Capítulo 6 - Sase
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Olá amores, acho que alguém deve desculpas não é mesmo? Sei que andei sumida por um mês, tive complicações com as férias, e bem, na verdade ainda não as tive, por isso a demora. No curso de Publicidade que faço na faculdade, ganhei as benditas. Mas no da manhã de Tec. de Informática não tive esse prazer ainda, e a noite estou fazendo a carteira de motorista. A tarde vou para a casa da minha vó cuidar dela e ajuda-la pois ela não está muito bem da saúde. Então consegui tempo para escrever apenas agora. Espero que vocês possam entender.
Bom, no capítulo de hoje sugiro que o leiam ouvindo Black Out Days do grupo Phantogram (não estou conseguindo adicionar o link do video do youtube gente, desculpe). Boa leitura.
Jenifer Takahashi
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- O que você esta fazendo?! - Cassiel perguntava com o cenho franzido mostrando os dentes para Adabeth enquanto a observava lhe inferir socos em seu peitoral. Sabia que ela não aceitaria logo de cara, mas nunca imaginara tal reação.
Adabeth sentia-se traída, sentia-se usada. Ele não fazia tudo aquilo por um propósito maior ou por estar interessado nela, fazia porque um dos motivos era a ordem de sua mestre. E o segundo e pior entre os dois, fazia para não morrer, para não ficar sozinho, para não se perder na eternidade. Apenas uma decisão mais egoísta que a outra. Todo esse tempo de sofrimento, quase sendo internada em hospitais psiquiátricos, arruinando a vida dos pais, sendo a esquisita da cidade, sem ter amigos ou namorado e para que? Para descobrir que tudo era real, que ela não era louca da pedra. "Claro que Cassiel não a procuraria ou faria tudo o que fez por afeto, por amor, ou por um propósito maior. Ele brincou comigo esses anos todos, sempre me observando desde que nasci. Ele nem sequer cogitou se isso era realmente o que eu queria. Apenas decidiu que eu era dele. Maldito. Afinal, o que posso esperar?! Ele é um vampiro frio e calculista, diabos!"
- Maldito seja! – Gritou Adabeth a ele. Cassiel a soltara desde que começara a bater nele. – Você nem se quer imaginou que eu tenho uma vida só minha? Todos esses anos fazendo-me passar por louca! Sabe o que é isso?! Eu não sou sua! Não sou a porra de um objeto para ser usada desse jeito, não sou a solução dos seus problemas! – Uma veia saltava na testa de Adabeth, ela sentia sua cabeça latejar de tanto gritar com ele. Sabia que sua pele estava vermelha por causa da raiva, enquanto dizia tudo na cara dele, o cutucava com o dedo indicador em seu peitoral. – Se você morrer, ótimo! Todos morrem um dia, e a sua morte já deveria ter acontecido a muito tempo. Pro inferno você e toda essa merda bizarra!
Pela primeira vez em séculos Cassiel estava surpreso. Fazia muito tempo desde que alguém o desafiara e certamente não havia sido uma mulher que o fizera. Claro que quem o fez já estava apodrecido em baixo da terra a muito tempo, havia sofrido lentamente enquanto o vampiro o estripava. Mas ainda assim ele deixava a garota a sua frente passar dos limites enquanto observava sua juventude fervilhar sob a pele humana, o sangue que seu frágil coração bombeava por todo corpo fazendo sua pele ficar corada de raiva, ela era tão viva, tão cheia de calor. Algo que ele quase esquecera entre os humanos. Os olhos dela possuíam um brilho selvagem de raiva, avivando suas cores cinza. Os lábios que o difamava agitavam-se cada vez mais corados pela força que ela fazia em atormenta-lo. Como algo tão frágil poderia transpassar força? Como algo tão passageiro, algo como a vida de um humano poderia ser tão duradouro em eternos segundos?
Cassiel nunca observara isso tudo em um humano, ou talvez nunca tenha dado a devida atenção. Só os via como alimento e diversão. Ele a estava cobiçando mais do que nunca, era ela, sua escolha, isso só se confirmava cada vez mais. O destino dela o pertencia e isso o deixava ansioso. No entanto sua preciosa juventude única iria ser destruída, ele precisava se alimentar mais dessa vivacidade antes de torná-la sua companhia nas trevas. "Maldita! Como pode exercer tal influência sobre mim?!"
Cassiel rugiu de forma animalesca fazendo-a calar-se pelo susto e medo que sentiu.
