Capítulo 1
Olá amores e amoras, espero que gostem do capítulo. Por favor, não esqueçam de deixar o voto e comentar o que estão achando.
BOA LEITURA!!!
Lauren POV
24 horas antes da soltura
As paredes da cela continuavam com infiltrações e o mesmo cheiro de mofo horrendo. Cheiro o qual eu já havia me acostumado com a presença durante doze anos. Na cela havia um pequeno banheiro, se é que poderíamos nomear aquilo de banheiro. Duas beliches, onde uma, a cama de baixo estava vazia a bastante tempo. Uma estante feita de tijolos e pintada de cinza como todas as outras partes.
O que realmente mais me incomodava eram as luzes fracas que quase não existiam mais, me fazendo ter que forçar as vistas para ver quem estava chegando. Tudo aqui cedo a me fazendo ter ânsia de vômito.
Flashback On – Doze anos atrás
– Senhorita Lauren, o que realmente levou a realizar tal coisa? – a juíza pergunta.
– Mesmo que lhe contasse, nunca acreditaria.
– Vamos senhorita Jauregui, estou esperando.
– Acha certo faturar com o corpo da própria filha? – ríspida, pergunto a olhando friamente. Pelo olhar que me devolveu ela tinha filhos – foi o que eu pensei.
Sim, eu matei Marta e Júlio Jauregui.
A pior parte da minha sentença não foi ter sido presa, e sim ter tido todos os mesmos pesadelos durante doze anos.
Minhas companheiras de cela, Aisha e Lucy me ajudaram. Aisha era árabe e cismava em me chamar de "Lurin", e o apelido pegou pelas detentas. Lucy era americana, e assim como eu obtinha descendência cubana.
Apesar de ser conhecida como Lurin, minha maior fama era a morte de Isla, detenta que eu fiz o favor ao mundo de eliminar. Isla praticava a pedofilia antes de ser presa, e chegou a atacar algumas meninas antes da minha entrada em Bang Kwang, na Tailândia. Mais conhecida como hotel Hilton.
Assim que a matei fui castigada durante um ano todo. Eram seções de jato d'água por cerca de meia hora por dia, cadeira elétrica e pressões sonoras.
– Não entendo como conseguiu aguentar todos os castigos. Eu já teria matado todos – Lucy diz brava e Aisha concorda a olhando com cara feia por ela ter comentado sobre morte.
– Coisas do ofício – pisco.
– Você é tão seca, Lurin. Calculista e especialista, mas conosco você se mostra apenas uma garota com sentimentos. – diz Aisha com seu sotaque árabe. Em todos esses anos, ela fazia papel de mãe para nós.
Sendo quinze anos mais velha, Aisha foi presa injustamente acusada de estrupo coletivo seguido por morte. Mesmo tendo sete anos na prisão, seu sorriso permanecia no rosto. Gostaria de fazer algo por ela, e talvez daqui a onze anos eu consiga. Sei muito pouco sobre ela. Seus filhos foram mortos ainda crianças, seu marido esquartejado e, tudo culpa de um cubano filho da puta e sua turma. Aisha infelizmente estava no local é foi incriminada já que os suspeitos fugiram. O caso na época repercutiu mundialmente, e já que não haviam pego o bando todo, resolveram por a culpa em Aisha por chefiar esse massacre.
A listagem de Lucy era gigantesca, sua cara de moça de família enganava a muitos. Seu coração e mente eram perversos, assim como o meu. Por essa razão nos aproximamos.
POV Camila
Todos nós temos sonhos, os quais desejamos e lutamos para realizar. Desde muito nova eu lutava pelos meus. Aos quatro anos comecei a cantar nas festas de família e as pessoas começaram a apreciar e a dizer algo sobre "talento a ser lapidado", coisa que na época eu não entendia muito bem. Aos oito anos, depois de importunar muito minha mãe por um verão inteiro, ela tinha finalmente deixado eu tentar me apresentar em casas de show e nas ruas. Mas sempre acompanhada pela presença de papai e apenas quando ele não estava no serviço. Eu fazia por amor, mais além de tudo, fazia para ter um extra para meus pais. Eu chorava para poder me apresentar em tais lugares e com muita insistência pelo telefone, os donos me davam a oportunidade e de ganhar alguns dólares. Desde muito cedo eu aprendi a valorizar não só o meu potencial, mas usá-lo para benefício próprio. O único que trabalhava em casa era papai, já mamãe ficava comigo assim que eu saia da escola. Posso dizer que as coisas nunca foram fácies para nós, mas eu fiz uma promessa em 5 de dezembro.
– Mamãe – seguro sua mão enquanto andamos pelas ruas de Berlim cheias de neve.
– Sim, minha querida – ela sorri.
– Eu prometo que um dia você vai me ver cantando para um monte de pessoas e vai ficar muito orgulhosa de mim.
– Irei sim, Camila. Serei a primeira na fila assim como seu pai. – ela abaixa – Escute minha pequena princesa, você irá encantar tantas pessoas. Sempre confie na voz do seu interior. Ela te guiará e eu sempre estarei contigo. – me dá um longo beijo na bochecha, levanta e continuamos a andar.
O tempo é tão cruel conosco, cinco amos depois ela morreu de câncer no cérebro. Era tarde e se alastrou. Se eu soubesse teria aproveitado mais o tempo que eu tinha com ela.
Minha mãe foi uma guerreira em todos os sentidos. Imigrante brasileira, mamãe foi parar nos Estados Unidos com uma proposta de emprego que qualquer garota sonharia; ser uma futura modelo, porém nada passou de mentira. Sete meses depois ela foi para Cuba onde conseguiu uma oferta em uma loja de departamento e conheceu meu pai. Eles viviam bem, até que inesperadamente mamãe soube que estava grávida e com uma promoção no trabalho, papai foi para Berlim, Alemanha. Levando minha mãe sete meses depois.
Embarcando neste avião indo para Las Vegas, e tendo lembranças de tantos momentos bons na minha infância, tenho certeza de que estou no caminho certo. Estou indo atrás de um sonho antigo que deixei no fundo do baú após a morte de papai. Mas agora eu tinha que cuidar de mim mesma e do meu futuro.
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