{ Extra: Aquele Maldito Atsumu }
Notas iniciais
Oi gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Esse capítulo extra é o último da fanfic, juro que fiz com amor e carinho :')
Eu revisei o capítulo, mas como ficou muito grande, talvez tenha deixado algum erro passar.
De qualquer jeito, espero que gostem do capítulo final da história da Akasuki <3 e já aviso que a última parte do capítulo tem personagens de outra fanfic minha, e é sobre isso sabe
~Ana
Akasuki não deveria ter entrado sem bater na porta antes, mesmo que aquele, em partes, ainda fosse seu apartamento já que ela ainda tinha a chave da porta e metade das suas coisas ainda ocupavam bom espaço daquele lugar. Mas ela, definitivamente, deveria ter batido na maldita porta. Ou pelo menos perguntado para Mayumi se poderia passar ali antes de simplesmente aparecer. Agora, ela nunca mais ia tirar da mente a imagem de sua melhor amiga e Shinsuke no meio da maior pegação que Akasuki já havia presenciado em sua vida.
Um grito, foi isso que Akasuki recebeu quando Mayumi viu a melhor amiga, e mesmo que Kita tivesse sido rápido em colocar a camiseta de volta, Akasuki já tinha visto o suficiente.
-Sua desgraçada, custava bater na droga da porta?!- Mayumi disse com irritação, atirando uma das almofadas do sofá onde estava na direção de Akasuki, que apenas desviou. Akasuki arqueou a sobrancelha para sua melhor amiga, perplexa com o fato de estar tomando um sermão sendo que Mayumi deveria estar fazendo aquele tipo de coisa no quarto e não no meio da sala onde Akasuki poderia ver!
-Ei, esse apartamento ainda é parte meu!- Akasuki disse, balançando a chave em suas mãos. Mayumi a olhou com pura e completa irritação.
-Você se mudou! Não é porque ainda tem tralhas suas aqui que você ainda mora aqui, Akasuki!- Mayumi disse, vermelha como um tomate, o que apenas serviu para divertir ainda mais Akasuki.
-Sabe, não sabia que você estava na cidade, Kita-san. Muito menos que tava, né, pegando minha melhor amiga.- Akasuki disse com um sorrisinho puramente provocativo para Kita, mas ele apenas continuou com aquele mesmo olhar impassível. Era irritante o como Kita não tinha mudado nada ao longo de todos aqueles anos e continuado a intimidar tanto Akasuki com seus olhares.
-Chega. - Mayumi disse, parecendo a beira de um colapso nervoso por causa de Akasuki, o que apenas divertia a ruiva ainda mais com toda aquela situação. Para sempre agora teria algo para usar contra Mayumi, a garota "perfeita". Certo que talvez ela tivesse um tanto traumatizada, mas ela jamais iria perder a chance de atormentar a vida de sua melhor amiga. -Vamos, me devolva a chave, agora!
Akasuki riu, mas sua risada morreu quando ela se deu conta que Mayumi estava falando sério. Akasuki piscou, incrédula, e cruzou os braços, fitando a palma estendida de Mayumi por um instante.
-Como assim?! Essa chave quem mandou fazer fui eu, então é minha!- Akasuki disse como se fosse um ótimo argumento, mas apenas serviu para fazer Mayumi querer atira-la pela janela.
-Faça logo o que veio fazer aqui e, por gentileza, se retire. Não sei se você percebeu, mas está atrapalhando, tipo, muito!- Mayumi sibilou, o que fez Akasuki dar risada.
-Tá vendo, Kita? Acho bom você tomar cuidado com essa aí. - Akasuki cantarolou, vendo o rosto de Mayumi adquirir um novo tom de vermelho. Kita apenas arqueou a sobrancelha para Akasuki.
-Na verdade, acho que você que deveria tomar cuidado, Suki. Seria uma pena mesmo se você acabasse sendo atirada do décimo andar, não é?- Kita disse como quem não quer nada, o que apenas serviu para fazer Akasuki torcer o nariz.
-Já percebi que não sou bem vinda, pode deixar!- Akasuki dramatizou, pegando seu caminho até seu antigo quarto. -Só vim buscar umas coisas, eu já vou embora, e ai vocês dois podem se co...
-Akasuki!- Mayumi gritou com pura irritação, agarrando um vaso horroroso que nenhuma das duas gostava, mas que deixavam ali por ter sido presente de Osamu e Atsumu, e Mayumi teria o atirado na direção de Akasuki se Kita não tivesse arrancado o objeto de suas mãos a tempo de uma desgraça acontecer.
Akasuki entrou rapidamente dentro do quarto, fechando a porta atrás de si, ainda dando risada de toda aquela situação catastrófica. Ela decidiu que não seria nem um pouco errado mandar mensagem no grupo, apenas para irritar ainda mais Mayumi. Claro que ela se certificou que a porta estava trancada antes de fazer isso.
|Akasuki (16h50)
Vocês não sabem a
cena que eu acabei de
presenciar
Juro, tô traumatizada
| Suna (16h51)
Porque sinto que
não quero nem saber
do que você tá falando?
| Osamu (16h51)
Você não trabalha, não?
| Akasuki (16h52)
É sábado
Porque caralhos eu ia
trabalhar de sábado?
E parem de desviar do
assunto, eu tenho fofoca
| Mayumi (16h52)
Cala essa sua boca,
Akasuki
Não consegue não ser
cuzona por cinco
minutos????
| Suna (16h53)
Você queria o que???
Ela passou tempo
demais com os Miya
| Osamu (16h53)
:)
|Akasuki (16h54)
Vai pra merda, Rintarou
A fofoca é sobre a Mayumi!
Vim aqui buscar minhas coisas
pra levar pra minha linda casa
nova e adivinha só o que encontro?
Isso, mesmo
Ela estava
Nos amassos
Kita removeu Akasuki
-Ei! Isso é injusto!- Akasuki gritou para que os dois na sala pudessem escutar. -Eu nem terminei de contar! Que maldade da sua parte, Kita-san!
-Você deveria ser grata a ele, porque o único motivo pra eu não te dar um soco é o Shinsuke!- Mayumi gritou de volta e Akasuki deu risada.
-Shinsuke, quanta intimidade! - Akasuki zombou e mesmo sem ver sabia que Mayumi estava revirando os olhos.
