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Capítulo III

O final de semana chegou e não liguei para minha irmã. Não fui na casa de meus pais. Detesto emoções emotivas, tipo beijos e abraços. Eles já sabem disso, mas fazem questão de me abraçar. E até beijar. Não sinto raiva, tampouco felicidade.

Hoje é sábado. Resolvo sair para dar uma voltinha de carro e tirar a pressão das calças, mas as boates estão muito cheias. Até que noto um barzinho vazio e decido parar. 

Estaciono o carro na rua mesmo, ninguém vai ser louco de mexer no meu carro.

Entro no ambiente, até aconchegante, e vejo uma mulher no balcão, balançando a taça quase vazia com a bebida incolor. Está pensativa, olhando para dentro do recipiente.

— Dia ruim! — digo afirmando ao me aproximar.

— Vê se não me enche! — diz ela. A mulher é corajosa... Falar assim comigo, sem nem ao menos me olhar?!

— Dia de merda então... Tá precisando extravasar. Que tal…— A mulher se levanta do banquinho de madeira, joga o dinheiro no balcão e se afasta, me deixando falar sozinho.

Quem ela pensa que é? Pior que essa confiança me fascina...

Seguro o braço dela com força. Ela para, e agora posso vê-la melhor. Algo me atinge em cheio, a beleza dela talvez. — Quem eu quero enganar? Que mulher bonita da porr#! — Levo os olhos até seu decote e logo começo a reparar no resto de seu corpo.

Ela puxa seu braço com uma força defensora, sem dizer nada. Só sai caminhando.

"Que porr# aconteceu aqui?" — Fico de uma forma... Pô, já  fiquei excitado algumas vezes por ver alguma mulher gostosa, mas essa… Estou até babando...

Deve ser a seca. Tenho que... Não gosto muito das "mulheres da vida", como as chamo, pois não gosto de chamá-las de putas. Putos somos nós que pagamos por isso.

Mas nunca, nunca permito que me beijem.

A segunda chega. Acordo fazendo um café para despertar. Pego as informações da missão na tal faculdade. Leio com atenção quando... vejo o nome da mulher que preciso salvar. Logo procuro a foto, e... é aí que minha surpresa é maior.

— Puts! — falo comigo mesmo em voz alta. Repouso a xícara na bancada. — É a danada que vai virar minha obsessão.

Uma dúvida surge enquanto leio as informações pessoais: aqui está dizendo que ela tem trinta anos, então, algo aconteceu para estar fazendo faculdade de design só agora. Marjorie Lima... Pelo menos descobri o nome e a idade.

Mais do que nunca, agora me interessei no caso.

O que estão olhando? Eu posso mudar de opinião, não posso?!

Pego as informações, releio e queimo o papel, menos a parte em que está a foto dela, que cortei e coloquei debaixo de uma panela.

Chego na faculdade e encontro Marcos, que abre um sorriso de orelha a orelha.

"Como as pessoas são patéticas!"

Ele estende a mão, me cumprimentando.

— Achei que não viria — cochicha.

— Não me faça desistir. — Desvio dele sem pegar em sua mão. — Onde tenho que ir?

Espero que não me arrependa até o final da tarde, pois já vejo um monte de mauricinhos metidos a ricos e meninas que pensam ser mulheres, me olhando e cochichando pelos cantos.

— Já está tudo combinando — diz ele, se aproximando de mim. — Eu ia ser o professor, mas já que chegou... não precisa ir à sala da diretoria, eu resolvo isso. Pode ir direto na sala do seu aluno.

— Aluna, você quer dizer...

Entro na faculdade e caminho pelo corredor, me direcionando à sala de designe. "Ótimo professor de desenho"  eu sou. Sei desenhar?! Vamos ver... Acho que não tenho nada que eu não seja capaz de fazer. Então vamos testar.

— Oi, gatinho! Perdido? — diz uma moça passando ao meu lado.

— Respeito, menina. Poderia ser seu pai —repreendo-a. Ela revira os olhos.

E aí vocês devem estar pensando: "Mas você é bonito assim?" "Como você é?", imaginem como quiserem, como gostariam que eu fosse, não ligo.

Entro na sala. Não há muitos alunos. Varro a sala com meus olhos, procurando a Marjorie... Pelo visto não está.

— Você é o novo, professor? — pergunta um dos alunos. Olho para o garoto negro de cabelo bem raspado.

— Sou!

— E não tem material? "O cara" hein! — diz outro, sorrindo. Um ruivo desta vez.

— Qual é graça? E para saber preciso de material?

A sala inteira gargalha. Os encaro, sério. E eles se calam imediatamente.

