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Nine

Oi gente, voltei
Depois de 84 anos
Mas fiz 8k de palavras Sz
Espero que gostem
Muitas bombas hauahau

Espíritos malignos. 

Fui hoje na biblioteca e diversas coisas me aconteceram. Não sei por onde começar a falar mas tudo tem um pouco haver com esse nome sublinhado ali em cima. Minha cabeça está doendo devido a tanta bizarrice vivida de uma vez só. 

Era manhã e eu não tinha conseguido dormir como da última vez, meus olhos estavam fundos e meu corpo mole. Depois daquela atividade paranormal que me aconteceu, eu não consegui pregar o olho. A ideia de morrer era assustadora pra mim. Sei que não sou grande coisa mas porra, ainda tenho metas para viver nessa desgraça que chamamos de terra. Certo, esse não é o foco, chegando na biblioteca mais usada de Beamount, fui na sessão de livros de terror. Uma bibliotecária chamada Selena, me levou até lá dizendo que eu poderia permanecer as horas que quisesse ali. Achei ela bem simpática...” 

Uma risada macabra interrompe minha leitura, olho para cima vendo Louis rindo bastante alto, rompendo as vibrações dos meus tímpanos. Sinceramente, aquele demônio estava me irritando pra porra. 

— Qual é o seu problema? — indaguei, fechando meus punhos. Podia sentir eles latejando sem parar. 

— Oh não venha me dizer que não achou graça? Esse Louis aí é tão idiota quanto o atual, sinceramente, onde é que a Selena vai ser boa? — indagou. 

Eu tinha que concordar com ele, Selena sabia mascarar sua maldade muito bem. Apenas um sorriso dela poderia manter a segurança de uma pessoa a si. Ela conquista suas vitimas dessa forma. Não imagino o trapo que ela deva estar agora mas com toda certeza seu sorriso não era um dos mais convidativos. O Louis acabou mudando tudo isso. Temo o tamanho da sua ira, mas não tanto quanto os planos do meu namorado demoníaco. 

— Estou me sentindo brochado com essa leitura. — ele tenta me fazer largar o livro mas eu sou mais forte. Louis assim rolou os olhos, sorrindo endiabrado para mim. — Você sabe que podemos nos divertir, amor, eu fodendo você com força e você gemendo pra mim quando te toco, lambuzando esses lençóis com nosso esperma e suor, imagina que tesão. — ele sussurrou, passando a mão no meu membro e o massageando.

O primeiro indício que dei foi um gemido sôfrego, contudo não poderia cair na tentação porque faria merdas maiores e era elas que eu queria evitar. Não se tratava de mim mas eu estava esperando pelo Louis verdadeiro, quando ele voltasse, eu não ia segurar mais nada. O fato desse demônio aqui estar sem colar não diminuía 100 por cento da fragrância do meu verdadeiro namorado, e eu ficava louco quando ele se aproximava. 

— Não. — tirei sua mão dali, rosnando para ele manter distância. 

— Você é um chato. Não gosta de se divertir de verdade.  Poderíamos ter uma noite inesquecível. — Ele segurou meu rosto e passou a língua no meu pescoço seguido de uma mordida. — Mas vou te deixar com a sua leitura chata e procurar me divertir com outro. 

Ele deu uma risada, virando de costas. Foi quando levantei rapidamente da cama o imprensando na parede. Louis mordeu os lábios, trazendo suas órbitas negras. Da mesma forma as minhas deveriam estar. 

— Não quero você com filho da puta nenhum encostando em você. — dias agressivo.

A ideia de ver/imaginar alguém tocando no que é meu, não me agrada nenhum um pouco. Sei que aquele demônio gosta de me provocar mas mostraria pra ele que mesmo acorrentado por verbena eu sei ser bem persuasivo e sério. Louis passou as unhas sob meu abdômen passando-o para minhas costas assim friccionando nossas intimidades uma na outra. 

— Hum... Que vampiro possessivo. — roçou seu membro no meu, arrancando um gemido dos meus lábios. — Acalme-se baby, no meu corpo o único que pode tocar é você. 

— Não quero que o toquem mesmo. — Seguro sua bunda e apertei. Sei que estava caindo na tentação mas Louis não precisava ser demônio para isso ser impossível de controlar. — Meu. — molhei meus lábios passando pela sua arteira e suguei sua pele. 

Louis gemeu rindo endiabrado, levantei ele no meu colo queimando internamente para ter seu corpo inteiramente entregue a mim. E para me provocar ele rebolava sem parar, oh merda... Eu tenho que me segurar, preciso ser forte. Fechei os olhos, mantendo minhas mãos no seu rosto e enfiei minha língua na sua boca, devorando seus lábios com força. Cravando as unhas nas minhas costas, ele a arrastou para cima para baixo, marcando minha pele a medida que eu apertava sua bunda inteira. Me afastei dele quando minha ereção deu sinais e aquela ainda não era a hora para fazermos algo. 

— Não fode com meu psicológico. — disse a ele. 

— Queria foder outra coisa mas não posso. — Me beijou de novo. — Licença mas tenho vampiros para matar. — Louis piscou e sumiu na escuridão. 

Fechei os punhos batendo contra a parede. Preciso que essa porra acabe logo ou vou ficar maluco. 

Bagunçando meus cabelos, voltei para a cama segurando o diário do Louis e tentando pensar em qualquer coisa que não fosse o que acabou de acontecer aqui. Sei que ainda faltava muito para acabar mas pouco para ter que esperar. 

...

De qualquer forma prefiro não tirar conclusões sobre ela, pois ainda sentia uma coisa ruim e boa daquela bibliotecária. Escolhi três livros que falavam sobre espíritos e coloquei na minha frente para iniciar minha busca por conhecido dos seres que me atacam. Me perturbavam...

Tipos de espíritos: 

Sustentadores - Sustentadores são aqueles mentores espirituais de luz, amparadores e responsáveis pela estabilidade e proteção dos trabalhos espirituais e mediúnicos. Todos nós carregamos conosco uma correspondência espiritual, companheiros, amigos, protetores, guias e mentores para suporte de todo tipo, assunto esse que demoraríamos uma obra inteira para abordarmos, o que não é objeto do presente trabalho, entretanto, se faz necessário observar esta correspondência como forma basilar para o que modestamente pretendemos expor.

OS RECÉM DESENCARNADOS E RECÉM SOCORRIDOS

Fato de muita importância e que muitas vezes vem se tornando um conflito para alguns de nossos companheiros doutrinadores é o tratamento doutrinário destinado àqueles nossos irmãos recém desencarnados.

Não oferecem à primeira vista dificuldades de reconhecimento, isto é, são facilmente identificáveis, devendo sempre o doutrinador carregar consigo a cautela devida, para não ser enganado. Manifestam-se, regra geral, pela maneira como se apresentam a partir da incorporação, demonstrando comportamento angustiante, desesperado e confuso, quase sempre não se lembrando do que aconteceu.

