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Você tem poderes


''Eu tenho pensado,
foi tudo uma cena diferente na minha cabeça?
Ooh...você tem poderes,

você instruiu todos os demônios pessoalmente,

Mmm...''

A praça de alimentação nunca pareceu tão hostil e tão lasciva ao mesmo tempo.

De um lado da mesa feita para ocupar duas pessoas, Daniela mexia no celular freneticamente, tentando disfarçar o nervosismo presente em cada neurônio do seu corpo. Do outro, Tiago a encarava de soslaio, os olhos fumegantes na jovem que ainda estava acuada perante sua presença. Isso o deixava irritado, mas de certa forma, entendia o porquê da arredia.

Era o quinto encontro dos dois, em menos de cinco meses. Se encontraram na pinacoteca três semanas atrás, pelo fato de o goleiro ter de vir para São Paulo para uma festa de um amigo seu. Agora, era por conta do segundo confronto entre São Paulo e Figueirense pelo brasileirão de 2014.

Daniela não permitiu uma chegada mais audaciosa do jogador no encontro anterior e parecia seguir o mesmo propósito desse. Trabalhando agora na loja do amigo de Volpi, estava mais tranquila perante aos seus problemas pessoais, estava passando no terapeuta, praticando yoga e fazendo bicos de fotografia, deixando uma linha tênue entre o equilíbrio e o descontrole, que andavam lado a lado dela. Tiago por sua vez, vivia seu momento de glória. Havia recebido uma proposta de ir jogar fora do país, já estava tudo acertado, só esperava o final do campeonato para poder começar sua nova jornada. Estava muito feliz e queria compartilhar o momento com a jovem em primeira mão, porém ainda mantinha o silêncio orgulhoso.

O lanche chegou na mesa e só assim os dois saíram do celular. Daniela estava menos magra, seu cabelo estava crescendo e suas olheiras haviam diminuído por conta de seu esforço de melhorar sua expectativa de vida. Tiago cada vez mais apontado como um galã incontestável, não sabia explicar o porquê de estar tão fissurado na jovem que de certa forma, não se aplicava nos seus padrões.

Talvez era isso, a diversidade. A diferença tão gritante havia despertado o interesse mútuo, mesmo que os dois não lidassem com isso.

— Tenho uma notícia para você. — Tiago quebrou o silêncio, chamando a atenção da jovem que assentiu, enquanto bebia seu chopp. — Estou indo embora assim que acabar o brasileirão.

— Para aonde? — Perguntou baixo, enquanto tentava manter os olhos no do goleiro, os olhos mais hipnóticos que já tinha visto.

— México. Querétaro fechou contrato comigo, durante quatro anos.

— Está pronto para isso?

— Sempre estive. — Falou audacioso, antes de abocanhar seu lanche. Daniela sentiu uma pontada estranha no peito, um princípio do que seria a saudade, pois apesar de sequer ter deixado Tiago avançar, se sentia bem, confortável ao seu lado. Apesar de se encontrarem apenas três vezes pessoalmente, a conversa era cotidiana nas redes sociais. Ela não queria que acabasse, mesmo sabendo que seria a melhor opção.

Daniela era totalmente caloura no quesito estar com alguém. Só havia ficado com três pessoas, mantido relações sexuais com uma e nunca havia tido qualquer relacionamento concreto que durasse mais de dois meses. Seu contato com Volpi havia passado disso e ela estava se sentindo extremamente perdida. Ao contrário do goleiro, sua vida amorosa era bem monótona.

Tiago Volpi, porém, vivia na extremidade. Era quieto, mas sempre estava com alguém. Não era de ir em baladas, mas não precisava fazer muito esforço para ter uma garota ao seu lado, por chamar a atenção. Inclusive estava com uma garota gaúcha em Figueira, mas sabia que não passaria do bom e passageiro sexo.

E foi nesses pensamentos tão diferentes, que Daniela pigarreou, tentando passar alguma concretização de seu orgulho pelo goleiro.

— Estou orgulhosa de você, Volpi.

O catarinense sorriu vitorioso mais uma vez. Amava o sorriso da estudante, ainda mais que era tão difícil de arrancar. Ao ver o gesto, não hesitou e pegou na mão da jovem, que estava em cima da mesa. Ela por choque, não recuou.

— Não sabe o quanto é bom ouvir isso de você, Dani.

Oh, ela estava afundando. Ele realmente era bom.

Interessante e perigoso, como uma faísca reagindo.

Daniela deixou a mão macia do goleiro segurar a sua por um tempo, seus dedos passearem pelos seus. Sorriu mostrando suas bochechas rosadas e se sentiu quente ao ver que o goleiro por ser também muito alvo, apresentar a mesma cor no rosto.

