu olhar, encarando as costas da garota que esperava na fila. Ela sorriu de leve, um sorriso meigo, como se finalmente conseguisse experienciar a paz que procurou por tanto tempo, a paz que fugia dela toda vez que ela a agarrava, Billie se perguntava se Ártemis também não escaparia de suas mãos, “Por que você não foge de mim?” Era a questão que ecoava no fundo de sua mente. No fim, ela ainda era algo maligno, uma máquina feita para matar e destruir tudo ao seu redor. Repetia o que seu pai sempre disse: Você nasceu para destruir o mundo, não para salva-ló.

Já para Ártemis, monstros eram cruéis, monstros eram pessoas — ou criaturas corrompidas por seu próprio ego. Ela não via Billie dessa maneira. Billie não machucaria um inseto, se não fosse necessário. Mas talvez isso fosse apenas o jeito que ela via a garota que a acompanhava pelos últimos dias. Seus olhos de oceanos só poderiam machucar alguém de verdade, se esse alguém mergulhasse entre as ondas violentas que as águas formavam entre as orbes misteriosas. Ártemis sentia vontade de se imergir entre elas, sem se preocupar com possíveis consequências.

A garota voltou segurando desajeitadamente três casquinhas de sorvete em suas mãos. Mordia seus lábios, tentando se concentrar em não derruba-lós, mas falhou, deixando um deles cair em seu pé e murmurando irritada. Agnes deixa uma risada alta escapar, chamando ainda mais a atenção das pessoas presentes na sorveteria.

— Trouxa! — A asiática apontou seu dedo, ainda rindo.

— Se você continuar rindo eu juro que esfrego o resto que sobrou na sua cara. Eu 'to falando sério! — Afirmou brava, fazendo com que a garota se esforçasse para não rir.

Do outro lado da mesa, Billie escondia sua boca com suas mãos, fazendo o seu melhor para não rir da situação, mas falhando e deixando algumas gargalhadas escaparem.

— Vou esfregar a cara das duas no asfalto. — Brincou, rindo com seu nariz enquanto ia em direção a mesa em que as duas garotas estavam sentadas.

— Você teria essa coragem, teria? — Agnes fez um bico e fechou os olhos, dando a perfeita oportunidade para que Ártemis se atrevesse a colocar o sorvete gelado em sua face e esfregar. Dessa vez, Billie não conseguiu se segurar, soltou uma risada alta e escandalosa. A garota com sorvete em sua cara abriu sua boca, em choque com a ação de sua amiga. — Sua DEMÔNIA! — Gritou a última palavra com raiva, mas ainda rindo de maneira estérica.

— Billie, segura o sorvete pra ela na pegar, toma! — Jogou a casquinha de maneira inconsequente, acertando na camisa em tons escuros de Billie. — Oops...

— Ah, você me paga! — Arrancou o sorvete de sua blusa, se levantando de sua cadeira e se aproximando de Ártemis, que recuou.

— O cabelo não, Billie! O cabelo não! — Falou logo antes que a garota descansasse o que restou da casquinha no seu couro cabeludo. Ártemis soltou um gemido frustrado, enquanto Agnes assistia a situação de longe, com um sorriso sedento por vingança em seu rosto.

Em alguns segundos, as três garotas foram convidadas a, de forma civilizada, se retirarem da sorveteria que já estava um caos por conta de suas presenças. Riram durante todo o caminho de casa, embora Ártemis reclamasse constantemente da bagunça que seu cabelo estava.

[...]

— Meu deus! O que aconteceu com vocês três? — A mãe da garota de cabelo acastanhado murmurou quando viu as três figuras atravessarem a porta.

— É uma longa história, tia Irelia. — Agnes respondeu, indo em direção a mulher de braços abertos. — Mas é tudo culpa de Ártemis. — Murmurou no abraço apertado.

— Olha o que a Billie fez no meu cabelo, mãe! Isso nunca mais vai sair! — Ela reclamou, batendo seu pé no chão como uma criança.

