capitulo 1
Estou deitada com minha mãe e o Anthony assistindo meu filme favorito,
"Simplesmente acontece". bem pelo menos eu e minha mãe, já que meu irmão não sai do Tablet.
- esse ator é um pitéuzinho. - minha mãe disse se referindo ao ator.
- pitéuzinho? - rio. - não estamos nos anos 80 mãe. mas eu casaria muito com ele.
Eu gosto deses pequenos momentos com a minha mãe. É bom aproveitar o momento que ela dedica á mim, por mais que sejam raros. Depois de uns minutos ela fala novamente.
- tá na cara que eles se gostam. – fala apontando para a TV.
- É, se eu fosse ela metia logo um beijão nele. - falo enfiando uma mão inteira de pipoca na boca
- Eca. - Anthony fala com uma cara de nojo. Não somos muito próximos mas eu pelo menos eu tento.
Quando minha mãe sai da sala nos deixando sozinhos me aproximo dele.
- Por que você não sai desse troço? - falo puxando o Tablet das suas mãos.
- e porque você não tem amigos? - ele puxa o Tablet das minhas mãos e sai, me deixando de boca aberta.
- Pra que tanta agressividade? - falo sozinha.
Eu tenho amigos, bem, quatro para ser exata, mas continuo tendo amigos se meu ex conta. Sempre fui de fazer as coisas sozinha.
Com a Sam sendo a mais velha e o Anthony o mais novo acabei ficando para escanteio, mas atenção não me faz falta mais.
Depois de tanto tempo você acaba se acostumando e por mais que eu ame minha família isso me deixou de alguma forma mais sozinha.
Vejo Sam e suas amigas passando pela sala, estão todas arrumadas enquanto eu estou com uma calça moletom e a parte de cima de um pijama perdido. Ótimo vou virar alvo de piadas.
- Vai deixar ela aqui sozinha? - sussura a morena, que se chama Moon.
Moon é a mais legal das amigas da Samantha. Um pouco louca mas eu gosto dela.
- Ela não se importa. - Samantha responde sussurando.
- quem liga vamos logo. - a loira fala no mesmo tom.
Yasmine é a pior. Não sei como Samanta aguenta ela. A moon é Maria vai com as outras então isso já diz muito.
Finjo que atendo uma ligação, falo como se estivesse que ir a uma festa super legal. Eu sei que não é legal mentir mas, eu não posso deixar elas saírem por cima.
- Ainda está cedo - continuo as vendo prestar atenção na minha "conversa". - Ainda são 10 horas, tá cedo pra chegar na república. - Faço silêncio depois continuo - não Lucca, só chego às meia noite é essa hora que começa a verdadeira festa.
Não estou mentindo não basicamente. Lucca está em uma festa da faculdade ele só não me convidou. Bem depois de eu recusar 999 vezes ate eu desistiria mas poxa todo mundo sabe que a 1001 é a vez da sorte.
Finjo desligar o celular e mando um olhar para elas como se dissesse "o que estão esperando, vadias? Cai fora!" faço sinal para elas saírem com a mão.
Quando minha mãe volta dou uma desculpa esfarrapada falando que fiquei menstruada e presciso comprar absorventes porque os meu acabaram.
Ela fala para pegar um da Sam mas digo que gosto de ter os meus próprios.
Entro no meu carro e dirijo até a lanchonete pra comer um hambúrguer.
Peço para a viajem, pra comer no carro. Sabe como esses adolescentes de hoje em dia são, não podem ver uma pessoa sozinha que grava pra postar com a legenda "liberdade ou solidão". Meu maior medo.
Enquanto como vejo no celular os vídeos das pessoas se divertindo em festas ou coisas do tipo e por mais que eu goste de ficar sozinha, odeio me sentir solitária e é isso que sinto no momento.
Descido comprar uma bebida pra beber escondido em casa e vou até o mercadinho comprar.
Tomo meu milk-shake de chocolate e vou seguindo meu caminho.
Vejo uma mendinga sentada na porta.
- Me dá dinheiro! - grita me assustando. Ela sempre faz isso.
- Aí porra! - cuspo quase todo meu milk-shake na minha blusa. - Que nojo. - jogo uma nota de 20 dólares pra ela.
