{ Extra: Vai Se Fuder, Atsumu }
Notas iniciais
Oi gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Sim, depois de quase um ano temos um capítulo extra, porque deu saudades <3 espero que gostem!
~Ana
-Estou indo embora. - quando Akasuki abriu a porta do quarto que dividia com Atsumu, a primeira coisa com o que se deparou, foram malas. Malas espalhadas pelos cantos e o guarda roupas aberto, os cabides onde deveriam conter as roupas de Atsumu completamente vazios, sem nada que pudesse dizer que um dia aquele espaço havia sido tão dele quanto era dela. Akasuki apenas observou o ambiente, um quarto que já sequer parecia dela mesma, pois nada mais era igual antes e certamente ela e Atsumu também não eram mais os mesmos. Akasuki se demorou observando a cena que se desenrolava a sua frente, se negando a acreditar no que seus próprios olhos estavam vendo, se mantendo o mais calma que conseguia. Às vezes, Mayumi dizia que Akasuki era muito fria, e talvez ela tivesse razão. Mas não era muito melhor permanecer fria do que se permitir sofrer por algo que não deveria e apenas serviria para a destruir um pouco mais? -Você me escutou, Akasuki? Estou indo embora.
Akasuki finalmente se virou para observar Atsumu, fitando aqueles olhos castanho dourados que sempre haviam feito o coração dela errar um passo. Mas ali, naquele momento, o único efeito que aquele olhar de Atsumu estava causando nela, era aquela vontade estranha de chorar, como se um nó tivesse se formado em sua garganta e Akasuki precisasse engolir cada palavra presa. Então, ela apenas assentiu em confirmação, dizendo a Atsumu que, sim, ela o tinha escutado. Bem até demais, para a infelicidade da mulher.
-Você não vai fazer nada, Akasuki? - ele disse, irritado e magoado, verdadeiramente indignado por Akasuki não ter dito nada, não ter feito nada. -Eu digo que vou embora e você não faz nada? Vai continuar me olhando com essa cara de morte e não vai me pedir pra ficar?- Atsumu estava magoado. Claramente magoado com o descaso da ruiva, com o como ela facilmente abriria mão dele, mas o que mais Akasuki deveria fazer, afinal? Não havia sido ele, para começo de conversa, a desistir do casamento de ambos?
-Você disse que se apaixonou por outra pessoa. - Akasuki disse, a voz rasgando sua garganta, o peito doendo com aquele fato terrível. -Porque eu deveria tentar, Atsumu? Eu não vou correr atrás de alguém que esteve comigo e ainda assim se apaixonou por outra pessoa. Eu sou tão insignificante assim que você conseguiu se apaixonar por outro alguém? Então, vá em frente. Jogue nosso casamento fora e vá atrás dessa pessoa. Eu não preciso ser segunda opção de ninguém, muito menos sua. Então pegue suas coisas e vá embora, Atsumu. Não é isso que você quer? Vá em frente.
Cada palavra doía e rasgava sua alma, mas Akasuki tinha tomado sua decisão, da mesma forma que Atsumu tinha tomado a decisão dele ao se permitir se apaixonar por outra pessoa durante um momento conturbado do casamento deles. Akasuki sabia que ele jamais a trairia, mas ter sentimentos por outra pessoa não era uma espécie de traição também? E isso Akasuki não podia aceitar, não podia tolerar. Ela não queria conviver sabendo que Atsumu poderia um dia facilmente a trocar por outro alguém. Ela sabia que jamais conseguiria viver com essa insegurança, com aquela voz em sua mente dizendo que havia coisas melhores.
-Certo. - Atsumu disse, por fim, olhando para ela como se Akasuki tivesse dado a resposta errada. Ela não se importou; não tinha forças para isso. Apenas observou Atsumu por um instante, sentindo os olhos queimarem devido a força que ela fazia naquele segundo para não chorar. -Depois resolvemos a questão do divórcio e da guarda compartilhada das crianças, Akasuki.
-Como você quiser, Atsumu. - ela falou, apenas observando enquanto Atsumu pegava suas coisas e saia porta a fora. E quando ele saiu, a deixando para trás, Akasuki sentiu como se seu mundo tivesse acabado de se partir completamente em dois.
