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008 | Nós dois


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Ele fechou a porta do quarto atrás de mim. Vi as paredes preenchidas por posters de cantores, alguns detalhes que diziam muito sobre ele. Imaginava o seu quarto bagunçado, mas muito pelo contrário, era perfeitamente arrumado e tinha um doce perfume de lavanda.

- Imaginei que você estaria por aqui, te procurei quando tava lá embaixo - virei para ele e assentir. - Não precisa ficar desconfortável Ruby, o que aconteceu é tão comum que já não me afeta mais. - Puxou uma cadeira, indo até a cama e sentando. Não deveria ser tão comum ao ponto de ser normal.

- O que ele disse não foi legal.

- A primeira vez soou como uma facada, depois só pareceu uma cutucada na ferida cicatrizada. - Me sentei, tentando desfazer a tensão dos meus ombros. - Ele é melhor como advogado e candidato a prefeito do que como pai, pelo menos pra mim. - Tirou algo do bolso da calça, desfazendo da caixa e levando a boca. - Você pode...- apontou para algo atrás de mim. Me estiquei, vendo o isqueiro sobre a bancada de estudo, o mesmo de antes por um instante repensei antes.

Tudo aquilo era uma merda, o bastante para alguém encontrar seu limite e ele tenha o seu próprio jeito de lidar com as próprias feridas. Alcancei o isqueiro e peguei.

- Desculpa falar isso e que meu chefe não ouça, mas o seu pai é um idiota.

- Minha mãe me diz que ele só está estressado ultimamente devido às obrigações e que um dia vai passar. - continuou. - Você acha que eu deveria seguir o que acredito ou seguir o que parece ser o melhor pra essa família?

- Não tenho direito de opinar sobre isso...- Ele veio para mais perto, sentando na ponta da cama, me olhando de soslaio.

- Ninguém me escutou como você naquele dia e agora Ruby, o que mais quero agora é sua opinião. - sua íris brilhou.

Mais uma vez me metendo em algo que eu não deveria, me deixando levar por esse calor que abraçava meu coração quando nossos olhares estabeleciam uma comunicação própria.

- Eu acho que ninguém merecia fazer algo que não acredita, ser algo que não é e ceder só pelo peso de ter alguma ligação sanguínea. Eles não sabem o que é melhor pra você do que você mesmo, Jimin, essa é minha opinião. - ele expressou um sorriso que me fez sorrir.

- Eu penso o mesmo, mas ouvir de você diminui essa impressão que sou louco e estou sozinho. - Inclinou o tronco, fazendo beicinho, com o cigarro entre os lábios, olhando para o isqueiro.

Eu não sabia o que estava fazendo ou aonde aquilo levaria, mas risquei os dedos contra o gatilho, obtendo a chama, guiando até ele e acendendo, encarando-o tragando a fumaça e soltá-la no ar.

- Eu queria sair daqui, sabe? Ir para outro lugar, só hoje.

- Eu estou pensando nisso desde que pisei nesse evento - ele riu, afirmando com a cabeça.

- Podemos sair daqui...juntos, ir pra algum lugar. - sugeriu.

- Jimin, eu... - pausei. O peso do 'juntos' me fez balbuciar para trás, evitando confirmar para mim, e ao mesmo tempo me trazia para perto dele, como um imã. - A gente...

- Sim Ruby, nós dois.

- Não deveríamos, eu não quero te prejudicar ou piorar a relação com o seu pai.

- Isso ele faz sozinho, você não me prejudicou, só me faz pensar que eu não estou sozinho, que eu não sou louco por querer tanto algo e me faz te querer também . - suas mãos descansaram sobre a minha, seus dedos esfregaram suavemente sobre os meus. - isso é como um sonho Ruby, que eu não penso em acordar e quero que sonhe comigo mais uma vez.

Se isso fosse um sonho de fato, esperava que ninguém me acordasse.

Segurei suas mãos, pensando e chegando à conclusão que enquanto estivéssemos juntos, iríamos queimar, o combustível que me levava a repensar o que antes apenas me seguia desde do dia que ficamos juntos. Éramos altamente inflamáveis, querendo queimar um ao outro, não sendo apenas peões do nossos sentimentos.

- Fiz algo de errado, policial? - levantei minhas sobrancelhas.