Ok, eu tenho pena dela.
Pego a bebida e vou até o caixa.
Vejo um menino que parece ser latino e um homem loiro que parece um mendigo. Espero chegar minha vez do lado do garoto.
- Oi. - fala o menino nervoso chamando minha atenção.- desculpa eu.. - ele tenta falar mas fica mais nervoso.
- A gente já se viu? - Pergunto segurando a risada.
- Eu vou começar no West Valley e seria bom já conhecer alguém, quer dizer você parece ser legal, não!, eu não queria dizer isso...- ele fala claramente nervoso. - não que você não seja legal...
- eu já entendi - o interrompo rindo do seu nervosismo.
- podemos recomeçar? - ele fala tímido. - eu sou Miguel, acabei de me mudar e não estou nem um pouco nervoso em começar em um lugar novo.
- Cassandra - me apresento segurando sua mão - E posso ser sua guia, pode apostar que eu sei os melhores lugares dessa cidade.
Depois de um silêncio confortável Miguel tenta puxar assunto com o mendigo loiro.
- Minha avó tá doente. - ele diz do nada
- não perguntei.
- Melhoras para ela. - Dou um sorrisnho ao Miguel que fica meio nervoso.
Depois de uma leve discussão entre o atendente e o mais velho, ele sai do mercado deixando apenas eu e Miguel.
— Você. — ele diz suspirando quando me ve. Amostro minha identidade falsa que ele já está cansado de ver mas mesmo assim pede.
— Qual é? A gente se vê quase todos os dias e mesmo assim você insiste na minha identidade.
—São as regras, pequena.
— É, mas eu não acho que minha identidade mudou desde a última vez.
Como ele pode duvidar de mim? Me sinto até um pouco ofendida.
Suspiro quando vejo o Kyler e seus projetos de idiotas entrarem na loja. Ele é o mais babaca do colégio. Nem dá para acreditar que minha irmã está saindo com ele.
- Oi, Cassandra. - um deles me comprimenta mas eu ignoro.
- Eles estudam em West Valley?
- Infelizmente. - respondo.
Ao saber que os meninos são menores de idade o atendente praticamente os expulsa do mercado, Kyler não deixa passar despercebido que foi Miguel que os "entregou" e o leva a empurrões até o lado de fora.
- Você tá louco? - grito tentando o afastar de Miguel.
Deixo minha sacola em um canto e o empurro tentando o parar mas recebo um empurrão e caio de bunda no chão.
- Por que está defendendo esse nerd? - me levanto e o mando se afastar, mas um de seus amigos me segura. - sorte sua que não tocamos em mulheres.
Tento respirar fundo para me acalmar mas não consigo "não entrar briga." não faz sentido pra mim.
Dou um chute na barriga dele e vou até o Miguel.
- eu juro se você fizer alguma coisa com....
Ele praticamente me ignora e joga o remédio na cabeça do Miguel.
Eu praticamente pulo em cima do asiático dando socos em seu abdômen quando ele tenta me dar um soco desvio mas logo em seguida ele me joga no chão e um se seus amigos me segura novamente.
Tento me livrar de seu aperto o dando chutes, dou um tão forte que ele me joga no chão com toda sua raiva.
Quando ele vem pra cima de mim eu dou um chute em suas partes e me afasto.
Kyler joga Miguel em cima de um carro vermelho, e parece que foi a gota d'água pro homem que estava sentado comendo pizza .
- ei cuidado com o meu carro! - fala o homem loiro do mercadinho chamando a nossa atenção.
- Quem é esse doidão aí?
- Deixem esse nerd e a garota estranha em paz.
- Valeu? – digo confusa.
- Olha lá, o maluco comendo no mercadinho que nem um mendigo.
Ok, eu pensei mas não falei. Isso continua sendo babaca da minha parte mas, ok.
- Pera aí, eu conheço esse cara, é o imbecil que limpou a fossa do meu pai.- todos do seu grupo de idiota riem o que me faz revirar os olhos.
Tão nojentos!
Vejo que estão distraídos e puxo o menino para longe nos afastando do resto.
- Ah, por isso que ele tá cheirando a merda.
Como a Samanta suporta esse pessoal ?