Akasuki abriu os olhos, sentindo o coração bater na garganta. Ela se sentou apressadamente, os cobertores caindo no chão no processo, os olhos queimando enquanto olhava para o lado onde Atsumu costumava dormir. Mas ele não estava ali, o que apenas serviu para apertar ainda mais o coração da ruiva. Você precisa se acalmar, isso foi um sonho, ela pensou, esfregando o rosto enquanto se levantava, tentando não chorar. Mas havia sido realista demais, e não ter Atsumu ali do seu lado apenas piorava tudo. Bem, ela sabia que Atsumu não estar ali era em partes culpa dela.
A ruiva apenas se levantou, vendo que eram duas horas da manhã, mas ela não se importou com isso enquanto caminhava para sala, o coração batendo forte dentro do peito e um gosto amargo dentro da boca por causa do sonho. Akasuki ficou em partes mais calma ao ver Atsumu dormindo no sofá, o que fez a ruiva soltar um suspiro e esfregar o rosto com força. Atsumu estava bem ali, e não tinha ido embora ou a trocado. Atsumu estava bem ali na casa deles, porque ainda a amava, apesar da briga idiota que tinham tido.
-Tsumu. - Akasuki murmurou, se agachando no chão e o cutucando. Sabia que tinha errado em deixar que ele dormisse no sofá e sabia que não daria certo dormirem ambos irritados um com o outro, e o pesadelo de Akasuki com uma separação apenas havia sido a confirmação que ela deveria ter conversado com seu marido ao invés de deitar estressada. -Atsumu. - ela chamou um pouco mais alto, o balançando de leve.
Atsumu abriu os olhos e a fitou, o cenho se franzindo por um instante antes do olhar irritado assumir, pois ele claramente não tinha esquecido a briga e que tinha dormido no sofá. Bem, se não tivesse tido o pesadelo, Akasuki também não teria esquecido facilmente a briga deles.
-O que?- ele disse num sussurro e ela apenas fungou, o que fez qualquer irritação que Atsumu pudesse estar sentindo desaparecer enquanto ele se sentava desesperado para tentar a olhar melhor através do escuro. -Suki, o que foi? Você tá chorando? - ela não respondeu, mas Atsumu segurou o rosto dela com as mãos, sentindo as bochechas molhadas de Akasuki o que apenas serviu para o deixar ainda mais confuso e preocupado. -Amor, porque você tá chorando? É com as crianças?
-Não, não é isso. - Akasuki disse, se sentando no sofá, e Atsumu suspirou um pouco mais aliviado. -Tive um sonho ruim. - ela murmurou, se aconchegando em Atsumu. Ele franziu o cenho em confusão, mas a puxou para perto de si, incapaz de sentir raiva quando Akasuki parecia tão abalada com o que quer que tenha sonhado. Ele a apertou em seus braços e deslizou os dedos pelo cabelo de Akasuki, o que a fez fechar o olhos e respirar fundo.
-O que você sonhou?- Atsumu perguntou enquanto a apertava mais em seus braços, para que Akasuki soubesse que não estava sozinha e que ele não a deixaria tão cedo. Ela apenas fechou os olhos, abraçando a cintura de Atsumu e respirando fundo. Era impressionante o como Atsumu sempre a passava todo o conforto que Akasuki precisava, independente da situação. Sempre tinha esse efeito de colocar as coisas de volta ao seu devido lugar. Akasuki se sentia particularmente sortuda por o ter em sua vida.
-Que você tinha arranjado outra pessoa. E ido embora. - ela murmurou. Por um tempo, Atsumu ficou em um silêncio tão profundo que fez Akasuki se afastar um pouco para o observar. E o que ela recebeu foi um beliscão forte no braço que a fez chiar, irritada e indignada. Ela havia acabado de confessar algo sério, e Atsumu iria a beliscar? -Atsumu, seu maldito! Pra que isso? Doeu! - ela choramingou, mas estava ciente que Atsumu a estava olhando seriamente. Mesmo com apenas a luz que entrava pela janela da sala, Akasuki podia dizer que ele estava bem, bem sério.
-Akasuki, eu sou apaixonado por você desde que temos sete anos de idade, você realmente acha que existe sequer a possibilidade de eu me apaixonar por outra pessoa que não você?!- Atsumu perguntou, indignado, parecendo verdadeiramente ofendido, e Akasuki torceu o nariz. -Eu te amo! Não vou te deixar, Suki, e uma briga idiota que tivemos não vai mudar absolutamente nada do que sinto por você, mesmo que eu ache que você deveria pelo menos tentar entender meu lado.
