Capítulo 2
Voltei!!
Gente eu já estava com esse capítulo meio pronto, eu terminei ele e não postei porque eu tava iniciando o capítulo 3 e não gosto de postar um capítulo sem ter outro quase pronto, mas aqui estou eu postando sem o outro ta nem na metade, isso pq vcs comentaram bastante e votaram tbm! Isso me deixou muito feliz, então vcs merecem sim. Obgda plos votos e comentários de todos!
Estou com uma pequena dificuldade pra escrever essa estória não sei pq, ela tava toda arrumadinha em minha cabeça e agr eu to bem perdida, mas eu prometo que vou me esforçar pra escrever e não desistir dela.
Enfim, chega de falar aqui, falei pra caralho kkkkkk.
Boa leitura!
Qualquer erro avisem.
Depois de toda uma burocracia na recepção, Brunna conseguiu a permissão para subir até o andar da presidência, o último no caso.
Brunna apertava sua bolsa tentando se acalmar, se sentia extremamente nervosa, o peito se consumia em uma pequena ansiedade, apenas conseguia pensar se sairia bem. Tinha medo que errasse algo e acabasse perdendo a vaga. Não poderia perder, precisava muito do dinheiro, seria perfeito para realizar seu sonho de ter seu próprio apartamento e quem sabe um tempo depois ela terminar sua faculdade. Rezava para que tudo desse certo.
O elevador demorou um bom tempo para chegar até o último andar, já que parou várias vezes nos outros andares para algumas pessoas. Ao chegar ela andou pelo lugar que parecia ser menos barulhento e movimentado que os outros. Foi até uma das mesas que haviam ali, onde uma mulher digitava algo em seu computador. Assim que percebeu sua aproximação a mulher parou oque fazia e lhe olhou.
- Bom dia, com licença. Desculpa lhe atrapalhar, mas você poderia me informar onde fica a sala da presidente, por favor? - perguntou tentando ser o mais educada possível.
A mulher a sua frente tinha a pele clara, rosto fino, cabelos castanhos, mas com algumas mechas claras de provável luzes, presos em um perfeito coque, nariz arrebitado e lábios levemente carnudos pintados de um tom suave de vermelho, esses que se esticaram e em um sorriso gentil e educado para Brunna.
- Claro que sim. Você deve ser a nova secretária, certo? - Brunna assentiu. - Então, você pode seguir em frente e virar direita, no final do corredor vai ter uma porta e antes dela uma mesa, lá você vai encontrar um rapaz que estará te esperando.
Brunna sorriu agradecida.
- Okay, muito obrigada. Tenha um bom dia de trabalho... - deixou a frase no ar.
- Larissa.
- Sou Brunna. - estendeu a mão e a mulher apertou em comprimento. - Tenha um ótimo dia, Larissa.
- Obrigada, Brunna. Você também.
Brunna se virou e continuou seu caminho, seguindo as instruções de Larissa. Ao decorrer sentiu vários olhares curiosos sobre ela e isso a fez sentir um pouco envergonhada por toda a atenção sobre si.
Dobrando o corredor, avistou logo um homem sentado em uma cadeira atrás de uma mesa, mexendo em seu celular. Se aproximou e o som dos seus saltos chamou imediatamente a atenção dele. Ele se levantou ligeiramente e se pôs a arrumar seu terno executivo, com paletó na cor preta e blusa social branca por baixo e uma gravata azul escuro, saindo de trás da mesa e indo até Brunna. Ela já o conhecia, era Renato, o mesmo que havia a entrevistado.
- Bom dia. Srt. Gonçalves, bom vê-la novamente. - estendeu a mão para a mulher com um sorriso gentil.
- Bom dia. Igualmente, Sr. Smith. - devolveu o sorriso.
- Pronta para seu primeiro dia?
- Um pouco nervosa, mas tenho fé que vai dar tudo certo. - mordeu o lábio, provando seu nervosismo. O homem riu levemente.
- Não se preocupe, vai dar sim. - tentou tranquiliza-lá. - Bom, antes de entrarmos para que conheça sua nova chefe, irei te passar algumas instruções e te mostrar sua mesa - apontou para o móvel - Que é onde trabalhará a partir de hoje, okay? - Brunna assentiu. - Vamos lá então.
