- Cyberbulling não é engraçado, mandar uma mensagem cruel pra alguém pode ser tão prejudicial quanto falar na cara da pessoa, eu não vou citar nomes mas outro dia recebi uma ligação de uma mãe reclamando que alguns alunos tiraram sarro da deformidade facial dele.

O que aconteceu com o "não vou citar nomes"?

Vejo todos virarem a atenção pro nosso grupo, em especial no Eli que se retrai com a atenção. Sem pensar duas vezes alcanço a sua mão dando um leve carinho que ele retribui com um leve aperto. O restante do grupo o olha com um olhar de pena que sinceramente parte meu coração .

- Nosso objetivo hoje é fazer a escola um espaço mais seguro para todos os alunos

- Até parece - murmro .

- pior que ela acha que está ajudando - melany fala brincando com a comida.

- se tiverem cansados disso, nosso dojo de karatê esta recrutando alunos - Miguel fala chamando atenção de todos da mesa.

- até parece. Ouviram isso? É só treinar um pouco de karatê e sair batendo em todo mundo. - Demetri fala amargamente.

- porque você é sempre tão pessimista? - melany pergunta de um jeito meio agressivo.

Eu amo minha amiga mas as vezes ela tem alguns surtos que nem eu entendo.

- eu até tentaria - ela continua - mas tenho que me revezar entre os três empregos. - fala meio triste - E se eu gastar o que sobrar é capaz de ser expulsa do casa.

Eu tento não olhar pra ela com pena mas Miguel não consegue segurar. Eu não o culpo já que ele não a conheça tão bem.

O pai da melany sumiu quando ela era pequena deixando a mãe dela completamente sozinha e instável. Depois de um tempo ela se casou de novo com um completo babaca e tiveram mais um filho.

Ele não trabalha e nem a mãe dela, então ela tem que sustentar a família sozinha e ainda aturar o padrasto abusivo em casa.

Acho que Demetri não sabe, mas consigo ver ele segurando a mão dela de baixo da mesa.

Ela me ama, eu sei que me ama e é minha melhor amiga e eu sou a dela, Mas sei que demetri é o seu confidente. Eles podem se picar vinte quatro horas por dia mas no fim sempre vão estar a disposição um do outro.

- olha eu tô falando sério. meu sensei é muito bom e acho que conseguiria um desconto pra vocês - falo.

- por mais que parece tentador, preferimos passar a tarde jogando no computador do que ficar apanhando por aí - o moreno fala se referindo a ele e o Eli

- fala isso por você. - por mais que eu goste de demetri estar sempre do lado do eli não gosto que ele fale por ele.

- Ah, e mais uma coisa! Estamos ansiosos pelo baile de halloween e vamos garantir que as fantasias não sejam culturalmente ofensivas, as meninas por exemplo, em vez de se vestir de enfermeira sexy poderiam se fantasiar de uma funcionária de hospital comum - ela fala como se alguem a ouvisse.

- que saco - falo revirando os olhos. Não gosto dessa mulher.

- o que foi Cassandra? Queria se vestir de infermeira sexy ? - Melany fala e demetri ri com ela. mas ele ri um pouco mais alto.

- claro, eu ia pegar com a sua mãe - falo pra ele.

- Idiota - ele me chinga e eu o dou língua.

- do que você vai vir melany? - pergunto.

- de madre Teresa - ela fala e demetri solta um som de deboche.

Nessa hora percebo que ainda estou segurando a mão do eli.

depois da escola eu e Miguel vamos direto pro dojo mas quando chegamos Johnny não estava lá então tivemos que esperar.

- olha só quem está atrasado - falo vendo o sensei se aproximar

- sensei, você pediu pra chegarmos as cinco não Foi? - Miguel pergunta

- Disse, mas o treino foi cancelado .

- o que ? Por que? - eu e Miguel perguntamos ao mesmo tempo.

