Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

56 - Its not your house.

POV Ludmilla Oliveira

Eu podia jurar que a cor saiu do rosto da mãe da Brunna quando ela falou aquele "minha namorada" e olha que a mulher já era branca. Chegou a ser engraçado vocês tinham que ver, mas acho que rir da cara da minha sogra não era a melhor forma de causar a melhor primeira impressão. Então só o que fiz foi dar um meio-sorriso e fingir que não estava surpresa com a notícia. Apesar de considerar Brunna como minha namorada, nunca tinha acontecido um pedido formal, então fiquei um pouco surpresa de ela sair por aí falando para a mãe dela que eu era sua namorada.

Quando Mirian tirou o olhar de mim e voltou-o para Brunna, eu consegui abaixar minha cabeça e respirar fundo.

De repente, uma figura já conhecida por mim apareceu entre as pernas de Mirian. Ali estava Sofia, tentando ver quem estava na porta. Assim que viu Brunna abriu um sorriso de orelha à orelha.

— Bru! — ela gritou e passou pela mãe abraçando as pernas de Brunna. Então, percebeu que eu estava ali e veio para o meu lado abraçando minhas pernas. — Lud!

Eu sorri e abaixei para abraçar a pequena, ela sorria de orelha à orelha.

— Sofi... — Mirian pronunciou e quando olhei para a sua expressão, ela parecia surpresa. E foi aí que me lembrei: ela não tinha ideia de que eu conhecia Sofia.

— Mama, a Lud e a Bru podem me levar no Ibirapuera depois? — Sofia perguntou à Mirian. Quando a mesma não respondeu, ela correu e abraçou as pernas da mãe. — Por favooooor.

— Acho que... sim — Mirian disse parecendo mais confusa do que já estivera em toda a vida.

Mirian deu espaço para que nós entrássemos. Brunna passou por ela e eu antes de entrar, estendi minha mão para minha sogra e dei o meu melhor sorriso.

— Muito prazer, senhora — pronunciei enquanto a via levantar a mão e com certa relutância apertar a minha. — Meu nome é Ludmilla Oliveira.

Antes que Mirian pudesse se pronunciar, entretanto, uma voz grossa vinda do interior da casa se fez presente.

— O que tá acontecendo aqui? — a voz conhecida de Jorge perguntou. Então, ele apareceu no hall de entrada. — Mirian, quem era na porta? — Então sua voz falhou quando focou os olhos em Brunna, no centro do hall, com Sofia ao lado.

Jorge parou ali mesmo aonde estava e voltou os olhos para mim e eu juro que se eu tivesse perto o suficiente dele, provavelmente o ódio que exalara de seus olhos teria me queimado.

— Brunna — ele pronunciou o nome da filha virando-se para ela novamente. Seus olhos encheram de lágrimas e Brunna colocou Sofia atrás dela e deu um passo à frente.

— Papa — Brunna pronunciou engolindo em seco.

Eu respirei fundo e passando por Mirian, alcancei Brunna. Ela parecia a ponto de ter um colapso, parecia que toda a coragem que ela havia adquirido estava se esvaindo aos poucos. Então, para ajudá-la e mostrar que eu estava ali com ela, eu a segurei pela mão, entrelaçando nossos dedos e os apertando com certa força. Brunna respirou fundo com o ato.

Jorge desviou sua atenção para as nossas mãos entrelaçadas e fechou os olhos com certa força, deixando um sorriso sínico escapar.

— Então, depois de todo esse tempo — ele começou, a ira aparecendo com mais força a cada sílaba pronunciada — você ainda continua com essa palhaçada?

O pai de Brunna abriu os olhos e encarou a filha, a raiva e a decepção estampadas na expressão impassível.

Brunna continuou em silêncio, eu até tentei apertar sua mão e incentivá-la a dizer alguma coisa, mas ela parecia estar em choque. Eu deveria saber que esse tipo de coisa poderia acontecer, afinal, antes de mim, Brunna nunca tinha contestado a vontade do pai.

Respirei fundo.

Dei um passo à frente, me posicionando na frente de Brunna, ainda a segurando firmemente pela mão.

— Senhor Gonçalves— eu tentei começar, mas ele não deixou.

— Quem você acha que é — ele começou e fez uma pausa, desviando os olhos de Brunna para os meus olhos. E tenho que dizer: aqueles olhos eram extremamente ameaçadores. Afinal, como bom advogado que era, sabia muito bem como intimidar alguém. — Você transforma a minha filha nessa aberração, destrói minha família e ainda entra na minha casa para me dizer o quê? Que eu devo ser mais compreensivo? Isso é uma aberração! UMA ABERRAÇÃO! — gritou a última parte.