Muitas vezes chegam queixando-se de frio, as mãos do médium normalmente tornam-se extremamente frias, isto significa que o espírito ainda está ligado ao seu corpo após a morte, ou seja, ao cadáver e, se disser que está no mais absoluto escuro, com certeza ainda encontra-se no caixão, revelando na conversação a realidade que está vivendo, que está escuro e com muito frio, neste caso o doutrinador deve concentrar-se com muito amor e carinho e oferecer sua mão dizendo que irá puxá-lo para fora do local onde se encontra dizendo que o trará para um lugar quente, iluminando e seguro, porém o doutrinador deve realmente acreditar que estará dando a mão e puxando o espírito para fora do caixão.

O OBSESSOR

✝ OBSESSÃO: Impertinência excessiva. Idéia fixa, mania.

✝ OBSESSOR: Aquele que pratica obsessão.

✝ OBSEDAR: Prática da obsessão. Ficar com um idéia fixa.

✝ OBSEDADO: Vítima do obsessor

A obsessão é um estado constante que se instrumentaliza através de um processo de vingança. Invariavelmente é perseguidor e vem dotado de um comportamento moralmente deseducado. O espírito perseguidor busca alívio para o seu sofrimento fazendo sofrer aquele que o feriu, tornando-se ambos infelizes e envolvendo ainda outros nas tramas de suas desgraças.

Porém, no plano espiritual tudo está previsto, ao mesmo tempo em que permitem a cobrança de nossas faltas, nos liberam, pelo resgate.

O QUE É UM ESPÍRITO OBSESSOR?

São espíritos embrutecidos pelo tempo. Parados, estagnados, num ódio ou numa obstinação extrema que já quase nem sabem porque. E, na maioria das vezes, já estão cansados, muito cansados desta condição. Apesar de muitos não demonstrarem isto, eles anseiam pelo momento do reencontro com o Pai Maior, por isso cada gota de amor a eles dispensada é muito valiosa.

Esses espíritos são difíceis? Sim. Porém não devemos evitá-los pois é muito fácil doutrinarmos espíritos que já estão esclarecidos, ou os chamados “bonzinhos” , pois eles já estão prontos para irem para a luz. Não que eles não mereçam atenção, porém quando eles chegam, a doutrina deve ser mais rápida. Devemos deixar para nossos irmãos Protetores o maior esclarecimento à eles. Nós devemos apenas conduzi-los à luz. Pois é o que eles querem.

O OBSESSOR POR AMOR

Como já vimos anteriormente um obsessor é um espírito deformado pelo ódio, pela revolta, pela dor, ou até mesmo pelo amor.

Não existem apenas espíritos obsessores pelo ódio, há muitos espíritos há muitos espíritos obsessores pelo amor, pois é muito difícil para eles serem separados de seus entes queridos e principalmente de seu grande amor.

Como sabemos o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase invisível, então muitas vezes quando pensamos que um espírito está com ódio do outro, na verdade muitas vezes é apenas um disfarce para esconder a dor do amor não correspondido, de um grande mau entendido ou até mesmo do medo de ter seu amor rejeitado.

A obsessão pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama não pode imaginar e nem aceitar que está atrapalhando seus enter queridos. Ele julga que está ali para ajudá-los, que eles não podem viver sem sua ajuda.

O OBSEDADO

O ser humano objeto alvo do processo de obsessão, ensina a doutrina básica, tratar-se de alguém cujo débito é muito elevado diante da lei divina, uma vez que se presume tratar-se de alguém responsável por comportamentos graves contrários á Justiça Divina, em encarnações passadas.

As ações cometidas contra nossos irmãos, ações essas contrárias à lei divina, de caráter grave ou ainda aquelas ausências de ações quando necessárias e de prejuízo do próximo, carregam consigo gravidade semelhante, sujeitando seu autor aos reveses e á ação incontinente de seus desafetos, desencadeando o processo de resgate.

Fatos como esse ensejam uma relação de vingança corporificando-se a esta altura uma relação obsessiva, que por mais vezes acabam não sendo desenfreadas e levadas a efeito pela própria vítima, em muitos casos já até tendo o fato como perdoado, perdoando, desta feita seu próprio algoz, mas sim exercendo-se por alguém cujo coração foi ferido com referida conduta, não perdoando e obsidiando propriamente dito o causador daquele resultado maléfico, não importando nesse momento a posição da vítima em questão com relação a este feito.

O que quer dizer que mesmo sem a autorização da vítima, pode outro espírito qualquer tomar suas dores, por razões diversas, como pode acontecer nos casos de parentesco ou relações afetivas aproximadas, estando ou não aquele cuja obsessão deve recair encarnado ou não, lembrando-se ou não da ofensa cometida, tão pouco tenha ela ocorrido nesta ou em qualquer outra existência.)

O SUICIDA

Quando o espírito de um suicida vem até nós para ser socorrido ele ainda vive o instante de sua morte, pois quando uma pessoa comete o suicídio ela acha que vai acabar com todos os seus problemas, que poderá encontrar mais rapidamente a tranqüilidade ao lado de Deus, porém, o que ele não sabe é que perante Deus este é um dos piores delitos, pois ninguém pode tirar o que Deus nos deus,. O Dom da vida.

Quando é cometido um desatino destes o espírito é levado imediatamente ao “Vale dos Suicidas” , onde permanece revivendo incessantemente o momento do suicídio até que complete o tempo que ainda teria de encarnado, pois enquanto estamos encarnados é porque temos uma missão a cumprir e quando de súbito, propositadamente a interrompemos, acabamos por mudar todo um processo de vida, não só do espírito que se suicidou mas sim de todo um grupo de espíritos encarnados, pois além de deixarmos de cumprir nossa missão ainda não permitimos que os outros que encontram-se a nossa volta e que necessitariam de nossa ajuda consiga cumprir a sua missão, além do que o suicídio também o impedirá de reencontrar, de pronto, seus antigos afetos e familiares já desencarnados, que ansiava por reencontrar.

Um suicida quando chega a uma sessão socorrista é logo identificado pois uma das características mais comuns é que continua com a arma do crime nas mãos e por mais que tente soltá-la não consegue.

O DEVEDOR

São chamados devedores todos aqueles espíritos que não se perdoam pelos erros cometidos,. Acham que jamais poderão o “premio” de conhecer a luz pois não acreditam serem merecedores. Na maioria das vezes quando chegam até uma “mesa socorrista” eles mesmos se punem, são seus próprios obsessores, alguns se chicoteiam, outros se acorrentam, etc.

Quando explicamos a eles que já receberam a graça da a ocolhida da Luz eles se recusam a ir dizendo que não são merecedores, que seus crimes foram imperdoáveis e que por isso merecem continuar nas trevas pagando muito mais ainda pelos seus erros, eles anseiam por castigos e dor achando que isto irá purtificá-los.