- porquê eu disse- ele fala entrando.

- isso não é resposta .

- espera sensei, eu presciso amostrar uma coisa - Miguel tira o notebook da mochila.

- olha meu humor está péssimo.

- e quando não tá? - falo em voz alta.

- depois vai pagar trinta flexões. - ele aponta pra mim e eu o olho indignada.

- mas eu acho que vai gostar muito disso. Esse aqui é o site do cobra kai. Fiz na escola. - ele nos amostra.

- nossa ficou muito bom . - digo me aproximando.

Ele agradece e continua nos explicando mas uma ligação o atrapalha. Ele não atende e continua.

- é a minha mãe, eu ligo pra ela depois .

- isso era?...

- Ratt? Irado né? Eu estava procurando Guns N'roses na Internet e acabei me viciando em Rock dos anos 80. Me amarrei nesse som.

- ouvindo música boa assim já já você vai virar gente ! - falo brincando - brincadeira, essa é boa mesmo.

- tive uma boa professora - ele fala sorrindo.

- beleza. me encontrem na escola a meia noite ?

- pra que ? - pergunto.

- vocês não querem aprender a lutar ? Vão ter que aprender a chutar.

Estou jantando com minha família e tenho que arrumar uma desculpa mas acho melhor Fugir pela janela mesmo.

- tipo eu me sinto mal pela Aisha mas também não quero me fantasiar de fórmula química.

- ah, eu te entendo mas não é porque vocês não vão combinar de fantasia que não possam ficar juntas no baile.

-Em falar em baile eu recebi um email da escola pedindo ajudantes no baile, eles devem estar desesperados

- Ah, imagino quem quer passar sexta a noite com adolescentes suados- minha mãe responde fazendo cadade nojo.

- Você está dispensada porque eu estou indo. - Samanta larga o garfo em sinal de protesto e eu não consigo esconder o sorriso, ele não ficaria no meu pé mas sim no dela - o que foi? A conselheira blatt é minha amiga. Não posso deixá-la de mão.

- mãe... - ela tentou pedir ajuda.

- para Daniel, você ia gostar que seus pais de levassem pro baile ?

- ah para, minha mãe me levava pros encontros .

-Ah é? E dava certo ? - ela pergunta com tédio.

- isso não é justo - Sam olha pra mim procurando apoio mas só dou de ombros .

- vocês nem vão me notar vou ser um fantasma - ele fala, mas tenta minha ajuda já que Sam e mamãe continuam nada felizes - o que você acha Cass?

Levanto a sobrancelha Com o apelido. Faz tempo que ele não me chama assim. Mas não vou me meter desde que isso não me atrapalhe.

- não me importa - dou de ombros - desde que não me atrapalhe, gasparzinho.

- fantasmas são chatos - Anthony fala.

- Não tô falando de fantasia é uma expressão - meu pai o responde.

- olha, prometa não me fazer passar vergonha. - Samanta pede.

- prometo - ele fala sério mas sei que tem algo de estranho aí.

- até parece - falo rindo e mexendo na comida.

- você não falou que não se importava? - ele fala pra mim de uma forma grosseira.

- tanto faz. Vou dormir mesmo.

Me levando e vou até o quarto apagando as luzes e esperando dar meia noite.

quando da meia noite eu vou os esperar na frente da escola.

Acabou que o louco do sensei nos amarrou e nos jogou na piscina!, só pra aprendermos a dar chutes e mover bem as pernas.

O pior é que ele nem nos perguntou se sabiamos nadar!, Ele mentiu falando que conhecia o zelador e tivemos que correr amarrados!

Depois disso treinamos uma sequência pesada se exercícios para as pernas.

depois da aula preciso ir direto pra casa me arrumar pro baile.

- queria mostrar o que fiz com essas pranchas mas se minha mãe saber me mataria . - Miguel comentou enquanto colocava as meias

- você vai ter que contar alguma hora Miguel - o aconselho mas acho que esse conselho pode servir pra mim talvez .