- Adabeth, não é escolha minha! Isso tudo iria acontecer de qualquer jeito, mesmo se Saoirse não tivesse vindo conversar comigo, ela apenas avisou-me! E eu decidi mostrar-te! – Cassiel precisara fazer Adabeth calar-se. Ela não parava mais de falar bobagens e isso estava começando a irritá-lo. Seus olhos estavam novamente com a íris negra e pupila vermelha translucida devido a sua exaltação e excitação, quanto mais admirava aquela vivacidade, mais sentia a necessidade de possui-la sob todas as formas, aquela juventude que brilhava em seu ser.... Sim, ele havia experimentado no sangue que percorria seu corpo agora, aquele liquido encorpado, suave e delicioso que clamava cada vez mais por suas presas, mas tinha de ter cuidado com a lasciva monstruosa que se apoderava dele, se não tivesse controle sobre si, poderia matá-la, sentia muita vontade naquele exato momento, mas nem cogitou em poder ou não fazê-lo, era quase uma proibição. – De alguma maneira você é a minha escolhida, que eu não escolhi, as vezes isso acontece entre os vampiros. É uma vida premeditada. Enquanto eu vagava pela minha própria eternidade pensando não ter rumo, você caminhava pela sua mortalidade, até nos encontrarmos hoje aqui! – Ele segurou os pulsos dela antes que Adabeth pudesse lhe inferir mais algum soco, não doía, mas o incomodava ainda mais por ser quem era e deixar uma simples humana desrespeita-lo. Então soltou bruscamente os braços dela.
"Mentiroso!" Adabeth sentia a raiva borbulhar em seu corpo e não aguentou ficar calada.
- Eu sinto o fedor da sua mentira daqui! Não me venha falar de destino, de premeditação! Você intrometeu-se na minha vida, se não tivesse a invadido, eu teria sido normal! Passou esse tempo todo esgueirando-se nas sombras não é mesmo? Não era a minha presença que as pessoas de Hartman odiavam, era a sua. – Adabeth entendia agora a aversão anormal que todos sentiam por ela quando vivia em sua cidade, desde seus 5 anos os habitantes a viam como se fosse um monstro. Todos aqueles pensamentos fez com que seu temperamento explodisse na frente do vampiro. Se Cassiel pensara ter visto-a em fúria, enganara-se, presenciava o brilho ardente nos olhos da garota. "Personalidade imprevisível... Estou gostando cada vez mais disso." Ele sorriu.
- Pode ser que eu tenha sido um pouco impaciente e antecipado em algumas ocasiões, mas entenda de uma vez por todas, seu destino me pertence desde o momento em que seu pai gozou dentro de sua mãe para engravida-la! – Disse dando ênfase em cada palavra, seu rosto muito próximo do de Adabeth, ela o encarava com os olhos arregalados, não podia acreditar no que ele acabara de dizer. – Você, é, uma nascida. Sabe o que significa isso? – O vampiro perguntou afastando-se um pouco dela, pois podia sentir o leve arrastar delicioso do sangue nas veias da jovem. Controlava-se para não enterrar seu membro dentro de Adabeth enquanto lhe dilacerava a garganta, tomando seu sangue.
Ela continuava paralisada com os olhos bem abertos na direção do vampiro. Havia ouvido aquela frase dentro das lembranças dele e não gostava nada daquelas palavras. Realmente nem tinha vontade de saber o significado, mas ainda assim balançou a cabeça em negativa.
- Significa minha cara Adabeth que você descende de minha linhagem. – Cassiel disse saboreando cada palavra.
A visão da jovem ficou turva, por um breve momento sentiu como se estivesse em uma queda sem fim. A vertigem estava a sobrepujando. "Cassiel e eu da mesma família, mesmo sangue, mesma linhagem?" Sua cabeça girava e girava, suas pernas finalmente amoleceram e não suportaram seu peso, Cassiel foi rápido em ampara-la. "Não! Não podemos ter parentesco!". Não conseguia pensar em algo coerente, era loucura, tudo pelo o que estava passando. Ele estava mentindo, queria perturba-la, era isso, tinha de ser isso.
- Mentira! Você está fazendo isso para me atingir! – Os olhos dela estavam cheios de lágrimas que transbordavam, ainda assim sua expressão era de raiva enquanto dizia aquelas palavras com os dentes serrados próxima ao rosto de Cassiel, ele por sua vez mantinha um leve sorriso irônico nos lábios enquanto segurava uma instável Adabeth.