-Mas eu entendo seu lado, Tsumu. Entendo que você quer dar o melhor para nossos filhos, mas você quer mesmo sair do MSBY? Porque eu sei que não quer. Você não precisa ir para outra liga só por causa de dinheiro, Atsumu. E já parou pra pensar que vai ter que ficar muito mais tempo longe de casa? Você realmente quer perder o tempo que temos com nossos filhos?- ela disse seriamente e ele apenas suspirou.
-Eu sei. - Atsumu choramingou. -Mas eu quero que eles sejam felizes.
-Mas eles são felizes! Eles tem um pai incrível, Tsumu. Você não precisa se preocupar em cuidar de tudo sozinho, sabia?- ela disse suavemente, segurando a mão de Atsumu na sua, entrelaçando os dedos nos dele. -Amo você, amo muito você, Atsumu. Ver o quando você ama nossa família ao ponto de fazer sacrifícios com a carreira que sonha desde sempre só me faz te amar ainda mais. Não deveríamos ter brigado por conta disso tudo, me desculpa.
-Eu também não deveria ter me estressado tanto. - ele murmurou fazendo careta e Akasuki riu, pois sabia o quanto era difícil para ele admitir que estava errado. Mas Atsumu não deixava de fazer isso quando tudo o que mais queria era que as coisas ficassem bem entre ele e ela. -Posso voltar para o nosso quarto agora?
-Sim, por favor, eu preciso de alguém pra passar a noite brigando por causa do cobertor. - Akasuki zombou, recebendo um peteleco em resposta e ela riu.
Atsumu não disse mais nada antes de se levantar e puxar Akasuki com ele, e a ruiva apenas o abraçou com força, envolvendo as pernas ao redor da cintura dele enquanto Atsumu os levava de volta para o quarto, carregando Akasuki como se ela não tivesse peso nenhum. Akasuki bem que gostava quando Atsumu a segurava em seu como.
Ela definitivamente odiava brigar com Atsumu, mas quando se resolviam as coisas ficavam muito melhores. No final das contas, Akasuki tinha que admitir que não sabia viver sem Atsumu Miya em sua vida, afinal, ela sequer se lembrava do como era antes dele. E também não queria descobrir o como seria não o ter por perto.
Akasuki voltou a se enfiar embaixo dos cobertores, se aconchegando mais perto de Atsumu e o abraçando contra si, o que o fez rir de uma forma zombateira enquanto retribuia o aperto dela.
-Acho que você devia ter mais pesadelos como esse, Suki! Só assim pra você me amar de verdade. - ele zombou e Akasuki o lançou um olhar de morte, esticando a mão para o dar um beliscão que fez Atsumu chiar.
-Vai se fuder, Atsumu. - ela sibilou com irritação, mas apenas serviu para o divertir um pouco mais. -Sua sorte é eu te amar pra caralho, caso contrário...
-Você não ia me trocar, vamos ser realistas aqui. - Atsumu disse e mesmo sem olhar, ela sabia que estava sorrindo. -Eu sou gostoso demais e você não ia nunca arranjar coisa melhor!
Akasuki apenas revirou os olhos, pronta para de afastar depois de escutar tanta idiotice, mas Atsumu a puxou para perto de si novamente e levou a boca até a dela.
Não era um beijo calmo, mas sim um totalmente indecente, a língua de Atsumu deslizando lentamente pelos lábios de Akasuki, os abrindo para aprofundar ainda mais aquele beijo. Akasuki definitivamente amava quando Atsumu a beijava dessa forma, como se fossem jovens novamente e tivessem o mundo bem na palma da mão. Como se não tivessem três filhos pra criar e uma vida cheia de obrigações e estresse. Ela amava o como Atsumu sempre a fazia esquecer de todos os seus problemas quandoa beijava dessa forma, como se a única coisa que realmente importasse, eram Atsumu e Akasuki.
Os dedos de Atsumu deslizaram pelas costas de Akasuki até encontrarem a barra da camiseta comprida que ela usava para dormir. A única coisa que Akasuki estava vestindo. Atsumu sabia exatamente o que estava fazendo quando a puxou para cima, tirando a única coisa que impedia suas mãos de entrarem em contato com a pele de Akasuki.
