- Infelizmente senhor Styles, você está com câncer no pulmão, eu sinto muito - A voz da doutora a minha frente soou causando um calafrio em minha espinha -. Os seus tratamentos começaram na próxima segunda-feira, tudo bem?

Não está nada bem, obviamente, eu estou com câncer. Ela não deveria me perguntar isso.

- Tudo bem doutora Sthonem - Menti sem olhar em seus olhos depois de uma longa pausa -, eu ligo para marcarmos tudo corretamente. Obrigada mais uma vez - disse e apertei a mão da mulher à minha frente, eu só queria deixar aquele lugar.

Caminhei até meu carro, adentrei o mesmo e respirei fundo, precisava me acalmar.

Se eu pudesse voltar no tempo, não teria fumado aquele cigarro que pensava ser inofensivo.

A doutora diz que eu tive sorte de pegar o câncer no início, que vou conseguir passar por isso, já que o câncer não está evoluído. Mas ainda assim se torna tão difícil.

Estacionei o carro, indo assim, em direção a um bar qualquer aonde eu havia parado.

- O que eu posso trazer para você? - A garçonete me perguntou sorridente.

- Traga uma cerveja, por favor. - Pedi, e peguei meu celular em mãos.

- Eu posso te dar mais do que isso, se quiser - sua voz soou baixa meu eu pude ouvir, e eu sei, que ela queria que eu ouvisse.

Eu não acredito nisso.

- Eu sou comprometido. - Informei e olhei novamente o celular, no papel de parede tinha a dona do sorriso mais lindo desse mundo. Era ela.

- Ela não vai descobrir. - Ela disse assim que voltou com minha cerveja, juntamente à um copo.

- Garota, tenha respeito a você mesma, você é uma garçonete ou o quê? - Eu disse baixo, mas o suficiente para que ela ouvisse, e então ela foi em direção ao caixa batendo os pés, chamando atenção de algumas pessoas que estavam ali.

Suspirei profundamente, eu estava cansado demais pra ter que ligar com isso.

Não tenho ideia de como contar para a mulher da minha vida que estou com câncer nos pulmões. Não a quero mal por minha causa. Ela é tão sensível, talvez não suportaria.

O que eu posso fazer? Ela é o amor da minha vida, não posso mante-la longe, é meu por seguro, minha caixinha de segredos, e esse será o único segredo no qual ela não irá saber.

- Como foi com a Doutora Sthonem? - Kate gritou da cozinha fazendo meus pêlos arrepiarem, assim que cheguei em casa.

- O que está fazendo de almoço querida? - Tentei mudar o assunto, e caminhando em direção a cozinha.

- Macarronada. - Ela respondeu selando nossos lábios rapidamente. - Como foi lá amor? - Ela perguntou novamente e se virou para fazer algo, que nesse momento eu não tenho a mínima ideia do que seja.

- Ah, você sabe, foi normal. - Eu disse e sorri amarelo.

- Como normal? - Ela perguntou enquanto eu pegava os pratos e os colocava sob a mesa.

- Era só um leve resfriado, amor -Eu respondi mas, meu coração apertou por ter mentido para ela.

- Ótimo! eu falei pra você que esse ar condicionado tem te feito mal. - Respondeu num tom de durona. - Coloque a mesa, por favor.

- É, acho melhor evitarmos um pouco. - Sorri, e fui em direção aos pratos.

-Você não vai acreditar! -Ela disse colocando mais uma colher de macarrão em sua boca.

- Uh?

- Liam vai ser pai! - ela disse e fez uma carinha fofa - ele ligou para cá hoje, nós seremos padrinhos do baby payno.

Ela se encontrava tão feliz, tão linda.

- Serio!? E eu achando que seria o primeiro a ser pai. - disse depois de dar uma gargalhada junto com Kate.

- Já terminou, amor? - ela perguntou e eu concordei positivamente com a cabeça. - Você lava e eu seco, tudo bem?

- Claro! - Sorri para ela.

Ficamos nós dois ali, enquanto ela lavava e eu secava a louça, nós dois cantando, sorrindo, brincando. Como se tudo estivesse realmente bem, como se essa doença não estivesse em meus pulmões, como se eu não estivesse escondendo nada.

Isso realmente estava me deixando mal, mais mal do que minha doença, eu estou me sentindo mal por mentir para o amor da minha vida, não se faz isso, claro que não, mas não quero machuca-lá, não quero deixa-lá mal, por que eu não sei se ela é forte o bastante para ficar ao meu lado nesse momento difícil, mas eu não quero deixa-lá partir, ela é meu bem mais precioso, ela é meu tudo, e é nela aonde eu encontro forças para continuar, só Deus sabe, o quanto eu amo essa garota, o quanto ela é importante pra mim.

- O que acha de marcarmos um jantar? Eu, você, os garotos e suas namoradas. - Ela disse me encarando com aqueles olhos castanhos, que eu amava.

- Seria uma boa, estou com saudade dos meus rapazes. - Disse sorrindo ao lembrar das coisas que passamos antigamente com a banda.

- E eu das minhas garotas. - Ela disse e sorriu, apenas sorriu, e eu fui chegando mais perto dela, cada vez mais perto para um beijo, quando eu estava perto de seu rosto, pude sentir meu rosto molhado.

Kate ria como nunca!

Peguei um pouco de espuma e joguei nela, fazendo com que ela fizesse cara de brava, então, ela me olhou durante três segundos, exatos três segundos, e começou a correr atrás de mim, esbarrei em um abajur, fazendo com que ele se quabrasse, mas mesmo assim, ela continuou atrás de mim.

- Tudo bem, tudo bem, eu me rendo! - disse quando já me encontrava sem saída.

- Agora você é meu escravo Styles! Deite no chão de barriga para cima! - ela falou autoritária, e eu dei uma risada - Sem risadinha Styles! - e eu fiquei sério automaticamente.

Ela sentou em cima de mim, selou meus lábios, e foi descendo até meu maxilar, e depois descendo para meu pescoço, ponto fraco. Deu uma pequena rebolada em cima de meu membro, fazendo o endurecer. Subiu novamente para meus lábios agora me dando um beijo de verdade, minhas mãos passeavam em suas costas, e eu pude sentir ela se arrepirar com meu toque. Sua mão foi parar em baixo de minha camiseta, arranhando meu abdómen, e logo em seguida tirando minha camiseta.

Ela desceu seus beijos, novamente para meu pescoço, foi para meu peitoral e foi descendo para meu abdómen. E então, ela me olhou sacana, se levantou e foi em direção a cozinha, assim terminando de lavar a louça, e me deixando sem entender nada.

- Você vai me deixar completamente duro, e não vai continuar o trabalho? - eu gritei da sala, pude ouvir uma risadinha vindo da cozinha.

Ela está ferrada essa noite!