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|35| 𝘾𝙤́𝙥𝙞𝙖 𝙈𝙖𝙞𝙨 𝙌𝙪𝙚 𝙄𝙢𝙥𝙚𝙧𝙛𝙚𝙞𝙩𝙖

Aviso: Capítulo atualizado! Não esqueçam de votar galera. Ultimamente eu estou numa vibe de ler a minha própria fic do que escrever rsrs, mas não é nada que me faça parar com as postagens, é não se esqueçam que essa fic tem uma playlist própria no Spotify.

Boa leitura ♥︎












" In a land of gods And monsters
I was an Angel
Living in the garden of evil "















O corpo mole, completamente confortável sobre o colchão macio, se revirava com lerdeza. Das narinas alguns suspiros escapavam. Estava muito bom, o ar estava maravilhoso, sentia uma brisa meio fria beijar sua pele porém isso não a incomodava porque ela estava coberta....

Mas eu não me lembro de ter me coberto.

Os olhos de Isabella se abriram como placas e de repente ela se sentou. Estava meio atordoada pelo recente despertar, no entanto isso não a impediu de deixar seu queixo cair e seus olhos arregalarem ao olhar em volta.

Esfregou os olhos com força, temendo que estivesse imaginando, encarou suas mãos com medo de que tivesse feito algo com seu próprio apartamento alugado, contudo ao erguer os olhos para cima, ela viu estrelas maravilhosas pulsando longe, rochas e até alguns planetas. Acima era uma galáxia completa dentro do breu, porém ali embaixo era o céu. O céu que todos vêem em uma noite calma com nuvens brancas e fofas.

Mas aquelas eram diferentes.

Havia enormes nuvens que eram interligadas pelo o que Isabella deduziu ser uma estrada.... Feita de nuvens. Ela encarou a escuridão acolhedora, encarou as nuvens e, curiosa, engatinhou até onde supôs ser a borda, ela estava preparada para de repente cair a cada vez que suas mãos afundavam junto com os joelhos, mas isso nem chegou perto de ocorrer.

O que viu dali foi um campo banhado pela noite, esverdeado, com flores e uma grama mediana. Havia também, mais a frente, montanhas enormes com picos nevados e era de lá que a brisa fria vinha e a tocava. Parecia tudo uma noite eterna, embora estivesse muito alto e longe do chão, embora tudo estivesse mergulhado naquele breu sem o peso da verdadeira escuridão, embora parecesse apenas um borrão, ela tinha certeza do que estava vendo e ainda assim não sabia como.

━ Isso não é normal. ━ Balbuciou, ainda observando.

A verdade era que ela já presenciou e fez tantas coisas não normais aos olhos humanos que naquele momento mais uma peça fora do lugar não a espantava ao ponto de fazê-la ficar desesperada por estar sobre uma nuvem a uma distância enorme do chão.

Sua voz estava arrastada e sonolenta, verificou a si mesma a procura de algum dano mas ainda vestia o conjunto de moletom cinza anterior e permanecia descalça.

Morpheus, seus pensamentos foram diretos. Alguém a trouxe do jeito que estava para esse lugar e o único que até hoje fez isso foi Morpheus.

Isabella puxou o ar e com cuidado ficou em pé. As nuvens eram fofas, era como pisar em um tapete muito felpudo que soltava uma camada fina de névoa a cada passo e movimento de suas pernas e pés.

Ela ergueu os olhos para cima e, dessa vez ao semicerrar os olhos, no canto vizualizou acima de uma nuvem enorme uma porta. A única coisa que parecia não fazer parte da decoração. Sucumbindo a curiosidade, ela estendeu a mão e a porta se abriu quando moveu seus dedos, então abaixou o braço e com as duas mãos deu um impulso para cima, voando alto e pousando do outro lado da porta.

Se tinha uma escada? Sim, tinha, mas Isabella estava com pressa o suficiente para ignorar os espaçosos degraus fofos feitos de nuvens sem corrimão.

Assim que seus pés descalços tocaram o chão frio, sua pele sentiu falta daquela maciez. Seu rosto virou para a porta ainda aberta, pensou em voltar, no entanto os sussurros dentro daquele longo corredor fez seus pensamentos mudarem de lugar. Eram sussurros baixos, porém de uma única pessoa, e Isabella sabia que não era Morpheus ou Lucienne, no entanto supôs também que não era Caim e nem Abel.

Seu coração se apertou ao recordar de Gregory e aquelas nuvens pareceram mil vezes melhor agora, ainda mais quando a imagem da gárgula interligava com Jessamy. Engolindo a força a saliva, Isabella começou a andar.