Ela sabia que não importava o quantos anos tivessem se passado, Atsumu continuaria tirando suspiros e gemidos dela quando deslizava os dedos por sua pele e a apertava em lugares que sabia que causariam uma reação na ruiva. Lentamente, Atsumu a deitou contra o colchão da cama, se afastando de Akasuki apenas o suficiente para tirar sua própria roupa.
-Bem melhor assim. Direitos iguais. - Akasuki disse, seus dedos passando pelo peito nu de Atsumu e o fazendo dar uma risada incrédula enquanto sorria de forma convencida para ela.
-Tá vendo, Suki? Você não vive sem o meu corpinho. - Atsumu cantarolou, sua boca descendo até o pescoço da ruiva enquanto dava beijos provocativos. Akasuki soltou um gemido baixinho quando a língua de Atsuku entrou em contato com sua pele, deslizando de forma lenta.
Akasuki sempre tinha ótimas e inteligentes respostas para Atsumu, mas naquele momento, não conseguiu pensar em nenhuma. Às vezes Atsumu tinha uma incrível habilidade de fazer com que o cérebro de Akasuki parasse de funcionar completamente, e ela se sentia tão em êxtase que pouco se importava em formular uma frase para seu marido maldito e convencido. A ruiva apenas passou os braços ao redor do pescoço de Atsumu, afundando os dedos em seu cabelo e o puxando para mais perto de si, fazendo Atsumu dar uma risadinha.
-Que foi, Suki? Não consegue viver sem mim? - ele provocou, dando mordidas em seu maxilar, em seu pescoço, em seu busto. Akasuki apenas murmurou algo totalmente incompreensível, divertindo Atsumu. -Se eu soubesse que você ia ficar assim por causa de um pesadelo, uau.
-Cala a boca e só continua. - ela reclamou, puxando um pouco o cabelo de Atsumu, o fazendo chiar. Akasuki riu. -Seu maldito irritante. Não consegue fechar a boca? Vou ter que calar você?
-Me mostre o como exatamente você vai fazer isso. - Atsumu provocou, abrindo um sorrisinho para ela. Akasuki apenas arqueou uma sobrancelha para ele, os olhos fixos nos de Atsumu enquanto descia suas mãos pelo corpo dele, cada vez mais e mais. Atsumu arregalou os olhos e arfou quando Akasuki chegou onde queria, e a ruiva deu um sorriso satisfeito o escutando gemer. -Porra, Akasuki. Aí já é golpe baixo.
Ela apenas riu, principalmente vendo o efeito que tinha sobre Atsumu, mesmo que já estivessem juntos há anos. Tinham certas coisas que não mudavam, e uma delas era o como Atsumu fazia ela se sentir. Akasuki percebeu isso claramente naquele momento, enquanto Atsumu a fazia chegar ao extremo êxtase.
O coração de Akasuki batia acelerado dentro do peito quando ela se deitou sobre Atsumu, ofegante. Ele passou ks braços ao redor dela, a puxando para mais perto de si, beijando os fios vermelhos de Akasuki com amor e carinho. Akasuki estendeu a mão, fazendo um carinho suave contra a bochecha de Atsumu.
-Amo você, Tsumu. - Akasuki disse, se inclinando um pouco para poder fitar os olhos dele. O sorriso que Atsumu deu para ela deixava claro o quanto ele retribuía aquele sentimento. Bem mais do que isso, deixava claro o quanto Atsumu era perdidamente apaixonado por ela. -E nunca vou deixar de te amar.
-Nunca, nunquinha? - ele disse arqueando a sobrancelha e fazendo Akasuki rir. Ela deu um beliscão de leve na bochecha de Atsumu, o fazendo torcer o nariz.
-Nunca, nunquinha. Promessa de mindinho. - ela disse, fazendo Atsumu rir e segurar sua mão na dele, dando um beijo delicado nas costas da mão de Akasuki.
-Amo você, Suki. - ele falou, deslizando os dedos pelo rosto dela e os afundando em seu cabelo ruivo. -E prometo de mindinho que nunca, nunquinha vou deixar de te amar.
Akasuki sorriu para Atsumu. E ela sabia que em sua vida havia apenas uma coisa que fazia tudo valer a pena. E aquela era a sua família, aquela que havia construído com Atsumu. Enquanto tivesse Atsumu, enquanto tivesse os seus filhos, Akasuki não precisaria de mais nada para se sentir completa.
Data: 01/02/23
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