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Capítulo 2 - Două

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Segundo capítulo de Alma Sombria fresquinho!

Queridos leitores, escrever AS tem sido uma experiência indescritível e totalmente nova para mim. Espero que gostem deste novo capítulo e tanto quanto eu gostei de escreve-lo. Se o gostar, vote nele e deixe um comentário maravilhoso para mim <3.

Recomendo que leiam ouvindo a música "Out of the Fire" da Digital Daggers.

Beijos grandes.

Jenifer Takahashi.

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Ela estava atrasada para seu primeiro dia de aula. A razão disso era simples, seu pesadelo da noite passada. O maldito homem-vampiro que a atormentava todas as noites desde garotinha.

Não, não era louca, entretanto sabia que isso não era algo normal, sonhar sempre com a mesma pessoa até aí tudo bem, mas com um monstro enganando, matando e proporcionando tensão sexual... Era algo para preocupar-se, principalmente após ele disser que estava chegando, aquilo mexera com ela profundamente, o vampiro nunca havia dito essas palavras antes. Claro que seus pais haviam procurado vários psicólogos, psiquiatras e especialistas. Nada adiantara. Havia desistido sua busca por médicos capacitados quando completara 18 anos, explicara aos pais que estava bem e não precisaria mais de tratamento. O que era uma mentira deslavada, afinal os pesadelos pioraram aos 16, sempre desconfiou de que os pais sabiam de sua mentira. Todavia o que poderiam fazer a respeito da perturbação da filha?

Queria ser uma pessoa normal que pudesse dormir tranquilamente sem ter de acordar os outros aos berros. Por isso decidiu estudar em uma universidade bem longe de sua cidade natal Hartman, um lugar pequeno e calmo. As pessoas que costumavam viver em sua cidade não se incomodavam com rotinas e tranquilidade, totalmente o oposto de Adabeth Solveig.

Ela queria mais, muito mais da vida do que ser simplesmente uma operadora de caixa de algum supermercado ou ir todo domingo de manhã à missa. Não queria casar-se com um dos ex-jogadores de futebol americano do colegial e ter 3 filhos dali um ano. Presenciara tudo isso acontecer com várias garotas, logo após formarem-se no Ensino Médio.

Pessoas como Adabeth viveriam infelizes em Hartman. Além disso nunca possuiu algo que a prendesse na pacata cidade além de seus pais. Por causa de rumores, era conhecida como a "esquisitona". Nunca pode ir a alguma festa do pijama quando criança, pois não podia dormir fora de casa sem assustar uma família inteira com seus berros durante o sono. Nenhuma criança desejava brincar com ela pelos delírios que surgiam do nada e isso as assustava. Na adolescência não havia sido diferente, os pais não queriam ver seus filhos se enturmando com uma louca, na realidade nem os próprios colegas a queriam próxima deles, na sala de aula sentavam o mais longe possível, principalmente após a pegarem brigando sozinha com o imaginário sobre a constante sensação de ter alguém a observando. Por onde passava, sentia o ambiente mudar, o silêncio pesava e uma aura negra tomava o lugar, como se sua mínima presença fosse algo insuportável de aturar. Foi muito humilhada quando em uma certa altura conseguiu um suposto "namorado" e então descobriu ser uma armação, uma aposta. Até os adultos não gostavam dela, diziam que era louca e que o mal andava com ela.

Mas mais do que sair da cidade, desejava do fundo do coração que seus pais pudessem viver suas vidas despreocupadamente, já os havia feito sofrer muito, mereciam um descanso de sua filha "psicótica".

De início, sua mãe quase teve um colapso, afinal quem iria lhe fazer um chazinho antes de ir dormir? Quem iria lhe confortar e a abraçar quando um daqueles pesadelos a assombrasse? Quem lhe lembraria de tomar os remédios regularmente? Seu pai sentiu um aperto no coração por ter de deixar a filha ir para tão longe, mas sabia que os filhos não nasciam para o ego dos pais e sim para o mundo, uma hora esse momento chegaria. Ele a aconselhara bem sobre as falcatruas do mundo e sobre pessoas que poderiam tirar proveito de sua bondade.

