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49 - All or nothing.

POV Ludmilla Oliveira

Fechei minha boca e engoli em seco. O que, diabos, Brunna estava fazendo ali? Depois de todo aquele tempo, o que ela estava fazendo ali, parada na minha frente?

— Brunna ... — foi tudo o que consegui murmurar.

— Ludmilla — ela disse e então ficamos em silêncio por algum tempo, apenas nos encarando. Senti as lágrimas chegarem aos meus olhos. Só eu sabia o quanto eu tinha sentido falta dela, daqueles lábios, do seu perfume... Ela me encarava também em silêncio e um turbilhão de coisas passou pela minha cabeça. A primeira vez que eu vi aqueles olhos castanhos na biblioteca da faculdade, quando emprestei minha jaqueta à ela, mesmo sem sequer saber seu nome, a conexão que tivemos antes mesmo de sermos apresentadas, a forma como depois da primeira briga com Keaton, mesmo sem saber quem eu era, ela havia dito que estava ali por mim; o nosso primeiro beijo; a nossa primeira vez; aqueles dias na cabana... E cada lembrança foi um pedaço do meu coração que havia sido arrancado no momento em que Brunna terminou comigo daquela forma tão bruta e sumiu da minha vida sem sequer se despedir de forma correta. De repente o ódio subiu à minha cabeça e eu quis bater nela. Ah, à quem eu estava enganando? Não, eu não queria bater nela. Já tinha perdido as contas de quantas vezes eu havia tido pesadelos com o fato de eu ter lhe dado um tapa na cara, por mais que ela tivesse merecido.

E ao contrário de todos os sentimentos que estavam em conflito e todas as vozes que ecoavam na minha cabeça, eu permaneci em silêncio diante do olhar dela. Ela estava tão diferente... Mesmo que eu soubesse que agora só tinha vinte anos, vinte e um, no máximo, eu tinha que admitir que Brunna nunca pareceu tão mulher quanto estava parecendo naquele dia.

A saudade de seu corpo junto ao meu me tomou de repente e eu quase cedi à todo o meu orgulho e a abracei. Apertei minhas mãos em punhos, tentando conter a minha vontade quase insuportável de ter Brunna em meus braços de novo. As lágrimas queimavam em meus olhos e em um pedido desesperado para que eu as deixasse sair, mas eu não permitiria tal ato.

Eu já estava pretendendo sair de perto dela, fingir que nunca a vi e que ela ainda estaria sabe-se Deus aonde, queria fazê-la sumir, eu mesma quis sumir dali. Entretanto, o silêncio foi quebrado pela outra parte.

— Fiquei sabendo que se formou — ela disse e levou a mão à nuca, aparentemente desconfortável com aquele reencontro. Eu não tinha ideia se ela tinha planejado isso ou não, entretanto, eu tinha uma pequena ideia de que Nicole estava enfiada no meio disso tudo. Ah, quando eu pudesse, eu iria dizer umas poucas e boas para aquela vadia. — Parabéns.

Brunna tentou esboçar um sorriso, mas aparentemente a situação estava desconfortável o suficiente para que ela conseguisse exercer tal feito.

Cruzei meus braços.

— Ficou sabendo por quem? — perguntei. — Porque por mim eu sei que não foi.

Ela deixou escapar um sorriso com o canto dos lábios e quando ela abriu a boca para falar algo, entretanto, ouvimos Jennel ao microfone.

— Senhoras e Senhores por gentileza, deem as Boas-Vindas à convidada da noite — Jennel disse, pegando um papel, provavelmente para ler o nome da pessoa. Quando ela olhou para o papel, seus olhos se arregalaram. Depois, engoliu em seco e limpou a garganta. Foi aí que eu percebi que Jennel não tinha a mínima noção de quem era a convidada que iria cantar. — Brunna Gonçalves.

Franzi o cenho na direção dela, mas ela apenas partiu para o palco, com o mesmo sorrisinho prepotente que havia mostrado antes. Eu odeio essa mulher, pensei. Deus, como eu amo essa mulher.