Com uma risada, Akasuki foi até seu antigo guarda roupa para terminar de pegar algumas coisas que tinha largado ali. Já fazia uns meses que ela e Mayumi não moravam mais juntas, mas Akasuki havia deixado boa parte de suas coisas na antiga casa. Afinal, ela ainda morava perto do apartamento, então, segundo Akasuki, não tinha motivo para se apressar com as mudanças. Certamente depois de hoje, Mayumi chutaria todas as coisas de Akasuki para fora, apenas para não ter mais a ruiva invadindo o apartamento sempre que quisesse. Era justo, Akasuki sabia, mas ia tirar toda a diversão semanal de Akasuki.
-Tô indo, MayMay!- Akasuki gritou e não esperou por uma resposta antes de dar o fora. Sabia que se demorasse mais meio segundo ali, iria acabar se atrasando, e ela não estava muito afim de escutar um puta drama.
Sete anos era tempo demais e muita coisa mudava em sete anos. Pessoas mudavam, sua vida mudava, sentimentos mudavam. Akasuki tinha plena consciência disso, mas não podia deixar de estar feliz na vida que ela tinha construído. Ela nunca tinha sequer pensado que se tornaria ilustradora, mas estava feliz com isso. No final das contas, era o que mais a fazia feliz, e ela sabia que tinha tomado a decisão certa quando decidiu parar de trabalhar em laboratório para seguir esse sonho. E tudo se tornava mil vezes mais fácil quando ela tinha o apoio de sua família.
Akasuki franziu o cenho quando chegou e viu Sakusa praticamente correndo para longe do prédio onde tinha acabado sair, como se tivesse fugindo do próprio diabo. Claro que Akasuki não deixou de dar risada, pensando no porque Sakusa tinha que ser tão Sakusa.
-Tá fugindo de quem hoje, Omi Omi?- Akasuki cantarolou em um claro tom de provocação, chamando a atenção do homem para si. A expressão de Sakusa para ela era de puro tédio e apesar da máscara que cobria seu rosto, Akasuki conseguia distinguir bem o suficiente.
-Porque quando me livro de um Miya, aparece outra no meu caminho?- Sakusa resmungou, o que apenas serviu para fazer Akasuki rir.
-Admite que lá no fundo, lá no fundo meeeesmo, você até gosta da gente. Vamos, Sakusa, não vai doer, sabe? Coloca pra fora, pode falar. Só tem nós dois aqui. - Akasuki provocou e ele cruzou os braços, arqueando a sobrancelha para ela.
-Sabe porque você e Atsumu casaram?- Sakusa disse, fazendo Akasuki arquear a sobrancelha, esperando pela resposta.
-Porque duas pessoas bonitas deveriam ficar juntas uma com a outra?- Akasuki disse com um sorriso provocativo. Talvez realmente todos aqueles anos com Atsumu tivessem de fato afetado Akasuki. Agora ela estava impossível de lidar como ele era.
-Porque você é tão insuportável quanto ele. - Sakusa retrucou, mas aquilo não abalou Akasuki nem um pouco. Ela já estava acostumada com a personalidade difícil de lidar de Sakusa, e ela sabia que, lá no fundo, ele a considerava como amiga. Bem, bem no fundo. Já Atsumu, ele sim nunca perdia a chance de fazer um imenso drama por conta das palavras duras que Sakusa sempre dirigia a ele, o que apenas divertia ainda mais Akasuki.
-Realmente, Omi. Atsumu é mesmo insuportável. Mas dois insuportáveis se completam, é o que dizem por ai. - Akasuki riu e Sakusa apenas a olhou como se ela fosse um estúpido e insignificante ser humano.
Akasuki abriu a boca, preparada para provocar ainda mais Sakusa, quando gritos animados a fizeram se virar. Sakusa aproveitou a distração da ruiva para simplesmente ir embora, o que fez Akasuki prometer silenciosamente se vingar de Kiyoomi.
-Suki! Hey! Hey! Hey!- Bokuto gritou de forma animada enquanto corria na direção dela, o que fez Akasuki rir antes de ir até o homem que sempre estava animado e feliz de um jeito que era até mesmo contagiante.
Bokuto abraçou Akasuki com força, a tirando do chão, e a ruiva riu enquanto retribuia o aperto dele com carinho.
-Tire suas mãos da minha mulher, Bokkun! - Atsumu gritou logo atrás deles, com Hinata rindo ao seu lado.
-Não seja ciumento, Tsum-Tsum. - Bokuto retrucou, ainda abraçado com Akasuki, que sorriu de forma provocativa para o idiota que chamava de marido. Atsumu cruzou os braços e semicerrou os olhos.
-Vamos, pare com isso. - Akasuki disse, se afastando de Bokuto para atingir o braço de Atsumu, que aproveitou a aproximidade para a abraçar com força, fazendo Akasuki rir. -O que aprontaram com o Sakusa hoje? Ele estava com a maior carona.
-Quando ele não está com a maior carona? - Atsumu retrucou e Akasuki revirou os olhos. -Certo, vamos pra casa. Ainda tô tentando entender a mensagem que você mandou e porque Kita-san te tirou do grupo.
Akasuki apenas riu, entrelaçando seus dedos no de Atsumu e se despedindo de Bokuto e Hinata antes de começarem a caminhar para longe.
Eles ficaram em silêncio enquanto iam para casa, e não era um silêncio ruim. Era confortável.
No fim, Atsumu não estivera errado quando disse a Akasuki que eles se casariam. O que ela definitivamente não esperava é que fossem acabar se casando aos vinte e poucos anos. Mas, se Akasuki fosse mesmo ser sincera, essa havia sido, de fato, uma das melhores decisões que já havia tomado na vida. Não se arrependia nem mesmo por um instante de ter aceitado o pedido de Atsumu, e agora, ela era ainda mais feliz do que poderia imaginar, graças a um grande idiota que fazia questão de atormentar a vida dela todos os malditos dias. E, ainda assim, ela não trocaria a vida que tinha construído com Atsumu por nada no mundo.
-Eu estou morto. - Atsumu choramingou quando finalmente chegaram na casa deles, o que fez Akasuki rir e o empurrar de leve. Atsumu se jogou no sofá, afundando o rosto de forma dramática cotra o travesseiro.
-Achei que você amasse vôlei. - Akasuki zombou, deixando suas coisas sobre a mesa e caminhando até ele e Atsumu apenas ergueu um pouco a cabeça para fazer uma careta para Akasuki.
