|¿ ?| 𝙋𝙧ó𝙡𝙤𝙜𝙤
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❝ No Mundo Desperto que a humanidade insiste em chamar de "Mundo Real".❞
Certa vez, em uma certa noite quando uma mãe colocava sua única filha para dormir, ela contou uma história. A criança era muito jovem, tinha apenas 01 ano de idade, porém sua mãe se sentia inspirada e decidida em despejar todo seu conhecimento desde cedo em sua menina.
❝ Como se seus sonhos não tivessem impacto nas escolhas que vocês fazem.❞
Ela debruçou no braço de madeira branca do berço com decoros singelos em sua extensão, os olhos sonhadores e verdes admirando com ternura sua garotinha. Seu braço livre estendeu-se até sua cria e seus dedos traçaram linhas invisíveis de carícias nas bochechas coradas da criança que ainda insistia em permanecer de olhos abertos. Suas orbes claras brilhavam de pura felicidade a cada vez que as pontas de seus dedos raspavam solenemente na pele leitosa e macia de sua filha.
❝ Vocês mortais humanos se ocupam de seus trabalhos, seus amores, suas guerras, como se essa fosse sua única vida.❞
Com um tom de voz taciturno, contudo transbordando de amor maternal, ela contou sobre um homem. Um homem que de fato no primeiro olhar era intimidante, quase gótico, com a feição de uma pedra de gelo, como um deus superior aos reis mortais, porém ele tinha uma missão importante para com o mundo no qual ele dedicava sua eternidade.
❝ Mas existe um outro mundo que os espera quando fecham os olhos....❞
Ele visitava as crianças em seu primeiro dia de nascidas para soprar uma areia mágica saída de uma algibeira que nunca tinha fim. Essa areia embalava os bebês em um sono quentinho e prometendo que seria assim por grande parte de sua vida. No instante em que fechavam os olhos, sua imaginação fértil e ainda não muito bem articulada as conduziam para um lugar fantástico e repleto de maravilhosas.
❝ E entram em meus domínios. Pois eu sou o rei dos sonhos e pesadelos.❞
Mas apesar de fazer algo tão bom e bonito, ele também era capaz de terríveis atos que poderiam deixar até mesmo o mais forte dos homens de cabelos em pé. Porém, este homem com sua areia mágica visitava pessoalmente apenas os recém-nascidos, e enquanto a criança se desenvolvia e crescia, particulas daquela mesma areia ficaria mergulhada nas bordas dos olhos dessas crianças devido a sua visita no seu primeiro dia ao mundo.
❝ Quando o mundo desperto os deixam exaustos e insatisfeitos, o sono os trás aqui para encontrar liberdade e aventura. Para encarar seus medos e fantasias, dos pesadelos e sonhos que crio.❞
Com um pausa lenta e casual, a mãe da criança deslizou seus dedos para a cabeça da pequena, afagando os fios de cabelo que cresciam brilhantes. Seus lábios esticaram-se em um sorriso orgulhoso, como se estivesse feliz por algum feito futuro que sua pequena garotinha fará.
❝ E é meu dever controla-los, ou eles irão consumir e destruir a humanidade.❞
━ Mas ele não tem poder definitivo sobre uma pessoa. Seus pesadelos não a afetarão, suas maldições não serão permanentes e inquebraveis como ele supõe que deva ser. ━ Murmurou, observando seu bebê regozijar. A mãe tomou um bico nos lábios. ━ Minha pequenina. Sinto que está me ouvindo nesse momento e que, de alguma forma, me entende em seu interior puro e inocente. ━ Sorriu doce.
Ela começou a balançar o berço e cantarolar uma música que com o coro de sua voz suave e lenta fazia as pálpebras da menina aos poucos ficarem pesadas e um bocejo longo escapa de seus pequenos lábios rosados enquanto ela a assistia maravilhada.
❝ Esse é meu propósito e minha função. Ou era, até que tive que deixar meu reino para ir atrás de um pesadelo que se rebelou.❞
Quando, na manhã seguinte, o bebê abriu seus olhos, estava sozinha em um quarto com teto coberto por forro de madeira e paredes pintadas de branco muito claro com borboletas vermelhas desenhadas por sua extensão. Layla, mãe da pequenina que girava seus olhos de um lado para o outro ainda em estado de embriaguez causado pelo sono, estava deitada ao lado de seu marido, ambos dormindo abraçados como dois amantes em um sono que nunca vieram a despertar.
E enquanto ambos os dois não sonham com absolutamente nada que não fosse uma vasta área em total escuridão, sua filha dava vida as vermelhas borboletas, que se desprendiam das paredes e sobrevoavam acima de sua cabeça.
↝ Apenas o prólogo, okay! Os capítulos ainda não serão postados;
↝ E espero que tenham gostado dessa pequena prévia;
↝ Então peço que deixem essa história na biblioteca de vocês.
Até breve ✶
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