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Capítulo 15

Luz?

Onde é que eu estou mesmo?

Que gosto horrível.

Meu Deus, todo meu corpo dói.

Preciso de água.

Queria falar, mas consegui gemer.

- Olá. Bem vinda de volta – o medico me saudou com o meu pós operatório nas mãos.

- Hmmm – resmunguei e então abri os olhos finalmente.

Pisquei algumas vezes, o quarto não era muito claro. Não foi difícil me acostumar à luz.

Reconheci o médico, mas fiz uma pausa. Olhei para os lados de pressa. Meu globo ocular estava sensível e doía.

Ele não está aqui!

Não havia sinal de Carter.

Esse desgraçado tem que ter sumido.

Meu maior pavor depois de me submeter à cirurgia era vê-lo. Mas ele não estava lá. Suspirei de alívio enquanto o médico vinha em minha direção. Conferiu meu pulso, minhas pupilas e me perguntou algumas coisas.

- Você sabe onde está?

- Hospital...

- Sabe por quê?

- Melanoma.

- Qual seu nome?

- Sofia.

- Ótimo.

- Tirou tudo? – eu quis saber de olhos fechados.

- Aparentemente sim. Vamos checar de hora em hora suas condições. Devo dizer, Sofia, você é forte. A cirurgia foi muito bem. Quando estiver melhor conversamos sobre mais detalhes se quiser, ok?

- Aham... preciso de água.

- A enfermeira já irá atendê-la.

Posso ver!

Lembro meu nome. Eu sei quem eu sou.

Médica. Neurologista

Mas, como vou me lembrar do que eu posso ter esquecido?

Devia ter feito lembretes importantes.

- Posso entrar?

Abri meus olhos e vi Cristofer parado no batente da porta.

- Claro que sim.

- Como está se sentindo?

- Péssima, mas ótima. Dá pré entender?

Ele sorriu e gentilmente disse que sim.

- Tua Sofia.

- O que tem ela?

- Ela já me odeia?

Ele curvou o rosto para baixo. O rosto assumiu um olhar triste.

- Epa... o que foi? – eu quis saber.

- Sofia. Nada disso. Você tem que ficar quietinha, tudo bem?

- Mas eu...

- Você nada – ele me interrompeu. – Vou ajudar com teu monitoramento. Olívia já sabe que acordou. Quase que perdemos ela, tamanha a emoção. Logo vem aqui. Devo avisar quê: deve ser rápida. Sem fofocas, sem choro, e sem emoções fortes, certo?

- Tudo bem. Mas eu tenho uma boa notícia.

- Tem? – ele pareceu surpreso.

- Sim. Carter.

- Ah, meu deus. O que tem ele?

- Não está aqui – sorri.

- Isso é realmente maravilhoso, Sofia! Por um momento eu pensei que... – parou medindo as palavras.

- Pensou que tudo tinha sido em vão? Eu sei. Meu maior medo foi acordar e ver aquela cara sonsa dele. Mas eu me lembro de ter começado essa informação com "boas" notícias.

- Tudo bem. Eu volto logo, mas se precisar, me chame.

Bati continência como se eu tivesse bêbada enquanto ele se virava e saía.

*Dias depois*

- Alta?

- Sim – o médico sorriu.

- Ah meu Deus! Eu nem acredito. Eu nem lembro mais há quanto tempo estou nesse hospital. Não lembro mais como é comida de verdade. Não lembro mais como é minha casa.

Olívia e Cristofer estavam com seus melhores sorrisos.

- Eu sobrevivi, não é?

- Sim – Cristofer me respondeu. – Seu nome certamente está no caderno dos milagres.

- Isso mesmo, vá em frente e tire todo nosso mérito – o outro médico falou querendo rir. – Mas se você acredita em Deus, pode dar o mérito a ele sim. Seus exames, até agora, não apresentam anomalias. O tumor parece ter sido removido completamente. Ainda não apresentou indícios de retorno, o que é ótimo, mas ainda temos um caminho a percorrer.

- Eu sou médica. Não perdi a memória. Vocês perderam?

Falei um pouco ríspida, mas o médico não se abalou.

- Apenas não falte às suas sessões de quimioterapia, ok?

- Jamais. E perder as fofocas da sala de quimio? Nunca – sorri com ironia.

- Quer carona para casa? – Olívia me ofereceu.

- Meus pais estão vindo para cá hoje, duvido que vão me deixar sair daqui se não for com eles. Vão pirar com as novidades.

- Tudo bem.

- Mas, de noite, podemos nos encontrar lá em casa se vocês quiserem. Um jantarzinho regado a água e comida de paciente. Hmmmm quem topa?