-Eu amo, mas amo você mais ainda. Perder o sábado que eu poderia estar passando com minha mulher é simplesmente triste. - Atsumu disse, o que fez Akasuki rir enquanto se deitava em cima dele, apertando Atsumu com seus braço.
-O Tsumu de dezessete anos ia discordar muito disso. - Akasuki provocou e ele fez uma careta antes de afundar os dedos no cabelo de Akasuki, fazendo uma carícia suave.
-O Atsumu de dezessete anos era um idiota. - ele retrucou e Akasuki arqueou a sobrancelha para ele antes de sorrir.
-Idiota ou não, eu amava ele mesmo assim. Assim como continuo amando. - ela disse e Atsumu sorriu antes de se inclinar para mais perto de Akasuki e beijar de leve seus lábios.
-Você está anormal hoje, Suki, o que é isso? Saudades do meu rostinho bonito? - Atsumu provocou e ela semicerrou os olhos.
-Aí está, já perdeu dez anos de maturidade de novo. - Akasuki riu e Atsumu a olhou com pura indignação antes de se levantar, puxando Akasuki para seu colo.
Ela apenas sorriu, passando os braços ao redor do pescoço de Atsumu e envolvendo as pernas na cintura dele, o abraçando com força contra si.
Atsumu caminhou até o quarto deles e a colocou na cama, se inclinando sobre Akasuki, arrastando a boca pelo pescoço dela. Akasuki apenas riu, afundando os dedos no cabelo dele e o puxando até que Atsumu chiasse e se afastasse dela, a olhando feio.
-Vai tomar banho, Atsumu. - ela reclamou e ele fez um biquinho.
-Tão maldosa comigo, o que fiz pra merecer isso?- ele reclamou, se levantando e começando a tirar a camiseta, largando ela no chão apenas porque sabia que ia irritar Akasuki. Ela o fuzilou com o olhar, pegando a roupa e atirando na cara dele.
-Você casou comigo porque quis! Minha casa, minhas regras, Atsumu!- ela chiou, o seguindo para o banheiro.
-Achei que fosse nossa casa!- ele disse e Akasuki revirou os olhos antes de suspirar.
Akasuki apenas se sentou na pia do banheiro, destinada a contar para ele tudo o que tinha acontecido de bizarro naquele dia.
-Eu fui na casa da MayMay buscar umas coisas minhas. - Akasuki disse e Atsumu se virou um pouco para arquear a sobrancelha para ela.
-Já disse pra você pegar logo tudo de uma vez, faz dez meses que a gente casou!- ele reclamou e Akasuki riu antes de dar de ombros.
-Vai que um dia quero fugir de você? Pelo menos vou ter roupas minhas lá. - Akasuki zombou e Atsumu torcer o narir para ela, parecendo bem inclinado a jogar água na cara dela. -Bom, isso não vem ao caso. A questão é que quando cheguei lá, Mayumi e Kita estavam se pegando no meio da sala!
-Que?!- Atsumu disse, perplexo, arregalando os olhos.
-Eu sei! Eu também fiquei surpresa. - Akasuki disse, rindo do choque no rosto de Atsumu.
-Eu achei que ela tava tendo algo com o Suna. - Atsumu disse e Akasuki franziu o cenho.
-Eu achei que ela tava tendo algo com o Samu. - Akasuki retrucou e, por um segundo, os dois apenas se encararam.
-Bom, ou nós dois somos burros...- Atsumu começou.
-Ou ela pegou os três. - Akasuki completou e Atsumu assentiu, parecendo tão pensativo quanto ela.
Os dois conversaram sobre o dia de Atsumu até que ele finalmente terminasse de se arrumar, e então, deitaram juntos na cama, abraçados um ao outro. Akasuki gostava daquilo; gostava do jeito que ele deslizava os dedos com calma pelo cabelo dela, ou a forma que Atsumu a apertava em seus braços. Ela não conseguia se imaginar tendo esse tipo de coisa com qualquer outra pessoa no mundo e, para sua sorte, ela não precisava. Afinal, eles estavam casados, e seriam para sempre uma família.
-Você quer sair hoje? É sábado. - Atsumu perguntou e Akasuki suspirou, se inclinando um pouco para o olhar. Todo o sábado eles costumavam sair juntos para comer já que nenhum dos dois queria se preocupar com fazer alguma coisa.
-Eu ainda tô meio enjoada. - ela disse torcendo o nariz. Nos últimos três dias, Akasuki sequer conseguia sentir cheiro de comida sem passar mal, o que estava começando a deixar ela revoltada.
Primeiro, ela pensou que estava grávida. Mas depois de fazer três testes de gravidez e todos darem negativos, ela se deu conta que não era nada disso, e Akasuki estava começando a ficar um pouco preocupada demais com o maldito enjoo que não passava.
Atsumu apenas franziu o cenho para ela, parecendo pensativo.
-Quer que eu te leve no hospital? - ele perguntou e Akasuki apenas fez uma careta.
-Não, eu vou fazer isso segunda. Mayumi cansou de me ouvir reclamar e marcou consulta médica pra mim. - Akasuki disse, revirando os olhos. Atsumu apenas assentiu, parecendo distraído com alguma coisa, o que fez Akasuki franzir o cenho. -Tsumu? Tá tudo bem?
-O que? Ah. Sim. - ele disse, abraçando a cintura de Akasuki e a puxando pra mais perto de si. -Só tô cansado.
-É bom que seja só isso mesmo, Miya. - ela resmungou e Atsumu sorriu para ela. -Porque se tiver pensando em outra, vamos ter um sério problema.
-Ah! Como pode dizer algo tão horrível assim?!- ele choramingou, fazendo um biquinho. Akasuki semicerrou os olhos para ele e Atsumu se inclinou sobre ela, prendendo Akasuki embaixo dele, fitando os olhos verdes da ruiva. -Só tenho olhos pra você, Suki. Só penso em você, o tempo todo, todos os dias, todos os instantes. Nunca teve e nem nunca vai ter alguém além de você.
Akasuki sabia que era verdade; conseguia ver nos olhos de Atsumu o quanto ele a amava, e ela sabia que Atsumu também sabia que ela o amava com todo o coração.