- vão se arrumar, vou levar vocês e conseguir alguns alunos.

- ah não Johnny. podem ir você e o Miguel. Vou ir com minha irmã.

- você tem irmã? - Miguel fala, e eu me ligo que acabei soltando mais do que deveria - como você nunca me falou isso?

- porque você deveria saber? - falo meio grossa, mas tento amenizar - alias, você nunca perguntou. Agora me mostra sua fantasia.

Ele levanta animado puxando o que parece uma robi de mulher estranho.

- que diabos é isso ? - Johnny solta, fico tão confusa que não falo nada

- é minha fantasia de halloween.

-O que aconteceu com o deadpool ? - pergunto tentando achar algo que lembre na fantasia.

-Minha yaya começou com o deadpool e foi pro homem aranha e depois um super herói genérico.

- você é o super pobretão.- falo rindo.

- é você é o super-pobre - sensei entra na brincadeira comigo me fazendo rir - não podemos deixar você sair assim, temos uma reputação a zelar.

- o que tem em mente?

Johnny olha pra mim com um olhar de cumplicidade mas não faço ideia do que esta passando pela sua cabeça, mas mesmo assim concordo mechendo a cabeça.

- eu queria muito ajudar mais tenho que ir me arrumar. - falo pegando minhas coisas - tchau senhor super-pobre e muito obrigada por salvar ele chapolin colorado.

QUEBRA DE TEMPO...

Visto minha fantasia inspirada em "uma noite de crime " termino de dar uns últimos retoques e vou pro quarto da Sam já que vou com ela.

- tá procurando a Sam? - Anthony pergunta parando ao meu lado. Como o ignoro ele continua - eu a vi há alguns minutos com as amigas delas correndo pro carro. Acho que estavam correndo de você.

Eu o olho com raiva mas não vou o deixar me ver assim.

- porque você é tão intrometido? - o empurro e vou pra sala vendo meu pai. A Sam não pode ter feito isso comigo.

Combinamos tentar nos reaproximar e ela insistiu pra eu ir mesmo não querendo e agora já recusei a todos os convites de carona.

- mãe pode me dar carona pra festa? - pergunto.

- não, vai com seu pai. - meu pai para no caminho e se vira pra mim .

- acho melhor não. Fica em casa cassandra . - ele tenta.

- ué porque não? já está indo pro mesmo lugar mesmo. - minha mãe fala.

- mãe por favor - suplico - me leva você. - imploro.

- não. Quando a Sam saiu ela falou pro seu pai ficar encarregado de você, então ele vai .

Já No carro o caminho foi completamente em silencio.

Quando vou entrando vejo meu pai procurando a Samanta com os olhos e me afasto.

- UÉ, você não ia vir de madre Teresa? - pergunto a vendo com uma fantasia um pouco sexy demais pra uma madre.

- e eu estou. mas na época que ela era gostosa - ela fala no meu ouvido por causa do som alto - está linda nessa fantasia.

- você também madre Teresa.

Quando nos aproximamos dos meninos vejo eli me olhar mas desvia quando chegamos mais perto.

- E aí gatinhos, vem sempre aqui? - melany finje uma voz de homem.

- lá vem vocês e suas cantadas baratas - dsmetri não gosta quando brincamos assim com ele mas quando se trata da melany ele sempre entra na brincadeira . - quando vocês vão crescer?

- quando você deixar esse rancor de lado por eu ter ganhado e ser o Harry Potter

- você roubou - ele fala de maneira infantil

- mais respeito com o Harry Potter! - eu falo

Eu e Melany nos afastamos pra conversar com a Aisha.

- fantasia legal - tento ser legal.

- é, pena que a Sam não quis combinar.

- acho que ficou bem mais legal sozinha .

Ficamos conversando por alguns minutos até que vejo Miguel se aproximar e conversar com demetri e eli.