Embora já estivesse antes no Sonhar, nunca ficou perambulando pelo palácio e nunca ficou em um "quarto" como aquele - ou pelo menos ela tinha quase certeza de que aquele era o palácio que se concentrava no centro do Sonhar.

Ela decidiu que iria seguir os sussurros, sussurros estes que mais tarde depois do que pensou ser uma hora de caminhada ela finalmente entendeu que não eram sussurros falados pela boca, mas sim pela mente. Ela estava ouvindo a voz mental de alguém que reclamava de seu serviço.

A cada curva havia um corredor, normalmente castelos tem uma corrente de ar que fazem dele um lugar frio para se morar, ainda mais nos tempos antigos quando a monarquia reinava e não havia os tipos de tecnologia que há nos dias atuais. Os corredores eram largos e grandes, alguns mais longos outros mais curtos, porém todos com detalhes e ornamentos em dourado e candelabros que ficavam presos contra as paredes nas laterais, em todos eles haviam portas com detalhes em branco, um branco reluzente que não era prata mas podia ser confundido com um.

Não era como um palácio comum, os entalhes delicados a lembravam dos portões que guardam a entrada do Sonhar, em cada canto ela suspeitava de ver o rosto de Morpheus de diferentes formas - e ela ainda não entendia muito bem isso. Se lembrou daquela pobre mulher presa no inferno, Nada. Recordou em como Morpheus era aos olhos dela e em como ela o chamava, Kai'kull.

━ Oh, ai está você. ━ Um tom mal-humorado surgiu por perto.

Uma voz soou naquele mesmo corredor assustando brevemente Isabella, que virou o rosto - antes ela estava parada observando pensativa o entalhe em uma porta que lembrava muito Jessamy.

Seus olhos arregalaram e sua cabeça pendeu para o lado, temendo estar vendo coisas, no entanto ao se aproximar com as sobrancelhas franzidas e dar uma boa encarada, realmente era um espantalho com uma abóbora enorme lhe servindo como cabeça.

━ Quem é você? ━ Indagou ela, empurrando a cabeça para trás e então voltando a inclinar para frente como se o problema ali fosse sua visão.

Ela o encarou de cima a baixo, ele segurava em uma das mãos um esfregão e sua "face" não era das melhores (apesar de sua expressão facial não ser tão ilimitada como a de um humano comum).

━ Você ━ Apontou com um manear de cabeça. ━ pode ler mentes e ainda pergunta quem sou? ━ Ditou, duramente irônico.

━ Bom... ━ Ela fitou profundamente os olhos dele, conseguia ver por dentro, como se visse uma abóbora oca. ━ primeiramente precisa ter cérebro. ━ Ela murmurou, muito distraída e ainda chocada com o estranho.

O espantalho bufou.

━ Oras! ━ Bateu o esfregão no chão como quem bate a ponta de um cajado e Isabella deu dois passos para trás, estava pronta para uma briga feia. ━ Petulante desse jeito não vai durar nem oito luas. ━ Semicerrou os olhos para ela.

Isabella franziu o cenho e o encarou, pasma.

━ Durar oito luas? ━ Ajeitou sua postura empurrando os ombros para trás e mantendo as costas eretas, no entanto teve de erguer um pouco a cabeça porque ele é maior que ela em altura. ━ O que quer dizer com isso? ━ Perguntou rápido demais, parecendo ultrajada.

Ele fez um movimento que Isabella supôs ser um revirar de olhos e deu as costas para ela, tornando a andar. Isabella porém o seguiu, contudo nada falou, ela apenas ouviu: Oras, ainda pergunta! Estando na minha terra de nascimento ela ousa me ofender! Eu! Justo eu! Que mantenho esse palácio brilhando de tão limpo! Eu! Mervyn Pumpkinhead! Que trabalha dia e noite enquanto ela fica dormindo. Se essa for a rainha que Lorde Morpheus arrumou, então estamos perdidos, não! EU estou perdido....

E ele continuou reclamando, mas Isabella parou de o seguir. Claro que ela não precisava estar perto para ler a mente dele, no entanto queria fazer perguntas, mas toda aquela conversa dele com ele mesmo a fez apenas ficar observando enquando o espantalho, Mervyn Pumpkinhead, sumia ao virar uma curva no meio do corredor em que estavam.

E novamente ela estava sozinha.