Ela esticou a mão, deslizando até a nuca de Atsumu e o puxando para si até que a boca dele encontrasse com a dela. Akasuki amava o jeito que ele a beijava com tanto carinho e com tanto amor, amava o jeito como sempre se sentia uma adolescente de novo quando Atsumu a beijava, como sempre parecia aquela Akasuki descobrindo que era apaixonada por ele. Era como se, por mais que o tempo passasse, ela nunca fosse deixar de ser uma completa idiota totalmente e completamente apaixonada por Atsumu Miya.
-Eu te amo, Tsumu. - Akasuki disse, acariciando a bochecha dele de leve e Atsumu sorriu para ela.
-Eu sei. Que tipo de idiota você seria se não amasse?- ele disse com aquele mesmo sorriso provocativo de sempre, aquele sorriso que sempre fazia Akasuki se questionar o porque era completamente apaixonada por ele.
-Você não presta, Atsumu. - Akasuki suspirou de forma dramática que fez ele arfar com pura indignação e ela sorrir vitoriosa.
-E você casou comigo mesmo assim. - ele disse cutucando as costelas dela e Akasumi riu, o puxando para mais perto de si.
-Ah, é que você sabe beijar muito bem.- Akasuki cantarolou e Atsumu deu um sorrisinho malicioso para ela, roçando a boca na de Akasuki e a fazendo suspirar.
-E depois eu que não valho nada.- ele resmungou e, antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Atsumu a beijou, as mãos deslizando pelo corpo de Akasuki e a fazendo suspirar.
No fim, Akasuki não precisava de nada além daquilo; não precisava de nada além de Atsumu Miya. E de todo o amor dele.
-Akasuki, quer parar quieta? Que saco. - Mayumi reclamou, apertando a coxa da ruiva e a fazendo chiar. -Não adianta ficar nessa ansiedade toda, agora temos que esperar o resultado do exame de sangue.
-Eu sei! Queria que fosse mais rápido, droga. E se eu tiver algo sério?- Akasuki disse e Mayumi apenas torceu o nariz.
Akasuki tinha feito a maldita consulta com o médico e, apesar de ele ter pedido que ela fizesse um exame se sangue, ele já parecia saber o que ela tinha, mas não havia dito a ela, o que apenas serviu para deixar Akasuki ainda mais ansiosa, a beira de um colapso. Tudo piorava mil vezes mais quando ele tinha pedido os resultados com urgência, motivo pelo qual Mayumi e Akasuki ainda estavam ali, apenas esperando para saber o que tinha de tão errado com a ruiva.
-Suki, pelo amor de Deus, né. Acabou de fazer vinte e quatro anos, sua saúde é impecável. - Mayumi disse e a ruiva apenas cruzou os braços, tombando a cabeça para trás.
-Como pode ter tanta certeza assim? Você viu a cara do médico! E se for algo sério? E se eu... Aí meu Deus, e se eu tiver morrendo?! - Akasuki disse com horror e Mayumi a deu um tapa na nuca, fazendo Akasuki chiar.
-Não diga um absurdo desses! Ninguém morre por causa de enjoos, Akasuki Miya! Que insuportável que você está, por Deus! Deve ser esse sobrenome maldito, não é possível. - Mayumi reclamou e Akasuki fez um biquinho triste para sua melhor amiga, e Mayumi fez questão de ignorar.
-MayMay, quando você se tornou tão estressada assim?- Akasuki choramingou e Mayumi apenas deu um longo e pesado suspiro.
-Vida adulta é um saco, Suki. - Mayumi disse fazendo um biquinho. -Pelo menos tive folga hoje pra vir te acompanhar.
-Aliás, obrigada por isso. - Akasuki disse com sinceridade, fitando as mãos por um segundo. -Tsumu já tá começando a ficar preocupado demais, não queria que ele ficasse mais ainda.
-Bom, ele te ama. - Mayumi disse e Akasuki assentiu. -É normal se preocupar com quem a gente ama, Suki, mesmo que por algo tão normal quanto um enjoo. Você tá grávida, Akasuki.
-Caralho, de novo você com esse papo?!- Akasuki disse, incrédula. -Já te disse que fiz três testes de gravidez e não deu em nada!
-E daí?!- Mayumi rebateu, cruzando os braços. -Akasuki, esses testes de farmácia nem são confiáveis. E sua menstruação, quando foi a última vez que ela veio?
-Sei lá! Eu não sou do tipo que marca as datas, ela é toda desregulada, Mayumi. Eu tenho certeza absoluta que não tô grávida. - Akasuki disse e Mayumi riu com deboche.
-Vocês tão se cuidando pra não terem filhos, por acaso?- Mayumi questionou, aquele olhar que queimava na pele sendo lançado para Akasuki. A ruiva torceu o nariz e revirou os olhos. -Ou na verdade vocês não querem filhos e é por isso que você tá tão na defensiva?
-Não é por isso!- Akasuki disse e suspirou. -A gente acabou de casar, caramba. Claro que quero ter filhos com Atsumu. Mas não sei se ele quer ter filhos agora, ele tem a carreira dele e...
-Bom, talvez agora seja tarde demais pra isso. - Mayumi disse, a cortando, e Akasuki fez uma careta.
-Você está louca. - Akasuki retrucou, cruzando os braços e fazendo cara feia.
Mayumi abriu a boca para retrucar, mas o médico chamando Akasuki fez ela se calar. Ambas caminharam de volta para a sala, e a ansiedade de Akasuki era tanta que chegava a ser palpável.
Pareceu que durou uma eternidade o período enquanto o médico abria o exame de sangue de Akasuki e lia o que tinha ali dentro. Akasuki estava quase dando um grito para que ele falasse logo se ela ia viver ou morrer.
-Meus parabéns!- o médico disse, sorrindo para a ruiva. -Parece que seu problema todo é gravidez.
Akasuki ficou parada, estatística, sem sequer reagir, olhando para o médico que sorria para ela, ignorando o olhar de Mayumi de "eu te avisei". Akasuki ficou ali, parada, sem sequer saber se tinha escutado certo.
Grávida.
Akasuki estava grávida e, de repente, aquilo fez um imenso sentido, a atingiu com tanta força que ela sentiu lágrimas surgindo em seus olhos, e não eram lágrimas de medo, desespero ou tristeza, mas sim de uma felicidade que ela jamais havia sentido antes na vida.
