Chapter Eigth
Voltei he he
Avisos:
• Esse capitulo não vai ter Ziam nem a Jay e o Justin
• Façam a reza, mas acho que não tá tão medonho assim
Boa leitura bbs ^^
—— L•S ——
Harry Styles
Um barulho vindo logo atrás daquelas portas que me mantinham preso se estenderam pelo imenso cômodo escuro. Atentei me a olhar para a fresta da porta afim de notar uma sombra por debaixo da mesma contudo não havia nada e ninguém além de mim mesmo no energúmeno lugar desse modo deixei a desejar a minha atenção nela de volta para o diário em minhas mãos. Pensei que lendo cada um estaria mais próximo de Louis — embora ele esteja aqui comigo — parece que não está; não é a mesma coisa.
Em constância sinto a sua falta e essa porra de humanidade está me deixando insano e maluco. Ativar meus sentimentos acabou me trazendo essa consequência, mas não me arrependo e nem vou. Está assim pelo Louis e pelo que já vivemos nessas últimas décadas.
O que me atenta são as palavras do demônio na minha cabeça “Você poderia ter evitado isso”. Mas será que se eu tivesse entregado a meus anseios para Louis — quando ele era humano — ia evitar tais causas?
Estou quase arrancando os fios do meu cabelo por conta disso. Talvez me sentindo culpado por todas essas coisas estarem acontecendo com ele.
A única certeza que tenho é de que Louis está mais perto de terminar isso do que imagino. Ao menos as contas que eu fiz apontam para essa afirmação.
— Você fica sexy quando se concentra! — ouvi a voz do demônio perto de mim.
Não sei como não notei a sua presença – mas ela acaba me fazendo dar um pulo e no mesmo instante fechou o diário aberto sobre a minha perna. Se eu tivesse um coração que funcionasse bem, com toda certeza ele estaria fora de mim.
— Oh... Ele se assustou! — exclamou seguido de uma gargalhada macabra, Louis se juntou na cama ficando perto de mim. Podia sentir seu novo perfume, uma fragrância masculina forte que entrava pelas minhas narinas e quase me fazia revirar os olhos por ser tão intensa. — Não sabia que vampiros tinham medo.
— E eu que demônios se importasse com isso. — retruquei usando meu tom de voz seco.
— Com raiva? — Indagou. — Sabemos como se pode relaxar... — passou os dedos na minha perna massageando-a na área pélvica.
— Pare! — Tirei a sua mão.
Louis soltou um murmúrio rolando os olhos.
Sentia repulsa e uma atração por ele, mas tento pensar que era porque eu sentia falta do garoto que existe dentro dele. Mesmo com as novas mudanças no seu estilo — ainda podia sentir o seu toque. Sei que pode ser manipulação do demônio para me fazer estar em suas mãos. Mas eu sei que não era porque é o Louis verdadeiro que age as escondidas ali, para mostrar que está tudo bem, quero pensar dessa forma pois me conforta.
Me afastando para o lado da cama velha que rangia, meus olhos circulam pelo cômodo parando no sorriso diabólico que Louis esboçava para mim. As pupilas dilatas no tom mais negro da noite, podia sentir o cheiro de sangue que vinha do seu hálito, como também o forte enxofre que me daria náuseas se a tivesse. Foi por esse lado que soube que ele havia matado Shawn mas não só ele como mais duas pessoas do seu sangue — provavelmente Paul e Erika — sem dúvida eram eles também. Ao todo em minha mente, Louis matara oito vitimas até agora sem nenhum descanso.
Mordendo os lábios, tentando me desviar do olhar macabro dele, resolvi extrair mais algumas informações para mim.
— Quem são os próximos? — fui direto ao ponto.
Seu olhar voltou aos azuis que eu me perdia por completo, amo tanto os seus olhos que eles tem efeitos sobre mim.
— Achei que seria mais divertido estar com você aqui, Styles. Mas parece que me engano quando penso que é bom de cama. — disse desapontado por ver que eu não ia ceder as suas tentações. Ele deitou as costas batendo-as na cabeceira da cama, cruzando os braços e pernas, sem desviar o olhar de mim. — Eu te conto se me der um beijo!
É claro que as coisas com ele não seriam tão simples assim. Eu não tinha muito escolha ao fingir entrar nos seus jogos. Poderia fazer isso sem problemas, sei que poderei conseguir o que realmente quero.