O que aconteceu? Se perguntou, virando e começando a andar sem rumo porém nunca refazendo o mesmo caminho, porém ela não parecia notar pois estava perdida em devaneios.

━ Eu não sou rainha de lugar nenhum. ━ Contraiu os lábios, as mãos sendo pousadas na cintura.

Vez ou outra ela parava para olhar para trás como se Mervyn fosse aparecer em uma outra curva, no entanto isso não aconteceu, e ela se conformou que talvez, com ele, tivesse extrapolado os limites. O pouco que ouviu soube que ele era o encarregado de limpar aquele palácio enorme e, embora não saiba se havia mais espantalhos como ele ou se ele era apenas exagerado ou realmente era somente ele quem limpa tudo aquilo, ela não deixou de se sentir desconfortável.

Enquanto ela estava dormindo eu estava limpando, essa frase a fez se sentir pesada; como algo sobre os ombros que ameaçava afunda-la.

━ Certo. ━ Ela parou e virou, voltando para o mesmo corredor - ou ela achava que era o mesmo corredor. ━ Mervyn! ━ O chamou, alterando um pouco a voz. ━ Mervyn Pumpkinhead!

Ele não devia estar tão longe, ela própria não andou muito e ainda podia ouvir os sussurros que vinham da mente dele, talvez se pudesse entrar dentro de sua mente e ver o lugar onde ele está através dos "olhos" dele conseguiria encontra-lo.

Passou por três corredores, correu reto por uma curva que a fez voltar e encara-la. Parecia que Mervyn estava em mais de um lugar ao mesmo tempo. Encarou fixamente o corredor, aquele sendo estranhamente mais longo; longo demais para um palácio daquele porte, ainda mais quando não conseguia enxergar o final.

Isabella estreitou os olhos, pensando seriamente em qual caminho seguir e, embora algo lhe dissesse para abrir a visão, ela decidiu por seguir por aquele corredor. Conforme andava, a luz nos candelabros pareciam ficar cada vez mais fracas, um manto leve e escuro encobria o corredor que, ao avançar, ganhava um tom menos esplendoroso e menos vivo.

Sentindo algo estranho, os pés de Isabella hesitaram, olhou para trás, porém era somente o corredor longo e com a luz amena assim como todo o restante; de repente não havia mais curvas, de repente não havia mais aquele calor bem-vindo, de repente era apenas um corredor que apesar de longo também ficava um pouco estreito a cada passo que ela dava mais para frente.

━ Mas... O que... ━ Uma brisa congelante perpassou por sua pele, balançando suas mechas de cabelo que deslizavam para frente de seu rosto a obrigando a virar a cabeça para o outro lado do corredor. ━ Seria o corredor dos pesadelos? ━ Indagou mais para si mesma.

━ Talvez.

Ao lado de Isabella, porém não perto o suficiente para haver toques de ombro a ombro, estava a outra Isabella.

Essa outra era igualzinho a verdadeira Isabella, porém também tinha traços diferentes, como por exemplo as pontas dos dedos que estavam com uma coloração um tanto negra como se uma fumaça tivesse adentrado por seus poros e permanecido por debaixo de sua pele clara, consumindo sua carne.

Mas era somente o que parecia.

Ao olhar para a cópia de Isabella naquele corredor, havia olhos negros, não eram as iris verdes e nem o branco, era completamente negro, e Isabella - a realmente verdadeira - deu três passos para trás, os traços tornando-se rígidos e sérios demais.

━ Você é a minha sombra. ━ Constatou com muita certeza.

Quando sua cópia sorriu, seus olhos negros cintilaram em um leve escarlate, em uma malícia obscura e nevoada.

━ Não. ━ Falou lentamente, parecia ter prazer em ver a expressão confusa da outra ao seu lado.

Isabella arqueou uma sobrancelha.

━ Olhe mais atentamente. ━ Virou de frente para ela, o ar ficando cada vez mais pesado e frio a medida que a voz mansa da cópia ecoava. ━ No fundo dos olhos, o que vê?

Mas Isabella não olhou, ela abaixou sua visão e pela primeira vez viu as pontas dos dedos negros como jamais viu, também encontrou uma vestimenta diferente; toda ensanguentada. Parecia ser uma armadura em tons de dourado, prata, preto, e vermelho, contudo Isabella não sabia definir até onde aquele vermelho era a cor original do traje e onde o sangue começava.

Ela arrastou um pé para trás e ergueu os olhos, porém não olhou diretamente para os olhos de sua cópia porque de alguma forma sabia que o que quer que visse ali dentro apenas serviria para deixa-la perturbada.