-Ah, tem mais uma coisa, na verdade. Acho bom a senhora se preparar, porque pelos níveis do seu hCG, provavelmente são dois. - o médico disse com tranquilidade, como se tivesse acabado de dar "bom dia" para elas. Akasuki engasgou, arregalando os olhos.
-Ai meu Deus. - Mayumi soltou, perplexa. -Ai. Meu. Deus.
-Tem certeza?!- Akasuki disse, quase arrancando os papéis das mãos do médico. -Não, isso é impossível.
-Não tem caso de gêmeos na família?- o médico perguntou, arqueando a sobrancelha.
-O marido dela é gêmeo. - Mayumi retrucou.
-Bom, então na verdade é bem possível. Podemos fazer o ultrassom para confirmar. - o médico disse, dando de ombros.
-Ai, não. Gêmeos não. - Akasuki disse, enfiando as mãos nos cabelos e os puxando com um pouco de força demais. Ela se virou para Mayumi, a verdadeira face do desespero. -E se eles nascerem imbecis que nem Atsumu e Osamu? Eu não vou aguentar isso, Mayumi!
Mayumi começou a rir de Akasuki e seu estado de choque, abraçando a amiga com força.
-Podemos fazer um ultrassom pra ter certeza. - ele repetiu. -Você já está com sete semanas. - o médico disse e Akasuki assentiu rapidamente em confirmação.
-Pelo amor de Deus, sim, vamos fazer isso. Tenho certeza que é apenas um, é isso aí, um só já tá ótimo, perfeito. - Akasuki disse, se levantando em um pulo.
Mayumi e o médico apenas riram. Porque, no fim das contas, eles sabiam exatamente que nada mudaria.
E, quando Akasuki viu a imagem daquele ultrassom, daqueles seres crescendo dentro dela, ela sentiu um amor e um carinho que nunca tinha sentido antes em sua vida. E ela sabia que, independente do que acontecesse, independente da reação de Atsumu... Ela amaria seus filhos incondicionalmente.
-Você precisa parar de surtar!- Mayumi disse enquanto entravam na loja de onigiri de Osamu, já que era a única coisa que Akasuki estava conseguindo comer.
-Como eu deveria parar de surtar? Dois, Mayumi!- ela disse, indicando o número com os dedos. -Dois! Como eu deveria lidar com DOIS? Não sei nem como se cria um!
-Bem, sorte sua que não vai estar sozinha, Suki. Sabe, essas crianças tem um pai. - Mayumi disse, arqueando a sobrancelha e Akasuki deu um suspiro dramático, se sentando no banco do balcão. Osamu se aproximou delas assim que as viu e franziu o cenho em confusão vendo a cara de Akasuki.
-O que foi, Suki? Você e Tsumu brigaram? - ele perguntou com um sorrisinho provocativo, mas Akasuki sequer conseguiu processar isso. Na verdade, sequer conseguiu processar o que Osamu tinha falado.
-Eu preciso de comida pra aliviar minha vontade de surtar. - Akasuki disse, agarrando o avental de Osamu e o balançando de leve. Ele piscou os olhos em confusão e se virou para Mayumi em busca de respostas.
-O que aconteceu com ela? Ela realmente brigou com o Tsumu? - Osamu perguntou, confuso, e Mayumi fez um gesto de tanto faz.
-Você realmente acha que esses dois imbecis apaixonados vão brigar, Samu? Claro que não. - Mayumi disse, revirando os olhos, e Akasuki fez uma careta.
-Sabe, é culpa sua, Samu!- Akasuki disse, apontando para a cara dele. -Sua e de Tsumu por terem passado a vida toda brigando, vocês me traumatizaram! E agora, eu tô fodida!
Osamu piscou os olhos, completamente e totalmente confuso, enquanto Mayumi nem mesmo fazia questão de esconder o como toda aquela situação a estava divertindo já que ela começou a rir da carranca que se formou no rosto de Akasuki.
-Eu não entendi. - Osamu disse, arqueando a sobrancelha. -Vai continuar falando em enigmas?
-Ela está surtando por causa disso aqui, Samu. - Mayumi disse com um sorriso radiante, erguendo na direção dele a foto do ultrassom de Akasuki.
Osamu fitou a foto por um instante, arqueando a sobrancelha e encarando Mayumi, como se esperasse que ela explicasse de uma vez por todas o que aquilo significava.
-É um ultrassom. - Mayumi disse como se fosse óbvio e Osamu revirou os olhos.
-Bem, isso eu estou vendo. - ele disse e Mayumi torceu o nariz. -O que não entendo é o porque Suki está surtando por causa da foto de um ultrassom.
-Porque o ultrassom é dela, criatura de Deus!- Mayumi quase gritou, perplexa. -Você vai ser tio!
-Sério?! Meu Deus, Suki, que demais. - Osamu disse contente, abrindo um imenso sorriso, se esticando para abraçar Akasuki com força.
-Não, Samu, você não tá entendendo!- Akasuki disse, agarrando os ombros dele. Ela pegou a foto das mãos de Osamu e a colocou no rosto dele, apontando para a imagem. -Olha direito aqui!
-Bem, sabe, não dá pra ver nada nessa imagem. Não da nem pra dizer o que é seu bebê. - Osamu disse com a sobrancelha arqueada. Akasuki claramente o ignorou.
-São dois! São dois, Samu! Dois! Tá entendendo isso? Tá me escutando? São dois! Aquele maldito Atsumu, não contente em me deixar grávida, ainda é de dois! - Akasuki disse soltando uma risada desesperada. Osamu apenas olhou para ela por um segundo antes de cair na gargalhada. -Osamu! Não tem graça! Eu tô condenada!
-Na verdade, é sim, Suki. - Osamu disse, dando um tapinha carinhoso na cabeça dela. -Eu vou fazer algo especial pra você comer. Meus sobrinhos tem que ficar saudáveis.
-Sabe, você é o melhor irmão. - ela choramingou e Osamu riu. -Talvez isso cure meu desespero tremendo. Eu nem mesmo sei como Atsumu vai reagir.
-Porque você acha que vai ser algo além de feliz?- Osamu perguntou, arqueando a sobrancelha. Akasuki apenas suspirou, apoiando os cotovelos sobre o balcão.
-Sei lá, Samu. E se ele não queria ter filhos agora? E se ele não gostar disso? Eu não sei o que faria, ou como me sentiria, caso ele não ficasse tão feliz quanto eu estou, entende?- Akasuki disse com sinceridade e Osamu apenas a fitou por um instante.
