°Capítulo III °: "...Mo-te
L u k a s
E perdi de novo a ligação que tinha com a Maya.
Merda!
"O senhor está bem? " Um dos meus caçadores perguntou ao me ver completamente enraivecido.
" NÃO!" Respondi. "Will, vais mandar todos os meus melhores caçadores para minha casa, quero-os lá daqui a 20 minutos! E que ninguém se atrase!" Ordenei enraivecido.
Não vou perder a minha Maya....não de novo...
00h:12mins
Deitei-me na minha cama e fiquei à espera dos melhores caçadores. Os Mestres: David, George, Aiden , Paul e eu!
Iriamos todos em busca da Maya. Minha Luna, onde andarás!
Alpha, estamos aqui!
Corri até lá abaixo empurrando os poucos empregados que tinham vindo e que estavam na minha frente.
*
Todos nós estavamos reunidos no meu escritório. Eu estava no meu cadeirão, que estava na ponta da mesa. Tinha a camisa branca aberta por todo o meu tórax e as mangas estavam puxadas para cima, mostrando as minhas veias sobressaidas.
"Lukas, não foi nada disto que combinados"
"Eu sou teu Alpha, segues as minhas ordens"
"Certo"
"Então, eu quero que tu Aiden, o mais rápido, vá pela Alcateia Dark Moon. Tu David , o mais agil, vais por esta" Apontei para a alcateia mais pequena, a Night Moon "Robert, o mais Surrateiro", vais pela Alcateia Moon Light. Por último, Paul, tu vais pela Alcateia Teen Moon comigo" Dei as ordens e tudo o resto "ENTENDIDO?".
"Sim, Alpha!"
"As buscas começam amanhã de madrugada. Estão despensados"
E sairam.
M i a
Taylor e Ethan (os gémeos) estavam sentados na cama e eu em forma de lobo a tentar rosnar melhor.
"Mais forte" Ethan ordenou.. "Acho que assim não irás assustar nem uma formiga."
"Rgggr. Eu já te digo!" pus me em posição de ataque e ele transformou-se.
Saltei para cima dele e juntos caimos. Taylor, por alguma razão, estava triste.
Então, como o meu dever é fazer todos felizes, saltei para cima do Taylor.
Ele simplesmente abaixa a cabeça e eu acabo por bater com as costas na parede.
"Agora não, Mia"
"Taylor, o que se passa?" Disse voltando à forma humana e sentando na cama.
"Nada... Só acho que se passa alguma coisa. Alguma coisa não está bem.
" E porquê sentes isso? "as vezes sinto que ele é estranho mas sensato.
"Porque o pai saiu por volta das 22h e ainda não voltou. Nem avisou! E ele não é assim." Taylor respondeu à pergunta do seu irmão gémeo.
"Não deve ser nada. Deve ter ido com o Alpha a alguma sítio"
"Não sei não, ele estava estranho hoje. E isso preocupa-me."
Pai?
Tentei contactar com ele. O que foi fácil pois ele não demora até responder.
Sim?
O que é que se passa? Andas muito estranho hoje.
N-nada, filha , não é nada! Agora vai te deitar que é tarde.
Pai???
E deixou de me responder. Mas realmente ele tinha razão. Era 00h: 30min e eu estava a ficar um pouco cansada.
E o Ethan parecia igual. Já estava a dormir nas minhas pernas.
"Taylor? O que eu faço ao teu irmão? "
" Nada, deixa-o estar"
Dita esta frase, Helena, a mãe dos gémeos, entrou no quarto. "Meninos, está na hora de deitar.
L u k a s
5h:45mins
Estava à espera, na fronteira da alcateia principal, sentado em cima duma pedra a tentar captar o cheiro da Maya.
Paul estava ao meu lado, a olhar para mim com cara de preocupado.
" Todos já partiram em busca da Maya, Alpha. "
" Cala-te" Tentava ouvir algum barulho, um coração, o coração da minha amada.
"APANHEI" Gritei assim que senti o cheiro e ouvi o coração dela. Comecei a correr, nem espero pelo Paul.
"Alpha!"
"Vamos!"
Corremos e corremos. O cheiro estava cada vez mais próximo.
Faltava poucos metros para chegar, eu sentia.
"Alpha!" Ele agarrou a minha cauda com os dentes. Rosnei "Estamos fora das terras da Alcateia."
"Isso pouco me interessa. Eu só quero ir buscar a Maya e continuar a ter a minha vida!"
"Está bem, mas cuidado."
Continuei a correr. Paul tinha parado naquele lugar pois tinha o mandado ficar lá.
Maya! Eu sinto-te! Estás a onde?!
Senti uma grande dor no meu corpo. Mas não era a minha dor...
Era da Maya.
Continuei a correr, mesmo com essas dores. Sei que a minha Luna está a sofrer mais que eu.
As árvores ficavam cada vez mais densas. Estava a ficar difícil esquivar-me no território inimigo.
"Ahhr..." ouvi distantemente. Era da Maya, a voz dela. Estava diferente, aflitiva "Lukas!!"
"MAYA!!"
Oh por Amor de Deus, que ela esteja bem.... Por favor!
Corro em direção do som da respiração acelarada e dos "gritos" aflitos dela.
O sol estava a tornar-se forte, o que estava a dificultar um pouco a minha visão.
Não a encontrava em lado nenhum. E isso deixava-me aflito. Gani e Rosnei.
Ouvia em todo o lado, mas não a encontrava em lado nenhum.
"MAYA!!!"
