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33 - Arrependimentos.

POV Brunna Gonçalves

Depois que Ludmilla saiu andando, eu fiquei meio sem reação. Eu tinha acabado de ter uma noite maravilhosa com ela e depois simplesmente joguei tudo fora por ter acreditado em Ariana.

Engoli em seco sem saber se eu deveria ter feito aquilo mesmo, mas Nana nunca tinha mentido pra mim desde que eu a conhecera.

Virei-me para ela e a encarei, respirando fundo.

— Você tem noção do que eu acabei de fazer? — perguntei à Ariana, que levantou as sobrancelhas.

— Bru...

— Nada de "Bru"... Eu acabei de acusar a Ludmilla de roubo por sua causa, é melhor que esteja falando a verdade!

— Eu estou, Bru. Eu juro!

Respirei fundo.

Ok, agora a merda já estava feita.

Voltei às minhas aulas. Eu não tinha ideia do que tinha acontecido com Ludmilla por conta dessa acusação de Ariana, mas esperava que não fosse nada tão grave. Pra falar a verdade, eu não sabia muito bem o que pensar sobre esse assunto, já que eu acreditava e desacreditava que Ludmilla fosse capaz de roubar qualquer coisa. Quer dizer, eu sabia que ela era bolsista e que precisava de dinheiro pra pelo menos ter o que comer... E ela havia me dito que tinha feito uns "trabalhos" para começar a estudar na faculdade. E convenhamos... uma faculdade de Medicina hoje em dia é bem cara... do ponto de vista dela, claro.

Tentei ignorar todo e qualquer contato com Ludmilla pelo resto da semana. Nem com Dayane falei, pelo fato de não querer saber sobre Ludmilla. Provavelmente Dayane estaria tão decepcionada comigo quanto Ludmilla estava. Não conversei mais com greeneyes também, estranhamente o nome dela não aparecia mais na lista de monitoria e foi aí que eu me senti mais sozinha do que nunca no decorrer daquela semana. Tentei me concentrar nos livros, afinal já estávamos no final do semestre e eu precisava estudar.

Sábado chegou logo, e eu pude respirar fundo. Sofia estava insistindo para que eu a levasse ao parque e mesmo sem entusiasmo algum, eu fui com ela.

Eu tinha perdido todas as minhas forças durante aquele resto de semana, e ficar sem falar com Ludmilla estava se mostrando realmente difícil. Ariana ficava sempre ao meu lado agora. Noite passada inclusive, dormiu em casa, mas eu não me permiti fazer absolutamente nada com ela. Eu sabia que eu tinha dito que depois pensaria em algo com ela, mas estar com qualquer menina que não fosse Ludmilla parecia errado. Era extremamente estranha a forma em que os acontecimentos se seguiram. Em um dia eu estava no ápice da felicidade, eu havia perdido a virgindade com uma garota linda e que havia se mostrado realmente preocupada, delicada e cuidadosa e no outro dia, eu estava ali apontando o dedo na cara dela e a chamando de ladra.

Sofia me chamava no parquinho para que eu fosse brincar com ela, mas eu não estava com ânimo, então apenas disse que não queria e a vi fazer uma expressão triste. Depois se juntou com outras crianças.

Fiquei ali um tempo observando Sofia, pensando em nada e em tudo ao mesmo tempo, até que senti uma mão sobre meus olhos e tudo ficou escuro.

— Ludmilla? — perguntei em um impulso, mas assim que coloquei minhas mãos sobre as mãos que estavam acima dos meus olhos, percebi que eram mãos muito grandes para serem as delicadas de Ludmilla. Bufei em indignação e parei de tentar adivinhar, cruzando os braços.

— Poxa, quando você era mais nova, esse jogo era mais engraçado — uma voz masculina conhecida surgiu atrás de mim.

Levantei-me do banco na mesma hora e já me virei me jogando nos braços daquele que eu havia sentido tanta falta.

Wesley me abraçou de volta com força, me levantando do chão e me rodopiando no ar. Certa hora eu fiquei enjoada de tanto rodar, e comecei a bater nos ombros dele, gritando para que ele me colocasse no chão. Mas ele só riu e continuou me rodando. Então, quando gritei que ia vomitar nele, ele quase me jogou no chão.

— Quanta delicadeza, santa mãe! — falei, me curvando e colocando as mãos no banco do parque. Tentei voltar a respirar normalmente enquanto Wes dava tapinhas nas minhas costas. Sentei-me no banco do parque e puxei Wesley pela mão, para que ele se sentasse do meu lado.