Eles têm medo de reencontrar suas vítimas achando que elas jamais o perdoarão, pois eles mesmos não se acham dignos de perdão. 

Nada daquilo era o que eu procurava, nenhum se tratava de uma alma ruim como a que me perseguiu. Eu precisava de mais informações e então encontro o livro verde escrito Lost Soul. Achei interessante o nome e o abri para saber de algo. Falava sobre demônios malignos, mais obscuros que o próprio Lúcifer, da mesma forma que falava de vampiros, lobisomens e Anjos. Era uma mistura, falava sobre um apocalipse, uma guerra que teria e explicava que existem demônios malignos que eram projetados pelas bruxas que usavam magia negra, que muitas vezes perseguem a vítima a ponto de levá-la da loucura para a morte. Em segui uma frase me intrigou: 

 

Você vai cair dez vezes, na vigésima você ganhará força. Na trigésima você acabará com a praga.

 

“A leitura está boa...”, dei um pulo derrubado o livro no chão quando ao meu lado estava um moreno misterioso me encarando. 

Tive que pensar em coisas positivas para não poder xingá-lo. Por um momento o ignorei pegando Lost Soul e o coloquei na mesa. Escondendo meus dedos na jaqueta jeans que estava usando, concentrei-me nos castanhos que de alguma forma me fez tremer. 

“Desculpa, não era a minha intenção te assustar”, disse sorrindo. 

Foi quando meu coração amoleceu e eu pude ficar menos bravo naquele segundo. Apenas sorri sem mostrar os dentes a ele, Deus me livre ele visse meus dentes tortos. 

“Quer uma bebida? Alguma coisa?”, ele veio para meu lado. Tive a impressão de tê-lo visto em algum lugar. “Sou Zayn, caso queira saber, também gosto de espíritos essas coisas sobre fantasmas” 

Riu apontando para os livros que eu tinha pegado. Foi constrangedor para mim ter que esconder eles com a palma e ao mesmo tempo fingir um sorriso pro moreno gostoso. 

“Eu sou Juliard Lewi”, me senti estúpido por falar o segundo nome. Zayn sorriu para mim assentindo com a cabeça. 

“Creio que seja universitário”

“Digamos que sim. E”, parei olhando para o relógio, arregalei os vendo que estava atrasado para a aula. Levantei abrupto da cadeira e fez um pouco mais de barulho. “Desculpa, mas vamos ter que deixar essa conversa para uma outra ocasião, até” 

Não ouvi o que ele me disse, apenas corri como um louco pela biblioteca. No caminho da saída, juro ter ouvido Selena jogando uma praga em cima de mim ou talvez fosse mera coincidência do acaso. Ou simplesmente aquela mulher não gostasse mesmo de mim. 

 

....

Mais tarde sofri espancamento do Nick com amigos, Austin Mahone era o que mais o influenciava nessa ato violento. Fiquei o intervalo inteiro sendo xingado e levando ponta pés. Ariana assistia tudo e gravando para toda a escola. Aquilo foi um porre. Fiquei uma hora desacordado, uma hora com o corpo doendo e marcado pela maldade daquelas pessoas. Sabe, não me surpreendo com mais nada nessa vida. Estava cansado de viver mesmo. 

Não sei o que fiz para merecer tanto ódio das pessoas. Será que sou um ser autodestrutivo? 

Eu sei que nem pra aula voltei, sei que era importante não faltar mas também era importante eu não aparecer acabado na sala. Um dia também não iria matar. 

 

.....

Agora vem a parte bizarra do meu dia...

Estava dirigindo meu velho Dastink quando o motor parou no meio de uma estrada que era rodeada por árvores do bosque. Eu sabia que meu dia não poderia ser pior que aquilo mas me enganei gradualmente. Enquanto arrumava o motor para ver se tinha sido a mangueira quando senti uma presença atrás de mim. Minha cabeça doeu tanto e senti um cansaço por causa disso. A energia era muito negativa e deixou minha visão turva. Eu estava sendo capaz de ver borrões, disperso, eu respirei fundo quando comecei a ouvir vozes gritando na minha cabeça. 

Eu tive vontade de arrancar fio por fio do meu cabelo por causa disso. Eu não estava com forças para me manter de pé. E isso foi logo sendo mais forte que a luta que travava e um golpe certeiro me fez cair de modo que rolei para dentro do bosque e bati com cabeça na pedra. Quando acordei estava de noite, parecia que meu corpo enfrentou uma batalha da qual perdeu feio com mais socos e pancadas. Minha cabeça zunia sem parar e era tão agudo, fino o som que eu gemia pedindo para parar. 

Erguendo minha cabeça eu vi uma coisa parada do outro lado, batendo os dedos na árvore. Na verdade garras que aquela coisa tinha e falava algo estranho para mim. 

Soltei um grito doloroso que me fez levantar com dificuldade — eu realmente estava machucado — tudo parecia se mover. Tive que correr pela escuridão não tendo ideia de onde ou pra onde iria. Eu sei iria para longe daquela coisa. Parecia um pesadelo real que você não tem prevenção de despertar tão cedo, sua pequena tortura. Olhando para trás, vi a coisa se correndo na minha direção de modo que seu corpo estralava. Gritei mais uma vez. Tropeçando no meu próprio pé todas as vezes talvez o pânico que me tomava fora maior. E nisso acabei caindo de cara — eis que vem o bizarro — bati minha boca no piso de um corredor, pelo que deu para mim entender era de um hospital. Tossi sem parar por conta disso, estava engasgando com o sangue. Meus dentes estavam moles e olhando para trás não vi bosque nem a coisa. Apenas o fim ou começo de um corredor. 

Molhando a garganta e me arrependendo daquilo pois o gosto de ferro entoou na minha boca, levantei respirando ofegante, apoiei minhas mãos na parede, andando em passos lentos até ver pessoas sentadas na sala de espera, duas mulheres com porte de modelo tirando foto e idosos esperando por atendimento. Balancei as mãos para eles pedindo ajuda mas ninguém me ouvia. Eu era um fantasma? 

Não sabia ao certo, quando recuei os passos alguém segurou meu pulso e era um idoso na cadeira de rodas dizendo que eu era o próximo. Tentei me livrar das sua mãos mas ele apertava com muita força. Olhei para a enfermeira que empurrava-o, ela não tinha olhos e salivava sangue em excesso. Aquele era um ligar bizarro e as pessoas tinham problemas. 

“Estamos presos”, gritou a garota loira. 

Agoniado me livrei dos aperto do velho e me pus a correr o mais rápido, ligando a lanterna do meu celular para iluminar o lugar escuro. As pessoas aglomeraram gritos altos e medonhos. Virei a esquerda, entrando no que me parecia o departamento do hospital, enfileirado por prateleiras. Sabia que aquele lugar não era bom o suficiente para se estar, vi alguém passando atrás de mim pelo reflexo o que me motivou a entrar no local. 