- Olha aqui, vocês estão irritando o cara errado, no dia errado. - diz o homem ficando nervoso.
Puxo Miguel pra trás de mim. se alguém tentar bater nele vai ter que passar por mim.
Tá, faz tempo que não treino mas não esqueci de tudo
O Kyler o empurra e é o bastante para uma luta explodir no estacionamento, é tudo tão rápido que quase não deu pra reconhecer esses golpes, claro meu pai já me ensinou alguns mas nunca fui muito interessada mas a partir de hoje irei dar mais valor.
Depois que acabou eu e Miguel ficamos de boca aberta.
- Isso foi...
- Puta merda - interrompo.
Vou pegar minha garrafa e fico com pena do coitado do Miguel que está todo sujo com o remédio, entro e compro uma outra garrafa do remédio de sua avó.
Quando saio vejo o homem sair algemado, e olho para o Omar.
- Sério? - Digo mas ele só dá de ombros. Idiota.
- Toma Miguel. - o entrego mas ele fica com cara de desentendido. — para sua avó .
Menino lerdo.
- Obrigada, mas eu realmente... - eu lhe dou um sorrisinho e entro no carro .
- Eu falei sério quando disse que posso te mostrar essa coisa que as pessoas chamam de lar.
Dou partida no carro. Ainda estou eufórica pela briga que acabei de assistir.
Antes de sair do carro dou um gole na garrafa quando vejo a minha casa.
Eu deveria estar acostumada a chamar essa casa de lar, mas parece impossível pra mim. É como se eu fosse deslocada e por mais que eu tente nunca irei me encaixar.
Talvez o problema esteja em mim.
- Mãe você não sabe... - conto animada mas sou interrompida.
- onde você estava? - ela diz preocupada. - estávamos preocupados.
Olho para meu pai que está me encarando.
- Samanta nos contou que vocês foi a uma festa da faculdade. - ela fala irritada a palavra "faculdade".
Olho para Samanta que está com uma cara de culpada. Fofoqueira descarada.
- O que?! - grito - eu estava no mercadinho e passei na lanchonete rapidinho.
- olha Cassandra eu sei que eu não devia falar mas é para o seu bem. - ela fala com a voz mansa.- eu vi ela falando no telefone com o Lucca.
Eu a olho com tanta raiva que sinto que se meus pais não estivessem aqui eu estrangularia ela.
- Mentira!
- Olha, Cassandra.- começa meu pai dando a sua famosa bronca - eu sei como é entrar na adolescência e sei que você está passando por isso mas eu não vou admitir esse comportamento aqui...
- Eu não estava com o Lucca. - tento manter a calma respirando fundo.- não é porque o Lucca tem seus problemas que eu vou ter também, eu estava no mercadinho e comi um hambúrguer, só.
- Olha oque tem na bolsa dela pai - se intromete o Anthony. Ele há de me pagar por isso.
Fico em choque mas tento manter a calma.
- É sério isso? - digo ofendida. - vocês vai me revistar?
Exagero na parte do "revistar" para ter um impacto maior. Minha mãe me ignora e toma a bolsa da minha mão.
Eles me olham com um olhar tão grande de reprovação que sinto doer dentro de mim.
- Vai trabalhar por 2 semanas na concessionária do seu pai.— minha mãe se pronúncia depois do silêncio matador.
Eu concordo com a cabeça e subo para o meu quarto. Me jogo na cama e tento me sufocar com o travesseiro.
Eu não posso dizer nada aliás foi pega com bebida mas a parte de faculdade não é verdade. Não aconteceu.
Tudo por uma brincadeira idiota.
- cassandra. - ouço a Samanta bater na porta.
- Só vai embora - digo mas ela continua batendo. - Eu mandei você ir embora!- gritei.
Já não basta ter me entregado sendo que eu nem fui, se eu soubesse teria ido.
Tô louca pra ir embora desse lugar
Notas da autora:______________________
Escrevi essa fic a MUITO tempo e quando eu escrevi não tinha o mínimo de senso, então me perdoem os inúmeros erros de português que essa fic possui.
Eu não tinha a mínima noção. Já estou pensando em como irei consertar o máximo de erros que eu conseguir.
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