Adabeth havia achado um exagero, não era mais uma criança, já tinha 21 anos e dali algumas semanas faria 22, perdera muito tempo de sua vida parada em casa. O mundo a aguardava e suas aulas de Artes Visuais também. Mas depois da noite anterior, teve de admitir que sentiu falta dos braços de seu pai a confortando, enquanto sua mãe lhe trazia um chá de camomila.

Suspirou profundamente ao retornar para o presente. Se não saísse dali 5 minutos, perderia a apresentação do professor. Ela nunca havia questionado sua certeza em escolher a graduação de artes, sempre teve talento para desenhos, pinturas e artesanatos. Mas surpreendeu-se ao ser aceita pela Boston University College of Fine Arts, era uma das melhores universidades e ainda ficava quase do outro lado do país, bem longe de Hartman.

Adabeth havia chegado fazia duas semanas para tentar se habituar, mas isso seria praticamente impossível, até o ar em Boston era completamente diferente de onde viera. Agora morava em uma republica feminina dentro do campus. Ela sabia que no momento que uma crise surgisse não haveria ninguém que pudesse ajuda-la. Por esse motivo levara um atestado junto para que conseguisse um quarto particular, assim não perturbaria nenhuma colega.

Não era um quarto muito grande, as paredes estavam pintadas de um azul claro que puxava mais para o cinza, na parede norte à esquerda estava encostado um roupeiro bege com suas roupas já arrumadas e uma estante de metal com todos seus livros de aulas e os de literatura, a porta de saída branca ficava à direita dessa mesma parede, quase ao seu lado, na parede leste, ficava a porta para um pequeno banheiro e a cama de solteiro também bege junto com um criado-mudo, na parede oeste encontrava-se uma janela grande com cortinas brancas, dela podia-se ver boa parte do campus e sua extensão verde de gramíneas com algumas árvores plantadas, a universidade era grande. Na parede sul encontrava-se uma escrivaninha onde seus materiais e notebook já estavam em cima junto com uma tigela grande coberta de frutas.

Pegou uma maçã da tigela, sua bolsa-mochila marrom e saiu correndo. Estava vestindo um short jeans destroyed escuro, regata cavada cinza estampada com um gato preto e um All Star nos pés. Seus cabelos escuros voavam soltos por causa da corrida e o rosto estava limpo, sem rastros de maquiagem. Era um dia quente, daqueles em que se poderia fritar um ovo na calçada.

Ainda haviam bastante pessoas caminhando pelo campus, apressadas como ela. Adabeth não olhava para ninguém, só queria chegar de uma vez em sua aula sem ser prejudicada.

- Posso dar uma mordida? - Alguém disse atrás dela quando parou perto da entrada do prédio de Artes Visuais.

Isso a fez sobressaltar, ela teve cuidado quando virou-se para olhar quem havia falado tal coisa.

Era apenas um garoto que não devia ter mais de 18 anos. Adabeth não deixou de perceber que ele tinha olhos escuros, sorriso radiante, rosto suave, pele bronzeada e cabelos rebeldes pintados de vermelho cereja. E não, não era nenhum vampiro dentuço a atormentando. O rapaz era mais alto que ela, e quem não era? Com seus 1, 57 qualquer um poderia ser mais alto.

- Você está bem? - Perguntou ele vacilando um pouco seu sorriso pela reação da garota.

Adabeth soltou o ar que estava preso em seus pulmões.

- Sim estou, é só que... Bem, eu me assustei... - Ela disse sorrindo timidamente tentando ser uma pessoa normal e não uma esquisitona do interior. - Toma pode ficar, já comi o bastante. - E jogou-a para o rapaz.

- Ah valeu, não tive tempo de tomar café essa manhã. - Ele disse pegando a fruta e a mordendo.

- Sério? Você não tem nojo de comer algo que um desconhecido já mordeu? - Perguntou Adabeth observando o estilo despojado dele. Conforme mastigava a maçã, ela podia ver a mandíbula dele definida movimentar-se atrativa.

- De onde eu venho, nós dividimos as coisas. E para falar a verdade, quem sentiria nojo de você? - Ele terminou a frase dando uma bela mordida na maçã, jogando seu olhar para os lábios volumosos dela como se fossem a fruta em suas mãos.