-Suki, ele te ama desde que a gente é criança. Tsumu nunca olhou pra outra pessoa que não fosse você, nunca imaginou a vida com outra que não você. - Osamu disse e Akasuki apenas o olhou. -Ter uma família com você é tudo que ele sempre quis. Não tem motivos pra Tsumu não ficar feliz com isso. Na verdade é até provável que ele desmaie com a notícia.
Akasuki riu, porque ela podia ver isso claramente. E as palavras de Osamu foram o suficiente para acalmar todo aquele surto que tinha tomado conta dela, acalmar o coração de Akasuki.
Ele estava certo; Atsumu amava Akasuki, ela sempre soube disso. Ele sempre fazia questão de mostrar para ela, todos os malditos dias, o quanto a amava. E Akasuki sabia que ele também amaria os filhos deles.
-Isso parece surreal, não é, MayMay?- Akasuki disse quando Osamu se afastou, levando a mão até a barriga ainda lisa e sorrindo de leve. Mayumi riu.
-Sim. - Mayumi disse com uma risada feliz. -Eu sempre soube que ia acabar assim. Sempre soube que o seu discurso de "ele é um merdinha, nossa, como eu o odeio!" era na verdade amor.
Akasuki revirou os olhos, erguendo o dedo do meio para Mayumi, que apenas deu risada da cara de sua melhor amiga. Akasuki suspirou, fitando com carinho aquela imagem do ultrassom que tinha feito mais cedo, terminando de ficar chocada com aquela revelação.
-Como conto isso pra Tsumu, pra começo de conversa?- Akasuki perguntou, torcendo o nariz. Mayumi abriu um sorriso.
-Eu tenho algumas ideias.
-Ei. Você demorou. - Atsumu disse assim que Akasuki entrou em casa. Ele estava claramente a esperando, o que apenas fez Akasuki sorrir um pouco mais. -Está tudo bem, Suki?
Atsumu foi até ela, levando a mão até o rosto de Akasuki, afastando alguns fios ruivos que tinham caído nos olhos de Akasuki. Ela apenas levou a mão até a de Atsumu, mantendo a palma dele contra sua bochecha.
-Sim, tudo bem. Estava com MayMay e Samu. Depois Suna apareceu e meio que eu não vi o tempo passar, desculpa. - ela disse e Atsumu fez um biquinho para ela.
-Eu sou sempre o esquecido, humilhado, dessa família. Uma grande injustiça!- Atsumu disse e Akasuki revirou os olhos, o empurrando de leve.
-Para com isso, idiota.- ela riu e, então, estendeu para ele a sacola em suas mãos. -Pelo menos trouxe algo pra você.
-É comida? Porque eu tô morrendo de fome.- ele disse e Akasuki riu, segurando a mão de Atsumu e o puxando para que fossem até o quarto.
-Não, não é comida. - ela disse, se sentando na cama deles junto de Atsumu. Ele apenas arqueou a sobrancelha para ela, fitando a sacola como se pudesse adivinhar o que tinha lá dentro. Akasuki sorriu com divertimento.
-O que é, então?- ele perguntou e ela esticou o pé para cutucar a coxa de Atsumu.
-Abra e você vai descobrir. - ela disse dando de ombros.
Atsumu tirou uma das duas caixinhas ali dentro e fitou Akasuki com desconfiança antes de retirar o laço dourado e abrir a tampa. Por um instante, ele apenas fitou o que tinha lá dentro antes de lentamente tirar o par de meias pequenas brancas que tinha ali. Atsumu olhou para Akasuki, depois para aqueles meiazinhas de lã, e de novo para Akasuki.
Ela o viu piscar os olhos e também viu as lágrimas que surgiram ali quando ele a fitou mais uma vez.
-Suki, você...- ele começou e ela riu, antes de assentir.
Akasuki sequer teve chances de dizer alguma coisa antes que Atsumu a derrubasse contra o colchão e a apertasse com força em seus braços, a fazendo soltar uma risada alta.
Porque eu sequer senti medo? Ela se questionou enquanto devolvia o aperto de Atsumu.
Ele se afastou para a olhar, e Akasuki nunca pensou que pudesse ver algo mais lindo do que Atsumu naquele momento, com os olhos brilhando de pura felicidade.
-A gente vai ter um filho?!- ele disse, como se sequer pudesse acreditar nisso. Akasuki sorriu.
-Bom, acho que você deveria abrir a outra caixa também, Tsumu. - ela disse e ele se esticou para pegar a sacola.
Atsumu piscou os olhos, confuso, quando fitou outro par de meiazinhas brancas, e olhou Akasuki com as sobrancelhas franzidas.
-Porque tem dois?!- ele disse e ela arqueou a sobrancelha para ele, como se Atsumu fosse um grande idiota.
-Jura que nem faz ideia, Tsumu? - ela provocou e ele piscou os olhos.
-Não acha que é cedo demais pra comprar meias demais? - Atsumu disse e Akasuki suspirou.
-Atsumu, para de ser burro!- ela disse, tirando do bolso a foto do ultrassom e mostrando para ela.
O rosto de Atsumu se iluminou mais uma vez enquanto ele fitava aquela foto, mas, no fim das contas, ele era mesmo irmão gêmeo de Osamu. Sequer se deu conta do que Akasuki estava tentando dizer.
-Tsumu. Amor da minha vida todinha. Razão do meu viver. Não tá enxergando direito?!- ela disse e ele franziu o cenho.
-Tô vendo a primeira foto do nosso filho. - ele disse cheio de orgulho e felicidade e Akasuki sorriu. Tão idiota.
-Filhos, Atsumu. Filhos. São dois. São gêmeos. - ela disse casualmente.
Atsumu piscou os olhos. Uma vez. Duas. Três. E, então, olhou para o ultrassom e para as meiaszinhas deixadas na cama. Atsumu arregalou tanto os olhos que Akasuki achou que fossem saltar pra fora e, sem mais ou menos, simplesmente desmaiou.
-Ai meu Deus! Eu não acredito nisso. Maldito Osamu!- Akasuki gritou, balançando Atsumu. Ele sequer se mexeu, sequer abriu os olhos. Akasuki o observou por um tempo, completamente e totalmente perplexa com aquela reação dele. -Atsumu! Esse não é o momento de morrer!