- Não estou de uniforme, muito menos na minha hora de trabalho, não precisa me chamar assim. - levantei, deixando a bolsa que vinha comigo onde estava, indo até ele e obrigando a me dar espaço, sentando em seu colo. - Pra você, agora eu sou apenas Ruby, Park, não faça eu me arrepender. - tomei o cigarro, lançando pela janela aberta, sentindo suas mãos encontrarem minha pele por baixo do vestido e meus lábios tocarem os seus enquanto nos beijávamos. - não me faça achar que estou arriscando meu pescoço, que estou louca por... - faltou palavras.

- Por me querer também? - Gesticulei e suas mãos me apertaram, trazendo mais contato entre nós, alimentando as raízes que cresciam dentro de nós. - Bem melhor aqui do que aquela cama dura, não acha? - Sentir o cheiro do cigarro nele, antes facilmente faria careta, mas agora era só mais algo dele para lembrar.

- Não sei, vai ser melhor?

- Sim, com certeza. - segurou meu lábio os seus, me beijando pouco a pouco, se sujando do batom vermelho no qual eu usava, me dando abertura para tocar seus braços e atravessar o tecido da camiseta. Nos atenuamos de nós mesmos, até nos perdemos em algum lapso de tempo.

- Acho que alguém pode entrar e nós ver assim - Interrompi, me detestando por isso, mas achando melhor. Já estava ali, naquele quarto, para que todos soubessem era só questão de segundos e sentia que isso poderia prejudicar mais o Jimin só que a mim mesma.

- Se quiser, podemos sair daqui, deixar todos esses idiotas se ferrarem e irmos para outro lugar.

- É uma ideia que eu aprovo - curvei o canto dos lábios e saí de cima dele, sentando na cama e me arrastando e ficando em pé, arrumando o vestido.

- Tem algum lugar em mente? - Pensei. Não tinha muitos lugares, apenas o mais óbvio que se passava pela minha cabeça.

- Tenho sim.

- Não é a delegacia, né? - dei um riso com sua pergunta e neguei.

- Não, não é - ele fez uma feição engraçada, como quem tinha gostado, pegando algo da mesa mais próxima.

- Como acha que vou conseguir passar pelos convidados ou o seu pai sem ser vista por ele?

- Vamos usar a janela - apontou.

Fiz careta, balançando negativamente a cabeça.

- Tem uma escada bem do lado, não vai ser preciso pular a janela.

- Melhor, acho bem melhor do que pular.

- Vem - segurou minha mão e me levou até o espaço aberto, olhando os arredores. Não tinha ninguém do lado de fora da casa, pelo menos não que pudéssemos ver. Chutou algo logo embaixo, que se abriu, revelando ser uma escada.

- Faz isso com frequente? - A abertura pequena para passar não parecia muito segura.

- Imagine brigar com o pai e ficar aqui? É frequente o bastante para ser quase uma outra entrada e saída dessa casa. - ele foi primeiro, bem confiante, sem nenhum receio.

Se alguém me visse fazendo aquilo, não pensaria duas vezes em falar com o capitão Kim. Explica-lo que encontrei outros hobbies como havia prometido para me ocupar quando não estivesse trabalhando, seria bem mais difícil. De qualquer forma, eu estava começando a não me importar com esse detalhe.

- Se quiser, eu te seguro - já lá embaixo, olhou para mim, sorrindo, esticando os braços.

Me virei de costas, usando a ponta do salto para apoiar meu peso, trocando com a outra até que estivesse perto do chão para confiar em mim e saltar em pé.

- Muito cavalheiro da sua parte, mas já encarei desafios maiores. - Quando se é treineiro na academia de polícias e tem uma parede de mais de três metros para subir, o medo é engolido e alguns lances de escada se tornam brincadeira.

Saímos dali e fomos para a garagem, Jimin abriu a porta e eu entrei, dando uma olhada policial no carro que tinha parado a alguns dias, dando uma volta para checa-lo.

- Você arrumou - comentei, notando as luzes traseiras novas e intactas.

- Acho que ser parado por uma policial bonita e preso me ensinou muitas coisas. - Balancei negativamente a cabeça e ainda assim curvei as laterais da boca. Do outro lado, abri a porta e entrei, o park logo fez o mesmo. - Qual é o destino?

Coloquei o cinto de segurança, dando uma ajustada.

- Vamos saindo, quando estiver na rua principal, te guio. - ele fez careta, mas confiou, dirigindo para fora. Fizemos o mesmo trajeto que quando vim, mas ao invés de pararmos na delegacia, seguimos por uma rua sem saída.