Adabeth pensou estar louca, ele era quase quatro anos mais novo que ela, mas a verdade era que isso não o impedia ser um rapaz bonito. Achou estranho estar flertando-a, talvez não fosse tão esquisita quanto pensava, ah sim acabara de lembrar-se, ele não a conhecia como os garotos de sua cidade, não sabia nada a respeito de seus problemas. Ele a seguiu na mesma direção.

- Você está nervosa para a primeira aula? - Ele perguntou, caminhando a uma distância que Adabeth podia sentir o perfume amadeirado com um toque de canela. Gostara do aroma.

- Na verdade nem estava pensando nisso, pessoa sem nome. - Adabeth lhe lançou um olhar cômico.

- Ah desculpe, meu nome é Kevin Ages. - Kevin falou sorrindo novamente e apertando a mão dela, não pode deixar de perceber o quão sedosa era a pele macia da moça a sua frente.

- Sou Adabeth Solveig, mas pode chamar-me de Ada. - Ela sorriu, mostrando seus dentes perfeitos.

- Bonito nome, Ada. - Kevin disse encantado pela doçura extrema que esse ser a sua frente transmitia.

- Obrigada. - Disse ela achando graça na expressão perdida de Kevin. - Hey, você faz Artes Visuais também? - Adabeth parou de caminhar bem a sua frente, feliz de conhecer um provável colega de turma.

- A partir de hoje em diante, sim. - Ele sorriu. - Amo pintar quadros, esse é meu primeiro semestre. Formei-me faz pouco tempo no colegial.

- Ah então, é o meu primeiro semestre também, mas pela minha idade já deveria estar graduando-me. - Adabeth disse um pouco sem jeito.

- Então você tem vinte e um ou vinte e dois anos? - Perguntou Kevin dando um meio sorriso.

- Vinte e um. - Ela fez uma pausa para soltar uma risada sem graça, desviando o olhar de Kevin para a parede. - E você tem dezoito?

Kevin riu levemente pela reação de Adabeth.

- Sim, eu tenho. E você, não fique sentindo-se velha, há pessoas aqui com trinta anos e estão longe de concluir o curso. A propósito, você não aparenta ter a idade que possui. - Quando Adabeth deu por conta o braço de Kevin já estava ao redor de seus ombros enquanto ele lhe mostrava a direção correta para a sala de aula. Mais do que nunca aquele perfume dele enchia suas narinas e sua pele era quente, macia, ela podia sentir os músculos presentes ali. Abandonou essas percepções de sua cabeça, seus problemas eram tantos, não precisava de mais um. Disfarçadamente e de uma forma espontânea ela fugiu do abraço de Kevin, sorrindo e continuando a conversa de um jeito leve.

Então chegaram em frente a sala de Estética e História da Arte. Entraram silenciosamente e escolheram um lugar agradável para assistir a aula.

- Hey Ada!

Adabeth ouviu Kevin a chamar no fim da tarde quando voltava para a republica, ele estava junto com um grupinho de garotos e garotas que não paravam de dar risadas de alguma piada que alguém contara.

Kevin correu até ela, alcançando-a.

- Nós vamos ir à uma festa para comemorar o início das aulas, quer vir junto? - Kevin perguntou entusiasmado.

- Festa? Onde? - Perguntou Adabeth enquanto observava o grupo de amigos dele esperando-o, disfarçavam para não demonstrarem interesse na conversa dos dois.

- É na casa de uma veterana aqui da universidade, dizem que a maior parte dos estudantes vão ir, parece que ela mora em uma mansão, ou algo assim. - Kevin explicou. - Você vem, não é? - Completou.

- Que horas começa? - Adabeth disse ainda indecisa. Será que deveria ir?

- As 22:00. Eu venho te buscar se você precisar de carona. - Kevin sorria tanto que Adabeth se questionava se suas bochechas já não estavam doloridas.

- Tá ok, vou sim. - Ela respondeu. Ora, devia enturmar-se e ela nunca teve a oportunidade de ir a uma festa sozinha. Queria ver como era.

- As 21:30 então?

- Certo, as 21:30.