Minha respiração estava desregular, quanto mais andava mais sentia o peso do meu corpo ir para as pernas, andar foi meu maior problema, correr tornou meu desafio. Olhei mais uma vez para trás dando um passo a frente, sinto garras no meu pulso, sorrindo para mim gritou em alto som palavras difamando-me. Era aquela coisa e ela fedia a enxofre. Comecei a vomitar muito, sangue e tudo que compunha meus órgãos. Olhei aterrorizado para aquele ser e de alguma forma comecei a me afastar. Tropeçando para trás, eu cai novamente dessa vez de volta no bosque. Estava tão exausto de tudo o que vivi, que desmaiei. Agora vem a parte mais interessante.... 

Ao invés de acordar naquele lugar, estou no quarto do doutor Harold e não sei como isso é possível. Ou estou a enlouquecer nesse maldito lugar. Ele se quer falou comigo — na verdade ele nem apareceu aqui, sei que estou aqui por causa das fotos no porta-retratos. Não é sendo mal agradecido mas exijo saber como vim parar aqui. 

Uma explicação mais óbvia do que penso. Pois estou nu na cama dele e não sei por onde andam minhas vestes. Céus! 

.....

Ele me explicou. 

Disse que estava dirigindo para sua casa quando reconheceu meu carro, logo me vendo sujo de sangue no meio do bosque. E que teve que tirar minha roupa por causa disso, antes de qualquer coisa ligou para o reboque para pegar meu pequeno carro. E agora estou sentado na sua frente de cueca e uma blusa maior que meu corpo. Tinha que abaixar para ele não ter que ver a minha perna afeminada e rir. 

“Gosto das suas pernas”, disse ele e eu quase cuspi o chá no seu rosto. Não sei como ele sabia, mas acredito que seja um belo observador. 

Ajeitei minha posição na cama dele, olhando para meus dedos. 

“Você acha que minha roupa vai demorar para estar seca?”, me mostrei constrangido. 

Ele afundou as covinhas, arrumando o terno esquisito dele — era de rendas, um tanto peculiares mas atraentes — seu olhar convicto parou em mim e eu no dele. Por horas nos fitamos e tive a sensação que ele queria me beijar e apreensivo o suficiente eu fiquei. 

“Você está muito inchado”, ele falou vindo com kit de primeiros socorros na minha direção. “Me diga o que aconteceu?” 

Será que ele ia acreditar na minha versão? Será que se eu contasse ele levaria a sério? Eu queria muito desabafar com alguém sobre essas coisas mas eu sei que a maioria não levaria a sério sobre isso, me chamariam de louco e me mandariam para o hospício, seria dopado por remédios e enlouqueceria de verdade. Morreria naquele lugar sozinho e seria esquecido no espaço de tempo...

“Lewis?” chamou-me Harold. 

Tudo o que eu fiz foi balançar a cabeça deixando algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, quando menos percebi estava sob soluços. Ele me encarou preocupado, o rosto estava suave não tinha linha de expressão mas sabia qual seria seu próximo ato. Andando na minha direção, ele deixou os equipamentos na ponta da cama e envolveu seus braços ao redor do meu corpo. Eu poderia recuar por ele ser um estranho que troquei palavras um dia, mas eu não fiz isso, apenas queria liberar aquele acumulo no meu peito. 

“Você não tem que se sentir assim”, Harold falou massageando minhas costas. 

Suas mãos eram quentes e macias, passava a sensação de conforto a medida que ele subia e descia nas minhas costas. Mesmo não tendo permissão, abracei sua cintura percebendo o quão ela era definida. Vergonha da minha que tinha curvas e gordurinhas. 

Har...” 

“Você pode confiar em mim, não vou duvidar do que tem pra me dizer”, falou passivamente. 

Engoli em seco, com o corpo tremendo por lembrar do que eu vivi. Era como um filme de terror que passava na minha cabeça. Quem sabe ele pudesse mesmo me entender, certo? 

“Promete?”, indaguei me afastando do seus braços.

Harold passou o polegar na minha bochecha por onde escorria minhas lágrimas, aquele homem me fez perder o ar de modo sôfrego. “Eu prometo”. Fui respondido quando seus olhos fitaram o meu, aqueles diamantes estavam mesmos fixos nos meus. 

Tive que desviar o olhar para baixo de tão constrangido que fiquei mas ele segurou meu queixo para continuarmos olho a olho. Contei para Harold tudo o que me aconteceu desde o episódio da faculdade ao do bosque. Ele apenas me ouvia sem interromper, não expressava nada apenas me encarando, vagando o olhar sobre meus lábios, confesso que cheguei a engasgar de tão nervoso que eu ficava. 

Quando terminei, Harry continuou da mesma forma. 

“Você acha que sou louco?” 

“Não.” 

“Não?” 

Ele sorriu. 

“Você quer que ache?”

“Bem, uma pessoa te conta uma coisa assombrosa que parece filme de terror o que faria?” 

Harold se aproximou e eu permaneci parada, soltando o ar pelos lábios. 

“Tentaria ajudar a pessoa a entender o que está acontecendo. Claro se ela aceitasse” 

Eu sabia que não se tratava de metáforas ditas por nós, que ele estava disposto a me ajudar. A questão é, por quê? 

“Posso... Posso ficar aqui?”, estava relutante a àquilo contudo não queria ficar sozinho novamente, não sei o que me espera. “Claro que se você não tiver uma mulher bonita com quem divide a cama, eu posso ir embora sem problema algum.” 

“Não poderia deixá-lo ir depois do que vi hoje. E não tenho uma mulher.”

“Homem, então?” 

Ele negou rindo. “Não, sr. FBI” 

Naquele mesmo instante me vi corado, não perguntando mais nada. Harry então voltou a pegar suas coisas de médico e trouxe para perto de mim. 

“Vamos cuidar dos seus ferimentos e depois comemos alguma coisa, o que acha?” 

“Tudo bem”. Sorri como se algo dentro estivesse tendo um colapso. 

“Pode tirar?”, apontou para a blusa que eu vestia. 

Primeiro comecei a gritar muito internamente e envergonhado a ponto de esconder meu rosto no buraco imaginário. Entretanto lembrei que ele tinha tirado minha roupa aquele dia — comigo desacordado mas viu — a única diferença era que meus olhos estariam bem abertos para se perderam na dimensão verde dele. Ficando assim de joelhos na cama, com ponta dos dedos tirei a blusa que ele havia me emprestado e a joguei no canto da cama

“Deite-se”. Ordenou e assim obedeci, seu tom era profissional. 

Harry pegou o que parecia de uma pomada lubrificando sua mão com ela, tinha cheiro de menta bem forte, era gélido e me fez tremer quando ele espalhou pelos hematomas na minha barriga. O ar me faltou e saiu pelos meus lábios. Não sendo somente por causa da pomada em gel mas porque ele estava com uma mão no meu quadril. 