Quando me aproximo vejo meu celular tocar com uma notificação da Yasmine.

É um vídeo ofendendo a Aisha e fico de coração partido . vou até ela mas ela corre pro lado de fora e é a perco de vista. Vejo de longe Yasmine é suas amigas rindo, como eu tô louca pra dar uns tabefes nela.

Volto pra dentro mas antes mando uma mensagem pra aisha perguntado se ela está bem e se ela quiser posso ir em sua casa. mas ela respondeu que é pra eu ficar e me divertir.

E nesse momento começa a tocar uma música lenta.

- me concederia essa dança? - Pergunto ao eli que fica todo vermelho.

- e-eu não danço. - ele fala tímido olhando pra baixo.

- ele dança sim - demeri o empurra pra mim.

Vou o levando até a pista de dança sorrido. Como ele consegue ser tão fofo ?

- eu falei sério quando disse que não sabia dançar - ele fala baixo com a cabeça ainda pro chão. Eu levando sua cabeça com meus dedos o fazendo olhar em meus olhos.

- eu te ensino - digo pegando suas mãos e as colocando na minha cintura.

No início ele não sabe o que fazer mas quando coloco meus braços em seus ombros seu aperto em minha cintura se torna mais firme mas ao mesmo tempo insegura .

Nos não falamos nada. Só sentimos nossos corações batendo forte e posso jurar que nesse momento foi como se todas as pessoas do salão tivessem desaparecidos e são só ele e eu.

Sinto sua respiração em cima da minha cabeça e suas mãos me trazendo mais pra perto mas por um leve momento de timidez ele afrouxa o aperto.

Eu o envolvo pra mais perto de mim o fazendo ofegar. Posso ouvir as vibrações saindo do seu e do meu corpo e me arrisco dizer que estamos na mesma sintonia.

Me afasto aproveitando o pequeno momento de coragem pra o o olhar nos seus olhos. São tão intensos que posso julgar que parece uma mistura de algo, algo que está escondido.

Seus olhos fixam em meus lábios de um jeito que acho que ele nem está percebendo.

Levanto minhas mãos até sua máscara tomando coragem de a abaixar.

Posso sintir a excitação me explodir. Venho querendo isso a muito tempo.

Aproximo sua boca na minha, estamos tão perto que posso sentir sua respiração em meus lábios.

Mas por um instante sinto alguém me empurrar. me tirando do transe e me fazendo cair de Bunda no chão.

Vejo alguns a minha volta rirem, e me viro pra ver quem foi.

foi meu pai. eu o vejo correr atrás de Samanta e Kyler.

Ele nem ao menos se desculpou.

- tá tudo bem? - eli pergunta

- alguém viu? - pergunto saindo da pista e chegando perto dos meus amigos.

- não, ninguém viu - ele parece ter se escondido em sua bolha novamente.

- nossa você tá vem? - Miguel me pergunta - o tombo foi...

- foi muito feio - demetri se intromete - não sei porque perguntou se ela está bem, ela caiu de bunca com tudo no chão. Todo mundo viu. Sorte que não sou você.

- valeu, ajudou demetri. - falo.

depois disso tive que ir pra casa de uber já que minha irmã e meu pai me deixaram sozinha.

Já faz algum tempo desde o baile e o clima daqui de casa vem sendo muito pesado. Parece que depois que fui embora Kyler e seu grupinho bateram no Miguel.

Depois disso o Johnny cancelou as aulas de karatê. Passei boa parte do meu tempo livre na casa do Miguel já que meu castigo acabou e estou com meu carro de novo.

Estou na biblioteca com demetri, Miguel e eli. Eli está encostado na minha perna enquanto estamos conversando.

O clima entre nós ficou meio estranho mas agora já parece melhor.

Miguel ainda se encontra cheio de ematomas e sinto uma pequena culpa por não estar lá no momento.