POV Brunna Gonçalves

Se por um lado aqueles dois anos e meio que passei longe do Brasil foram os melhores anos para mim, profissionalmente, eles também haviam sido os piores emocionalmente. Havia perdido as contas de quantas vezes tinha ido dormir chorando igual a uma criança, deixando minha colega de quarto toda preocupada com a minha saúde.

Eu havia abdicado de todo e qualquer luxo que meu pai me proporcionava uma semana depois da conversa que eu havia tido com Wes a respeito de independência. E era como se aquela semana tivesse sido mais recente que qualquer outra coisa, pois estava claríssima na minha cabeça.

Eu havia ido à Bubu naquela noite, um pouco antes de abrirem a boate. Perguntei por Ludmilla e o segurança disse que ela não tinha chegado ainda e senti o alívio percorrer a minha espinha, e realmente perguntei por quem eu queria.

— Chamaram por mim? — uma voz até então desconhecida perguntou.

— Sim Nicole, esta garota quer falar com você — o segurança disse e apontou para mim.

Ela me encarou de cima à baixo e ponderou por um momento, mas logo pediu para que me deixasse entrar. Eu pisei dentro da boate, e mesmo ela ainda estando fechada, a avalanche de lembranças me pegou. Quase chorei, mas me contive. Nicole me guiou até os sofás que tinham ao lado do palco e pediu para que eu me sentasse.

— Quer beber algo? — ela perguntou, educadamente. — Posso pegar algo para você, caso queira.

— Não, obrigada — eu disse. — Não quero demorar, porque não quero correr o risco de que...

— Que Ludmilla apareça e te pegue aqui? — ela perguntou, levantando uma das sobrancelhas. — Afinal, iria ser horrível, já que ela é... Qual foi a palavra que você usou? Ah, sim. "Anormal." — Ela fez as aspas para ressaltar a última palavra.

Meus olhos encheram de lágrimas novamente, mas dessa vez eu deixei que elas escapassem.

— Eu não quis dizer aquilo — eu disse, sentindo meu coração apertar no peito ao pensar em como eu deveria ter magoado Ludmilla. — Mas eu sabia que se não fosse convincente o suficiente, Ludmilla não iria aceitar tão fácil. — Limpei as lágrimas que haviam escorrido do meu rosto. — Ela é orgulhosa e mesmo que eu falasse o real motivo, ela não iria querer saber, ela iria preferir que eu parasse o processo. Mas eu não podia fazer isso com ela, entende?

Nicole suspirou e sentou-se ao meu lado. Pelo que percebi ela era tão cabeça-dura quanto Ludmilla, mas eu queria tentar explicar meu lado para ela.

— E foi só pela bolsa dela que você fez isso? — ela perguntou, cruzando os braços.

— Não vou ser hipócrita a ponto de falar que foi apenas pela bolsa, porque não foi — respondi à ela. — Mas eu tive uma conversa com meu melhor amigo e decidi que iria cortar laços, ao menos financeiros, com minha família. Então depois disso, sim, foi apenas pela bolsa.

Respirei fundo, entretanto, vi que Nicole permanecia um tanto impassível.

— Essa bolsa era tudo o que a Ludmilla tinha — eu continuei. — Eu não ia conseguir conviver comigo mesma se ela a perdesse, ela já estava no quinto semestre, por Deus! — Funguei, irritada com a teimosia de Ludmilla. — Eu fiz o que achei certo, independente do que ela esteja pensando de mim agora.

— O que vai fazer agora? — Nicole me perguntou.

Enxuguei as lágrimas do rosto.

— É exatamente sobre isso que eu vim conversar com você — falei. — Eu estou saindo do país. — Ela me encarou com o cenho franzido. — Ah, não me olhe assim, por favor. — Respirei fundo. — Eu retirei todo e qualquer vínculo com o meu pai. Mas ainda assim, eu tenho contatos. Consegui uma bolsa de estudos para música em New York. — Sorri. — Eu nunca quis fazer medicina. Meu pai sempre quis que eu fizesse... Estou indo para lá amanhã mesmo.

— Brunna... — Nicole tentou falar, mas eu a impedi.