“Deve queimar mas logo esse efeito passo, vai canalizar a sua dor interna e externa” 

Harry era bom com as mãos, sentia mais uma massagem do que a minha carne sendo engolida pela ardência do produto que ele passava em mim. Enaltecia minha consciência de se concentrar na dor. Os meus fios loiros caiam na nuca e estavam molhados pelo suor escorrendo do meu couro. Harold para me “ajudar” não desviava o olhar do meu corpo. Juro que vi a mudança de cor de verde vivo para um negro como a noite. Contudo assim que seu olhar encontra o meu, estavam verdes. Sendo assim concluí que era coisa da minha cabeça. 

Depois desse momento, fomos comer e eu estava cansado demais, que logo fui dormir eu só não imagina pedir para ele dormir comigo muito menos que o doutor Harold iria aceitar. Sem segundas intenções, apenas envolveu seus braços ao redor de mim e disse coisas boas para eu não ter que pensar no ocorrido. 

Relatos dos dias que se passaram 

 
Faz quatro meses que não escrevo que não escrevo aqui... Explicarei meus motivos pois os dias estão contados para mim. Um cataclismo fora o motivo de eu estar assim, chamado: Selena. 

~ nunca deveria ter acreditado que ela é uma boa pessoa ~ 

Depois da noite que tive com Harold consegui dormir bem, nada me aconteceu e senti-a protegido quando ele estava por perto. Ele passou todo esse tempo me ajudando com as pesquisas, a cada dia que passava estávamos mais próximos e eu comecei a me apaixonar por ele no segundo mês. Meus sentimentos já não eram controlados por mim como antes. Mesmo sem beijá-lo sabia que meu coração era seu. Todas as noites quando eu ia dormir, Harry se dispusera a dormir na minha casa depois ia embora quando de manhã para, variamos os lugares pois ele tinha a preocupação comigo. E passei a gostar disso. Da mesma forma que sempre tirou uma hora do seu trabalho para me buscar na universidade, encarando Nick e companhia como se fosse lhes tirar a víscera — ele sabe ser mal quando quer e aquilo foi excitante para mim.

Passamos a sair juntos, jantares, concertos e peças teatrais. Seu carisma e sua compaixão me cativaram a amá-lo. Todas as vezes que tínhamos a oportunidade de selarmos nossos lábios, ele recuava e deixava-me constrangido. Cheguei a pensar em me afastar dele com intensão de não aumentar meu sofrimento mas não consegui por estar preso a ele. Isso é bom porque sei que dentro de mim não queria isso. 

Em uma das minhas visitas a biblioteca, Selena estava lá mas não me dirigiu a palavra ao seu lado Zayn estava arrumando alguns papéis, não me importei tanto com os dois quando peguei o livro Lost Soul para poder ler mais sobre os vampiros. Achei interessante a história por trás vivida por um tal de “Louis” escolher o seu amor, morrer por ele e lutar para um bem quando ele é mal. Não falei desse livro com Harold porque me acharia um adolescente “antiquado” por esse tipo de história sobrenatural. 

“Faz tempo que não te vejo aqui sozinho”, Zayn apareceu daquele jeito misterioso. 

“Meu amigo não pode vir hoje”, respondi sorrindo para ele. 

“A nossa última conversa o vi sair correndo” 

“Sim, estava atrasado para a aula.”, Zayn puxou a cadeira passando os braços ao redor do meu corpo. “Lost Soul é um livro de época, acredita?” 

Por mais que ele estivesse sendo ousado comigo, vi que ele se interessava pelo conteúdo que estava lendo. 

“Já leu?”, apontei para a capa verde. 

“Sim, várias vezes que parece que eu vivi isso”, riu e eu acompanhei. 

“Eu me identifico com esse Louis vampiro mas não sendo malvado.”, fiz careta. 

Zayn riu. 

“Você não se surpreenderia se algo mudasse. Todos nós temos um mal dentro de nós.” Ele tocou no meu peito. “Muitos a escondem bem”. 

Foi quando seu rosto foi ficando próximo de mim, aquela fragrância masculina entoou pelas minhas narinas e não sei sobre ela mas estava fascinado e perdido dentro era como se estivesse encantado. Não queria que saísse de perto de mim, olhando dentro dos seus olhos eu estava hipnotizado pela imensidão castanha. Tudo o que ele disesse para mim, concordaria. 

Suas mãos seguraram meu rosto e meus lábios se entre abriram querendo que o seus colassem junto aos meus. Chegaram a formigaf permeando esse desejo. 

“Fique longe dele”, mãos puxaram minha cintura e todo o encanto se acabou. Era Harold com o olhar sombrio. 

Até comecei sentir medo dele, parecia um demônio enfurecido a procura de uma alma para possuir. Zayn sorriu para ele como se não estivesse incomodado com o ato. Era como um jogo entre os dois — assim foi a impressão que me passaram. 

“Harold, estou bem”, toquei no seu peito para o manter calmo e foi quando me assustei, ele não tinha batimentos algum. Meus olhos se arregalaram e recuei meus passos. “Por que não está batendo?” 

“Louis...”, encarei a ele e Zayn. “Eu preciso ir” 

Ignorando o fato deles estarem trocando farpas, andei rapidamente para foda da biblioteca. O que quer que fosse a minha resposta, sabia que alguma coisa não estava certa. Quanto mais rápido dava meus passos menos me dei conta que a Selena estava me esperando, ela levava consigo um sorriso misterioso e sombrio. 

“Você já sabe, não é mesmo?”, tocou no meu rosto quando lutava para ficar longe, ela apenas sussurrou. “Você não terá mais chance, ele a disperdiçou” 

Ela precisou disso para que meu corpo se desvairecesse no chão, era tudo muito confuso e sem explicação. Não conseguia matar a charada apenas cai ouvindo vozes familiares de longe. 

.... 

No hospital aonde me encontro, ouvi dizer que estou com câncer sem chance de cura. Harold por outro lado estava louco a procura de uma forma de acabar com aquilo, por ele ser médico passou a dedicar seu tempo para mim. Eu via o desespero que levava ao saber que estou morrendo. E por eu estar morrendo pedi para que deixasse de tentar alguma coisa. Os médicos não sabem explicar como surgiu os tumores e com não senti a gravidade, tudo sabe? Não imaginava que meu fim seria daquela forma e tão jovem. Pedi para o Harold avisar minha família e desse a carta que escrevi a eles. 

Nessa noite quando ficamos a sós, ele segurou minha mão e estava com os olhos lagrimando

“Disse que não ia chorar quando ficasse perto de mim. Não quero o doutor cabisbaixo”

“Seu senso de humor não é capaz de lidar com o meu sofrimento”, ele suspirou e segurei na sua mão. 

Eu estava gelado demais para tocá-lo mas precisava fazer isso. 