Ele iniciou toda a explicação para Brunna que ouvia tudo atentamente. Percebeu que seus dias seriam mais movimentados do que imaginava, mas que valeriam muito bem pelo salário que receberia.
Depois de longos minutos, Renato encerrou a explicação e pediu para que pegasse a sua agenda e seguisse para que pudessem ir até a sala da presidente da empresa. A loira o fez e logo caminhavam para o final do corredor onde havia uma grande porta de madeira. Ao chegarem o homem deu leves batidas e a resposta mandando entrar foi ouvida logo em seguida. Ele abriu a porta e colocou metade do corpo para dentro.
- A secretária chegou. - avisou para a mulher sentada atrás da mesa ao fundo.
Ludmilla ao ouvir o aviso, tirou seus óculos de leitura e deixou os contratos que analisava de lado.
- Mande-a entrar. - pediu.
Renato entrou na sala e abriu mais a porta dando passagem para Brunna, a mesma entrou tentando manter uma postura firme e confiante, mas não muito exagerada, tentando não transparecer muito seu nervosismo. Os olhos de Ludmilla se encantaram imediatamente ao caírem sobre a mulher a sua frente. Analisou todo seu rosto dela, em um semblante sério, mas ao mesmo tempo tranquilo, e se perdeu um pouco no corpo que estava incrível naquela roupa. Não duvidava que fosse a mulher mais linda que já havia visto. Logo tentou disfarçar os olhares que dava para a mulher para que ela não se sentisse desconfortável.
Renato fechou a porta e pediu para que Brunna se aproximasse mais da mesa da presidente.
- Srt. Oliveira, essa é Brunna Gonçalves a sua nova secretária. Srt. Gonçalves, essa é Ludmilla Oliveira, presidente da empresa e sua nova chefe. - Renato apresentou e Ludmilla sorriu para a mulher que retribuiu.
Que sorriso era aquele?! Ludmilla não estava aguentado com tanta beleza transbordando em apenas uma mulher.
- Bem-vinda, Srt. Gonçalves, é um prazer conhecê-la.
- Igualmente, Srt. Oliveira.
- Eu vou indo, então. Boa sorte em seu primeiro dia Brunna. - desejou para a mulher que lhe sorriu de lado em agradecimento. - Com licença.
Ele acenou com a cabeça para Ludmilla e saiu.
- Sente-se, Srt. Gonçalves. - a loira se sentiu surpresa pela forma autoritária da mesma, mas somente obedeceu.
Se aproximou e se sentou em uma das duas cadeiras que haviam a frente, reparou no quão bem decorada a sala era e bem grande também. Ela começou a perceber que a mulher a sua frente estava olhando bastante para si, mas decidiu ignorar o ato.
- Então, Brunna... - começou Ludmilla - Renato te falou como funcionaria as coisas aqui?
- Sim, ele me explicou algumas poucas coisas, mas disse que sobre como funcionaria a agenda seria com você.
- Na verdade, eu vou explicar como meus horários funcionam. - abriu uma gaveta na parte de atrás da mesa e pegou uma agenda. - Essa aqui é a agenda da minha outra secretária, nela estão todos os meus compromissos dessa semana, ela adiantou tudo para que você conseguisse se adaptar mais rápido e ver de que forma funcionam os horários.
Entregou a agenda a Brunna que logo folheou o material vendo que tudo a letra redonda e caprichada com anotações bem detalhadas.
- Agora é só você fazer o mesmo na sua agenda para semana que vem. - Brunna assentiu - Você tem alguma duvida? Algo que eu possa te responder?
- Não, obrigada, já estou ciente de tudo.
- Então, você já pode ir para sua mesa.
- Certo, com licença.
Brunna disse e se levantou para se retirar. Ludmilla encostou-se na sua cadeira e observou a secretária sair. Não conseguindo evitar acompanhar o movimento dos quadris da mesma.
Negou com a cabeça quando a porta se fechou. Não entendia por que estava se sentindo daquela forma, sempre trabalhou com mulheres muito bonitas, Emily era prova disso, era sua secretária à quase 3 anos e não causou aquela mesma sensação que estava sentindo em relação a sua nova secretária.