— Como você sabia que me encontraria aqui? — perguntei, o encarando nos olhos.

— Fui na sua casa... ou devo dizer, na sua antiga casa? Sim, porque você teve a cara de pau de nem me dizer que você se mudou de casa.

Fiz uma careta. Isso era verdade... Eu tinha esquecido de avisá-lo.

— Foi mal — falei.

— Foi mesmo... Mas enfim, como tão as meninas?

Eu conhecia Wesley há uns quatro anos, pois ele trabalhava em uma livraria que eu sempre ia. Saímos algumas vezes e ele acabou conhecendo e criando um laço automático com Ariana, Juliana e Júlia.

— Estão bem, Júlia eu mal vejo, apesar de morar praticamente junto com ela. Juliana já faz um tempo que não vejo, mas fiquei sabendo que ela está quase namorando. Já Ariana, ela dormiu em casa ontem...

— Eu fui em casa essa semana — Wes disse, torcendo o nariz, eu sabia o quanto aquele assunto era delicado para ele. Wesley tinha se assumido como gay pouco antes de me conhecer, e assim que se assumiu, seu pai o expulsou de casa. Agora ele morava sozinho em um apartamento não tão grande. Sua mãe ainda lhe enviava dinheiro em segredo, sem que o pai soubesse, mas ele não falava muito sobre a família. Tudo o que eu sabia era que ele tinha um irmão mais velho do qual eu nem sabia o nome, e que ele ainda falava com a mãe dele esporadicamente. — Fui falar com a minha mãe... Meu pai sequer olhou na minha cara. Na verdade, assim que entrei pela porta, ele saiu. — Ele deixou um riso irônico escapar. — Ele saiu de casa de samba-canção e chinelos só porque entrei lá. — Ele respirou fundo, depois balançou a cabeça. — Mas enfim, eu falei isso porque eu vi Ariana lá.

— Sério? Fazendo o que?

— Ela tava conversando com o meu irmão — ele disse, dando os ombros. — Eu nem sabia que ela conhecia o meu irmão...

Engoli em seco, era estranho ouvir o Wes falar do irmão dele.

— Eles têm amigos em comum? — perguntei.

— Não sei, mas devem ter, ele estuda na mesma faculdade que vocês.

— Sério? E qual é o nome dele? — indaguei, tentando parecer casual e virando meu rosto para Sofia, que brincava na areia. Ela tinha acabado de ver que Wes estava ali e vinha correndo na nossa direção.

— O nome dele é Keaton — ele respondeu e um peso enorme pareceu cair sobre minhas costas.

— O que ela fazia lá com ele, Wes?

— Sei lá, acho que ela tava entregando algo pra ele. Um negócio dourado, acho que era uma carteira.

Abri a boca pra continuar fazendo-lhe perguntas, mas assim que ia falar, a voz de Sofia soou pelo parque.

— Tio Wes! — ela gritou, pulando em cima dele. Wes a segurou no alto e a rodou, arrancando-lhe gargalhadas.

Eu ainda estava atônita demais para demonstrar qualquer tipo de expressão ou sentimento, então apenas fiquei encarando o nada enquanto Sofia fazia mil perguntas a Wesley sobre o porquê de ele ter sumido.

Ariana estava entregando sua carteira para Keaton? Aquilo só podia ser merda! Merda das grandes!

Levantei-me de sobressalto, pegando minha bolsa em mãos.

— Sofi, precisamos ir — falei para ela e ela fez uma expressão triste.

— Mas acabamos de chegar, Bru! — ela disse, fazendo um biquinho adorável.

— Pode deixar comigo — Wes tomou a dianteira. — Eu levo ela pra casa, vai lá resolver o que te aflige.

— Obrigada — foi só o que eu consegui dizer à Wesley, ele sorriu daquele jeito galanteador.

Ah, se esse moleque fosse hétero — um lado do meu cérebro pensou.

Você ainda estaria apaixonada pela Ludmilla— o outro retrucou.

Balancei a cabeça em negação.

— E depois, você vai me contar tudo, certo? — ele perguntou quase afirmando e eu apenas concordei com a cabeça e dei um beijo na testa de Sofia.

Precisava encostar Ariana na parede e fazê-la me contar a verdade, eu estava sentindo um misto de sentimentos que eu mal conseguia explicar. Precisava saber da verdade.