— Não é uma opção Nicole, é uma decisão — falei. — Eu só sei da sua existência por causa de Dayane. — Respirei fundo. — Ela me disse que você é uma amiga muito boa para Ludmilla, que cuida dela. — Nicole assentiu com a cabeça. — Eu só quero te pedir uma coisa aqui.

— O quê? — Nicole perguntou.

— Que cuide dela pra mim até eu voltar — respondi.

Então, ela me encarou e assentiu com a cabeça.

Subi ao palco e senti a luz do refletor sobre mim. E então, eu quis correr dali. Apesar de sempre passar por esse tipo de tarefa na escola de música, quando tinha alguém esperando que você realmente fizesse algo decente, sem errar nada, era totalmente diferente. Respirei fundo e peguei o violão que estava ao lado do banco. Posicionei-me em pé, de frente para o microfone e vi os rostos um tanto impacientes das pessoas que estavam à minha frente. Quando olhei para a frente do bar, entretanto, minha mente se clareou de todas aquelas pessoas que estavam ali. Os olhos castanhos de Ludmilla me encararam e eles ainda estavam marejados. Na verdade, eles estiveram marejados desde o momento em que ela percebeu quem eu era, mas ela era muito orgulhosa para deixar que lágrimas escapassem fácil assim deles.

— Boa noite — disse e tentei sorrir simpática, o que não deu muito certo. Meus olhos marejaram ao ver que Ludmilla tinha uma lágrima caindo pela bochecha. — Faz um bom tempo em que estive aqui. Não tocando, obviamente, mas aqui nessa boate. — Olhei em volta, parando exatamente no lugar onde eu e Ludmilla tivemos a nossa última briga. — Eu gostaria de tocar uma música que significa muito para mim e compartilhá-la com vocês e também queria dedicar essa música à alguém especial. — Olhei no fundo dos olhos castanhos de Ludmilla. Ah, aqueles olhos que eu havia sentido tanta falta... Engoli em seco. — Saiba que durante esses dois anos, seis meses, cinco dias e oito horas em que estive fora, eu não deixei de pensar em você um só segundo. Ouça essa música com o coração aberto, por favor. Para minha GreenEyes. De sua, e somente sua LovesPizza. — Sorri.

Um sorriso tímido surgiu nos lábios de Ludmilla e eu sorri de volta.

Posicionei o violão da forma correta na minha frente e comecei a tocar.

Quando eu vi você parado lá pela primeira vez

Você sabe, foi um pouco difícil não olhar

Tão nervoso quando te levei para casa

Eu sei, estar separado é um pouco difícil de desnudar

(Quando eu te vi parada aí pela primeira vez

Você sabe, foi um pouco difícil não olhar

Tão nervoso quando eu te levei pra casa

Eu sei que ficarmos separados é um pouco difícil de suportar)

Era engraçado como algumas músicas conseguiam demonstrar exatamente o que você está sentindo no momento. Nesses primeiros versos, estavam os extremos opostos de tudo o que tinha acontecido comigo e Ludmilla. Quando nos vimos pela primeira vez, ainda na biblioteca da faculdade, e uma ficou encarando a outra por um tempo, mesmo sem saber que nossos destinos a partir dali estavam traçados.

O último verso, entretanto, já remetia à quanto foi difícil ficar longe dela por todo esse tempo. Só eu sabia o que eu tinha sofrido por estar distante daqueles olhos castanhos que me faziam tão bem.

Respirei fundo e continuei:

Envie algumas flores para o seu trabalho e para casa

Para que eu tenha você em meus braços novamente

Nós nos beijamos naquela noite antes de eu sair

E agora, isso é algo que eu nunca poderia esquecer

(Mandei flores para o seu trabalho e casa

Pra que eu tivesse você de volta nos meus braços

Nós nos beijamos aquela noite antes de eu sair

E agora é uma coisa que eu nunca poderia esquecer)

Aqui lembrei exatamente de quando eu havia ido até a sua casa e levado flores para ela, com a intenção de pedir desculpas. Lembrei-me de como me senti destruída quando vi as flores na lata de lixo, mas ainda assim eu tinha dito à ela que eu não iria desistir.