Ela não era como as outras, com certeza não era.
Suspirou e decidiu voltar ao seus vários contratos que precisavam ser minuciosamente analisados. Se concentrou naquilo durante toda a manhã, tendo pequenos intervalos para beber um pouco de água. Quando terminou percebeu que estava em seu horário de almoço, só então sentiu seu estômago apertar de fome.
Organizou todos os papéis em cima da mesa e pegou seu celular e sua carteira sobre a mesa. Saiu da sala enquanto olhava sua caixa de mensagens e encontrou sua secretária de pé ao lado de sua mesa, mexendo em sua bolsa.
Ludmilla à observou, sentindo uma vontade absurda de chamá-la para almoçar. Mas seria antiético? Acreditava que sim. Achou melhor não fazer o convite, não sabia oque a mulher poderia pensar com isso.
Passou direto pela mesma e mandou mensagens para Renatinho perguntando em que restaurante ele estava. Logo teve sua resposta e decidiu que iria para o mesmo.
***
-E aí, Ludiene, o que achou de sua nova secretária? - Marcos perguntou depois de dar um gole em seu suco.
Ludmilla havia acabado de chegar no restaurante onde seus dois amigos estavam, tirou o paletó para que o mesmo não sujasse, e agora eles esperavam seus pedidos chegarem.
- Ela só faltou engolir a garota com os olhos quando ela entrou, quase não soube disfarçar, você precisava ver, Marcos. - Renato contou rindo ao lembrar da cara da amiga babando em sua secretária.
- Não teve como disfarçar logo no início. Aquela mulher é linda pra caralho. - disse lembrando da imagem da mesma.
- Eu acho tão engraçado o quão rendida Ludmilla consegue ficar por uma pessoa em um curto período de tempo. Você não acha, Renatinho? - Marcos perguntou para o amigo rindo. Ludmilla revirou os olhos para os dois. Já iria começar.
-Ah, mas com toda certeza, e um curtíssimo período né, amigo? - ele entrou na brincadeira rindo.
- Vocês podem parar de ser uns idiotas? - Ludmilla falou e só fez os dois amigos rirem mais.
- E aí, amiga? Vai chamar ela pra sair hoje? - Marcos perguntou e Renatinho riu mais.
- Bem que eu queria, mas em uma escala de antiético de 1 à 10 vocês dão quanto?
- 20 - respondeu Renatinho e Ludmilla revirou os olhos.
- Se for hoje eu dou 30, mas isso não significa que você não possa pedir outro dia e fora do horário de trabalho. - Marcos falou dando de ombros e Ludmilla sorriu, estendendo a mão para o amigo bater.
- É disso que eu estou falando. - disse animada.
- Mas ela tem que pegar uma intimidade primeiro, né Marcos? Vai chegar na mulher já pedindo pra sair assim? Vai achar que está trabalhando para uma desesperada. - Renatinho falou óbvio.
- Claro, né Renatinho? Você acha que eu vou fazer oque? Seguir a mulher até em casa e chamar ela pra sair antes de ela entrar em casa?
- Não seria uma má ideia. - Marcos falou pensativo e Renatinho e Ludmilla o olharam como se ele tivesse falado que chuparia uma buceta.
- Ta maluca, Soraya? - Ludmilla perguntou rindo.
- Ele ta falando isso por que ta louca pra fazer isso com o Erick Maia do RH. - Renatinho falou baixo como se fosse um segredo e Ludmilla gargalhou.
(N/A: RH: um dos setores da empresa. Recursos Humanos.)
- Que mentira! Para de falar merda, viado! - Marcos falou ficando nervoso por ter sido exposto, fazendo Renatinho se segurar para não gargalhar alto no meio do restaurante.
- Marquito, já ta de olho no novato! - Ludmilla implicou com o amigo que revirou os olhos.
- Eu quero saber porque o foco da conversa mudou de Ludmilla pra mim.
- Viado, você fala que vai seguir o macho até a casa dele e quer que a gente ignore? Stalker!
- Eu não falei nada, Renatinho, vocês que inventaram. Eu só concordei com o que a Ludmilla disse, e não duvido que ela pense em fazer mesmo isso com Brunna. - ele se defendeu e pegou o copo de suco e levando a boca.