━ O que é você?

Sua cópia a olhou com desdém, soltou um muxuxo desconexo e baixo, e tão de repente quanto o vento frio começou, ela avançou, segurando com brutalidade o rosto de Isabella e sua face era somente ódio, pesar, tristeza, dor, e fome.

━ O seu futuro.

E antes que Isabella pudesse fazer algo, antes que pudesse erguer as mãos ou sequer pensar, unhas cravaram em suas bochechas, em seu rosto. Sua visão enevoou como se nuvens pesadas estivessem a tapando, e tudo ficou turvo, a respiração acelerada, o corpo mole, e sentiu que estava mergulhando em uma escuridão sem fim, e nessa escuridão dois olhos brilhantes em um intenso escarlate que nutria trevas em seu interior surgiu, e ele a encarava.

Ela estava sendo obrigada a olhar dentro daqueles olhos negros, estava sendo obrigada a encarar aquele terror escondido em toda aquela névoa, o sentimento de dor se tornou horrível; todo sofrimento, que ela não sabia de onde vinha, estava rastejando como vermes sedentos de fome e sede em sua direção, vermes asquerosos que não tinham olhos, apenas uma boca redonda e enorme, grotesca! Com milhares de dentes, fileiras atrás de fileiras com os dentes amarelados e pontiagudos, língua venenosa e fina como a de uma cobra.

Isabella se debateu - ou pensou que estava fazendo isso.

Abriu mais atentamente os olhos, abriu sua visão ocular com aquela massa nevoada escarlate planando sobre o verde de suas iris e, naquele instante, no mesmo instante, estava parada em um corredor mediano, com as luzes acesas, o ar quente, a largura grande o suficiente para caber cinco pessoas andando lado a lado sem incômodo, e ela estava com os pés acima do chão.

Estava sobrevoando em enforcamento.

Não sabia como, puxou o ar e caiu quase não conseguindo sustentar seu próprio peso e teve de buscar apoio na parede mais próxima. Seus olhos não se fecharam para respirar fundo e se acalmar, seu coração estava acelerado e suas mãos tremiam e nem era de frio - no fundo ela preferia ter sentido frio.

Seus olhos marejaram quando ouviu passos se aproximando, se encolheu ainda sentindo aquelas mãos frias em sua face, apertando como se tivesse testando a qualidade e força de seu crânio, afundando longas unhas tenebrosas e negras, um par de olhos obscuros a encarando, e um sorriso cheio de dentes pontiagudos a amedrontando de dentro para fora; ela caiu de joelhos. Agora seu corpo tremia e ela própria se impedia de piscar ou fechar os olhos.

Temia ter a mesma visão.

Temia voltar para o mesmo corredor.

Temia reviver tudo novamente.

Temia ver-se a si mesma de maneira tão brutal e corrompida.

Sentiu que suas lágrimas estavam escorrendo, não quis ouvir mais nada ao seu redor mas sentiu quando alguém tocou seu ombro para afasta-la da parede e puxa-la. Sentiu que estava contra alguém que a embalava de um jeito torto como se não soubesse como fazer.

Ela sentiu o bater apertado e desconpassado do coração daquele que a embalava, ela sentiu seu rosto arder ao tocar em algo duro, ela sentiu a quentura das mãos dele ao afastar os fios do rosto dela, ainda com a visão turva ela viu uma estrela brilhando dentro de um olho com uma linda galáxia cintilante, mas foi apenas isso até que ela enterrasse o rosto no peito dele e sua pele ardesse novamente.

Morpheus estava atrasado, ela era forte e portanto era para ter salvo a si mesma, era para ter sido seu próprio herói e cavalheiro de armadura e cavalo branco, mas Isabella não sabia como se salvar e estava amedrontada o suficiente para contar os detalhes da primeira e pequena batalha perdida.

Porém, em meio ao terror em sua mente, embora não quisesse fechar os olhos, ela soube o que viu quando olhou para as mãos dele; foi de relance e rápido, mas ela viu sangue. Na mesma mão em que ele tocou sua face para que virasse para ele, ela viu sangue; o seu próprio sangue.

E só então ela compreendeu que não eram suas lágrimas que molhavam seu rosto, eram com elas que o Senhor dos Sonhos e Pesadelos estava assustado e desnorteado; não era aquela água salgada que saia dos olhos e deslizam livremente embora seus olhos estivessem prontos para derrama-los: era seu sangue, que transbordava de suas feridas profundas em seu rosto.

E as feridas eram tão reais quanto seu sangue.

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