Olho a mesa, não tem material. É... vou ter que improvisar.

— Em qual técnicas vocês pararam?

—  Proporções! — reconheço a voz. Ela caminha para uma cadeira na terceira fila.

Acho que não me reconheceu. Ela se senta e abre seu fichário, não olha para mim.

— Atrasada! — digo a ela, que arqueia uma de suas sobrancelhas. Seu rosto em total surpresa com minha presença.

Improviso fazendo uma espécie de reconhecimento dos alunos, mantendo o disfarce de professor novato, o que me toma um grande tempo. Hora de passar um pouco do que sei...

— Então vocês já aprenderam — encosto na mesa e cruzo os braços e as pernas — que o design é planejar, ordenar, relacionar e controlar, dito por Emil Ruder, tipógrafo suíço?

— Sim! — muitos respondem em uníssono, menos ela, que ainda me observa.

— Design é conceber cursos de ação destinados a mudar situações existentes em suas preferências. Palavras de Herbert Simon, economista agraciado com o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel — profiro.

"Será que o assassino já está na escola? Terei que ficar seguindo a aluna em suas aulas?"

— Explicando um pouco sobre proporção, é um dos pilares do design, e não há como aprender a desenhar do zero e masterizar tais técnicas se as proporções não forem seguidas com cautela...

O sinal toca, indicando que a aula acabou. Os alunos começam a sair da sala.

— Marjorie, espere! — diz o garoto de cabelo raspado, que a segue para fora da sala.

Resolvo segui-los também. Estão indo em direção à quadra, quando vejo algo suspeito: um homem de rabo de cavalo segura alguns livros em pé.

Vocês devem estar se perguntando: "O que tem isso? Não é estranho."

O estranho é que o livro está em pé, virado de lado, e não de costas ou de frente, com o braço curvado. O contrário do que observei na maioria dos professores aqui.

Empurro Marjorie para longe ao ouvir um zunido passando de raspão em minha orelha. Acho que só eu ouvi. Com certeza foi um disparo de arma com silencioso na ponta.

— SEU IDIOTA! — grita ela. Mostro o buracao na porta do armário. — O que é isso?  — pergunta, já abaixando o tom de voz.

Me viro em direção ao homem, mas ele sumiu. Pelo menos sei quem é.

Pego Marjorie pelo braço.

— Precisamos sair daqui! — aviso. Ela entende e me acompanha.

— O que houve? Onde vocês vão? — pergunta o garoto de cabeça raspada. Marjorie olha para trás, em sua direção.

— Joel, depois te ligo! — grita ela. A encaro, negando com a cabeça.

Já do lado de fora, praticamente enfio ela dentro do carro.

— Ow, seu estúpido! Está me machucando! — grita, irritada. Entro no carro e dou partida.

— Ele foi a mando de Joaquim? Ele já não foi preso? — Ela respira fundo. — Nunca mais vou ter uma vida normal? — Ela me encara, revoltada. Fico calado.

— Por que não responde, idiota?

— Cala a boca, você fala demais. — A encaro brevemente. — Você deveria saber que nunca mais terá uma vida normal, a não ser que se finja de morta.

E pela primeira vez ali, ela me olha assustada, e não raivosa.

Eu sei toda a história dela sobre o tal depoimento, mas somente isso. Então, não a conheço de fato. Mesmo assim, me atrevo a dizer que ela parece ser ingênua, apesar de arredia.

Viro o carro de uma vez ao ver que estamos sendo seguidos. Ajeito o retrovisor, e ela olha para trás, se abaixando em seguida, frustrada.

Escuto um tiro no meu carro.

— Merda! — grita ela, que se abaixa mais, tapando os ouvidos.

Viro o carro, girando em cento e oitenta graus, ficando de frente para o carro que nos seguia e acelero. Vou acabar com meu carro. "Merda!", isso não estava em meus planos.

— O que tá fazendo, seu...!

— Coloca o cinto! — ordeno, já colocando o meu.

Sigo em frente, acelerando, suando frio. Não vou parar. Fixo meus olhos no carro à minha frente e aperto o volante. O cara desvia por um triz, mas atira em minha direção, pegando de raspão em mim.

— Oh, meu Deus! — ela grita, ainda se mantendo abaixada.

Por que as pessoas têm sempre que chamar por ele nessas horas? Ele não vai resolver nada no momento. Se morrermos agora, ele somente decidirá se merecemos o paraíso. É assim que penso.

Jogo o carro na direção dele quando fica paralelo ao meu. Ele bate no poste, e acelero, saindo dali. Provavelmente ele não morreu.

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