“Desculpe por isso.” Sorri triste. “Mas não a nada que possa fazer por mim, não mais” 

“Não estou pronto para perdê-lo” 

“Você não vai, me mantenha vivo no seu coração, suas memórias e eu estarei vivo para te... Amar.” 

“Você me ama?” 

Acabei me entregando para ele tarde demais e saber que não vou provar do seu amor e isso me causa revolta. 

“Eu o amo”, meus lábios tremeram e eu estava fraco o suficiente para não poder mais nada no momento. “Por favor me beije”, deixei minhas lágrimas escorrendo. “Me beije” 

Harold pareceu atencioso no começo mas segurou meu rosto, eu sabia que tinha fugido dele por causa de coisas que passaram na minha cabeça a ponto de me assustar mas não queria saber o que ele era, estava apaixonado e precisava dos seus lábios juntos aos meus. Clamava por isso naqueles intantes. Harold quando juntou nossos lábios, foi como mergulhar em um mar calmo por o onde poderia aprofundar nas descobertas que ele tinha. O beijo de Harold é doce e seus lábios suaves ainda mais quando começou a se mover junto com os meus. As línguas se tocavam como a melodia mais suave de um clássico como rock. Segurando sua nuca trouxe o mais perto que pude. 

O melhor beijo que poderia ter dado e recebido. Foram muitos até que estou aqui, faltando menos de uma hora para o meu coração parar de bater. Ultimas palavras escritas em você diário. Eu acredito que no corpo que minha alma reencarnar fará um bom uso da própria vida. 

— Aquela desgraçada! — Fechei o diário com brutalidade. — Não vou deixar que ela te mate, amor. — Olhei pela janela torcendo para Tomlinson demônio matar todos aqueles filhos da puta da sua lista. 

—— L&Z —— 

— É o quê? — Zayn indagou com a voz seca. — E por que não disse nada porra? 

Katy passava os dedos na mesa da sua sala, Liam estava com as costas apoiadas na parede olhando para Zayn sem querer falar alguma coisa. Sabia que Malik estava certo por estar exaltado, ele estava mas não era tanto quanto o moreno que faltava voar no pescoço da bruxa branca. 

— É como eu disse — Katy os encarou. — Por isso que estão aqui. Por isso que Liam veio para cá, estou certa? 

— Essa é a maior loucura que eu já ouvi! — Zayn bateu os punhos na lateral do seu corpo. — Todo esse tempo, que nem foi muito e você diz agora que vamos ter que estar na morada sem que Selena nos veja? Ficar vagando no meio daqueles alunos zumbis? 

Zayn não achava boa ideia o plano de entrarem na morada novamente, não que isso lhe causasse medo ou algo parecido. Era porque estariam com outra camada de pele em cima de si. Traduzindo: como outras pessoas, em outros corpos. Katy faria sua magia camuflar a verdadeira identidade do casal novo para que eles pudessem seguir os passos da Selena, assim poderiam impedí-la de não deixar o Louis matar quem estava predestinado a estar morto. Magia... Zayn tinha repugnância dela. 

— Você quer ajudar seu amigo ou não? — Katy indagou.

— Já disse que não vou usar porra de magia porque não sou nenhuma cobaia de bruxa. Não estamos no Harry Potter. — Zayn deu as costas batendo a porta com força. 

Liam olhou para sua amiga que nenhuma expressão levou no rosto devido a reação de Zayn. 

— Devia ter me avisado. — falou dando alguns passos até a porta.

— É o único jeito ou tudo estará perdido. 

Ele sabia que ela estava certa. Algum motivo tinha para que Katy insistisse nesse assunto. Quase rolando os olhos, Payne concordou com a cabeça. 

— Vou conversar com ele mas não garanto nada. 

Liam caminhou para longe, abrindo a porta que fora batida pelo Zayn. O vento. Rigoroso bateu de cá para lá em seu rosto, Liam teve que espremer os olhos a procura do moreno revoltado que saiu da sala. 

— Estou aqui. — Zayn disse sentado no balanço de madeira na varanda. Estava sério e concentrado no balançar das árvores ali. 

Liam suspirou, caminhando para perto. Não sabia exatamente que palavras usaria para tentar convencer Zayn sabendo também que Malik não estava a ponto de querer retroceder a alguma coisa. Teria de amaciar a fera para tentar agarrá-la. Sentando ao seu lado, passou os braços na cintura de Zayn e não disse nada. Tendo em mente que o fato dele odiar as bruxas tinha um motivo — e não era ligado pela maldição da Selena. 

— Quer me contar por que sua vida tenta evitar as bruxas? 

Olhando para as tatuagens que nasceram em seus corpos depois que descobriram que eram o Eveda um do outro. Malik fechou os olhos, ninguém nunca soube dos reais motivos nem mesmo Louis quando era vampiro e seu grande amor. De alguma forma, perto de Liam senti-a se mais leve e de algum forma humano com sentimentos. 

— Quando eu tinha doze anos, vivia com a minha família no campo, era uma época antiga e pessoas temiam as bruxas. Os reis e rainhas matavam como também morriam na caçada. Por isso tomaram uma atitude de escolher homens campinenses para serem caçadores dando a eles uma recompensa se conseguissem matar as desgraçadas. Meu pai foi um desses, minha mãe Trisha ficou devastada sabendo das consequências dessa sua escolha. Lembro dele olhar para mim e dizer que seria o homem da casa agora, deveria proteger minha mãe e irmãs. E ele me deu isso — Zayn puxou o colar prata no formato de uma águia com as asas abertas. — disse que me traria forças quando eu precisasse. Bem, depois disso ele se foi e nunca mais apareceu. 

“Sabíamos o motivo e eu alimentei um ódio da existência das bruxas no mundo. Cresci assim até completar meus vinte anos e começar a treinar para matar cada uma dessas vadias. Minha mãe era contra a tudo mas minha raiva, ah, minha amiga era muito maior. Me voluntariar para ser um caçador foi a melhor maneira de liberar tudo o que sentia. Minha primeira caça foi pela madrugada, estava sozinho na floresta quando eu a vi, a maldita bruxa se banhando com os órgãos de um bebê. Com as minhas armas, lutei contra ela, foi uma batalha difícil e eu estava perdendo feio. Até surgir no meio da escuridão um demônio com dentes afiados, que começou a arrancar as vísceras daquela desgraçada. Como nunca tinha visto vampiros antes, corri o mais rápido possível para não ser o próximo.”

“Foi em vão porque não se pode fugir de um vampiro. Meu corpo estava imerso naquela escuridão e ele parou na minha frente. Seu nome era Charlie, tudo o que ele me disse era que me tornaria o melhor recém criado do mundo. Depois disso ele me transformou nisso. Não voltei para casa, porque tinha anseio de matar alguém. Minha primeira vítima foi uma camponesa chamada Gigi, loira, alto e um belo corpo...” 

— Eu não quero saber sobre isso. — Liam olhou feio para Zayn. 