Akasuki pegou o seu celular, furiosa, antes de o enfiar na cara de Atsumu e tirar uma foto.
|Akasuki (22h34)
Ele desmaiou
Puta que pariu!
Ele literalmente morreu
Eu não tô acreditando numa
merda dessas não
|Kita (22h35)
Primeiramente
Seu marido desmaia
e sua reação é tirar
uma foto?!
Segundo
Porque ele
desmaiou?
|Osamu (22h35)
Hahaha eu sabia
que ele ia desmaiar
Imagina então quando
for o parto
Você tá fodida, Suki :)
|Suna (22h35)
Nossa, mas que
idiota KKKK
|Aran (22h36)
Pobre Akasuki, eu
tenho pena de você :')
|Mayumi (22h37)
Pena mesmo, agora
ela vai ter três crianças
pra cuidar, boa sorte miga
|Kita (22h37)
Como assim?
Akasuki, você tá
grávida????
|Atsumu (22h40)
Para aqueles que se
preocuparam com meu
estado de saúde,
estou muito bem,
obrigado!
E, sim, eu vou ser pai!!!!
|Osamu (22h41)
Tsumu, ninguém
liga pro seu
estado de saúde :)
|Suna (22h42)
Que idiota, desmaiou só
porque são dois? KKKK
Vai pagar tudo o que fez
sua mãe sofrer com
você e com o Osamu
|Akasuki (22h43)
E eu que me foda né
:')
-Você é um idiota, Atsumu. - Akasuki resmungou quando ele enfim se recuperou do choque da notícia e ele riu, deitando a cabeça contra a barriga dela e acariciando de leve.
-Que droga, Suki, tô tão feliz. - ele disse de um jeito que a fez sorrir, afundando os dedos no cabelo dourado de Atsumu.
-Eu também, Tsumu. - ela disse e ele se levantou para poder grudar a boca na de Akasuki, a beijando com amor e carinho.
-Eu amo você. - Atsumu disse, a apertando em seus braços. Akasuki sorriu, deitando a cabeça no peito dele.
-Eu também te amo.
E não importava se fossem ter um filho, dois, três, quantos fossem. Akasuki amaria cada um deles. Porque eram parte dela e de Atsumu. E o resultado do amor deles.
PARTE BÔNUS
Ter levado duas crianças enérgicas de um ano e meio para ver o jogo do pai delas, no meio das Olimpíadas, talvez não tivesse sido a melhor ideia que Akasuki já teve. Ela certamente deveria ter escutado os conselhos de Osamu e Kita e deixado os gêmeos Yuna e Taichi com eles. Mas Akasuki pensou que não teria nenhum problema em levar eles para verem o pai jogar vôlei. Mas agora, Akasuki estava quase arrancando os cabelos e bem perto de chutar Atsumu por estar rindo de toda a situação.
-Espero que percam de novo para Argentina. - Akasuki disse com irritação e Atsumu a olhou com incredulidade. -O levantador deles é bem bonitinho. Fiquei sabendo que ele era de Miyagi.
-Porque você é assim comigo?!- Atsumu disse com um biquinho e Akasuki riu, ainda mais quando Yuna se agarrou ao pescoço de Atsumu, não querendo deixar que ele fosse para quadra.
-Vamos, Yu, seu pai precisa ir jogar. - Akasuki disse, pegando a garota de cabelos castanhos e olhos verdes em seu colo, segurando a mãozinha de Taichi, que observava atentamente toda a movimentação com seus olhos castanhos. Atsumu se agachou apenas para bagunçar os cabelos ruivos de Taichi e beijar a bochecha dele.
-Se nós perdemos, se prepare pra me aguentar. - Atsumu disse e Akasuki riu.
-Perdendo ou ganhando, tenho uma surpresa pra você depois. - ela disse com um sorrisinho e Atsumu deu um sorriso malicioso para ela que fez Akasuki revirar os olhos. Ele riu, se inclinando para a beijar de leve.
-Você é mesmo doida de trazer duas crianças pra um lugar desses. - Iwaizumi disse, arqueando a sobrancelha para Akasuki. -Vamos logo, Miya. O jogo vai começar.
-Ai, credo, não precisa me olhar assim. - Atsumu disse torcendo o nariz.
-A Emi veio?- Akasuki perguntou para Iwa e ele apenas sorriu, o que já dizia tudo. Akasuki riu. -E quando vocês vão ter filhos, hein?
Atsumu caiu na gargalhada pela careta que Iwaizumi fez, e recebeu um olhar mortal em resposta.
-Eu acho que vou indo. - Akasuki cantarolou, apertando a mãozinha fofa de Taichi antes de o puxar para seu braço livre e ir em busca de Emi.
Apesar de toda a multidão de pessoas, não foi difícil achar Emi. Akasuki a conhecia bem o suficiente para saber que Emi estaria longe dos mais fanáticos por vôlei, mas ainda perto o suficiente para poder enxergar o jogo.
-Ah! Akasuki!- Emi disse de forma animada, acenando na direção da ruiva. Mas o que chamou a atenção de Akasuki foi a criança que não devia ter mais que dois anos sentada no colo de Emi.
Era uma garotinha adorável, de cabelos e olhos castanhos. Apenas de olhar Akasuki já podia dizer que era o tipo de criança que não fazia absolutamente nada de errado. Akasuki sabia distinguir muito bem, já que tinha Yuna e Taichi em sua vida para a ensinar alguns sinais.
-Trouxe eles pra verem o pai perder pra Argentina?- Emi disse com um sorriso zombateiro e Akasuki riu, tentando manter Yuna quieta em seu colo enquanto Taichi se agarrava ao pescoço de Akasuki.
-Está torcendo contra o time que seu próprio marido treinou, Emi? Que absurdo. - Akasuki zombou e Emi deu risada. -Mas realmente, nosso time agora está cheio de pessoas talentosas. Dessa vez temos chances contra Argentina.
-Vocês não tem Tooru Oikawa. As chances de vocês são bem baixas. - uma voz disse com divertimento, fazendo Akasuki franzir o cenho. A ruiva se virou, apenas para ver uma mulher se aproximando e se sentando do lado vago de Emi, e a garotinha no colo de Emi pulou rapidamente para o colo da mulher, que riu.