— Olha o que você fez com a minha camisa, Ártemis! Isso foi mais do que justo. — Rebateu, arrancando uma gargalhada de Irelia.

— No fundamental, ela gostava de uma garota, e pra chamar a atenção dela, ela simplesmente jogou a mochila na cabeça dela. Ela sempre foi muito inconsequente. — Lembrou de uma memória da infância de sua filha, com um sorriso nostálgico no rosto.

— Eu não gostava dela, mamãe. — Bufou, envergonhada. — Ela era chata. Eu deveria ter jogado uma pedra em sua cabeça, não uma mochila. — Explicou para Billie.

— Você gostava sim, Ártemis! Você me contou! — Agnes a denunciou.

A situação toda era extremamente engraçada, principalmente para Billie, que encarava a interação de família com um sorriso triste. Ela teria feito de tudo para experienciar esse amor em sua infância, e embora parecesse um pouco injusto, também era extremamente reconfortante estar no meio daquela situação.

— Meu deus, quantos pombos cagaram em sua cabeça, Ártemis? — Apolo entrou na cozinha, brincando com a situação de sua irmã.

— Desde quando que esse chato voltou para os Estados Unidos? — Agnes olhou para Apolo com uma expressão enjoada.

— Também senti sua falta, Koreaboo. — Abriu um sorriso convencido, com uma expressão relaxada.

— Qual é, Apolo! Para de me chamar assim, eu tinha doze anos. — Reclamou com o mais velho, bufando logo em seguida.

— Então quer dizer que você superou a vida de kpoper? — Tomou um gole de seu café.

— Há tempos. — Ajeitou seus cabelos com a mão, antes de dar mais um abraço na mãe de Ártemis. — Vou lavar meu rosto no banheiro, já volto. Sumam com esse cosplay de europeu fedido. — Levantou seu dedo do meio para Apolo, antes de sair da cozinha em passos rápidos.

— Você, Ártemis, vai tomar banho. — Ordenou, fazendo com que a garota se despedisse com um aceno das pessoas no ambiente. — E Billie, se quiser, Apolo pode te emprestar uma camisa. — Billie moveu seus olhos até o acastanhado, que bebeu mais um gole de seu café antes de confirmar com sua cabeça.

A mesa de jantar estava perfeitamente organizada, com diversas opções de pratos. O relógio marcava pouco mais de 21:00, e todos estavam sentados em suas cadeiras, conversando sobre qualquer coisa que tivessem algo para dizer. Para Ártemis, a casa parecia completa. Sua família, sua amiga mais próxima... E a garota com quem estava tendo um caso.

Billie, por sua vez, sentia-se vazia. Mas não era um vazio ruim. Era um vazio calmo, mas barulhento. Era a suavidade em sua forma mais perfeita, mas também era bruto. Tudo isso devia ao fato que a garota de cabelos negros não conseguia ficar em apenas um sentimento. Mas sabia de uma coisa: A felicidade genuína havia a invadido pela primeira vez em muito tempo, e ela se sentiu completa com o vazio, com o vazio que o presente dava a criança frustrada que foi deixada no passado.

As duas garotas sentiam uma coisa em comum.

Ambas se sentiram em casa.

Ambas compartilhavam o mesmo sentimento, mas sentiam ele de maneiras diferentes.

Mas o mais importante:

Naquela noite, nenhuma das duas deixou de sorrir.

<————>

Na minha cabeça a Agnes e Apolo tem a personalidade da Jamie de Mansão Bly.

Sumi, desculpa.
Meu cachorro faleceu recentemente e
eu não tava conseguindo escrever por isso,
fora que tô num bloqueio fudido.

Esse capítulo tá um caos,
mas tá muito fofo também!
Ficou péssimo, porque tô
sem inspiração do que escrever,
mas achei melhor postar
um capítulo capenga
do que não postar nada.

Não me odeiem, adoro vocês.


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