- Não mesmo. Vou procurar algum jeito de me aproximar dela. - disse e alisou o queixo pensando em alguma forma.
- Mas com o principal vocês não se preocuparam - Renatinho falou e os outros dois o olharam sem entender. - Você não sabe se a mulher curte a fruta, Ludiene.
A mulher deu um tapa na própria testa pela lerdeza.
- Puta merda, é verdade!
- Poxa, amiga, fiquei triste por você agora. - Marcos falou tentando prender o riso. - E ela tem muita cara de hetero.
Renatinho riu da cara de tristeza que Ludmilla fez e Marcos não conseguiu não rir também. O garçom logo chegou com o almoço deles, fazendo que encerrassem o assunto.
Eles almoçaram entre risos e muita conversa. Quando terminaram foram juntos de volta para a empresa. Renato e Marcos pararam em seus andares e Ludmilla subiu sozinha até o último.
As portas se abriram no andar da presidência e som dos passos firmes de Ludmilla com seus saltos ecoaram pelo corredor vazio por conta do horário de almoço que ainda não havia acabado.
Ao dobrar o corredor, ela logo avistou Brunna sentada em sua mesa enquanto sorria para algo em seu celular. Aquilo fez a morena cogitar mil ideias do que ela estaria vendo no aparelho.
Estaria vendo uma foto de alguém que gostava? Ou conversando com seu namorado? Marido, talvez? Mas ela não possuía nenhuma aliança no dedo, isso significaria algo?
A dúvida e a curiosidade corroiam a empresária. Brunna por outro lado, ao ouvir os passos da empresária, levantou rosto em sua direção e colocou o celular bloqueado em cima da mesa ao lado do teclado do computador.
- Srt. Gonçalves, não saiu para almoçar? - Ludmilla perguntou já que a mulher estava ali antes do horário acabar, mesmo sabendo que ela poderia ter trazido comida de casa ou algo do tipo.
- Saí sim, Srt. Oliveira, mas fui no restaurante aqui do lado, achei mais conveniente, não queria me atrasar caso fosse para um lugar mais longe. - explicou Brunna para a morena a sua frente que se encostou em sua mesa, porém a loira se lembrou de algo. - Srt. Oliveira... - chamou a mulher que agora brincava com um de seus lápis entre os dedos.
- Sim? - desviou seu olhar para mulher sentada. Puta merda, porque tão linda?
- Eu tentei evitar, falei que você não estava presente e pedi para que ela se retirasse, mas ela insistiu, dizendo que eu devia calar a boca pois ela seria em breve noiva da dona dessa empresa, e que se eu chamasse os seguranças eu seria despedida hoje mesmo. - Brunna tentava explicar, mas parecia muito nervosa. Contudo, Ludmila entendeu imediatamente do que se tratava, e a raiva que sentiu instantânea e muito visível. Naquele momento Brunna temeu que tivesse perdido o emprego logo no primeiro dia.
Ludmilla colocou o lápis sobre a mesa de Brunna com violência seguiu para dentro de sua sala como um foguete. Abriu a porta se deparando com a mulher morena sentada em sua cadeira e com os PÉS sobre sua mesa, fazendo várias caras e bocas para o seu celular, tirando fotos.
- Mas que porra você está fazendo aqui, Isabelly?! - Ludmilla disse com o tom de voz elevado e trêmulo pela raiva, que ecoou pela sala estrondosamente e a outra mulher se assustou com a presença da empresária, mas logo sorriu cínica para a mesma, permanecendo na posição que estava.
- Meu amor! Boa tarde, como você está? Eu estou bem, obrigada por perguntar. - falou em tom irônico fazendo Ludmilla se irritar ainda mais. - É assim que você trata sua namorada, Ludmilla? Eu estava morrendo de saudades e decidi fazer uma surpresa, e é assim que me trata?
A forma como aquela mulher conseguia ser sonsa fazia Ludmilla quase perder a razão de tanta raiva.
- Você sabe muito bem o porque de estarmos sem nos ver! É muita cara de pau da sua parte aparecer aqui. - falou estreitando os olhos, se aproximando da mesa e Isabelly bufou. - E tire a porra do pé da minha mesa!