- Onde estamos indo, exatamente?

- O único lugar onde fico quando enjoo das paredes da minha casa, pode parar aqui - pedir e ele fez. Estávamos em uma rua com um enorme muro que impedia que continuássemos. Fui a primeira a sair e avistar as luzes néon sobre a porta que levava a taverna onde costumava passar algumas horas dos meus dias de folga. Ele apareceu ao meu lado.

- Bem escondido.

- O que ninguém vê, ninguém estraga - oscilei minhas sobrancelhas, abrindo a porta com apenas um empurrão. - Vamos, quero te mostrar o lugar.

Caminhei na frente, sendo como uma guia para Jimin durante seu momento de admiração das paredes decoradas com discos de vinis e posters de bandas de rock. The day that never comes do Metallica tocava bem baixinho de fundo, um jogo de luz vinha da entrada na qual estávamos indo, até que um ambiente semelhante a um bar temático com mesas quadradas encostadas na parede e bancos em forma de disco fosse evidência. O lugar estava cheio, as pessoas se espalharam pelo lugar, bebiam e conversavam, bem cotidiano e a cara daquela cidade.

Continuei até que encontrasse dois espaços entre o balcão do barman e alguns bancos.

- Eae Ruby - O homem veio até mim. Jungkook era o típico cara que tinha uma postura que soava ameaçadora no primeiro momento, mas que depois se tornava um detalhe fofo e expressivo da sua personalidade.

- Oi JK, como estão as coisas por aqui? - Ele olhou para Jimin e posteriormente para mim.

- Ótimas, e como você tá? Esse daí não é o filho daquele velho que vai ser prefeito? - apontou para ele.

- Estou bem e sim, é ele. - JK me olhou, tentando encontrar respostas.

- Ah, ok, tá bom. Vai querer alguma coisa especial?

- A mesma coisa de sempre, e para os dois.

- vou providenciar - ele acenou para mim e se afastou.

- Acho que vou ser conhecido como o filho do candidato, não é? - sentou ao meu lado.

- Bem... - balancei a cabeça, tentando pensar melhor sobre sua pergunta. - acho que só se você deixar as pessoas te conhecerem por isso.

Ele concordou, ficando de frente para o balcão, olhando o lugar, atento e bem observador.

- Parece que só as pessoas certas conhecem esse lugar.

- Mais ou menos isso - respondi. O jeon surgiu mais uma vez, agora com as bebidas, mas antes de ir, o parei.

- Aparentemente não tem ninguém pra cantar hoje - olhei para o palco pequeno e vazio.

- A garota que vinha hoje furou e deu nisso - apontou, organizando os copos dos maiores para os menores, subindo a vista para as tatuagens, em específico uma nova.

- Eu poderia te ajudar com isso? - ergueu o olhar, mostrando interesse.

- Não sabia que você cantava.

- Eu não canto- Sutilmente olhei para Jimin, pegando meu boco e antes de levar a boca, sentindo o aroma natural, bebendo posteriormente. - mas ele canta e é bom fazendo isso.

- Isso é legal, estamos precisando de alguém pro ao vivo da noite, é nosso diferencial nessa cidade, sabe? Mas não sei... - deu uma longa pausa. Eu esperava que ele compreendesse meu pedido bem discreto. - Beleza, não gosto de duvidar e aparentemente a Ruby conhece muito bem você pra sugerir isso. - deu uma olhada suspeita e um sorriso lateral. Levei a mão para cutucar seu braço e ele riu. - É bom que o pessoal se movimenta e isso aqui anima.

- Valeu - demos um toque de mãos e ele mais uma vez se foi, desta vez foi chamado por alguém da mesa do lado.

- Ruby, eu não sei se deveria - diferente do Jimin que cantou sem se preocupar que eu ouvisse na delegacia, agora ele parecia mais tímido e até mesmo sem confiança.

- Você cantou hoje naquele evento e ninguém te ouviu Jimin, hora de ser ouvido e fazer o que você gosta.

- As palavras do meu pai parecem repetitivas na minha cabeça - Deu um gole no liquido em seu copo.

- Cante mais alto do que a voz dele - sugeri. Não que eu fosse ótima em conselhos, mas aquelas palavras até o atual momento também soavam dentro de mim, não conseguia imaginar o que acontecia dentro da mente dele.