Malik deu uma risada maliciosa assentindo com a cabeça.

— Quando passei por toda essa merda de um processo que todo vampiro passa. Comecei a lutar junto com Charlie, as bruxas eram nosso maior alvo e nunca perguntei a ele o motivo de estarmos juntos nessa. Mas era boa a sensação de estar naquela adrenalina. Minha vingança estava sendo feita e sabia que minha família estava sendo protegida. Ou pensava que sim. Charlie era malvado e eu acabei criando sentimentos por ele, acreditava ser um Eveda mas não, era atração de momento. Até porque nós beijamos e transamos várias vezes. — Liam fez careta mas continuou ouvindo. — Ele só queria alguém para fazer metade dos seus trabalhos sujos. Não sabia mas ele era um Soul Fire. Trabalhava para a bruxa que matou meu pai e ele mesmo matará minha mãe e irmãs, descobri que tudo não passou de um plano deles. 

“Virei um demônio e os cacei, matando o Charlie e deixando Taylor Swift, sem seu companheiro. Foi quando eu não a encontrava mais também, viajei durante séculos e conheci Louis que vivia com a tia e toda aquela história que sabemos. Eu o transformei, juntos matamos muitas bruxas e fomos conhecendo mais gente, eu me apaixonei por ele e a ideia de vingança foi deixando de prevalecer. Tenho raiva agora e nunca gostei dessas filhas de Satã. Nem mesmo quando Louis levou Selena para morar conosco. Se eu pudesse a mataria quando tive a oportunidade só não fiz isso por ele e via como ele gostava dela.” 

Liam absorveu tudo com calma, Zayn acabou de contar sua história de vida para ele que ligava as bruxas. Era um rancor guardado no seu coração por mais que tivesse parado. Ele havia perdido sua família por causa delas. E agora Payne entendia melhor sobre as implicações de Malik.

— Não vou te obrigar a nada. — Liam o olhou nos olhos. — Podemos pensar em qualquer forma para ajudar Louis, só não sei como fazer isso de modo seguro. Sei o quanto ele é importante para você. 

Zayn arqueou a sobrancelha pensando no tom de voz que Liam usou. Enquanto Payne tentava disfarçar o óbvio. Depois que tiveram o Eveda com o moreno começou na ser extremamente possessivo. 

— Ei — Sentiu dedos segurando seu queixo. — Agora que tenho você na minha vida, só preciso de você. Se alguma merda acontecer com você, eu sou capaz de ir até o inferno pra trazê-lo de volta. 

Liam sorriu com aquilo, logo umedeceu os lábios sentando no colo de Zayn, podendo rodear as pernas na sua cintura. Se ele tivesse um coração funcionando estaria batendo contra o peito naquele momento. 

— Eu sei que faria. — Liam deixou seus dedos se perderem entre os fios de Zayn. Com as mãos postas na sua cintura, ele tremeu ao toque de Malik. — Porque eu faria o mesmo. 

Ambos juntam os lábios, iniciando um beijo intenso onde suas línguas explodiam a ligação de calor e deixando tudo mais saboroso. Liam só conseguia pensar em como era bom ter a primeira vez a sensação de estar amando alguém. E que mesmo que tenha ligação com o destino, gostava por ter sido com Zayn. Apesar de todas as coisas vividas nos poucos dias era a melhor maneira de estar vivendo mesmo não respirando. E Zayn acreditava estar sempre preso ao sentimento que o envolvia com Louis, ele soube que sempre foi amor mas era outro tipo de amor. Não o mesmo que passou a sentir ao lado de Liam, até quando se marcaram como um do outro foi especial, Zayn estava entregue aos caprichos de Liam e não se sentia mal com aquilo. Faria de tudo por ele.

Apertando a bunda de Liam, Zayn o trouxe cada vez para perto. Sentindo seu cabelo ser puxado para trás e Liam gemendo seu nome. 

Por um segundo ele parou o beijo se perdendo na imensidão acholatada que ele fitava. 

— Quer namorar comigo? — Perguntou. 

— Já não estávamos? — sorrindo, Liam mordeu os lábios carnudos de Zayn. 

— Quero fazer isso direito. Porque eu acho.... Não acho. Tenho certeza que amo você. 

Liam ficou com a boca seca com os músculos tensos. Olhou profundamente para os olhos de Zayn sabendo que não queria outra coisa além daquilo. 

— Eu amo você. — mordeu seu pescoço. — Amo você e quero namorar o mistério gostoso.

Rindo, Zayn o beijou no pescoço. 

— Tudo bem, aceito fazer essa palhaçada. 

— Certeza? Não precisa....

— Shiii.... — Zayn segurou seu rosto. — Mudei de ideia. 

— Ou foi o meu beijo? — Liam se convenceu. 

— Digamos que ele teve envolvimento muito importante com a minha decisão. 

..... 

Katy estava olhando para seu livro de magia. Quando a porta voltou a rangir e dela surgiu Zayn com os dedos entrelaçados nos de Liam. A bruxa apenas estudou o novo casal a sua frente e sorriu largamente para ambos voltando a encarar seu livro. Não dizendo se quer uma palavra. 

— Se der errado, eu vou acabar com o resto que chama de alma! — Zayn disse para ela. 

Calmamente, Katy virou a página. 

— Para aquele que nunca aceitaria minha proposta você parece bastante gentil. — disse usando sua ironia. 

Zayn bufou, voltando ao seu mal humor. 

— Qual o seu plano? Como vamos nos disfarçar? 

—— J&J —— 

Na velha passagem para o esgoto, Justin observava Jay citando as magias do livro da sua mãe e não tendo muito sucesso quando as pregava. Era frustrante para a mulher pois ela estava desesperada para poder ajudar o filho que estava possuído. Se alguma forma ela sabia que ele precisaria dela para algo importante e ela quer estar preparada para fazer tudo do jeito certo. 

Ela citava os nomes estranhos para poder ver um resultado significativo mas por enquanto.... Nada. 

Justin havia dito a ela sobre Louis dizer que não vai parar e que depois disso sumiu da mesma forma que o sol se põe, num piscar de olhos e só havia ele e o nada. De fato, Shawn estava morto e seu filho — o demônio arrancou sua alma e o prendeu no inferno para sempre. Como mãe não queria vê-lo sujando as mãos daquela forma contudo algo dentro de si dizia que havia um propósito com isso pediu ao Bieber não impedir mais Louis. Que quando o momento certo vier, saíram daquele esconderijo para ajudá-lo. Justin não gostou muito da ideia mas aceitou. 

No seu canto pensou em como as palavras entregues do demônio mexeu com ele. Não era uma mentira os poucos dias com a Jay estava mexendo com os sentimentos dele. A primeira reação do seu eu foi a tatuagem que nasceu no seu braço, olhos traçados com um feminino mostrou a ele os belos olhos dela. 