- acho bem melhor assim, já estava aumentando sua confiança - a fala do demetri chama minha atenção.

- e isso não é uma coisa boa? - Miguel fala confuso.

- claro que não! - o tom de voz do demetri fala como se fosse óbvio - olha miguel, o que a confiança te deu além de um olho roxo e uma mochila jogada na lata de lixo?

- não escuta esse cabeça oca Miguel - falo revirando os olhos.

- eu achei legal o jeito que você enfrentou o Kyler - eli finalmente fala alguma coisa e eu sorrio concordando.

- mesmo não estando lá acho o máximo, Miguel - digo a ele .

- Você tá maluco?! me diga o melhor super poder que alguém pode ter.

- ilusão - falo

- Super força .

- Teletransporte .

- até que ilusão é bom - ele fala pensativo - mas obviamente é invisibilidade Teletransporte fica em segundo lugar porque é bom pra fugir

- Figir de que ? - kyler fala do nada os assustando .

- A gente ja estava de saída tá - os meninos pegam as suas mochilas e se levantam.

- é sério? - pergunto incrédula, não acredito que eles sejam tão covardes.

-ué estão indo pra onde? - ele puxa eli pela nuca com agressividade e ri tirando sarro da cicatriz do eli - Que merda, olha que aberração. que garota beijaria essa coisa?

Eu fico nervosa e o empurro pra longe do eli o asiático fica surpreso e cai no chão com tudo.

- não toca nele! - grito puxando eli pela mão, o colocando atrás de mim.

ele se levanta com um olhar furioso mas sinto que minha fúria ultrapassa a dele. Ele vem em minha direção mas não estou nem um pouco com medo.

- se você tocar um dedo em mim eu acabo com a sua vida - falo quando ele está tão perto de mim que sinto sua respiração nervosa.

Ainda puxando eli pela mão o levo pra fora da biblioteca. Vejo Kyler jogar a mochila do demetri na lixeira e fico mais furiosa. Quando tento voltar pra lá pra defender demetri é a vez de eli me puxar pra longe.

Quando os vejo sair pego a mochila do demetri que está a olhando chateado e lhe mando um sorriso reconfortante.

- vem, eu te ajudo. - falo.

___________

Quando chego em casa descubro que alguém desenhou um pênis no auditor do meu pai. Tento ficar seria mas é impossível.

- não acredito no que você fez! - Sam grita comigo.

- tá falando sobre eu ter colocado pó de mico na cueca do Antony? Porque se for não acredite nele - me defendo - ele é um tremendo mentiroso. - minto em partes já que ele é um mentiroso.

- o que ? - pergunta confusa - não estou falando disso. Você deu em cima do Kyler! - ela me acusa furiosa e eu a olha confusa - e quando ele foi fiel a mim você bateu nele?

- O QUE?, sinceramente Samanta acho melhor você parar de beijar ele, porque ele está sugando seus últimos neurônios.

- isso não tem graça - ela fala séria - eu esperava isso de qualquer uma menos de você!

- pera é sério? - pergunto incrédula - acha mesmo que EU ia dar em cima dele?

- para de ser cínica cassandra. Ele me contou - ela para bem na minha frente - sempre achei que você tinha inveja de mim.

- você vai acreditar nele? - ela me olha com raiva - inveja de você? - pergunto rindo .

- confio mas nele do que em você.

- então recomendo terapia. E se você acha que eu sou uma vadia tudo bem mas o que mais me machuca é você pensar que eu daria em cima do Kyler! Era só o que me faltava.

Seu olhar vacila por um instante e eu chego mais perto dela e sinto meu sangue ferver.

Se Meu pai não abrisse A porta nos chamando atenção eu poderia fazer coisas que provavelmente me arrependeria depois.

- Sam, Kyler chegou.

Ela me olha com a raiva e mágoa retornando em seus olhos .

- só não... fala mais comigo.

