Capítulo 22: O Caos nas Redes
As notícias da sentença de Caleb se espalharam como fogo pela cidade. Era impossível ignorar a manchete estampada em todos os portais de notícias e nas redes sociais: "Caleb condenado a centro de detenção juvenil por tentativa de assassinato". A comunidade estava em alvoroço, compartilhando e comentando freneticamente o acontecido.
Aurora observava de longe a reação das pessoas à notícia. Seu sorriso enigmático permanecia, refletindo sua satisfação com o desenrolar dos eventos. Ela sabia que tinha o poder de manipular e influenciar, e agora isso estava se manifestando nas reações fervorosas daqueles ao seu redor.
As redes sociais estavam repletas de debates acalorados sobre o caso de Caleb. Algumas pessoas estavam chocadas com a gravidade da situação, enquanto outras apontavam dedos acusadores, sugerindo que o ambiente tóxico da escola e as ações passadas poderiam ter contribuído para a explosão de violência.
Aurora se tornou o centro de mais teorias e especulações. Alguns acreditavam que ela era a verdadeira instigadora por trás do que havia acontecido, enquanto outros a viam como uma vítima que havia se vingado daqueles que a haviam ferido. A aura de mistério que a cercava a tornava ainda mais intrigante.
Enquanto isso, a família de Caleb estava se esforçando para lidar com a situação. Seus pais apareceram na televisão local, dando entrevistas onde expressavam choque e tristeza pelas ações do filho. A imagem deles estava manchada, enquanto eles enfrentavam o julgamento público por não terem sido capazes de evitar a situação.
Evan, que estava cada vez mais tenso e preocupado com as ações de Aurora, não conseguia deixar de se sentir aliviado por não ter sido o alvo de sua vingança. Ele assistia de longe o caos nas redes sociais, sabendo que a vida de todos ao seu redor estava sendo afetada por essa série de eventos.
Enquanto a cidade debatia e especulava, Aurora permanecia no centro desse furacão. Seus olhos escuros, que pareciam guardar segredos sombrios, observavam tudo. Ela sabia que suas ações haviam desencadeado uma reação em cadeia que estava redefinindo as vidas de todos ao seu redor. O que estava por vir só ela sabia, e sua transformação em algo mais do que humano continuava a desafiar a compreensão daqueles que a cercavam.
Com um disfarce meticulosamente planejado, Aurora entrou no centro de detenção juvenil sem levantar suspeitas. Seus cabelos escuros estavam escondidos sob uma peruca loira curta e bagunçada. Ela usava óculos de armação grossa, que emolduravam seus olhos de maneira diferente do usual. Vestia uma jaqueta de couro preta e jeans surrado, criando uma imagem completamente distinta daquela que as pessoas conheciam.
Caminhando pelos corredores frios e sombrios da instituição, ela se aproximou da cela de Caleb. Seus olhos negros brilharam com um misto de triunfo e perversão enquanto o observava lá dentro, parecendo um homem destroçado.
— Caleb... — sua voz soou diferente, um tanto rouca e carregada de um tom sombrio que não era sua característica usual. Ela sorriu, mas não era um sorriso caloroso ou humano. Era um sorriso que parecia sair de uma mente retorcida. — Vejo que a prisão se tornou seu novo lar. Acho que você entende agora como é estar encurralado, não é?
Caleb olhou para cima, os olhos cheios de raiva e desespero. Ele reconheceu a figura à sua frente, mas algo nela estava errado. A maneira como ela falava, como se possuísse um conhecimento sombrio que ultrapassava o humano, enviou um arrepio pela sua espinha.
— Quem diabos é você? — ele sussurrou, sua voz trêmula.
Aurora riu baixinho, um riso que ecoou de forma perturbadora pelos corredores vazios.
— Ah, Caleb... Não se lembra de mim? Pode me chamar de... Lilith. E não, eu não sou um fantasma ou um delírio. Eu sou algo mais... poderoso.
Caleb ficou ainda mais pálido, sentindo um frio percorrer sua espinha. Ele começou a se afastar da grade, como se quisesse escapar daqueles olhos negros que o encaravam.
— O que você quer de mim? — ele sussurrou com um tremor na voz.
Aurora se inclinou para a frente, suas feições obscurecidas pela penumbra da cela.
— Quero que você saiba, Caleb, que o sofrimento que você sentiu está apenas começando. Você se atreveu a tentar me matar, acreditando que eu era apenas uma garota frágil. Mas eu sou muito mais do que isso. E agora... você pertence a mim.
Caleb sentiu um terror indescritível tomando conta dele. Aquelas palavras pareciam carregar um peso sobrenatural, uma promessa de um destino sombrio e desconhecido. Enquanto Aurora se afastava da cela, o riso perturbador ainda ressoando em seus ouvidos, Caleb percebeu que suas ações tinham desencadeado algo que ele nunca poderia ter imaginado.
No fundo de sua mente, ele se perguntou se havia algo de humano em Aurora, ou se ela era realmente o demônio que alegava ser. E enquanto ela desaparecia nos corredores, a sensação de desespero e impotência só crescia dentro dele.
Depois de deixar o centro de detenção juvenil, Aurora dirigiu até a casa de Evan, seu próximo alvo. Ela sabia que ele estava se sentindo ameaçado desde o incidente envolvendo Caleb e estava determinada a explorar ainda mais essa vulnerabilidade.
A noite estava escura e silenciosa quando ela chegou à casa de Evan. O local parecia tranquilo, com todas as luzes apagadas. Aurora sabia que tinha que agir com cautela para não levantar suspeitas.