— Dou um beijo e você a resposta, sem truques! — decretei.
— Não posso prometer nada, demônio encarnado.
Gelei por um momento ao lembrar que cheguei a ler os pensamentos do Louis quando ele me conheceu e como eu era um babaca com ele, acabei recebendo esse apelido. Por uma fração de segundos achei que fosse ele falando contudo a manipulação daquele mal que vivia em seu corpo, nunca permitiria que ele saísse assim da sua prisão interna. Olhei nos seus olhos a procura de uma resposta para as minhas dúvidas entretanto não era ele, infelizmente. Ainda não era ele.
— Apenas faça. — cedi.
Louis sorriu em vitória, erguendo o corpo para frente e segurou a gola da minha camiseta. Roçando seus lábios na minha pele, dizendo coisas sujas no meu ouvido como um sussurro perverso. Me segurei para não o afastar em repulsa. Usando o tom de voz normal do Louis, ele beijou meu queixo dando uma mordida forte que rasgou com o ato, meu queixo. Em seguida foi subindo os lábios para minha clavícula, passando levemente para meus ouvidos e por fim meus lábios. Um beijo que começou com movimentos violentos e distorcidos, de modo que me fizera agarrar sua cintura apertando com brutalidade. Sua língua estava veloz, suave e agressiva da mesma forma como era a condução daquele beijo insano. Mesmo não parecendo, eu podia ver exatamente Louis retribuindo os movimentos dos meus lábios sobre os seus, estavam me fazendo sentir a suavidade que vinha e intensamente viril. Com um pouco mais de ousadia, ele se sentou no meu colo, empurrando meu corpo para trás e dessa forma para estimular a mim, rebolou intuitivamente para o volume entre as minhas pernas crescerem. O desejo me consumiu e me levou a fora do meu juízo.
Sei o quanto era errado.
Mas seus beijos são viciantes a ponto de fazer meu corpo reagir e reacender. Ele puxava meus lábios após a mordida que dava, sugando os inferiores com sua força me fazendo conter o gemido. Contraindo minhas costas, mantive os meus anseios foram do limite. O modo como estamos nos tocando a medida que a faísca se acende. Vem algo na minha cabeça dizendo que era errado não posso continuar com aquilo e aquele que está aos beijos comigo. — era ele mas não era ele — seu corpo estava aqui mas a alma distante o suficiente para mim estar sofrendo.
Desse modo, consigo manter a distância e parando com o beijo antes que piorasse. Louis não pareceu gostar muito da minha atitude, desse modo fechou a cara por longo grandes instantes.
— Consegue estragar tudo, Styles! — ele resmungou. — Mas confesso que gosto dos seus beijos. — mordeu os lábios.
Fechei os olhos em repulsa a sua atitude. Imaginando respirando todo o oxigênio daquele quarto pequeno.
— Falei os nomes de uma vez... — apertei os dedos nos meus fios capilares.
— Muita pressa vampirinho. — ele mostrou a língua.
O vi tirando um papel do bolso em seguida a caneta de cor vermelha começou a escrever em ordem — acredito eu — fiquei encarando de longe e logo me estendeu o papel com os nomes que faltavam:
Nick 乂‿乂
Perrie 乂‿乂
Demi 乂‿乂
Melanie 乂‿乂
Ariana 乂‿乂
Taylor 乂‿乂
Avril 乂‿乂
Austin 乂‿乂
Estranhei a lista ainda me parecia poucos nomes ou talvez fosse coisa minha — contudo ficaria atento porque vampiros, bruxas e demônios costumam mentir muito. Eu sei disso porque sou um desses.
— Você não vai parar... — comentei encarando o nada.
Novamente Louis sumiu deixando-me no ar da curiosidade. O que havia se tornando seu hobbie depois que me trouxe com ele. Encarei os papéis afim de reconhecer alguns dos nomes mas minha mente não conseguia reconhecer algum — talvez estejam de diário.
Tinha a certeza que sim.
Minha garganta foi secando e eu estava com sede, precisava de sangue ou enlouqueceria. Ela começou a queimar, parecia que havia engolido toda larva escaldante e a deixava ferrar com o resto da minha garganta. O que sei é que ficaria sem forças assim.
Em pleno pensamento, Louis surge novamente com um homem e uma mulher, estavam com os olhos amedrontados e... Sangravam. O que fez a minha boca salivar em excesso do mesmo modo que sabia que as minhas pupilas dilataram e as presas foram para fora.