Sim, novamente ele havia se apaixonado por uma bruxa mas dessa vez também era diferente e lutava a cada dia para não deixar se entregar e fazer com que Jay se afastasse. Ele não queria que ela fizesse isso. 

— Minha mãe deveria ter deixado esse negócio mais fácil pra mim. — resmungou Johannhah apontando para o livro. 

Justin saiu dos seus desvaneios, indo para mais perto dela. 

— O que tem de errado? 

— Não é nada com ele. — os cabelos castanhos balançaram. — Não estou concentrada o suficiente deve ser porque minha cabeça está no meu filho e no padrasto dele morto. 

Justin travou o maxilar ao lembrar dos sentimentos dela pelo Daniel. 

— Sabe do que precisa? — Ele ignorou o fato do seu eu começar a sentir outro tipo de coisa. 

Tudo que menos precisa é sentir ciúmes abusivo. 

Justin caminhou até a cama que havia colocado no local e puxou seu celular procurando uma música calma, deixando a ecoar pelo lugar. 

— Me concede? — perguntou ao estender sua mão para a bruxa branca. 

Jay por outro lado negava com a cabeça. 

— Não acho que uma dança vai me ajudar a relaxar. 

— Já tentou? — Justin indagou. 

Jay assim sorriu de lado, fazia anos que a mulher não fora chamada para dançar daquela forma, que era tratada como mulher por um homem. Mesmo que Justin parecesse muito jovem para ela, gostava da presença dele ali. Se sentia bem e completa; estranhamente isso se explica a ela, procurava não se questionar tanto apenas viver o momento. Constance sempre pediu isso a ela mas estava devota ao Daniel que se quer ouvia sua mãe. Sentia saudades dela, lembrou do seu último abraço do pedido da mãe para ela cuidar de Louis. São tantas coisas que aconteceram, Jay se arrepende de não ter aproveitado tudo isso com a sua família antes. Se arrepende por ter ficado ao lado de um homem que nunca soube amá-la de verdade. 

Suspirando, ela concordou e segurou as mãos de Justin. O rapaz juntou seus corpos e deixou a melodia guiá-los. Com as mãos postas no seu ombro, Jay olhou nos olhos dele vendo o quão belos eram. 

— A quanto tempo não se sentia assim? — Ele perguntou a ela. 

— Como assim? — Jay rir sem jeito. 

— Dança. 

— Estou indo mal? — pensou em para envergonhada. 

— Não. Apenas estou vendo o brilho nos seus olhos enquanto fazemos isso. — Justin se afastou, segurando a mão dela é a rodopiando. Jay riu quando seu corpos voltaram a estar juntos. 

Era tudo mais suave e ela lembrava da sua juventude. 

— Você a amou de verdade? — Perguntou lembrando de Justin dizer sobre seu relacionamento com a Selena. 

— Bem, acreditei que fosse amor mas ela parecia querer um parceiro para fazer ela se sentir poderosa. Poderia estar a amando mas para ela não significava o mesmo. 

— Como sabe disso? 

— Ela não teria me amaldiçoado se me amasse e nem me deixaria décadas preso e sendo torturado pelos vampiros. Não acha? — Jay assentiu e baixou o olhar por um momento. — E Daniel? 

Dizer o nome daquele homem deixava a garganta do Bieber queimando a ponto dele querer vomitar. 

— Digamos que temos um mesmo destino de história mas a maldição dele foi me fazer acreditar que seu amor era verdadeiro. Na verdade eu era a camuflagem para ele estar dando amassos com outra mulher. — Eles rodopiaram pelo lugar. — Mamãe sempre me alertou e nunca lhe dei ouvidos. Eu sou uma idiota. 

— Não pode se culpar por aquele babaca não saber te tratar como a mulher dele. Idiota foi ele por não saber dar valor a mulher que tinha e se quer saber estou feliz pelo Louis ter o matado. 

Johannah parou a dança olhando séria para ele. 

— Não acredito...

— Jay...olha me desculpe eu disse merda, eu-

Justin parou ao ouvir a risada dela puxava da garganta para fora e era contagiante. Inclusive saiam as lágrimas pelos cantos. 

— Também estou feliz que Louis tenha o matado embora seja errado. — Ela voltou a se aproximar. — Deveria ter visto sua cara quando te olhei séria. 

— Vocês costumam mesmo a nos assustar assim? — Justin apontou para ela querendo estar sério mas falhando nisso. 

— Louis fazia isso? — indaga. — O antigo. 

— Quase sempre. Vamos terminar essa dança. 

Colocando suas mãos ao redor da cintura de Jay, dançaram libertos e felizes pelo local. Jay nunca se sentiu assim antes, viu como todas as coisas saíram da sua cabeça e o quão importante estava tendo ao apreciar o momento com Justin. 

— Realmente funcionou. — olhou para ele mais uma vez. — Obrigado. 

— Você merece a felicidade. 

Ambos trocaram olhares simbólicos, era errado mas Jay deixou seu coração bater contra seu peito de modo acelerado. A palma da sua mão escorria o suor pelo nervosismo quando vira Justin aproximando o seu rosto, era como se seu eu quisesse aquilo tanto quanto qualquer outra coisa. A dança foi pausada quando a melodia tocava como trilha sonora para eles. Ela queria se afastar mas seu corpo não queria isso. 

Seu coração também não. 

Ao sentir as mãos do rapaz no seu rosto ela prendeu a respiração apertando os ombros dele quando as mechas do seu cabelo caíram no seu rosto. Estavam a um passo daquilo se aprofundar....

Até o vento entrar pelas frestas e as páginas do livro rolarem pela cama. 

— O que está acontecendo? — Eles disseram juntos. 

Jay se afastou de Justin sem pensar muito no que fosse acontecer e pegou o livro deixando sob as mãos. As palavras voaram na sua mente e seu corpo travou quando as imagens vieram na sua cabeça, todas ligavam ao Louis naquele momento suas pernas travaram e seus olhos ficaram negros, era uma visão do recente, a magia percorrendo seu corpo. Por mais que Justin a chamasse ela não o ouvia. 

Uma nova aliada estava se aproximando, aquela noite, as coisas iriam mudar. 

Sentindo uma força lhe derrubar, Jay voltará ao norma ofegante e com a cabeça latejando. Justin estava agachado ao seu lado e segurava seu corpo. 

— O que houve? 

Lauren Jauregui! — foi tudo o que ela disse antes de desmaiar em seus braços. 

Notas Finais

Gente eu tava com bloqueio criativo, que fodeo a minha vida e eu chorei. Também não vou publicar o livro de Eternal por condições financeiras mas quem sabe um dia... 

So... Eu peço desculpas pela demora e pelos erros... Dessa vez farei ao máximo para não demorar. 

Ãn.. vai ter bônus no próximo e as mortes que o Louis vai causar... Sem povs Harry. Vocês vão entender em breve... 

Nos vemos no próximo 
ALL the love,A.

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