- Ora, e porque eu mentiria? – O vampiro a apoiou em um braço enquanto tirava uma mecha de cabelo da frente da maçã do rosto da garota, por um breve momento ele deixou sua mão suspensa diante de Adabeth. – Deixa eu conter-lhe um segredo, para criar o pupilo perfeito este deve ser sangue do próprio sangue e geralmente isso sempre acontece pois é algo premeditado. Parece que o sangue procura pela família. Então de certa forma, não sou completamente culpado, é algo que faz parte da maldição. – Cassiel finalmente percebendo que Adabeth havia recobrado a força, soltou-a virando-se em seguida de costas enquanto observava o céu. - E devo confessar, não fiz nada por amor a família ou por você, não sou capaz de amar, meus sentimentos humanos se foram à alguns séculos atrás. E é por causa dessa falta e desse vazio que criamos nossas companhias, para não nos perdermos e nem sermos corroídos pelo tempo. Sim, realmente brinquei com você todos esses anos, pois estava entediado. – Ele voltou a encarar Adabeth enquanto um sorriso maldoso afetava todo seu rosto. – E ao que tudo indica, funcionou muito bem, sinto-me vivo apesar de ser o que sou. As últimas brincadeiras deixaram-me com vontade de mais. – As palavras escorriam dos lábios de Cassiel como adagas que iam em direção ao peito de Adabeth. Sua expressão era perversa e sensual enquanto sua aura maligna o envolvia novamente.
- Demônio. Doente. Você é o pior. – A garota cuspiu as palavras rancorosamente. O que ele dissera a magoara profundamente.
- Obrigado, eu tento. – Cassiel disse com os olhos a encarando sorrindo perversamente.
- Tenho nojo de você. – Adabeth disse em puro ódio, dando as costas para Cassiel.
- Não dê as costas para mim. – Ele já estava cara a cara com Adabeth, bem na sua frente. Ela arregalou os olhos, havia esquecido de sua velocidade. – Mas daquele rato desacordado no chão você não tem nojo, não é? E o que acha se eu degola-lo na sua frente? Hein? Daí sim sentirá nojo de ver como realmente são por dentro.
Adabeth estava com medo pelo o que Cassiel poderia fazer a Kevin.
- Se não gosta de mim, porque sente ciúmes?
- Você entendeu errado. Posso não ama-la, mas gosto de você e sendo minha escolhida, será só minha enquanto for humana. – Ele disse segurando o queixo dela suavemente em suas mãos. Adabeth não conseguia desviar de seus olhos hipnotizantes, ele a forçava encara-lo.
Adabeth sentia o aperto no peito ao compreender as palavras dele. Cassiel a tornaria mesmo uma maldita criatura das trevas. Não isso não poderia ser verdade, ela planejara a maior parte de seu futuro, não poderia terminar assim.
- Nunca serei sua maldita cria. Nunca o escolherei. Nunca deixarei minha família e meus amigos por você.
- Nunca diga nunca. – O vampiro sussurrou contra o rosto dela, Adabeth sentiu o hálito fresco de Cassiel em seu rosto, um aroma inebriante. Mas ela achava aquilo sem sentido, afinal ele deveria ter o cheiro pútrido comparado com todas as coisas nojentas que ele fazia com aquela boca.
Ele segurou o pulso dela o levantando calmamente perto de seus lábios. Ele o beijava, arrastando os beijos até a parte macia da palma perto do polegar de Adabeth e ali lhe mordeu delicadamente deixando um sulco de sangue escorrer pela pele clara dela.
Adabeth soltou um pequeno arfar juntamente com um quase silencioso gemido. Aqueles dentes pareciam uma fábrica de prazer. O olhar languido de Adabeth denunciava seu desejo imediato e ela odiava esse efeito que Cassiel lhe causava, os lábio semiabertos dela só confirmavam a vontade de beijar Cassiel. Ele estava satisfeito ao ver a reação da garota.
- Um pequeno presente, para que se lembre de mim. – A expressão dele demonstrava o quanto o sangue dela causava-lhe um estado de êxtase. - Quando nos reencontrarmos novamente espero poder colocar meus dentes em outro lugar, quero deixá-la estasiada em cima de uma cama, esgotada, e então veremos se sou o pior nojo desse mundo. – Os lábios dele estavam em seu ouvido fazendo-lhe promessas tentadoras. Adabeth sentiu sua nuca arrepiar-se e percebeu que novamente estava excitada apenas com aquelas palavras. – Claro, se puder esperar até lá. – Cassiel completou rindo sensualmente.
"Humilhação" pensou ela corando.
- Vá se foder. – A garota proferiu novamente brava.