Louis sorriu.
— Sua janta! — empurrou os dois para perto de mim.
Com a garganta me torturando larguei tudo o que estava perto e levantei contraindo os músculos do braço. As pupilas dos meus olhos dilataram ao mesmo tempo que sentia as vísceras daqueles dois infelizes que gemiam e choramingavam baixo. Fechei os olhos por um momento para ouvir o som dos batimentos cardíacos deles, o modo como a circulação sanguínea passava pelo corpo, roncando cada veia e músculo, os tecidos do corpo.... Aquilo era excitante e fazia o vampiro legal desaparecer. Quando meus olhos se abrem sabia que estavam com as pupilas dilatadas — o olhar de pânico de ambos era bastante explícito para mim ter a certeza disso. Minhas garras foram para fora ao mesmo tempo que minhas presas saíram.
Estudei o homem de pele morena, cabelos enrolados, estatura média e era um tanto musculoso e bem parrudo para meu gosto. A mulher era mediana, tinha cabelos ruivos e cacheados, possuía algumas sardas no rosto e os olhos cinzas esboçavam tristeza na feição e pavor.
Não queria escolher vítima, apenas matar. Então não esperei para que os dois começassem os choros e falas. Eu não queria saber quem são, só sei que estão fodidos na minha mão.
Comecei segurando o cabelo da ruiva e desfaleci com sua veia, sugando todo o sangue da artéria revitalizando as minhas energias e forças. Exprimi seu pescoço extraindo mais do seu sangue conseguindo quebrar seus ossos enquanto fazia isso.
Descartando seu corpo do outro lado, virei para o cara que tremia ao meu olhar, tudo que eu mostrei para ele foi meu sorriso diabólico, sem dizer nada consegui arrancar um dos seus gritos mais estridentes. Ele se contorcia mas eu não estava disposto a deixar as coisas menos dolorosas para ele. Sabia que Louis acompanhava tudo com fascínio mas eu realmente não estava me importando. As minhas forças estavam tão vivas em mim que me sentia disposto para matar mais.
Mesmo que as correntes com verbena estejam queimando minha pele, não deixei de puxar meu pé para poder ficar mais perto do homem que estava fugir. Quando tive a oportunidade, gravei minhas unhas no seu peito e arrancando seu coração por segundos batia mas parou quando o corpo caiu e eu jogara no canto. Lambendo meus dedos, percebi que meu demônio sorriu.
.......
— Você sabe ser malvado! — Louis falou após sair para se livrar dos corpos que matei.
— Talvez.
Me concentrei no diário aberto, era mais uma história que estava prestes a descobrir, sabia que estava de manhã mas eu não estava cansado — nunca estou — portanto que seja, estou louco para entrar no mundo de Louis.
— Vejo que os diários tem te deixado ocupado. — Louis parou na minha frente podia sentir suas mãos passando nos meus ombros. — Eu vou ficar observando você hoje.
Ele abriu as pernas sentando no meu colo. Esse demônio era persistente, nunca me deixaria em paz — se pensar por um lado, isso é bom — sabendo que se eu falasse alguma coisa seria o mesmo que nada. Apenas me entreguei a leitura. Lendo juntando com o demônio me atentando sem parar.
“Ano de 1966 – Beaumont (Texas)
Diário de Juliard Lokwayd
Estou exausto e nem acredito que estou mesmo aqui escondido em uma sala pequena com um caderno todo rabiscado contando sobre como é trabalhar na droga de um evento que está tendo em Crockett Street Entertainment District, um lugar aonde temos bastante eventos na cidade, inclusive hoje estava tendo uma apresentação de bandas as pessoas quem andar fantasiadas devido ao tema da festa. O lugar que nos cerca elide prédios bastante iluminados, da até um ar de curiosidade para os turistas que vem para cá. Eu morava em Boston e quando me mudei para cá quatro anos atrás, estava apaixonado por cada parte que compunha essa cidade — não estou a desmerecendo, gosto dela e é um bom lugar para morar. Mas hoje estou trabalhando como o garçom da festa, ou seja, nada de curtir festas com meus amigos.