Era uma mulher bonita, uma beleza natural que poucas pessoas possuíam. E o que a deixava ainda mais bonita era o fato que ela sequer se dava conta disso, Akasuki percebeu.
-Ai, desculpa, mas é que preciso puxar a corda para meu lado, né? - a mulher disse com uma risada, abrindo um sorriso simpático para Akasuki. -Sou Asami Oikawa.
-Akasuki Miya. - a ruiva respondeu, retribuindo o sorriso.
-Ah! Você é casada com o levantador do Japão?- ela perguntou e Akasuki assentiu com um suspiro dramático que fez a mulher rir.
-Que irônico. - Emi disse, estalando a língua, chamando a atenção das dua. -Vocês duas são casadas com levantadores narcisistas e egocêntricos.
Akasuki deu risada enquanto Asami torcia o nariz para a mulher ao seu lado.
-Essa aqui é minha melhor amiga. - Emi disse a Akasuki, apontando para Asami. -Ela me trocou por homem e foi morar na Argentina quando terminamos o ensino médio, acredita nisso?
-Eu só não vou falar o que penso porque Bella está prestando atenção demais no que eu digo. - a mulher retrucou e, de fato, a criança em seus braços escutava atenta cada palavra que ela dizia.
-Bem, ela é sua filha com o Shittykawa. Ela é tão inteligente que deveria ser considerado um crime. - Emi retrucou, o que apenas serviu para fazer Asami sorrir.
-Meu Deus, nem mesmo as cortadas de Hinata estão ajudando muito hoje. - Akasuki disse, torcendo o nariz vendo o como estavam tomando uma surra para Argentina.
-Ah, eu odeio quando Shoyo e Tooru jogam um contra o outro. - Asami disse, o que fez Akasuki se virar para a olhar.
-Conhece o Hinata?- Akasuki perguntou com curiosidade e a mulher abriu um sorriso que indicava que, sim, ela o conhecia, bem até demais.
-Ele é meu melhor amigo. - Asami respondeu.
-Sabe, você é uma pessoa legal demais pra ser melhor amiga da Emi. - Akasuki disse com divertimento o que fez Emi arfar indignada e Asami dar risada.
-Eu que deveria dizer isso pra Mayumi, se quer saber!- Emi retrucou e Akasuki apenas sorriu. -Akasuki, você tá grávida de novo?
Akasuki torceu o nariz para Emi, agarrando Yuna quando ela tentou pular de seu colo após ver Atsumu aparecendo no telão.
-Pois é. Um caos, não é? Descobri hoje de manhã. Espero que Atsumu não desmaie mais uma vez quando descobrir. - Akasuki disse com um suspiro e Emi caiu na gargalhada.
-Deus, como Atsumu é patético. - Emi riu. -Mas pelo menos ele desmaiou porque eram dois.
-Oikawa passou mal quando soube que íamos ter a Bella. - Asami comentou com uma risada. -Ele disse algo tipo "como vou me comunicar com nossa filha se meu espanhol é uma porcaria?", achando que só por nascer na Argentina, Bella não ia saber falar japonês.
-Porque homens são tão idiotas?- Emi disse, torcendo o nariz.
-Pelo menos você não casou com um idiota, Emi. Reflita sobre isso. - Akasuki disse e Emi deu risada, incapaz de negar.
No final das contas, eles perderam mais uma vez para Argentina, e Emi não poupou comentários maldosos sobre a derrota e, mesmo que seu país tivesse perdido, seu marido tivesse perdido, era impossível para Akasuki não dar risada dos comentários ácidos de Emi e de Asami censurando a melhor amiga. No fim das contas, Akasuki sabia muito bem porque gostava tanto de Emi: elas eram muito, muito parecidas.
-Agora vou ter que aguentar choro de homem perdedor. - Akasuki suspirou e Emi riu.
-Ah, isso porque você não conhece o Oikawa. - Emi disse. -Eu tenho pena do Iwa que vai ter que escutar sobre isso para o resto das nossas vidas.
-Os jantares familiares nunca mais vão ser os mesmos. - Asami zombou com um sorriso.
Akasuki se despediu das duas mulheres e da pequena Bella Oikawa antes de procurar por Atsumu, o derrotado.
Não foi difícil de achar ele, completamente emburrado, claramente ignorando o que quer que fosse que Aran estava dizendo para ele naquele momento. Mas foi só escutar Yuna gritando um "papai" que a expressão de derrota no rosto de Atsumu evaporou e um imenso sorriso cresceu nos lábios dele enquanto se abaixava para pegar ela em seus braços. Yuna se agarrou ao pescoço de Atsumu, como se para o consolar pelo jogo perdido.
-Yuna viu o jogo todinho. - Akasuki comentou, deitando a cabeça contra o ombro de Atsumu e ele a fitou por um segundo antes de olhar para a filha deles e sorrir. -Será que vou ter mais um problema vindo aí? Uma filha viciada em vôlei igual o pai?
-Deus, eu te imploro. - Atsumu disse e Akasuki bateu o ombro contra o dele de leve.
-Já Taichi dormiu o tempo todo. E ainda permanece dormindo. Graças a Deus ele é parecido comigo, se ele fosse enérgico como você e Yuna, eu já teria ficado louca. - Akasuki disse e Atsumu riu, passando o braço livre ao redor dos ombros de Akasuki e a abraçando contra si.
-Acho que vou precisar do presente de consolação agora. - Atsumu disse fazendo um biquinho e Akasuki deu um sorrisinho para ele.
-Você quer que eu enrole ou seja direta? - ela cantarolou e Atsumu franziu o cenho.
-Direta?- ele disse, meio duvidoso. Akasuki riu.
-Bom, você perdeu o jogo, mas ganhou mais um filho, parabéns!- Akasuki disse e Atsumu piscou os olhos. Uma vez. Duas. Três. -Sem desmaiar, Tsumu!
-Eu te amo muito. - Atsumu disse, pegando Akasuki de surpresa. Ela apenas riu, e riu mais ainda quando ele beijou a boca dela, a bochecha, o pescoço.
Atsumu abraçou Akasuki, abraçou Yuna e Taichi, a família deles. E ali, com as pessoas mais importantes de sua vida, Akasuki percebeu que não precisava de mais nada. E que, graças a Atsumu Miya, ela não era mais vazia por dentro como costumava ser no ensino médio. E nunca mais seria.
Data: 20/02/22
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