— Você sabe me deixar sem palavras.

E o encontro continuou quieto após o comentário. Ambos comeram e finalizaram o lanche, saindo da praça de alimentação em seguida. Porém disposto a mudar a situação, Tiago colocou seus óculos escuros e saiu na frente de Daniela, parando exatamente na sua frente, deixando a jovem estática.

— Não sei se consigo voltar para cá antes de partir. Quero fazer desse encontro o nosso melhor, Dani. Eu só queria que você deixasse eu fazer isso.

O goleiro passou a mão pelos cabelos ralos da jovem, que já estavam começando a enrolar. A estudante, inebriada demais para dizer alguma coisa que poderia deter o ato, fechou os olhos, sentindo seu corpo ganhar vida quando o goleiro tocou seus lábios com os seus, iniciando sua morte dolorida, em forma de um beijo desesperado e sedento.

A jovem agradeceu por não ser tão baixa, pois mal mantinha seus pés no chão, enquanto Volpi a tomava para si em meio as pessoas que circulavam pelo local. Puxava o goleiro mais para si com certa força, enquanto sentia as mãos grandes tatearem suas costas, arrepiadas com cada toque exercido ali.

Estava tudo ficando intenso demais, bom demais.

Perigoso demais.

Quando finalmente pausaram para respirar, os dois riram pois sentiram o quanto aquilo estava sufocando ambos, principalmente Tiago, que não aguentava mais aquela barreira que não o deixava a tocar. Daniela ainda estava em choque, mal acreditava que estava saindo com alguém famoso, que poderia ficar ainda mais com sua saída para o futebol estrangeiro. Ela tinha medo de se machucar, mas Volpi havia conseguido ganhar a batalha, fazendo-a parar de deter sua aproximação, satisfazendo sua vontade de ser tocada pelas suas mãos tão bonitas e aparentemente ágeis do goleiro.

Ele realmente era bom.

— Desculpe, acho que fui com muita sede ao pote. — Falou divertido, rindo à toa, enquanto olhava para os lados.

— Do tempo que estou te enrolando, não poderia ser de outra forma.

— Então quer dizer que você estava fazendo isso de propósito?

Daniela riu. Talvez sim, era de propósito, como se ela já previsse o que viria a seguir.

Mas não tinha feito por maldade, apenas por precaução, pois ela sabia que se desse brecha logo na primeira vez que se viram, ele não perderia a chance.

"Homens" pensou. "Tão péssimos e tão difíceis de se resistir."

— Interprete como quiser, Volpi.

— Você é um enigma, Daniela. Um enigma difícil de se desvendar.

— Acha que não é capaz de resolver?

— Tem sorte que eu não sou de desistir fácil.

Talvez azar.

— Talvez. — Finalizou, agora sentindo sua garganta arranhar conforme os olhos do mais velho percorrendo ao longo de seu corpo. O beijo tinha sido o estopim e ela estava disposta a se afundar mais no processo.

— Eu queria te fazer uma proposta, mas sei que será difícil de aceitar.

— Passar a noite com você? Nem pensar, eu sei que você pensou nisso.

Daniela logo respondeu, murchando o sorriso faceiro do mais velho.

— Passar a noite. Apenas isso.

— Não posso passar a noite fora. Minha mãe me mata!

E foi assim que Volpi viu que o interesse era recíproco. Ela queria, só não podia.

— Ainda são seis da tarde. Podemos andar por aí, o hotel que estou hospedado é aqui perto. Antes das dez você estará dentro de um táxi pronta para ir para casa. Te dou minha palavra.

Daniela piscou atônita, ela realmente não desistia fácil.

Enquanto os segundos rolavam, ela passou a observar o goleiro. Alto, loiro, olhos azuis, musculoso. Um estereótipo que ela sempre negou em se envolver, mas agora se via presa em suas próprias teias. Ela tinha o poder em suas mãos até o beijo, o qual a desestruturou por inteira, deixando a sedenta por mais, mesmo que seu rosto mostrasse algo diferente.

Se perguntava o porquê dele querer ela. Mas a mesmo tempo, se criticava por pensar demais. Claramente se fosse outra pessoa, as coisas já teriam se adiantado.

Pensar, ela já pensava muito. Estava na hora de quebrar seus próprios paradigmas.

— Tudo bem, eu te dou a minha também.

Ele realmente tinha os poderes em suas mãos. E faria disso uma gloriosa vantagem.

"E o caminho onde estavam nunca pareceu tão hostil e lascivo ao mesmo tempo."

Posso dizer nada porque se esse indivíduo me pede um negócio desses eu não hesitaria em dizer SIM.

XOXO

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