O que era bom e ruim, o bom é que tem muita gente e dinheiro não vai faltar para eu ter que pagar o senhor Phill — estou com o aluguel atrasado faz três meses e ele já cansou de me ameaçar a sair do meu pobre apartamento. O ruim é que Nicholas estava, ele era um dos idiotas que se acham e tudo mais, e gosta de humilhar com seu amigos as pessoas que não tem tanto dinheiro quanto ele. Ariana era sua melhor amiga, ela era a que observava tudo e gostava de ver o show dele — até porque ambos são bem PRÓXIMOS. Filhos de pais ricos, vivem uma vida de luxo e não precisam trabalhar como eu para pagar faculdade, um apartamento e os impostos de um carro que dá problema toda hora. Sim isso tudo é o que passo, tenho um Datsun 411 azul, ele nem era meu quando comprei — talvez seja por isso que o motor dele sempre esteja falhando e eu tenha que levar ele todo o mês no velho Jack. Na verdade acho que gasto mais dinheiro com ele do que qualquer outra coisa. Mas amo meu carrinho, era melhor do que não ter.
Nick me enche desde o terceiro ano na escola, vive me humilhando de várias formas, olho para ele e vejo que ainda parece o mesmo em fisionomia; como se não envelhecesse nunca, nem ele e a Ariana. Fico achando que quando é pra ser perfeito não muda nada.
Droga!
Estão me chamando para ser mesas, melhor eu ir e depois escrevo como foi meu ‘grande dia'. Que eu não deixe bebida cair nas pessoas, sou a lerdeza humana falando aqui!
.....
A bizarrice em si.
É o que posso descrever sobre o dia de hoje.
Quando fui chamado para fazer o meu serviço, com a bandeja no alto ouvindo as pessoas gritando “garçom” a todo mísero segundo. Eu rodopiei meu corpo e peguei três copos vazios de cerveja. Estava voltando para o balcão do bar quando dei um encontrão em um cara. Garoto. Estava mais para um homem de belo porte, alto esguio mas não era tão forte assim. Ele usava uma fantasia de pirata, tinha uma máscara no rosto que destacava seus olhos castanhos. Por um momento eu me vi travado no meio do público quando ele disse “desculpe” e sorriu para mim. Fiquei com cara de sapo e assenti correndo até meu chefe que faltava soltar fumaças pelo nariz. Nem acredito que esbarrei em alguém que não ia fechar os punhos e me acertar em cheio no rosto. Eu só sei que Ergui as mãos para cima, agradecendo a Deus nos acuda.
Horas trabalhando acabou com as minhas pernas, achei que ia ficar louco tantas as vezes que sai e entrei naquele bar. A aglomeração de pessoas em Crockett era mais do que a temporada passada. Nick e Ariana então apareceram no bar aonde trabalho, vendo que estava levando bebida a um grupo de homens, colocaram o pé na minha frente e bem... Não preciso dizer só faltou eu cantar I belive I can fly quando meu corpo propagou para frente e tomei um verdadeiro banho dd bebida sem cortar nos cacos de vidro no meu pulso após minhas queda. Fui obrigado a juntar os cacos enquanto ouvia risadas e comentários maldosos — e meu chefe xingando-me de vários nomes. — pouco se importou com o fato de ter sangue saindo de mim.
Tudo bem.
Engoli o choro e não falei nada, chega um momento da sua vida que você fica calado e aceita que aquilo foi mérito seu. Depois do ocorrido, ele me dispensou e chamou Geroge para me substituir. Acabei perdendo meu cachê e me senti culpado por não continuar trabalhando.
Aproveitei quando Sindy fez os curativos em mim e entrei em uma loja qualquer, escolhendo uma fantasia barata pois tinha meus trocados. O que no caso deu para comprar somente uma máscara branca e tudo bem, eu sou uma verdadeira fantasia de “desgraça humana” ninguém ia reparar nisso.
Andando pela multidão, comecei a pular quando começou a tocar os Jacksons, estavam no auge da fama e eu sabia que o Michael era um ótimo cantor. Acredito que futuramente ele seria um belo cantor quem sabe mundial? Nunca se sabe o que o futuro nos prepara.
Movendo meu corpo conforme a música, eu avistei um homem que me encarava diabólico, sorrindo como um verdadeiro psicopata. Fez com que as minhas entranhas se embolasse e eu quase colocasse minhas coisas para fora. Pensei que fosse a bebida me deixando maluco mas nem bebendo eu estava. De certa forma quando voltei a encarar a ele, já havia sumido.