Empurrou o pé da garota sem se preocupar de ter sido muito grossa, fazendo a mesma quase cair da cadeira.
- Ai, Ludmilla! Quanta ignorância, eu só queria fazer uma surpresa para que pudéssemos conversar. - levantou da cadeira, deu a volta na mesa e foi de forma provocativa até a empresária e alisou seus ombros. Ludmilla à encarava com raiva. - Precisamos resolver nossa situação, amor, não consigo ficar longe de você.
- Não quero conversa com você, Isabelly, por mim eu não via sua cara nunca mais! - Ludmilla tirou a mão da mulher com ignorância de seus ombros, fazendo a mesma fazer uma falsa cara de magoada.
Como conseguia ser tão falsa?!
- Você está me magoando, Ludmilla! Eu estou me esforçando para me desculpar e você me tratando dessa forma! - falou e um tom irritado e Ludmilla riu com escárnio. - Á propósito, quem é aquela oxigenada lá fora, hein?! Onde está Emily?!
- Meça suas palavras para falar de uma pessoa que você não conhece, Isabelly! Se respeite! - a empresária falou elevando ainda mais seu tom de voz. Só se lembrando agora que deixou Brunna do lado de fora sem uma resposta. Precisava falar que não tinha culpa da sua namorada ser uma displicente intrometida.
- Ela não queria me deixar entrar, Ludmilla! Você sabe que todos os funcionários devem me dar livre acesso nessa empresa, não vai ser uma funcionáriazinha qualquer que vai me barrar aqui dentro! - Isabelly elevou o tom de voz também, agora ficando tão irritada quanto Ludmilla. - Ela ia chamar os seguranças pra mim, você tem noção disso?! Quem ela pensa que é?!
Ludmilla se aproximou mais de Isabelly de forma ameaçadora, a encarando nos olhos de forma que se pudesse a mesma já teria se desintegrado com aquele olhar.
- Ela é a minha secretária, e está fazendo o trabalho dela perfeitamente bem em seu primeiro dia! A errada mesmo sou eu que dei muita ousadia pra você! Não deveria ter entrado na MINHA sala sem a MINHA autorização, Isabelly!
- Que absurdo você está falando, Ludmilla?! Eu sou sua namorada, inferno! Tenho livre acesso nessa porra de empresa, e nenhum funcionário, muito menos essa vadia oxigenada tem o direito de chamar a segurança para MIM! - gritou empurrando a empresária pelos ombros.
Ludmilla fechou os olhos e respirou fundo, se segurando para não se descontrolar e fazer uma besteira enorme naquele momento.
- Saia daqui. - falou baixo ainda de olhos fechados.
- O que-...
- EU MANDEI VOCÊ SAIR ISABELLY! - Ludmilla gritou não conseguindo se controlar, apontando para a porta da sala.
No lado de fora, Brunna ouvia toda a discussão chocada e ficou assustada com o grito de Ludmilla, esperava realmente que os funcionários daquele andar não tivessem escutando aquilo.
Dentro da sala, Ludmilla tinha a respiração desregulada pelo nervoso e encarava Isabelly mortalmente, essa que estava irritada também agora.
- Essa discussão não acabou, Ludmilla. - falou séria e passou pisando firme pela mulher trombando em seu ombro. A empresária fechou as em punho com força, se segurando para não voar naquela mulher, que conseguia tirar sua paz sem fazer muito esforço.
Brunna no lado de fora, observou Isabelly sair da sala pisando firme, e ao passar por ela lhe lançou um olhar assassino. A loira apenas levantou uma sobrancelha para ela, sem entender. Mulher maluca! - pensou. Observou até que a mesma dobrasse o corredor, depois voltou-se pra porta da sala que permanecia aberta.
Levantou de sua cadeira e ficou em dúvida se deveria ir até a sala de sua chefe ou não. Ela parecia muito nervosa mesmo na hora da discussão. Brunna pensou um pouco e decidiu pegar um copo de água e um analgésico para a mesma.
Não entendia porque estava querendo ajudar sua chefe, mas sabia que ela deveria estar com uma dor de cabeça tremenda e teria uma reunião em meia hora, precisava estar bem para isso, e com a cabeça explodindo não teria condições.
Depois de pegar a água foi até a sala, da porta dava para ver a empresária sentada em sua cadeira, os cotovelos apoiados na mesa e os dedos massageavam suas têmporas. Brunna suspirou nervosa, com medo de Ludmilla à tratar mal. Porém ela tomou coragem e entrou na sala em passos leves.
- Srt. Oliveira... - chamou baixo, um pouco receosa, se aproximando da mesa da mesma. Ludmilla levantou o olhar para a mulher e se surpreendeu ao ver o que ela tinha em mãos. - Eu trouxe um água para você, e um analgésico. Terá uma reunião daqui a meia hora e acredito que não conseguirá caso esteja nervosa e com a cabeça latejando.
Ludmilla não soube o que dizer, estava realmente surpresa com a atitude de sua secretária, não esperava essa atitude vinda de alguém a conheceu à algumas horas.
Brunna estendeu o copo e o comprimido. Ludmilla despertou de seu transe e os pegou, tomou comprimido e toda a água do copo de uma vez. Colocou o copo de volta a mesa e voltou a olhar Brunna.
- Obrigada, Brunna. Posso te chamar assim, certo? - a loira assentiu com um sorriso leve. - Depois da reunião eu tenho mais alguma coisa?
- Bom, recebi alguns papéis do setor de marketing mostrando algumas mudanças que foram feitas, e tem dois e-mails das filiais de São Paulo e Brasília. - explicou e tentou lembrar se havia alguma coisa. - Apenas isso mesmo.
Ludmilla, que encarava mulher encantada com a forma que a mesma falava, despertou do transe e suspirou profundamente, se jogando novamente no encosto da cadeira. Aquela cena com Isabelly havia à deixado área e com a cabeça doendo, mas tinha certeza que passaria com o analgésico que havia tomado.
- Certo. Então você deixa os papéis em minha mesa quando eu for para a reunião, e os e-mails você manda pra mim que olharei quando voltar... - disse pensativa. Não estava com cabeça para ler tantos papéis mais hoje. - Talvez deixe os papéis para amanhã. Eles pediram para serem entregues hoje?
- Sim, pediram para entregar antes de encerrar o dia.
- Puta merda... - Ludmilla falou baixo um pouco irritada e levantou indo até a garrafa de uísque ao lado de seu criado mudo e se servindo uma dose.
Brunna observou a mulher e reparou no quão bem ela ficava com aquele terno branco e preto. Paletó branco, blusa social preta por baixo e uma gravata da mesma cor, a calça era da mesma cor do paletó. Os cabelos escuros caiam lindamente em uma cascata cacheada em suas costas. Observou atentamente a empresária se virar pensativa, com o copo em uma mão e a outra dentro do bolso da calça, e dar um longo gole no líquido, dessa forma foi possível que Brunna conseguisse reparar as tatuagens que a mulher tinha na mão.
Brunna não conseguia entender porque aquilo estava a atraindo tanto.
- Eu posso fazer um relatório resumido sobre o que está sendo passado nos papéis e você pode ler e dar somente a respostas. O que acha? - Brunna sugeriu quando a ideia surgiu em sua cabeça.
Ludmilla à olhou com os olhos brilhando.
- Perfeito! Você é um anjo, Brunna. - disse sorrindo para a loira, essa que corou com o elogio. Ludmilla achou aquilo adorável, deixando a mulher ainda mais linda.
- Que isso, Srt. Oliveira, é apenas meu trabalho. - falou sorrindo fraco e mexeu em seu cabelo em um claro sinal de nervosismo.
- É... - Ludmilla falou um pouco perdida na beleza de Brunna. Seus olhares de encontraram e elas se encararam por um bom tempo, tentando desvendar algo nos olhos uma da outra, fazendo um clima se instaurar ali. A loira mordeu os lábios em nervosismo, sentindo seu corpo esquentar com aquele olhar e Ludmilla quase desfaleceu.
Que pecado... Não faça isso comigo, garota! - pensou.
- Eu... Eu vou começar o relatório e te mandar os e-mails. - ela falou e pegou o copo que havia levado com água sobre a mesa. - Com licença, Srt. Oliveira.
Não esperou a empresária responder e saiu da sala, fechando a porta atrás de si. Encostou-se na madeira e olhou para o teto suspirando.
Oque havia acabado de acontecer? - pensou ao lembrar da forma que a empresária lhe encarou e sentiu um arrepiou cortar suas costas.
[...]
Brunna observou de sua mesa Ludmilla se despedir dos homens com um aperto de mão e sem um sorriso sequer. Logo a mulher estava caminhando em direção a secretária e lhe lançou um pequeno sorriso.
- Brunna, eu preciso agradecer mais uma vez a você pelo comprimido que você me deu. - disse sorrindo ao se aproximar da mesa da loira - Se não fosse por isso com certeza eu não conseguiria ter levado essa reunião na calma que levei, muito obrigada.
Brunna se sentiu envergonhada com aquilo, sentiu seu rosto esquentar bastante. Fora que não conseguiu não reparar no quão lindo e fofo era o sorriso da empresária. Não parecia a mesma que estava com uma feição séria no meio de todos aqueles homens.
- Que isso, não precisa agradecer, Srt. Oliveira, fiz apenas o meu trabalho, estou aqui para ajuda-la da forma que puder. - devolveu o sorriso.
Ludmilla sentiu vontade de aperta-la por ser tão fofa.
- Eu vou me apressar, quanto mais cedo eu terminar, mas cedo eu irei pra casa. - a empresária falou indo em direção a sala.
- Você fala como se não fosse dona disso tudo. - Brunna falou para a mulher que riu e parou na porta da sala.
- Apesar de ser dona não posso jogar tudo pra cima e pra casa, como eu quero agora. - piscou para loira e entrou na sala. Brunna riu e voltou aos seus afazeres.
As duas passaram toda a tarde ocupadas em seus específicos afazeres. Quando menos esperaram já havia anoitecido, e já estava para encerrar a jornada de trabalho. Ludmilla organizava suas coisas para ir embora, arrumava sua maleta rapidamente e logo estava apagando as luzes do escritório.
Saiu da sala e encontrou Brunna em pé de frente a mesa, arrumando sua bolsa.
- Posso acompanhar você até o estacionamento? - Ludmilla falou e a mulher a sua frente a olhou.
- Não irei para o estacionamento, Srta. Oliveira, não tenho carro. - fechou a bolsa e sorriu educadamente para a empresária. - Já chamei um Uber.
- Ah, tudo bem. Espero com você lá embaixo se quiser. - Ludmilla sugeriu e elas começaram a caminhar. Logo dobraram o corredor e apenas alguns poucos funcionários estavam lá ainda.
- Não precisa se incomodar, Srta. Oliveira. - Brunna falou e antes que Ludmilla pudesse rebater o celular da loira apitou. - Ele acabou de chegar.
- Não seria um incômodo. - falou simples e sorriu de lado para a loira que retribuiu.
Elas foram até o elevador, chamaram e um pequeno tempo depois as porta se abriram. Entraram juntas e Ludmilla apertou o botão do térreo para Brunna. O silêncio entre elas permaneceu durante o tempo dentro da caixa de metal. Ludmilla olhava o painel sinlizando os andres que passavam enquanto Brunna olhava para as portas, sua devagando sobre o quão gentil sua chefe era, tinha quase certeza que elas teriam uma ótima relação profissional, se senti feliz por isso.
Ao contrário de Brunna, Ludmilla pensava em formas que ela poderia se aproximar mais da secretária, sem que incomodasse a mulher e sem que fosse muito invasiva. Uma amizade era uma boa forma de começar, mas o problema mesmo era como se aproximar da mulher dessa forma.
Ela iria descobrir!
O elevador apitou sinalizando que habia chegado no andar pedido, despertando as duas de seus pensamentos.
- Até amanhã, Srta. Oliveira. - Brunna se despediu da mulher.
- Até, Srta. Gonçalves. - ela disse e observou a loira se afastar, perdendo a de vista quando a porta se fechou sem a mesma nem perceber.
Oque acharam?? Cometem plis!!
E votem tbm!!
Até o próximo! Vou tentar não demorar!
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