- Por mim, ótimo – Olívia respondeu e logo em seguida Cristofer concordou.

Mal tinha saído do banho quando escutei os dois entrando em casa. Tinham minha chave caso eu estivesse em alguma emergência. Pensei em frisar que era para uso exclusivo em caso de emergência, para manter minha privacidade, mas achei que ficariam chateados.

- Trouxemos um purê de batatas maravilhoso pra gente! – Olívia gritou lá de baixo enquanto eu descia as escadas.

- Suco natural também – Cristofer ergueu as sacolas quando cheguei ao pé da escada.

- E uma surpresinha – Olívia falou com uma cara estranha de travessa.

- O que aprontaram?

- Olha só! – Olívia sentou no sofá. Sentei-me ao seu lado enquanto Cristofer se esparramava no sofá ao lado.

- Perucas? – falei mais alto do que pretendia quando ela revelou o segredo que as sacolas escondiam.

- Uma loira, uma ruiva, e uma morena, caso você seja bem sem graça!

A loira tinha um corte chanel, mas não muito curto. Era perfeita. A morena era um corte repicado que lembrava bastante o meu. E a ruiva tinha cachos grandes e brilhantes. Maravilhosa.

Escolhi a loira de começo.

- Parece uma espiã russa... – Cristofer sorriu desanimado.

- O que foi que aconteceu? – eu quis saber?

- Onde? – ele se fez de desentendido.

- Ah... deixa ele, Sofia. Vamos pegar uns pratos que eu estou faminta.

- E você, tem se sentido bem? – Cristofer quis saber enquanto comíamos.

- Estou bem. É estranho... mas agora que sou loira, as coisas vão melhorar. As loiras se divertem mais – brinquei para ver se ele sorria de verdade. Mas nada.

- Deixa eu ver como eu fico loira! – Olívia arrancou a peruca da minha cabeça me distraindo um pouco, mas eu estava há dias preocupada com Cristofer.

- Ficou linda. Devia usar.

- Tipo Beyonce?

- Você loira, amiga, não sobrava espaço nem pra ela.

- Vamos ver então – falou pegando a ruiva – como Cristofer ficaria ruivo – então colocou a peruca na cabeça dele que não se moveu e segurou a risada.

- Linda! – gritei rindo.

- Podíamos montar um trio – ele disse fazendo biquinho.

Nós três começamos a rir quando ele foi tirando lentamente os cabelos vermelhos da cabeça. Seu rosto assumiu um olhar mais triste que o de costume.

- Terminei com a Sofia.

- Eu sabia que tinha alguma coisa errada, Cristofer – confessei.

- Mas o que houve? – Olívia se surpreendeu.

- Bom, eu sei que notou, Sofia, mas eu não queria ser egoísta num momento delicado para você.

- Pode falar. Eu estou bem – pedi.

- Descobri algo terrível – passou uma das mãos no rosto e depois no cabelo.

- Meu Deus, Cristofer! Anda logo com isso.

Então ele falou. Jogou para fora de uma vez a história² mais triste e estranha que eu já tinha ouvido em toda minha vida. Mesmo depois de um melanoma.

- Puta merda – Olívia soltou meio que automaticamente.

- Eu nunca ia imaginar uma coisa dessas. Sinto muito.

- Fiquei desolado. Brigamos de uma forma terrível...

- Você não deveria culpá-la – comecei a argumentar quando ele me interrompeu abruptamente.

- Não quero mais falar disso.

- Calma – pedi.

- Eu tenho que ir. Preciso voltar para o hospital – se levantou, deu um beijo na minha testa e saiu sem olhar para trás.

- Coitado – Olívia falou olhando para a figura dele sumindo pelo vidro da janela.

- Isso sim que é uma ironia do destino – suspirei.

- Trágico – ela continuou.

- Dorme aqui? – pedi.

- Claro. Você ficou mexida?

- Eu estou gritando por dentro, mas não vou dar vazão a esse choro.

- Tudo bem.

Subi com a minha amiga, agora loira, para a minha cama exageradamente grande.

- Você sabe que não divido cobertor, não é? – perguntei.

- Escuta aqui. Você me convida pra dormir com você e começa com as limitações?

- Ah, cala a boca – falei arremessando um cobertor direto na cara dela.

Estava escuro, o cobertor não era o mesmo, mas pude ouvir quando minha amiga chorou. Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Então, sem dizer nada, a abracei e adormeci.

² A história de Cristofer é omitida aqui para não fazer spoiler do outro livro. A revelação completa está contida em O novo inquilino.

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