Ela se afasta e kyler me olha vitorioso.

- tchau cassandra - ele a leva pela cintura.

- cass tá tudo bem com a Samanta? - meu pai pergunta .

- não me importo. - falo indo pro quarto.

Fico a madrugada inteira estudando pra prova de química já que só péssima mas acabo caindo no sono.

Depois de um tempo minha porta é aberta no meio da madrugada .

É Samanta. Ela se deita no outro lado da cama com os olhos meios tristes suplicando por perdão.

- não. - digo a ela e ela sai magoada.

Me sinto mal por fazer isso. Mas dessa vez não! Estou muito chateada com ela. Ela me machucou .

QUEBRA DE TEMPO...

Estou indo pra cozinha quando Anthony aparece e me empurra tentando apostar corrida comigo, e eu não posso negar um desafio. eu ganhei.

- perdedor - falo com um sorriso de vitória.

- não valeu, você colocou o pé na frente.

- eu não coloquei - coloquei sim - aceita perdedor.

Me sento na mesa vendo bolinhos secos .

- um bolinho inglês seco? Aonde estamos? No Afeganistão? - antony pergunta . - eu quero um burrito.

- dessa vez eu tenho que concordar com ele - falo olhando estranho pro bolinho. - tem algo melhor não?

- isso aqui não é um restaurante não. - meu pai fala nos tando um tapa na cabeça

- bom dia, querida. - minha mãe comprimenta a Samanta que entra na cozinha.

- bom dia - ela sorri pro pai - hoje não tem panquecas de banana?

- tá brincando? Eu vou preparar um monte de panquecas pra você - fala animado se virando pra cozinhar .

Eu e Antony nos olhamos estranho fazendo uma careta .

- pensei que não fosse um restaurante - Antony fala e eu concordo .

- come seu bolinho. - manda.

Hoje estou de bom humor já que o sensei, não sei como, me ligou falando que tem uma possibilidade de abrir o dojo novamente.

- filha amanhã vai fazer calor - meu pai fala pra Sam - você pode chamar o Kyler pra nadar.

- o kyler não vai mais aparecer aqui - ela fala olhando na minha direção.

- Sinto muito querida

-Que pena - meu pai fala com a maior cara de fingido do mundo

-Tenta esconder a felicidade - Sam fala brincando.

-O que? Feliz? Essa é a minha cara triste

- O que você acha ? - ela me pergunta quando estou saindo pela porta. Faço uma cara de desentendida - sobre o Kyler .

- eu acho que sou vadia de mais pra poder opinar . - falo batendo a porta.

Quando chego no dojo Johnny está mexendo em alguns troféus.

- olha só que milagre, como você conseguiu se comunicar comigo? - falo brincando

- tem uma coisa chamada telefone celular - ele responde - eu não sou um velho que não sabe nada da Internet. É fácil, é so clicar e mandar pra Internet.

- olha só um gênio - falo me sentando na mesa e ele me olha torto.

- você é muito abusada hein - ele me empurra da mesa - sai que você não está em casa.

Quando eu ia responder a porta se abre, é Miguel.

- Minha mãe deixou eu voltar - ele fala e eu pulo animada o abraçando ele retribui e me levanta tirando meus pés do chão - bem se tivermos um dojo - ele fala me colocando no chão novamente.

- por enquanto temos, mas eu quero saber se estão prontos para o próximo nível . - ele fala revezando o olhar em mim e no menino .

- sim, sensei. - respondemos ao mesmo tempo.

- você levou uma surra porque não sabia se defender, então vou te ensinar a maior defesa que é o Ataque, sacou ? - ele fala entrando em posição de luta.


Eu e Miguel o olhamos com admiração .

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essa é a fantasia que eu pensei pra ela mas se vocês quiserem podem pensar em outra.

Estou muito animada pra escrever a transformação da Cassandra e a evolução do falcão.

XOXO