Adabeth adentrou seu quarto indo direto para o chuveiro, tomar um banho era o que mais queria depois de um dia quente como aquele, sentia o abafado calor do sol impregnado em seus poros. Ela tirou suas roupas e deixou a água quase gelada escorrer por sua pele, massageando os nós de seus tendões e nervos por onde tracejava seu caminho. Estava do jeito que ela gostava.

Passava o sabonete pelo corpo, enquanto pensava se era uma boa ideia ir a festa de uma desconhecida, onde estaria cheio de desconhecidos e com um recém-conhecido. Seus pais não iriam gostar de algo assim.... Mas seus pais não estavam aqui e bem, ela já tinha 21 anos não é mesmo? Ela era maior de idade, droga! Não precisava da permissão de ninguém. Era só tomar o controle da situação, não deixar-se passar pelos momentos e bebedeiras, sim ela ficaria bem.

Uma dor aguda e latejante eclodiu no meio de sua mente, esparramando-se pela lateral de sua cabeça, atingindo seus olhos. Adabeth deixou o sabonete cair no chão, ela tentava segurar a cabeça como se isso fosse resolver sua dor. Via flashes de imagens diante de seus olhos, borrões. Tentou fecha-los bem comprimidos para acabar com a maldita dor, mas a dor continuava a pressionar seu cérebro. Pessoas mortas, sangue, havia gritos. Adabeth deixou seu corpo escorregar contra a parede até o chão. Decomposição, vísceras, mais sangue. E a dor cessou assim como as visões.

Ela ergueu o corpo do chão e sentou-se ali mesmo. "Isso foi um pesadelo?" Estava desacorçoada. Tonta. Não conseguia ouvir direito, como se estivesse com água dentro dos ouvidos, um zumbido, era o único som que crescia. Ficou em silêncio até recuperar-se do ocorrido. Observava fixamente a água transparente do chuveiro cair em milésimas gotículas por segundo. Sua mente nunca esteve tão vazia. "O que está acontecendo comigo?" Seus olhos vidrados no líquido arregalaram-se no instante em que Adabeth presenciou a água do chuveiro tornar-se vermelho escuro e condensado.

Aquilo aproximava-se dela e então encostou na sua perna, seus dedos limparam o liquido e era pegajoso, aproximou a mão do rosto, havia um cheiro peculiar.

Era sangue.

O som de seu grito rasgava a garganta, ela não pode evitar, o desespero tomou conta do coração de Adabeth e quando deu por conta, o sangue já estava em todo seu corpo e quanto mais ela tentava limpa-lo com as mãos, mais o esparramava.

- Não, não, não... NÃO!

As lágrimas manchavam seu rosto, ela não sabia o que fazer, estava com medo, não conseguia fazer movimento algum e a ânsia tomava conta de seu estômago.

Um estrondo em seu quarto chamou sua atenção. Ouviu outro barulho e mais outro. Esperou por mais, mas seja lá o que fosse, não tornou a repetir-se. Levantou-se de um pulo e desligou o chuveiro apressada, o sangue acumulava dentro do box. Por alguns instantes ela precisava esquecer todo aquele sangue, agora queria saber o que estava acontecendo em seu quarto.

Abriu o box vagarosamente para espiar e seu coração congelou no peito.

- Eu disse que estava chegando. - A voz dele saiu bestial, totalmente distorcida.

O mesmo demônio dos pesadelos estava diante dela. Sua presença era intimidadora. Quando o olhava sentia estar encarando uma profanação, o mal, a morte. O coração de Adabeth quase abria um buraco em seu peito para sair. A íris dos olhos do vampiro brilhava translúcida e vermelha, sua boca aberta mostrava seus incisivos laterais e presas pontiagudas, um vinco em sua testa se formava. Ele atirou-se contra ela.

Adabeth soltou um grito aterrorizante que não havia fim. Estava de olhos fechados e novamente encolhida no chão com os braços ao redor da cabeça e do corpo. Mas estranhou ao perceber que nada aconteceu, parou de gritar e abriu os olhos. Não havia mais ninguém ali com ela, o chuveiro ainda estava ligado caindo apenas água límpida, ela pegou seu roupão desligou o chuveiro e saiu do banheiro.

Seu quarto estava igual a antes, nada fora do lugar, nem um arranhão se quer, estava exatamente como se nunca o tivessem invadido.

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