Depois disso aproveitei o resto da noite já que no trabalho estava em plena ruína. Percebi o quão chato é tentar ficar em uma festa sozinho. Tanto que daí achei melhor ir para meu velho apartamento encontrar o senhor Phill me dando sermão, era emocionante e melhor que ficar com cara de bunda nessa festividade.
Foi no estacionamento que meu corpo foi impressado pelo cara com o olhar diabólico e ameaçou me matar. Eu sabia que estava “bom demais” para meu dia terminar bem. Contudo não surpreendi tanto quando aquilo aconteceu.
Eu só não espera um herói vindo me salvar. Gostoso demais para me fazer pensar que gostaria de um cara como eu. Mas ele realmente apareceu e não era nenhum sonho encanado de princesa da Disney ou algo que acontece somente em filmes. Foi real!
Vi o bonitão segurando o meu agressor, socando-o de várias formas mas não prestei a atenção nos seus golpes, porém em cada detalhe do seu corpo: a fantasia de médico era impressionante, por mais longo que fosse seu jaleco branco, estava definido seus músculos apostei com todas as minhas forças que por ali escorria um suor definido seus tríceps, o modo como ele trava o maxilar de Deus grego quando fazia seus golpes era maravilhoso, o cabelo estilo Clarc Kent me deixava sem ar — embora despenteado agora — a máscara bucal não me deixava saber sua verdadeira identidade, mas longe eu sabia que era meu Super-Homem de cabelos loiros.
Quando a surra foi bem dada no homem que saiu correndo com o rabo entre as pernas após a surra.
E apartir desse momento que me toquei na realidade de quase ter sido estrupado e violentado por um ser seboso. Minha visão foi ficando turva e tudo o que fiz foi desmaiar quando o cara me perguntou se estava tudo bem.
Acordei em um quarto de hospital, minha cabeça estava mais lenta do que meu metabolismo.... Quer dizer essa merda não fez sentido algum. Mas tudo bem. Lembro de não entender como fui parar ali e como meus pulsos cortados foram enfaixados corretamente até o bonitão aparecer na minha frente, ainda de máscara e caramba como ele era grande. Nos seus grandes olhos verdes foi o que encarei embora os óculos estivessem me impedindo de ver a intensidade dos seus verdes.
“Ainda de fantasia?” foi o que disse para ele.
“Ainda não desmaiou?”, ele retrucou com o ar da graça.
E puta que pariu, que voz é aquela que faz os pelos do seu corpo se alastraram após erijecerem? Lá estava eu fazendo minha cara de sapo para o moço bonito que me salvou.
“Está bem?”
Sem dizer uma palavra eu assenti para ele. Foi quando decidi para de agir como uma anta e abrir a boca:
“Como vim parar aqui?”
Alerta a pergunta idiota, alerta, alerta....
Na verdade eu queria saber informações dele mas achei que seria evasivo da minha parte além de mostrar meu lado “preciso de um homem e ele tem que ser você” porque seria beeeem estranho.
“Eu te trouxe, logo vim cuidar de você já estava com uma luxação no pulso pela ferida aberta que fazia a secreção vermelha ficar mais densa. Por algum acaso o cara que te machucou?”
Senti um arrepio quando ele falou sobre meu agressor. Eu apenas neguei com a cabeça.
“Acidente de trabalho”. Expliquei. “Você é médico então?!” disse meramente envergonhado por ter dito que era sua fantasia.
“Sim”
“Por que não me disse nada?”, perguntei.
“Porque você não perguntou e tirou suas conclusões mas não te culpo afinal estava tendo uma festa fantasia na cidade”, o bonitão arrumou os óculos no rosto.
E agora vem a hora da minha possível renascença, morte e vida.... Ele colocou as mãos na máscara e a tirou. Revelando sua identidade que fez meu ar prender e minha alma sair do corpo. Porra, vai ser lindo assim na minha casa.... Merda! Ele é tão lindo, os lábios rosados e finos, barba rala e covinhas saíam quando ele sorria. Eu morri e voltei a vida, boquiaberto com aquele médico. Poderia me machucar sempre para que ele viesse cuidar de mim...
“Sou Harold” , esticou a mão revelando seu anel com safira vermelha que ficava no seu anelar.
Engoli em seco para a minha voz não sair mais afeminada do que já era.
“Juliard Lewi Lokwayd”, disse todo o nome porque sou retardado.