" Lukas...." a sua voz tornara-se fraca. "Aqui"
A sua última palavra ouviu-se atrás de mim. Virei-me por instinto e corri pela sombra que estava lá.
Tinha uma visão mais nitida da sombra. Era a Maya.
Ela estava a chorar, suspensa pelos seus joelhos e por uma mão. A outra estava a segurar a sua barriga.
Ela tossia.
Sangue, esse líquido estava a rodea-la por todos lados.
Assim que a vi, corri enquanto libertava as minha lágrimas de desespero.
Mesmo antes de a conseguir agarrar e sair dali, ela caiu no chão, de costas e parou de respirar tão rapidamente.
"Maya!! Vamos embora daqui!"
Peguei-a e, já em forma humana, comecei a correr para dentro da minha alcateia com ela nos meus braços.
"aguenta querida. Vais sair desta."
"Lukas..." Ela chamou-me tocando na minha face e descendo até ao meu pescoço. Agora podia ver a sua grande ferida que se encontrava no seu abdómen.
Deus, deixa a minha menina viver.
"Maya... Aguenta"
Parei e tirei o meu casaco e pu-lo em cima da ferida, com alguma pressão.
"gnnh" gruniu.
E voltei a correr
Nem sei o que pensar, o meu coração está na minha boca, a minha vida nos meus braços, a morrer lentamente.
Sentia isso, sentia a a sua dor alucinante. Sentia a sua vida a sair do seu corpo.
"Maya, pensa na Mia. Na nossa pequena. Pensa no nosso filho, não desistas...Não deles. Não de nós. "
Avistei o Paul a poucos metros de distância. Ele detransformou-se.
"Abre caminho!" Gritei
Ao ouvir os meus pedidos, ele começou a correr na minha frente, cortando alguns ramos que se encontravam no caminho.
"Lukas..." A sua voz de rouca e fraca "...mo-te." tentou dizer.
E um peso enorme alastrou-se pelo meus braços, fazendo-me parar drasticamente.
Maya...
Cai de joelhos com ela ainda nos meus braços.
"Maya..." As lágrimas alastravam-se pela minha cara. "Maya, não, acorda."
Precionei-a contra o meu peito, encharcando-o de sangue. A minha camisa branca, agora estava pintada de sangue escuro
Paul parou e correu na nossa direção.
" Não, Paul, diz que não... Isto não pode acontecer, não agora." As lágrimas agora estavam a cair nos braços, devido que tinha a cara para baixo.
"Alpha" Ele também chorava.
Chorava muito, nunca tinha chorado tanto. Eu praticamente gritava e rosnava de tanto pânico. De tanto medo do que será a minha vida daqui para a frente.
"Maya, vá lá! Por-favor, queri-da, não me faças isto.. Eu amo-te tanto.... Maya, por favor!" Soluçava." Acorda, não podes fazer-me isto. Não a mim. Não a nós"
6h:47mins
M i a
Acordei, como sempre, cedo demais. Olhei para o despertador e eram 6:46 da manhã.
Ethan e Taylor estavam a dormir no seu beliche azul e branco. E eu estava deitada no pequeno saco cama laranja.
Bocejei e ao inspirar senti o cheiro do meu pai na almofada. Ele esteve cá? E não me disse nada. Estúpido.
Mas estou fora da vigilância dele, posso fazer o que me apetece.
Avistei uma Nerf em cima da secretária, e ela era grande. Tinha 5 balas.
Apontei para a cabeça do Ethan, que dormia na parte de baixo do beliche
E disparei.
Ele acordou num sobressalto e deixou-me cair na gargalhada.
Mas ele tapou a minha boca com a sua mão para que eu não poder rir mais.
"Shh... Dá me a arma". Obedeci.
Ethan subiu para a parte de cima do beliche e apontou a arma na cabeça do seu irmão gêmeo.
Contou até 3 e disparou.
Mas logo a seguir, ele ficou com a cara assustada, e um riso meio psicotico soou.
"Tu não fizeste isso, mano." Ele ergueu a sua cabeça para ver as horas "Meu, são 7 da manhã, vão se lixar! Deixem-me dormir."
Taylor empurrou o Ethan para o chão. Sim, para o chão, o Ethan caiu em cima do meu saco-cama, que lhe aparou a queda.
" Au" Ethan disse ao mesmo tempo que se ria.
Sai do quarto depois de ter dado um beijo de bom dia na testa dos gémeos.
Descia as grandes escadas e fui em direção à cozinha. Mas antes de entrar, ouvi um choro, baixinho e trémulo.
Espreitei pela pequena abertura da porta e pude ver o meu pai, o Paul e a Helena.
"A culpa é minha, Paul... Se eu tivesse chegado mais cedo...." Ele chorava complusivelmente. "Se eu tivesse..."
Helena, também a chorar, abraçou o Paul, escondendo a sua cara. "Oh Meu Deus, Maya...ela não pode ter morrido assim..."
L u k a s
" o que é que vai ser de mim, das alcateias, da Mia... Meu Deus, como é que lhe vou contar?" Bato com a mão na mesa de madeira. "Ela.... Nem sei..."
"Lukas..." Paul olhava para a porta.
Segui o meu olhar para a porta. Mia chorava complusivelmente também. Tinha a mãos na boca e parecia cair.
Antes disso, peguei nela ao colo e apertei-a. Ela chorou baixinho no meu ouvido. Ela tremia e batia-me nos ombros,puxava-me os cabelos.
"Pai,não é verdade!" Ela apertou-me.
"Mia...Não era para teres descoberto assim." Fungei.
[Continua]
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