Dirigi até a casa de Ariana. Ela tinha um dormitório na faculdade apenas por comodidade, então passava os finais de semana na casa dos pais – os quais quase nunca estavam ali, então a casa era praticamente dela e das empregadas.

Deixei o carro na porta da garagem dela e fui até a porta.

Toquei a campainha três vezes e bati na porta mais umas cinquenta.

Uma mulher de mais ou menos quarenta anos atendeu e quando me viu sorriu largamente.

— Bru! Há quanto tempo você não vem aqui — a empregada exclamou.

— Também fiquei com saudade, Maria. — Sorri de volta para ela. — Ariana está?

— Está sim, no quarto dela. Pode subir.

Ela deu passagem para que eu entrasse e eu fiz o caminho automático até a casa de Ariana. Eu costumava ir muito ali na época de escola, então sabia onde ficavam praticamente todos os cômodos.

Abri a porta sem nem ao menos bater e encarei uma Ariana de calcinha e sutiã vermelhos, jogada na cama, com fones nos ouvidos, cantando baixinho.

Aquela cena provavelmente me deixaria extremamente corada, mas devidas as circunstâncias, minha raiva transpassava meu ódio.

Ariana me encarou e sorriu o seu sorriso mais safado. Depois, se levantou e veio ao meu encontro, pouco se importando se estava só com roupas íntimas. Ela ia me abraçar, mas me esquivei.

— Bru, o que houve? — ela perguntou, tirando os fones de ouvido e os colocando em sua escrivaninha no quarto.

— O que aconteceu de verdade? — perguntei.

— Como assim "o que aconteceu de verdade"? — ela perguntou, dando um passo pra trás. Então, ela pegou o seu roupão e o vestiu, parecendo que tinha ficado momentaneamente desconfortável.

— Ariana, você tem exata uma chance de me falar a verdade sobre o que aconteceu com a sua carteira — falei. Ela fez menção de falar, mas eu a cortei. — Eu já sei que você a entregou pro Keaton e eu também sei que eu vou até o inferno pra saber o que aconteceu de verdade, então, vou te repetir: você tem exata uma chance de me falar a verdade sobre o que aconteceu com a sua carteira.

Ela respirou fundo. Encarando-me, ela ficou em silêncio por pelo menos dois minutos corridos. Eu já estava perdendo a paciência.

— Ele te ameaçou — ela disse finalmente, abaixando o olhar para o chão.

— Ele quem? — perguntei, mesmo que eu já soubesse da resposta.

— Keaton. Keaton ameaçou te fazer alguma coisa caso eu não o ajudasse...

— Eu não preciso da sua proteção! — praticamente gritei para ela.

— Foi inevitável, Bru! Ele te ameaçou, eu não queria fazer a Ludmilla sair da faculdade. Eu não gosto dela, mas eu não faria isso por vontade própria!

O quê? A Ludmilla tinha perdido a bolsa da faculdade por causa disso? Puta que o pariu.

— Você tem ideia do que você fez com uma pessoa? Você tem ideia do quanto ela ralou pra pegar essa bolsa? — perguntei, elevando a minha voz. — Você tem ideia do quanto a Ludmilla deve estar magoada comigo agora? VOCÊ TEM IDEIA, ARIANA?

Ariana já estava com os olhos marejados, e tentava chegar perto de mim, mas eu saía de perto do contato dela.

— Bru... — ela tentou falar, mas eu a cortei.

— Ludmilla provavelmente nunca olhe na minha cara mais... — eu disse, negando com a cabeça.

Ariana já chorava. Estava claro que a culpa não era toda dela, mas naquele momento eu não estava ligando.

— Bru, eu não podia deixá-lo te machucar!

— EU NÃO PRECISO DA SUA PROTEÇÃO, ARIANA! — gritei. — Você não tem noção do quanto você me decepcionou.

Virei as costas e saí correndo da casa de Ariana sem sequer olhar para trás. Maria veio ao meu encontro e eu vi que ela estava indo abrir a porta da frente para mim, mas eu saí tão rápido que ela não me alcançou. Bati a porta da frente com força e já peguei o meu celular. Disquei o número de Ludmilla diversas vezes, mas ele sempre chamava, chamava e chamava, e caía na caixa postal. Amaldiçoei-me por ter acreditado em Ariana.

Então, tentei outro número.

— Fala — a voz do outro lado era completamente desgostosa.