Brunna deu um passo para trás com o último grito. Senti sua mão tremer ligeiramente, mas ainda assim não me deixei levar pelas palavras duras do homem à minha frente. Ele que tivesse que fazer muito mais do que aquilo pra me intimidar.

— Escute aqui, Senhor Gonçalves. — Dei um passo à frente. — Eu não vim aqui pedir aprovação de ninguém para nada, eu amo a sua filha. Eu amo de uma forma que eu não consigo e nem quero explicar para o senhor, tamanha a sua ignorância. Eu não sou qualquer uma, eu sou uma boa pessoa, sou de família, sou estudada. E nunca tive ou terei intenção de ferir a sua filha. Eu não quero sua aprovação, eu quero que o senhor pare de querer controlá-la. Ela tem vinte anos, sabe muito bem se virar sozinha.

— Ah, ela tem vinte anos? — ele perguntou, a voz carregada de sarcasmo. — Ela sabe de tudo na vida, certo? Ludmilla, não é? Ludmilla, quando a Brunna acabar com essa — ele fez uma pausa, fazendo uma expressão de nojo — palhaçada que vocês duas tem, sabe a quem ela vai rastejar? — Ele fez uma pausa. — Isso mesmo. À mim. Ou você, Brunna, acha que vai conseguir se sustentar com esse intercambiozinho que você fez para estudar música? — Ele bufou. — Música! Largou a faculdade de Medicina mais conceituada de São Paulo para ir fazer Música! — Ele apontou para mim. — Esse é o tipo de coisa que você enfiou na cabeça dela!

Eu bufei de impaciência, é sério que ele achava que eu tinha culpa por Brunna ter largado a faculdade?

— Ludmilla não teve absolutamente nada a ver com o meu intercâmbio! — Brunna se expressou pela primeira vez desde que chegamos, tanto eu quanto Jorge a encaramos.

— Ah não, Claro que não! — Jorge disparou, novamente. — Antes dessa garota entrar na sua vida, você sequer pensava em fazer outra coisa senão Medicina ou Direito, Brunna!

— Você sequer sabe o que eu pensava! — Brunna disparou de volta, sua voz cheia de rancor. — Você queria que eu fizesse Medicina, você queria que eu fizesse Direito, eu sempre quis fazer música.

Jorge bufou e sorriu de forma sínica. Fechou os olhos e comprimiu as mãos em punhos. Parecia estar prestes a socar alguma coisa.

— Quer saber, essa discussão é indiferente! — ele disparou. — Eu não admito esse tipo de comportamento anormal dentro da minha casa!

— Nossa casa! — eu ouvi uma voz que não tinha se pronunciado desde o começo da discussão. Eu, Jorge e Brunna nos viramos para Mirian parada perto da porta da casa.

— O quê? — o pai de Brunna perguntou.

— Você saiu disparando durante todo esse escarcéu que Brunna é sua filha, que é asua família e que essa é a sua casa. Mas que eu saiba você não teve Brunna, construiu essa família ou comprou essa casa sozinho também. Que eu me lembre bem, eu era uma publicitária em crescimento quando te conheci, e pouco antes de eu parar de trabalhar para cuidar do lar, eu te ajudei a pagar essa casa.

— Mirian... — Jorge começou, com impaciência. Algo naquele pronunciamento parecia como "não se meta, vá fazer o almoço". O que pareceu só deixá-la mais empenhada.

— Jorge, chega — Mia pronunciou, calando-o. Ui. Já vi que o sogrinho é domado. — Brunna também é minha filha e ela é bem-vinda na minha casa. Se você quiser estipular um lado da casa como seu, fique a vontade, mas eu tenho minha porcentagem. Inclusive, acho que Sofia também tem. Então pegue seus 33% de domínio pela casa e escolha os cômodos que Brunna não pode entrar.

Jorge inflou as narinas de raiva, mas incrivelmente o advogado ficou sem argumentos.

— Eu não admito isso! — ele esbravejou.

— Isso é uma pena — Mirian disse se aproximando de nós e se colocando à nossa frente. — Brunna e Ludmilla serão bem-vindas nessa casa a hora que quiserem aparecer por aqui. — Ela fez uma pausa e se virou para Brunna e eu. Mia sorriu e eu não consegui evitar que um sorriso me escapasse também. — Agora que tal almoçarmos? Parece que o frango já está quase no ponto.

POV Jennel Garcia

— Mamãe, você e o papai nunca vão parar de brigar? — Sarah perguntou, com seus olhinhos tristes na minha direção, enquanto eu colocava-lhe uma camiseta de manga cumprida. Aquela noite eu teria que trabalhar na Bubu, então a deixaria com o pai.