Apertei sua mão sentindo uma corrente elétrica passando pelos meus dedos e persuadindo todo o meu corpo. Suei frio porque tive a sensação de tê-lo visto em algum lugar. Ergui minha cabeça para encará-lo ao mesmo tempo que ele, novamente estava sem ar e queria tanto beijar aquela boca.
“Prazer em conhecer você, Juliard”
“O prazer é todo meu, Harold”, sorriso estilo meia lua para ele.
Na verdade eu quis dizer “Prazer é meu e da minha cama e tudo o que quiser”, mas segurei minha boca para não pagar mais mico do que estava. Porque não posso ver vergonha que já quero passar.
“Está liberado, procure repousar bastante e amanhã estará bem. Não faça muito esforço para a luxação no seu pulso piorar”, ele voltou a arrumar o óculos no rosto.
Fica tão lindo assim, Deus tenha piedade de mim.
“Obrigado por me ajudar, e-eu nem sei o que f-fazer e talvez seja um alvo fácil para esse tipo de gente”, eu falei demais porém....foda-se.
Vejo Harold se aproximando e achei que ele estivesse naquele jogo de querer tirar meu ar toda vez que se aproxima assim e me toca como fazia agora. Bem no meu rosto, desenhando minhas maçãs do rosto. Todo molhado eu estava nas partes baixas isso era sem dúvida. E piorou quando as covinhas dele afundaram no delicioso rosto dele.
“Não pensei dessa forma, mas se quiser posso te salvar quando precisar”
Falta de sanidade era o que estava a sentir. Harold estava dando liberdade para a minha safadeza e eu tentava me controlar mas parece que estava sendo falho ao menos não gemi.
“Quem sabe, até que está no porte de herói”
Me afastei, passando por ele após uns tapinhas dado nas suas costas. Ele arqueou a sobrancelha e agarrou minha mão me puxando para perto de si.
“Até que sou?”
“Preciso que seja mais herói para mim tirar as conclusões. Boa noite, doutor!”
Deixei ele com cara de sapo agora. Dei um sorriso malicioso quando estava afastado o suficiente. Agora George Michael estava cantando na minha cabeça porque eu não acredito que diante a tanta merda eu consegui tirar a sorte grande conhecer um cara bonito. Ainda mais eu que só atraio umas pragas para perto de mim. Sorte ou não?
Peguei um táxi, lamentando o fato de que meu pobre dinheiro estava indo embora, voltando para o estacionamento para pegar meu Datsun que ficou sozinho aqui na risca de o roubarem.
Eu achei mesmo que estava tudo certo com aquela noite mas era só uma ilusão. A rajada de vento estava tão fria quanto o entardecer de Beaumont, afagava meus braços sentindo-me ser observado. A espinha dorsal tremeu quanto a isso, odeio ficar nesse tipo de situação. Sou aquela pessoa que tem medo do bicho papão ou do bicho que fica dentro do guarda roupa. Durmo em uma cama perto da parede para ter que colocar as costas e sentir algo sólido atrás de mim — nunca se sabe o que tem atrás de mim, não é?
Afundado minha bunda no banco velho de couro, bati a porta assoprando minha mão para ser aquecida, lembrei que no porta-luvas tinha minhas luvas a mamãe me enviou pelo correio. Sinto falta dela, inclusive... Não vejo a hora do natal chegar para poder ver a minha família. Mexendo ali naquela bagunça, não consigo achar nada.
O rádio do carro ligou do nada, estava tocando You Really Got Me do The Kings em um volume tão alto que eu bati a testa no porta-luvas. Talvez eu tenha me esquivado demais que liguei o rádio. Gemendo devido a pancada, diminui o volume do som e voltei a me concentrar na busca pelas minhas luvas.
“Mas que diabos, aonde estava ela?”
Procurei pela lanterna e a peguei embaixo do banco, provavelmente estava ali a mais tempo do que eu imaginava. Mexi nela e....
Yeah, you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin' now
Oh yeah, you really got me now
You got me so I can't sleep at night
You really got me
You really got me
You really got me
Oh no
O rádio aumentou o volume sozinho e eu estranhei aquilo estar acontecendo, voltei a desligar o mesmo, devia ser algum problema na fiação — até porque meu Datsun não estava lá essas coisas. Meu coração estava acelerado demais parecia que ia sair pela boca. Voltei a me concentrar no porta-luvas escuro.