— Você também, Dayane? — perguntei em um tom desanimado.

— Você tem noção do que você fez com a Ludmilla, Brunna? — ela perguntou e eu senti um frio percorrer a minha barriga.

— Não, mas eu quero consertar isso, Dayane. Por favor, só me diz onde ela tá.

Dayane deu um suspiro cansado.

— Não sei se é uma boa ideia.

— Por favor, Dayane! Me deixa consertar a merda que eu fiz!

— Ela vai estar hoje a noite na Bubu, na área de música ao vivo.

— Que horas? — perguntei, mas Dayane já tinha desligado.

Eu não tirava a razão dela. Ela provavelmente estaria tão brava quanto a Ludmilla, e estava cedendo de sua forma. Eu sabia que iria ter que penar bastante para retomar a confiança de Ludmilla, mas eu iria fazer daquele o meu novo objetivo de vida.

Corri com o carro pra casa, tomei um banho e me arrumei para a noite. Eu não tinha ideia de que horas Ludmilla estaria na boate, então eu iria cedo e viraria a noite lá, nem que fosse só para eu vê-la.

Cheguei na boate por volta de 00:00 e entrei junto com toda a galera que estava esperando do lado de fora para que as portas se abrissem.

Apesar de ter acabado de abrir a boate já estava cheia, eu nunca tinha ido um dia na Bubu para que ela estivesse vazia. Ela sempre bombava em todas as pistas.

Parei na pista de música ao vivo e já me escorei no balcão do bar, pedindo por uma caipirinha de limão. O barman sorriu e depois de alguns segundos me estendeu a bebida.

Peguei-a e fui sentar em umas espécies de sofazinhos que tinham ali ao lado do palco.

Eu estava bebendo o primeiro gole de caipirinha quando vi Ludmilla aparecendo na boate e ela não apareceu arrumada como se fosse em uma noite qualquer. Ela vinha com um violão a tiracolo e subia no palco, sendo recebida por diversas palmas. Os barmans assoviavam e gritavam pelo nome dela, e ela apenas sorria envergonhada. Ela se sentou em um banquinho e puxou o microfone.

— E aí, gente, como vocês estão nesse sábado? — ela perguntou e o som se propagou pelo espaço. Todos gritaram e bateram palmas. Alguns até gritaram "gostosa", o que me fez cerrar os olhos e apertar a mandíbula. — É o meu primeiro dia depois de muito tempo que toquei aqui, então, se eu desafinar ou errar uma nota, finjam que não viram e continuem a música.

O local se preencheu com diversas risadas e ela deixou um sorriso fraco escapar. Então, ela deu uma olhada em volta da grande pista e seus olhos pararam nos meus por alguns segundos. A banda começou a tocar a música, mas ela não acompanhou, pois estava com os olhos vidrados nos meus. Eles estavam tão indecifráveis que chegava a dar raiva. Eu queria muito saber o que ela estava pensando...

Então a banda parou de tocar a música e tudo ficou em silêncio, Ludmilla se voltou para frente e balançou a cabeça.

— Viram? — ela perguntou, depois riu. — Eu não disse que tinha perdido o jeito? — Todo mundo riu junto com ela. — Vamos lá! — Então, ela começou a dedilhar o violão, começando uma de muitas músicas que ela tocaria ainda aquela noite, sendo acompanhada por todos da pista, incluindo os barmans.

Depois de algumas músicas tocadas (algumas que eu entendi como completas indiretas da parte dela, porque nas partes que citavam "decepção", "vingança" ou "problemas", ela olhava diretamente nos meus olhos e meu corpo inteiro gelava), ela se levantou do banco e colocou o violão de lado. Então, pegou o microfone na mão e começou a andar pelo palco.

— Sabe, gente, daqui a pouco a gente vai precisar dar uma pausa — ela disse e todos fizeram um "aaaaaaah". Ela sorriu. — Mas antes, temos uma música pra vocês. E pra cantá-la comigo, chamo ao palco, minha querida, linda e sexy amiga, Jennel Garcia!

Todos aplaudiram quando a tal de Jennel subiu no palco. Ela tinha o cabelo moreno, encaracolado, com uma mecha loira. Era baixa e usava um short do tamanho da vergonha na cara que parecia ter, ou seja, minúsculo. Por cima do short, uma camiseta regata grande que quase o cobria por completo. Meia-calça e bota cano-baixo. O ar sexy daquela garota me irritou, principalmente quando a música que elas iriam cantar juntas começou e eu reconheci a letra.