— A gente está tentando se entender, filha — eu respondi, já cansada de pensar sobre Lucas. A verdade era que eu já estava sobrecarregada de tantas brigas. Não nos entendíamos mais, isso era um fato. Mas, quando se tinha uma filha envolvida, o assunto era mais embaixo. Se fôssemos apenas nós dois, eu já o tinha mandado pastar fazia tempos.

— Mas, mamãe, eu vi os papéis do divórcio na mesa da sala — Sarah dizia, enquanto colocava os bracinhos na jaqueta de frio. — Divórcio não quer dizer que vocês vão se separar? Pelo menos a Julia disse que era.

— Quem é Julia? — perguntei, com certa curiosidade.

Ela deu de ombros.

— Uma amiga da escola.

— É isso que quer dizer a palavra divórcio, sim, filha.

— Então, mamãe — ela disse, e então, inesperadamente, suas mãozinhas seguraram meu rosto, parando-me de frente para ela. Eu encarei-a confusa. — Eu não me importo se vocês se separarem. — Franzi o cenho. Sarah nunca tinha entrado nesse assunto comigo. — Eu amo o papai. E eu também amo você. Não quero mais ver vocês brigando.

Meu sorriso veio incondicionalmente.

— Garota, quando foi que você ficou tão inteligente? — perguntei, sorrindo. Levei minhas mãos até sua barriga e comecei a fazer cócegas. Ela riu gostosamente.

Peguei-a pela mão e a desci da cama, onde estava a trocando. Ao passar pela sala, olhei os papeis do divórcio em cima da mesa, e antes de sair, os peguei.

É. Já estava mais do que na hora de acabar com aquilo.

Cheguei na Bubu por volta das 17h. O ambiente ainda estava silencioso, tirando por uma música baixa que tocava ao fundo. Assim que entrei, me sentei no palco e espalhei os papeis por ali. Puxei uma caneta da bolsa e comecei a assinar os papeis. Quando terminava de assinar o último, vi uma sombra atrás de mim. Virei-me e me deparei com aqueles olhos cor de chocolate que eu tanto amava.

— Hey — Nicole disse, sorrindo timidamente. Definitivamente, aquele era o meu sorriso preferido dela. Ainda não tínhamos conversado a respeito do beijo que tinha acontecido no dia anterior, antes de eu ir embora de seu apartamento com Ludmilla. Eu até que tentava resistir àquela mulher, mas meio que ficava difícil fazer isso toda hora, então, eu sempre tinha meus momentos de fraqueza. Como, por exemplo, no dia anterior.

— Hey, linda — cumprimentei-a. — Como foi o resto da noite ontem?

— Foi... — ela começou e fez uma expressão pensativa, tentando achar uma palavra que a descrevesse. — Interessante

Eu sorri, tentando nem pensar no que aquilo queria dizer. Eu tinha passado muito tempo daqueles dois anos me mordendo de ciúmes da relação dela com a Ludmilla.

Virei-me para os papeis, tentando disfarçar o ciúmes que provavelmente já tinha envolvido minha expressão. Assinei a última folha e respirei fundo, aliviada.

Finalmente.

— Que papeis são esses? — Nic perguntou, quando me levantei. Parei à sua frente e encarei-a nos olhos. Sorri sozinha.

— São os papeis do divorcio — eu respondi. Nicole arregalou os olhos por um instante, parecendo atônita com a notícia.

— Oi? — ela perguntou, ainda confusa.

— Nic — eu comecei, colocando uma das mãos no bolso do meu short. Eu tinha passado em uma joalheria antes de chegar na Bubu aquele dia. E eu tinha quase certeza de que ela iria pirar. Peguei a caixinha do bolso e estendi na direção dela. — Eu agradeço por você ter sido tão paciente comigo esse tempo inteiro. E, eu queria dizer que você é a mulher... Não, você é o ser humano mais cativante e apaixonante que eu já conheci na minha vida. — Abri a caixinha, aonde tinha uma aliança de compromisso escolhida a dedo por mim. — Nicole Gale Anderson, você aceita namorar comigo?

Seus olhos marejados se repuxaram em um sorriso largo e quando dei por mim já estava sendo levantada do chão.

— Sim! — ela exclamou, me dando um selinho em seguida. — Mil vezes sim! — E me deu outro selinho, me colocando no chão. Então, me abraçou com força. — É claro que eu aceito, meu amor.

Devolvi o abraço dela com força.

Eu não sei exatamente o que tinha acontecido aquele dia, mas algo me dizia que as coisas começariam a dar certo a partir dali.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro