09 ★ something was wrong
CAPÍTULO NOVE; algo estava errado
CAPÍTULO REVISADO
POV'S AUTORA
AENYS ABRIU SEUS olhos e se sentou na cama. Sua garganta seca e respiração descompassada a deixou em alerta.
A garota olhou seu quarto, vazio e escuro. Seus olhos violetas pararam sobre a varanda de seus aposentos, o vento frio dá noite soprava as cortinas.
Era hora dá coruja quando a Targaryen se levantou.
O primeiro soluço escapou de sua garganta, a assustando.
Ela não entendia o porquê dá vontade de chorar, não havia tido nenhum pesadelo, muito pelo contrário, havia tido uma das melhores noites de sono.
Mas mesmo assim, chorava por algo.
O vento soprou sobre seu rosto, como um sussurro de que algo estava errado.
Pelos Sete, ela precisava sair daquele quarto.
Assim que se virou para a porta, ela pode ver a mesma ser aberta e a cabeça de Sir Hawise aparecer.
— Hawise?
— Aenys! — O garoto suspirou, parecendo aliviado. A Targaryen franziu as sobrancelhas quando viu o mesmo entrar no quarto e fechar a porta.
— O que houve?
— Algo aconteceu, algo importante, mas não sei o que é. — Hawise comentou, parecia levemente animado com aquilo. — Só sei que é importante o suficiente para convocarem o pequeno conselho a essas horas dá noite.
Aenys levou a mão até seu pescoço, sentindo um nó se formar ali.
Algo estava errado.
— Espere, estava chorando? — O garoto perguntou, preocupado.
— Acordei assim, estou bem. — A mesma respondeu. — Mas preciso descobrir o que é tão importante para minha mãe fazer uma reunião com o pequeno conselho nesse horário.
A garota foi até a específica parede de seu quarto e puxou o candelabro do lado esquerdo para frente.
Sir Hawise colocou a mão sobre a boca quando viu a Princesa empurrar a parede para o lado, revelando uma passagem.
— Porra... — O garoto sussurrou. — Como... Então era assim que você saia de seu quarto sem eu te ver?
— Tipo isso. — Aenys murmurou. — Eu vou ir até a sala do pequeno conselho enquanto você voltará a guardar a porta de meu quarto. Tem que fingir que nunca me viu sair daqui, tudo bem?
Sir Hawise ainda estava olhando deslumbrado para a passagem secreta.
— Hawise!
— Certo, certo! — O Westerling respondeu.
Aenys concordou levemente, entrou na passagem e, com cuidado, a fechou.
O caminho até a passagem que dava para a sala do pequeno conselho foi silencioso. Tudo que se podia ouvir era a respiração de Aenys.
A garota olhou entre as frestas da parede do conselho, vendo sua mãe, seu avô e o pequeno conselho ali.
— ...Devo entender que os membros do pequeno conselho planejavam coroar, o meu filho sem mim? — Aenys franziu as sobrancelhas ao ouvir Alicent.
— Minha rainha, não era necessário maculá-la com conspirações sombrias. — Um dos Lordes a respondeu.
— Eu não aceito isso. Ouvir que vocês planejam substituir a herdeira escolhida pelo Rei por um... Impostor. — Lorde Beesbury se pronunciou.
— O primeiro filho homem não é um impostor.
— Centenas de Lordes e Cavalheiros juraram fidelidade a Princesa. — Lorde Beesbury retrucou.
— Isso foi a mais de vinte anos! A maioria já morreu!
— Você ouviu o Lorde Mão, planejando ou não, o Rei mudou de ideia.
Aenys finalmente entendeu.
Rei Viserys estava morto.
Coroariam Aegon.
Lorde Beesbury se levantou da cadeira.
— Eu tenho setenta e seis anos, eu conhecia o Viserys a mais tempo do que qualquer um nesta mesa e não acreditarei que ele disse isso em seu leito de morte, sozinho, apenas com a mãe do rapaz como testemunha! — Lorde Beesbury exclamou.
Aenys sentiu suas mãos tremerem.
— Isso é um ataque! Um roubo! É traição, no mínimo! — Lorde Beesbury continuou. — Que seja...
— Cuidado com a boca, Lyman. — O Meistre Orwyle o pediu.
— O Rei estava bem noite passada, como pudemos ver. — Lorde Beesbury voltou a falar, não dando ouvidos para o homem. — Qual de vocês aqui, pode jurar que ele morreu naturalmente?
Aquilo caiu como um baque sobre Aenys.
De repente, a lembrança de Daemon Targaryen questionando o chá de Viserys veio em sua mente.
— E a qual de nós o senhor acusa de regicídio, Lorde Beesbury? — Um dos homens ali presentes perguntou, visivelmente irritado.
Alicent permaneceu séria enquanto olhava Lyman, seus olhos impossíveis de se ler.
— Se foi um de vocês... Ou todos vocês, eu não posso. Não importa e não vou fazer... — Aenys arregalou os olhos e andou para trás no momento em que viu Sir Criston Cole agarrar Lorde Beesbury por trás e bater a cabeça do homem na mesa, o matando.
— Sir Criston! — Alicent exclamou horrorizada enquanto via o sangue se alastrando pela mesa de mármore.
Harrold Westerling puxou a espada de sua bainha e apontou para o homem.
— Abaixe sua espada e retire seu manto, Sir Criston. — O homem pediu calmamente.
Aenys colocou a mão sobre a boca quando Sir Criston Cole puxou a espada também.
— Eu sou seu Lorde Comandante, Sir Criston. — Harrold avisou. — Abaixe sua espada.
— Não aceitaria insultos a sua graça, a rainha. — Sir Criston respondeu, entre dentes.
— Não me insultaram, Sir Criston. Pode abaixar a sua espada. — Alicent pediu.
Obediente, o homem o fez.
Lentamente, Harrold se afastou do homem.
— Precisava chegar a isso?! — O Westerling perguntou apontando a espada para o corpo sem vida de Lorde Beesbury.
— Lorde Comandante, já basta. — Otto Hightower se levantou da cadeira.
Os dois guardaram as espadas.
— Vamos remover o Lorde Beesbury...
— Não. — Otto interrompeu Meistre Orwyle. — A porta ficará fechada até encerrarmos este assunto.
O Meistre voltou a se sentar.
Jason Lannister fez o mesmo.
— Storm's End é uma preocupação. — Jason Lannister comentou, como se não tivesse um cadáver ao seu lado. — Não podemos prever a lealdade de Lorde Borros mas ele tem quatro filhas, todas solteiras então a proposta certa...
— E a Rhaenyra? — Alicent perguntou.
Aquilo chamou a atenção de Aenys.
— A antiga herdeira não pode, é claro, ter permissão de permanecer livre e obter apoio pra sua reinvidicação. — O Lorde Mão respondeu.
— Quer dizer, prendê-la?
— Ela e a família terão a oportunidade de jurar publicamente obediência ao novo rei. — A cada palavra que saia da boca de Otto deixava Aenys ainda mais confusa.
Eles achavam mesmo que Rhaenyra e sua família dobrariam os joelhos para Aegon? Aenys negou levemente seus próprios pensamentos.
— Ela nunca se curvará. Nem o Daemon, você sabe. — Alicent respondeu.
Um silêncio se instalou na sala.
— Você planeja matá-los. — A Hightower entendeu o plano de seu pai. Novamente, o silêncio de todos eles foi a resposta que Aenys precisava. — E todos aqui consentem.
A ruiva se virou e, em passos silenciosos, se afastou da passagem. Assim que se afastou o suficiente para não ser ouvida, a garota correu até seu quarto.
A mesma fechou a passagem e correu até a porta de seu quarto, a abrindo.
A Targaryen puxou Hawise para dentro de seu quarto.
— Você está tremendo... — O garoto comentou, confuso.
— Meu pai está morto. — Aenys contou, Hawise arregalou os olhos. — Eles querem coroar Aegon, eles mataram Lorde Beesbury e planejam matar a família de Rhaenyra também!
— Coroar Aegon? Mas... — O Westerling negou levemente. — Eu não entendo, o rei não queria a Princesa Rhaenyra como sucessora dele?
— Eles querem usurpar Rhaenyra, Hawise! — Aenys exclamou.
Westerling se calou, começando a compreender tudo.
Ouve um longo silêncio entre os dois.
— Quem você apoiará nisso tudo?
— O quê? — Aenys perguntou.
— Estou perguntando quem você apoia. — Hawise disse, firme.
— Minha irmã é a Rainha Legítima. — Aenys respondeu. — Rhaenyra deve subir ao trono de ferro, não Aegon. Não aquele canalha.
O Westerling suspirou, aliviado.
— Ótimo, então, qual é o plano?
— Plano?
— Olha, minha lealdade é com você, Aenys. — Sir Hawise respondeu. — Sou seu guarda juramentado e meu dever é te proteger, e é o que eu farei. Se diz que Rhaenyra é a rainha, então eu me curvarei diante dela.
Aenys abraçou o garoto.
— Obrigada, Hawise.
O Westerling a abraçou de volta.
— Você tem minha lealdade e minha amizade. — O Westerling respondeu. — Nunca se esqueça disso... O que faremos agora?
Aenys se afastou do garoto.
— Devemos ir para Dragonstone.
★
Aenys já estava devidamente vestida. A garota usava um traje de montaria de dragão, totalmente preto, com detalhes de escamas.
A hora dá coruja já estava perto de acabar quando ouviu a porta de seu quarto se abrir, a mesma suspirou.
— Sir Hawise, você já está... — A mesma se calou ao se virar e ver que era sua mãe quem estava na porta.
A Hightower entrou no quarto.
— Já está vestida a essa hora? — Alicent perguntou. A Targaryen não respondeu. — Aenys, aconteceu uma coisa...
— Meu pai está morto, não é? — Aenys a interrompeu.
Um silêncio se estabeleceu nos aposentos dá mais nova. As duas se encaravam friamente até Alicent mudar seu olhar para um meigo e preocupado.
— Eu sinto muito, minha flor... — Aenys se afastou dá mulher quando a mesma tentou se aproximar. — Aenys...
— Como você pode? — Aenys murmurou. — Planeja tirar o que é direito de Rhaenyra apenas por um capricho seu!
Alicent a olhou confusa.
— Rhaenyra não tem direito algum sobre a coroa. — Alicent respondeu. — E isso não é um capricho meu, Aenys. Isso é...
— Ah, desculpe! Claro que não é capricho seu, até porque você não consegue pensar sozinha. Isso tem haver com Otto! — Aenys exclamou, só para Alicent estapear a bochecha direita dá Targaryen.
Outro silêncio preencheu o quarto.
Aenys encarou sua mãe, pela ousadia dá mulher.
— Parabéns, isso foi ideia sua ou você teve que conversar com o seu pai primeiro para saber o que ele achava dessa ação? — A Targaryen sorriu sarcasticamente, ignorando a pinicação em seu rosto pelo tapa.
— Filha, meu amor, você não entende! — Alicent segurou sua filha pelos ombros. — Pode não acreditar, Aenys. Mas seu pai queria que Aegon fosse o rei. Ele mudou de idéia! E, como último pedido, desejou que você fosse a rainha consorte de Aegon.
A Targaryen riu e negou levemente.
— Se é realmente isso, então por que está escondendo a morte do Rei? — Aenys perguntou. A garota observou sua mãe abaixar o olhar. — Está deixando o corpo de meu pai apodrecer, enquanto arquitetam a usurpação dá Rainha!
— Aegon é o primeiro filho homem do Rei! — Alicent exclamou. A Hightower segurou o rosto de sua filha. — E você será a rainha dele, você e Helaena.
— Sou prometida a Lucerys Velaryon. — Aenys sentiu sua mãe apertar mais suas bochechas com as mãos, cravando suas unhas na pele dá mais nova.
— Já lhe disse, seu pai mudou de ideia. — Alicent respondeu. — Você servirá como rainha, não como uma simples Lady.
A rainha viúva se afastou.
— Pare de agir como se estivesse sendo condenada a morte. — Alicent murmurou, vendo sua filha a encarar. — Você se acostumará, assim como eu me acostumei. Não é de todo mal, Aenys, você verá.
— Mãe, eu sinto muito. Eu sinto muito por ter sido obrigada a se casar com o meu pai. — A Targaryen respondeu. A Hightower franziu as sobrancelhas, confusa. — Se casar com alguém mais velho que você deve ter sido horrível, ter filhos com ele deve ter sido pior ainda. Mas você não pode me obrigar a ter o mesmo destino que você.
Alicent sentiu sua respiração falhar com as palavras de sua filha mais nova.
Naquele momento, esqueceu todas as palavras, esqueceu qualquer argumento para refutá-la.
— Amanhã mandarei servas para lhe arrumar para sua coroação. — Foi tudo o que a rainha viúva respondeu.
A mulher se virou, para ir embora.
— Eu sei sobre as cartas de Lucerys. — Aenys contou, fazendo sua mãe parar na porta de seu quarto. A garota deu um passo a frente. — Ele me amou por todo esse tempo, e você escondeu isso de mim.
Alicent possuía os olhos arregalados, quando a mulher alcançou a maçaneta e saiu do quarto.
A Targaryen não demorou muito para ouvir a tranca de seu quarto. Aenys arregalou os olhos e correu até a porta, girando a maçaneta e tentando a forçar a abrir, sem sucesso.
— O que isso significa?! — Aenys gritou enquanto batia na porta.
— Aenys! — Do outro lado dá porta, Sir Hawise era pego de surpresa por dois guardas dá rainha, o prendendo.
— Soltem ele! — A Targaryen exclamou, enquanto batia com seu ombro na porta, em uma tentativa desesperada de ajudar seu guarda juramentado.
— Levem-o. — Alicent comandou, friamente.
Obedientes, os guardas o arrastaram, ignorando os gritos de Hawise Westerling.
— É apenas temporário, Aenys. — Alicent falou para sua filha, na tentativa de a acalmar. — Apenas estou tentando fazê-la tomar a decisão certa.
Tudo o que ouviu em resposta foi mais batidas na porta.
— Quando estiver pronta, diga aos guardas, e eu a tirarei daí, meu amor. — A rainha viúva voltou a falar.
Com um aceno, a Hightower colocou dois guardas postos na porta dá Princesa.
★
As horas haviam se passado torturosamente devagar.
Aenys passou o resto do dia pensando em uma maneira de libertar Sir Hawise e pegar seu dragão, para irem até Dragonstone.
A Targaryen olhou para a varanda, vendo a lua cheia no céu. A hora dá coruja havia voltado novamente.
A garota franziu as sobrancelhas e lentamente se virou para a porta de seu quarto, ao ouvir gemidos de dor do outro lado dá porta.
A porta foi aberta por Rhaenys Targaryen e Sor Erryk.
— Rhaenys! — Aenys correu até a Targaryen mais velha.
Ouve um rápido abraço entre as duas.
— Vim aqui resgatar a prometida de meu neto. — Rhaenys sorriu levemente. — Devemos ir.
— Não posso. — Aenys respondeu, os dois a olharam confusos. — Não sem Sir Hawise. Ele foi preso por Alicent.
— Deve estar nas masmorras... — Sor Erryk murmurou.
— Conheço um atalho, uma passagem que nos levará até a entrada. — Aenys respondeu. — Por favor, preciso ajudá-lo.
— Teremos que ser rápidos. — Rhaenys respondeu, Aenys concordou rapidamente.
— Nós seremos. — A ruiva sorriu para Sor Erryk. — Você era a última peça que faltava para o meu plano.
Sor Erryk franziu as sobrancelhas.
★
A DANÇA DOS DRAGÕES COMEÇOU
esse capítulo era pra ter sido postado segunda, mas tive alguns problemas familiares que me impediram de postar
a pobi dá Aenys não tem um segundo de paz né tadinha
a bolsonara prendendo o Sir Hawise mt praga mesmo
inclusive, a amizade dá Aenys com o Hawise é tão 🤏🏽💗 amo eles !
o capítulo tá pequeno, eu sei, mas o próximo será maior eu prometo !!
não se esqueçam de votar e de comentar, isso me deixa muito animada pra escrever e faz com que o próximo capítulo seja produzido mais rápido
até <3
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