Ela se aproximou da porta da frente, seu disfarce ainda intacto. Seu coração estava calmo, como se a escuridão que agora habitava dentro dela a deixasse indiferente a qualquer perigo. Com um gesto ágil, ela destrancou a porta e entrou na casa.
A sala estava escura, mas a lua lançava uma luz fraca através das cortinas, iluminando o caminho. Aurora podia ouvir o som de alguém respirando profundamente vindo de um dos quartos. Ela seguiu o som e logo estava na porta do quarto de Evan.
Evan estava dormindo, alheio à presença dela. Seu rosto estava tenso, como se estivesse tendo um pesadelo. Aurora se aproximou da cama com um sorriso sutil. Ela sabia que precisava ser cuidadosa para não acordá-lo antes do momento certo.
Com a mesma destreza que usou para entrar na casa, ela retirou um pequeno frasco do bolso. O líquido dentro do frasco tinha uma cor escura e viscosa. Era um veneno sutil, um composto que induziria pesadelos terríveis e duradouros.
Com um gesto leve, Aurora deixou cair algumas gotas do líquido sobre a testa de Evan enquanto sussurrava palavras indistintas em um idioma antigo. O veneno foi absorvido pela pele dele, e imediatamente Evan começou a se contorcer em sua cama, seu sono tranquilo se transformando em um pesadelo vívido e aterrorizante.
Aurora observou, satisfeita, enquanto ele murmurava e se debatia sob o domínio do pesadelo que ela tinha desencadeado. O medo e a confusão eram evidentes em seu rosto, mesmo no estado de sono.
Quando ela se afastou da cama e deixou o quarto, a escuridão da noite a engoliu mais uma vez. Evan estava agora sob o seu controle, mergulhado em pesadelos que a manteriam viva em sua mente, como uma sombra eterna. Aurora estava pronta para continuar seu jogo, explorando os medos e fraquezas daqueles que cruzassem seu caminho, enquanto sorria para si mesma, imersa em sua metamorfose sombria.
Evan estava mergulhado em um pesadelo horrível, como se tivesse sido arrastado para um abismo de tortura e sofrimento. Ele se encontrava em um cenário sombrio e distorcido, onde a realidade e a ilusão se entrelaçavam de forma aterrorizante.
Ele estava deitado em uma mesa de cirurgia de aço gelado, com seus membros amarrados por correias apertadas. O ambiente ao seu redor estava imerso em sombras sinistras, apenas iluminado por uma luz fraca e tremeluzente pendurada sobre sua cabeça.
Um médico sinistro, vestido com um jaleco manchado de sangue e uma máscara cirúrgica sombria, pairava sobre ele. Seus olhos eram cruéis, completamente sem piedade. Evan tentou gritar, mas sua boca estava costurada, incapaz de produzir som.
O médico começou a operar, mas não havia anestesia para aliviar sua agonia. Evan podia sentir cada corte, cada incisão, como se suas entranhas fossem arrancadas de seu corpo ainda pulsante. A dor era insuportável, e suas tentativas desesperadas de se libertar eram inúteis.
Ao lado da mesa, uma plateia de espectros silenciosos observava com olhos vazios, rindo silenciosamente enquanto ele sofria. Eles eram vultos sombrios, sem rosto e sem alma, apenas testemunhas cruéis de seu tormento.
O pesadelo parecia durar uma eternidade, e Evan não tinha como escapar. Ele estava preso naquele mundo de agonia, incapaz de distinguir entre o que era real e o que não era. Cada segundo era uma tortura implacável, uma experiência tão vívida e agonizante que parecia que sua mente estava prestes a se despedaçar.
Evan se contorcia, seu corpo suado e trêmulo, enquanto o pesadelo prosseguia sem misericórdia. As cenas de horror e dor se sucediam, uma após a outra, até que finalmente ele acordou, ofegante e coberto de suor, com o coração ainda martelando em seu peito. O alívio de acordar daquele pesadelo infernal era quase tão agonizante quanto o próprio sonho, pois ele sabia que aquelas imagens nunca o abandonariam.
Evan acordou abruptamente, suado e ofegante, com os olhos arregalados de terror. A sensação da agonia do pesadelo ainda ecoava em sua mente, fazendo seu coração bater descontroladamente em seu peito.
Ele levantou-se lentamente da cama, tentando recobrar o fôlego e a calma. A luz pálida da lua entrava pela janela, lançando sombras inquietantes pelo quarto. Evan passou a mão pelo rosto úmido e tentou se convencer de que o pesadelo não era real, que tudo não passava de uma criação de sua mente assustada.
No entanto, as imagens do pesadelo permaneciam frescas em sua memória, como se tivessem sido gravadas a fogo em sua mente. Ele se sentia vulnerável e exposto, como se algo ou alguém estivesse observando-o das sombras, esperando para atacar.
Evan sabia que precisava se acalmar, afastar os pensamentos aterrorizantes e recuperar a compostura. Ele se dirigiu até o banheiro e lavou o rosto com água fria, tentando dissipar a sensação de sufocamento que o pesadelo lhe deixara.
De volta ao quarto, ele se deitou na cama, mas não conseguiu fechar os olhos. O medo ainda o mantinha alerta, e ele se perguntava se aquilo havia sido apenas um sonho ou se era algum tipo de aviso. Evan estava determinado a descobrir a verdade por trás de seus pesadelos cada vez mais perturbadores, mesmo que isso o levasse a lugares sombrios e desconhecidos.
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