Ele ficou de pé e concordou comigo, inclinei, apontando para o palco e o avistando ir, passando por algumas mesas e chamando a atenção das pessoas que percebiam para onde ele estava indo. Automaticamente as pessoas começaram a direcionar sua atenção para Jimin, ele timidamente acomodou-se no banco, pegando um dos violões e dedilhando sobre as cordas. Eu sentia meu coração acelerar, meu estômago estranhamente se remexer, como se pudesse subir e se juntar ao meu peito.

Não era necessariamente um sentimento ruim ou que me assustava, era apenas algo que crescia e florescia a qualquer mínima interação. Como se eu estivesse despertando um sentimento romântico por ele, e não apenas esquecer.

Rir comigo mesma, meus próprios pensamentos chegando numa determinada conclusão, bebendo minha bebida, escutando quando a voz angelical alcançou meus ouvidos. Aos poucos as pessoas se levantaram dos bancos, na sua grande maioria casais, se juntando para dançarem ali mesmo. Ele se entregou de corpo e alma em cada verso, encontrando-me mesmo de longe e me fazendo sorrir quando todos ali pareciam ser apenas um caminho para nós dois.

Quando voltou até onde estava, foi aplaudido pelas pessoas que se encontravam no espaço dançando, agora uma música baixa. Todos com bochecha na bochecha, outros abraçados e um ou dois conversando enquanto trocavam passos para a esquerda e direita, não havia muita regra por ali, por isso a grande maioria não fazia questão de criar ou seguir.

Jimin se aproximou o suficiente para suas mãos repousarem atrás da minha cintura.

- Vamos dançar? - Seu convite era tentador, mas lembrava que dançar nunca foi meu forte e na última vez que tentei, pisei nos pés do Hoseok, tanto que até hoje quando fala comigo seus pés ficam bem distantes dos meus.

Meu rosto falou por si só, mas não foi o bastante.

- Melhor preservar seus dedos - ele ignorou meu aviso e me tirou do banco, segurei em seus braços e seus braços se envolveram em volta de mim.

- É simples, não tem nada complexo.

- Os simples são os mais complexos - ele balançou a cabeça. Nos juntamos as pessoas que também estavam ali.

- Dois pra esquerda, dois para direita, é só arrasta os pés - Pacientemente olhou para os meus pés, esperando que eu fizesse e demorei, sendo convencida e repetindo. - Isso, você aprende rápido.

- Você só é legal ensinando - Sussurrei.

- Agora é a parte que a gente faz isso juntos - Diminuiu a distância dos nossos corpos, me pondo bem rente a ele, o suficiente para sentir o cheiro doce do seu perfume.

- Como se sente? - perguntei, tendo a minha resposta somente de olhar o brilho dos seus olhos.

- Melhor, é como se as palavras dele tivessem sumido - Deitou o queixo em meu ombro.

- Faça isso mais vezes, tenho certeza que isso será frequente.

- Ruby, eu... - Repousou a mão sobre a minha e virei a palma, sentindo seus dedos se entrelaçarem nos meus. - Obrigado por isso.

- Não deve agradecer a mim Park, você foi lá e cantou muito bem para esse tanto de pessoas, e todo mundo gostou.

- E foi muito bom - acariciou onde segurava.

Ele se aproximou mais. Nem lembro a última vez que dancei com alguém tão próximo, podendo sentir seu coração contra o meu corpo.

- Você vem brincando com meus sentimentos, Ruby - Ele olhou para mim, notei o nó de ar enquanto ele engolia a saliva, como suas bochechas ficaram em um vermelho suave e esfumado, suas pupilas dilaram e seus lábios se mexiam sem enunciar nada, mas querendo dizer.

- Sentimentos, desde de quando envolvemos sentimentos? - ele oscilou a cabeça para os lados.

- Não sei você, mas desde que você algemou meu braço e eu senti um frio na espinha, que alguns sentimentos surgiram. - Em mim, não tinha tanta certeza, mas sentia que foi no momento que nos beijamos e eu me perdi nele.

- E com razão, não concorda?

- um pouco, posso pensar depois de repetirmos o que fizemos naquela cela - sentir quando aproximou a boca contra meu pescoço, escondendo-se entre as mechas do meu cabelo, beijando a pele enquanto suas mãos apertando minha cintura.

- Park Jimin... - o chamei. - melhor ter cuidado com suas palavras, eu posso providenciar uma cela especialmente para você.

- Se você estiver lá, por mim tudo bem. - seus lábios vibraram contra minha pele e eu senti todo meu corpo se arrepiar.

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