Senti as lágrimas invadirem meus olhos com as lembranças e olhei para cima, tentando contê-las, para finalmente cantar o refrão da música:

You've got all that I need

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

With you I know that I'm good for something

So let's go give it a try

We got our backs against the ocean

It's just us against the world

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

(Você tem tudo o que eu preciso

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Com você eu sei que eu sou bom para alguma coisa

Então vamos tentar

Estamos de costas para o oceano

É apenas nós contra o mundo

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu)

O que eu tinha para lembrar com esse refrão além do quanto somos perfeitas uma para a outra? Senti o arrependimento por tê-la deixado, a mágoa que senti do meu pai depois de me obrigar a me separar dela. Lembrei-me de quanto tínhamos ido à praia e ficado até a noite deitadas na areia, olhando as estrelas até tarde. Tudo o que tínhamos passado passava como um flash na minha cabeça, e eu estava a ponto de chorar no meio daquele palco. E pensei em como iria ser daqui em diante. Algo que um dos versos destacava muito bem: éramos nós duas contra o mundo.

Vamos arriscar ir para longe hoje

E nunca mais olhe para trás

Desde que eu disse que te amava em Las Vegas

Nunca mais foi o mesmo desde então

(Vamos tentar ir bem longe hoje

E nunca olhar pra trás de novo

Desde que eu te disse que te amava em Las Vegas

Nunca mais foi a mesma coisa desde então)

Nesta estrofe lembrei exatamente do dia em que eu iria finalmente encontrar-me com GreenEyes, mas eu havia encontrado Ludmilla bêbada no bar e precisei cancelar o compromisso. Mal sabia eu que eu já estava encontrando-me com ela. Então, levei Ludmilla para casa e ela ficou pulando no meio meu apartamento. Ela fingia que estava em Las Vegas e eu havia entrado em seu jogo, apenas por gostar de ver aquele sorriso lindo em seu rosto. E naquela noite, quando tentou andar, eu havia a segurado e dito à ela que eu a amava. Até hoje eu nunca soube se ela tinha ouvido ou não.

Você tem tudo o que eu preciso

Olhando para tudo ou nada

Querida, é você e eu

Com você, eu sei que sou bom para alguma coisa

Então vamos tentar um

Nós temos nossas costas contra o oceano

É só nós contra o mundo

Olhando para tudo ou nada

Querida, é você e eu

Olhando para tudo ou nada

Querida, é você e eu

(Você tem tudo o que eu preciso

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Com você eu sei que eu sou bom para alguma coisa

Então vamos tentar

Estamos de costas para o oceano

É apenas nós contra o mundo

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu)

This is it, nothing to hide

One more kiss, never say goodbye

This is it, babe your all mine

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

I know that I'm good for something

So let's go give it a try

We got our backs against the ocean

It's just us against the world

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

With you I know that I'm good for something

So let's go give it a try

(Isso não é nada para esconder

Mais um beijo, nunca dizer adeus

É isso baby, você é toda minha

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Eu sei que eu sou bom pra alguma coisa

Então vamos tentar

Estamos de costas para o oceano

É apenas nós contra o mundo

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Com você eu sei que eu sou bom para alguma coisa

Então vamos tentar)

Cantando essa parte da música, senti as lágrimas não se aguentarem mais dentro de meus olhos. Fechei-os com força e as lágrimas desceram por ambos. Ao mesmo tempo em que as lembranças invadirem minha cabeça era uma coisa boa, também era, de certa forma, torturante. Eu havia ficado tanto tempo sem o toque dela que durante esse tempo tudo o que eu tinha eram as lembranças...

Abri meus olhos e a única coisa que vi à minha frente foram aqueles olhos castanhos me encarando, completamente marejados. Eu sabia que ela não gostava de chorar na frente das pessoas, então provavelmente aquilo estava sendo torturante para ela. Quase saí no meio da música e corri para os braços dela. Mas me contive.

Só mais uma estrofe, Brunna.

We got our backs against the ocean

It's just us against the world

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

Looking at all or nothing

Babe it's you and I

babe it's you and I

(Estamos de costas para o oceano

É apenas nós contra o mundo

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Olhando para tudo ou nada

Baby é só você e eu

Baby é só você e eu)

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