You really got me
You really got me
You really got me
Oh no
Dei um pulo quase batendo a cabeça no teto e olhei para o rádio ligado, de fato aquilo não estava certo meu próprio quarto queria que eu tivesse um ataque cardíaco. Resolvi desligar de vez ele e iluminei o porta-luvas, dando um grito apavorado ao ver dois olhos me encarando dentro do mesmo. Bati as costas no banco e xinguei. Iluminei novamente e não tinha nada... Bem minhas luvas estavam ali, balancei a cabeça sabendo que andava bastante paranoico. Fechei o porta-luvas e coloquei as minhas sentindo-me aquecido. Liguei o motor e dei partida com o carro.
A todo tempo que encarava o retrovisor vendo a escuridão do banco de trás, parecia que tinha mais alguém ali, talvez um vulto? Liguei a luz do teto e mas não tinha ninguém. Eu posso estar ficando maluco mas achei melhor que a luz ficasse acesa. Era mais acolhedor e seguro.
Arrumei minha posição no banco, me concentrando na estrada escura da cidade, dobrando o carro para a outra esquina que ligava ao bairro de onde ficava meu apartamento, quando a luz apagou novamente. Xinguei ao ver um vulto sentado no banco de trás, com as mãos trêmulas acendi a luz e nada...
Ok! Eu já estava bem apavorado e sabia que não era coisa da minha cabeça. Ao menos não parecia ser.
Acelerei o carro para poder chegar logo e sair do meu carro pois hoje ele estava medonho demais. Limpei a garganta quando a luz apagou e a coisa ainda estava lá, sem mais delongas acendi a luz e ela voltou a apagar. Olhando para trás não vi ninguém ali e rapidamente voltei para a estrada, um ser macabro estava com o rosto colado no meu, sorrindo de modo macabro para mim. Gritei girando um volante e assim fazendo com o carro, pisei no freio pois ia colidir com o poste e parei.
Estava ofegante e suava que nem condenado. Me perguntando o que era aquilo que apareceu para mim.
Não poderia ficar parado no meio da estrada deserta e esperar para ser atacado por um louco. Liguei o motor e tratei de passar dos limites de velocidade.
Chegando de frente para o prédio — cujo estava em silêncio — meu peito subia e descia porque eu voltei a ver aquela coisa enquanto dirigia. Pegando minhas coisas, tudo o que fiz foi correr para dentro do apartamento, entrando no elevador assim deixando voltar ao normal. Eu nunca me senti tão apavorada como estava agora. Parecia que eu ia morrer naquele momento. Apertei o número 13 do meu andar e esperei subir.
You really got me
You really got me
You really got me
Oh no
You really got me
You really got me
You really got me
Oh no
Começou a tocar a música sendo que não era um apartamento moderno. Desesperado eu apertei três vezes no botão 13. Queria ficar no meu quarto e esquecer o que estava acontecendo.
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
You really got me
You really got me
You really got me
Queria chorar de desespero, as luzes do elevador começou a falhar sem parar. Eu olhava para o reflexo do espelho que ali tinha e vi a entidade que estava sendo do carro comigo.
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Respirei aliviado quando a porta foi aberta e me pus a correr pelo corredor medonho, procurando a minha porta e logo achei o número 28. Puxei as chaves trêmulo e rodei na tranca. Olhei para trás vendo que as luzes falhavam, meu desespero ia crescendo, não queria morrer. A entidade estava se aproximando a medida que as luzes se apagavam. E eu não estava conseguindo abrir a minha porta.
Quando ela estava quase a ponto de me segurar. Eu empurrei a porta e tranquei assim que senti um impacto do outro lado. Estava chorando porque sou medroso o suficiente por não saber lidar com esse tipo de situação. Eu ainda estou, a medida que escrevo aqui e olho para o que tem a minha volta. Acredito que não deva dormir essa madrugada. Amanhã irei a Terryll Historycal Libary, procurarei alguns livros para entender melhor a merda que me aconteceu horas atrás.
NOTAS FINAIS
Vai ter parte 2 então fiquem tranquilo
Então amores, estou fazendo Q&A de Eternal Trail, ta lá na primeira temporada :-)
Se vocês quiserem me fazer perguntas sobre a história vou adorar responder!!!
Só não deixa eu no vácuo kkkkkk
Bem, até logo
Cuidado na hora de dormir, vai que tem alguém te olhando hauahauaj
Amo vocês ❤
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