"This was never the way I planned, not my intention. I got so brave, drink in hand, lost my discretion. It's not what I'm used to. Just wanna try you on. I'm curious for you. Call my attention."

Eu não podia acreditar! Elas estavam cantando mesmo "I Kissed A Girl"? Eu acreditava que eu o ódio já tinha subido o suficiente até minha cabeça, mas aí o refrão começou e ferrou com tudo mais ainda.

"I kissed a girl and I liked it. The taste of her cherry chapstick. I kissed a girl just to try. I hope my boyfriend don't mind it. It felt so wrong, it felt so right. Don't mean I'm in love tonight. I kissed a girl and I liked it. I liked it."

Enquanto elas iam cantando o refrão, Jennel parou na frente de Ludmilla e virou as costas para ela, rebolando sobre seu corpo e se esfregando até embaixo. Ludmilla fazia uma expressão de que estava gostando e se abanava com a mão livre que não segurava o microfone. Jennel sorria sedutoramente entre os versos, ora fazendo sinais com as mãos, ora piscando o olho na direção de Ludmilla, ora mordendo o lábio inferior.

E foi assim o decorrer da música inteira. Jennel provocando Ludmilla e Ludmilla mostrando que estava gostando.

Mas nada superou a raiva que eu fiquei quando as últimas linhas da música chegaram.

"I kissed a girl and I liked it. I liked it."

Então, Jennel largou o microfone no chão, o que fez um barulho abafado na pista, puxou Ludmilla pela nuca e a puxou para um beijo ali na frente de todos. Ludmilla envolveu a cintura de Jennel e deixou ser conduzida pelo beijo por uns bons segundos. Todo mundo gritava e batia palmas e sorria, mas tudo o que eu queria era avançar no pescoço daquela garota. Quem ela achava que era pra beijar Ludmilla daquela forma?

Tentei respirar fundo.

— Pausa, pessoal! — Ludmilla disse, ainda sorrindo. Ela sussurrou algo no ouvido de Jennel, que sorriu e piscou para ela, se dispersando para o outro lado. Então, ela saiu do palco e foi em direção ao banheiro. Eu a segui.

Chegando no banheiro, vi Ludmilla entrando em uma das cabines e esperei até que ela saísse.

Depois de alguns segundos, quando ela saiu da cabine, ela sequer me olhou nos olhos. Provavelmente era previsível que eu a seguisse até ali, ela foi até a pia e começou a lavar as mãos.

— Como assim você beijou aquelazinha na frente de todo mundo? — perguntei, cruzando os braços. Ludmilla encarou-me pelo reflexo do espelho com uma sobrancelha levantada. Então esticou o braço para pegar um papel toalha. Enxugando as mãos, ela se virou para mim.

— Desculpa, desde quando isso é da sua conta mesmo? — ela perguntou. Depois, jogou o papel no lixo e me encarou. — Por acaso eu não roubei ela de você, roubei?

Apertei minha mandíbula.

Vamos lá, Brunna, você sabe que está errada — minha consciência me disse.

Respirei fundo e me aproximei dela.

— Lud... — tentei falar, mas ela me interrompeu.

— Não quero ouvir nada de você, Gonçalves.

— Mas Lud... Eu não sabia — tentei me explicar.

— Exatamente, você não sabia e resolveu acreditar na Ariana sem nem me dar uma chance de explicação.

— Mas que explicação?

Ludmilla se aproximou de mim e foi me empurrando para trás, só paramos quando eu colidi com a parede.

— Você parou pra pensar que o suposto roubo aconteceu quando eu tava viajando com você? — ela perguntou. Não, realmente eu não tinha pensado naquilo. — Pois é... Se você ao menos tivesse me dado uma chance, Brunna. Uma. Eu teria te falado isso e você teria sacado quem é que estava mentindo.

— Mas Ludmilla... — tentei falar, mas fui calada com seu dedo indicador sobre minha boca, aquele toque fez com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem.

— Shhhh — ela murmurou, ela estava tão próxima de mim que eu podia sentir seu hálito quente batendo em meu rosto. Então, eu fechei os olhos, esperando o contato dos lábios dela nos meus.

Mas tudo o que recebi foi uma risada nasal vinda dela e depois, o silêncio. Abri os olhos e ela estava saindo pela porta do banheiro.

Filha da puta!

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