- Sozinho não tem como e prefiro esperar para foder você. – Ele disse sorrindo como um cafajeste. – Ah sim, levarei isso para lembrar-me de você. – Cassiel balançava a calcinha rasgada da garota diante da própria. Ele então cheirou-a, logo após lançou um olhar voraz para a humana. Ela engoliu em seco enquanto observava o grande volume que formava-se nas calças do vampiro. Adabeth sentiu um pequeno incomodo entre as pernas e sua face ficou rubra. – Sonhe comigo. – Cassiel disse virando-se para ir embora, se ficasse mais um segundo ali perderia o controle, matando-a de tanto fode-la ou de tanta beber seu sangue. Os dois pensamentos o deixava duro de tesão. Decidiu então sair o mais rápido possível dali.
E quando Adabeth deu por conta, ele já havia sumido bem em sua frente.
Ela decidira odiar Cassiel. Queria fugir dele, mas sabia que não havia como, para onde fosse ele a perseguiria. Estava ferrada, ele poderia vê-la a hora que quisesse. Sentiu-se cansada, queria ir embora dali, não queria continuar naquele lugar e desprotegida. Correu até onde Kevin estava desacordado. Agachou-se ao seu lado.
- Kevin! Acorda Kevin! Por favor! – Adabeth lhe dava tapinhas de leve no rosto.
Kevin acordava vagarosamente e então levantou-se de um pulo, olhando para todas as direções.
- Onde está ele? Onde? – Falava Kevin com os olhos arregalados de preocupação e medo.
- Foi embora Kevin, acho que era algum drogado. – Adabeth disse tentando disfarçar seu nervosismo, naquele mesmo instante estava pensando em tudo que o vampiro representava para o rapaz a sua frente, morte.
- Ele encostou em você? Te machucou? – Kevin perguntou segurando Adabeth pelos ombros e analisando-a da cabeça aos pés.
"Não, não me analise assim Kevin." Adabeth sentia-se um lixo, Kevin não sabia tudo que havia acontecido a apenas alguns metros de onde ele estava desacordado. Se soubesse, nunca mais iria olhar na cara dela novamente. Ali estava ele, todo preocupado com ela. "Adabeth sua hipócrita do caralho!" Sentiu-se péssima por lembrar que estava sem calcinha e para piorar, seu vestido não era comprido.
- Estou bem, ele não me encostou, mas quero ir embora. – A voz dela era apenas um fio sussurrado.
- Está certo, vamos embora antes que mais alguma coisa aconteça. – Ele disse pegando a mão de Adabeth e levando-a de volta para o interior da mansão.
Enquanto passavam pela multidão, Adabeth tentava a todo custo segurar sua saia no lugar. Corava cada vez mais ao lembrar do que Cassiel fizera e pelas coisas ditas a ela.
- Tem certeza que você está bem? – Perguntou Kevin preocupado.
- Estou sim, não se preocupe. – Adabeth sorriu amarelo para ele, tentando acalma-lo. Eles estavam quase passando pela porta da frente da mansão.
- Mas, já vão? Ainda é cedo! – Aquela voz era reconhecível em qualquer lugar. Adabeth virou-se e encarou Roxana que estava a alguns centímetros de distância dela com toda aquela imperiosidade.
- Sim. – Kevin disse quase gaguejando devido a presença de Roxana, ele não parava de olha-la da cabeça aos pés.
- É, estamos cansados. – Disse Adabeth a encarando com o cenho levemente franzido, não sabia o porquê, mas agora sentia uma desconfiança enorme da moça morena a sua frente.
- É uma pena, mas haverá mais festas até melhores que esta e espero vê-los novamente em algumas delas. – Roxana disse sorrindo suavemente aos dois, enquanto passava as costas de sua mão pelo rosto de Kevin que ao ver de Adabeth estava sem respirar.
- Claro. – Adabeth falou sorrindo nervosamente, sim havia algo de errado em Roxana. – Melhor ir pegando o Jeepe Kevin.
Kevin apenas moveu sua cabeça quase imperceptível confirmando, antes de virar-se e sair andando para pegar o carro.
- Até mais Roxana. – Despediu-se Adabeth indo embora.
- Adeus Adabeth. Ah já ia esquecendo-me. – Ela segurou o braço de Adabeth e aproximou-se dela. – Nós estaremos de olho em você. – Ela sussurrou no ouvido de Adabeth que sentiu um calafrio percorrer seu corpo.
Quando Adabeth olhou para Roxana, ela tinha a íris dos olhos negras e as pupilas com o mesmo brilho vermelho translucido que de Cassiel. Ela também era uma vampira.
Adabeth saiu tropeçando nos próprios pés enquanto quase corria para entrar no Jeepe de Kevin. Ela não atreveu-se olhar para trás enquanto Kevin dirigia para longe da mansão.
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