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YANGMI

Minhas mãos estavam ensopadas com o sangue de Jae, tremendo com as dele sobre a maca que era direcionada à sala de cirurgia. Nossos dedos estavam entrelaçados enquanto os enfermeiros tentavam estancar o sangue escarlate que jorrava do ferimento dele.

Meus olhos ardiam pelas lágrimas contidas. Ele havia sido esfaqueado no meu lugar. Havia sido esfaqueado por minha causa. Se algo acontecesse a ele, eu nunca me perdoaria.

Ele moveu os lábios e me aproximei para ouvi-lo, meus olhos fixos nos seus. Ele tossiu, franziu o cenho pela dor.

— Você poderia sorrir para mim... — a voz de Youngjae um pouco mais a cada palavra, seu peito descia e se demorava cada vez mais para subir.

— Cara, vai ficar tudo bem! Tá me ouvindo? — Jackson também tinha os olhos vermelhos por conta do choro.

— Sim... — consegui dizer, os dedos de Youngjae se apertando aos meus — Você vai ficar bem, Jae, eu prom...

Antes que eu pudesse terminar, os enfermeiros já nos empurravam para longe da maca, brandando que deveríamos ficar na recepção. Soltei as mãos de Jae com hesitação, vendo
seus olhos me seguirem dolorosamente enquanto levavam Youngjae para dentro da sala.

Por que tudo isso tem de acontecer? O momento em que Jae fora esfaqueado não sai de minha cabeça. Toda aquela cena retorna vezes e vezes, uma tortura incontável. Quero arrancar as lembranças da minha mente, quero retroceder, rebobinar essa fita e tomar
caminhos diferentes. Se eu pudesse mudar qualquer coisa, começaria por ele.

As lágrimas brotavam em meus olhos novamente, Jackson murmurava ao meu lado em uma reza ruidosa, jurando coisas que não podia cumprir em prol da recuperação de Youngjae. Eu sabia que ele se segurava para chorar também, mas não conseguia
entender...por que Youngjae apareceu lá sozinho? Por que não Jungkook e Mark junto com ele? Eu me nego a pensar que Jungkook não tenha ido com Jae por birra. Ele não
faria isso...não é possível.

Falando no diabo, aqui está ele!

— Mi! — chamou, e me virei de uma vez para seu encontro, porém ele não me via.

Jungkook estava parado na recepção, os olhos brilhando, passando por cada rosto ali. Ele procurava por mim e, quando me encontrou, me tomou nos braços em um aperto do qual me neguei a largar. Seus braços rodearam minha cintura e arfei quando ele me tirou do chão. Todo aquele pânico, todo aquele medo se dispersou.

Passei meus braços pelos ombros do mesmo, escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço, apertando os dedos no tecido de sua camiseta. As teimosas lágrimas simplesmente eclodiram em cascatas molhadas que escorriam por minhas bochechas.
Uma de suas mãos afagava meus cabelos.

— Shh... — ele pediu, e fechei meus olhos. Ouvir sua voz era reconfortante — Está tudo bem agora.

Meus olhos se abriram. Ele havia mesmo dito isso ou estou apenas ouvindo coisas? Não posso acreditar.
Me afastei do seu abraço, encarando-o com seriedade. Enxuguei as lágrimas com as costas da mão.

— Bem? — me afastei alguns passos para trás e todo o meu pânico repentinamente se transformou em raiva — O Youngjae foi esfaqueado! Ele foi esfaqueado no meu lugar, bem na minha frente! Você diz que tudo está bem?! Jungkook, nada está bem.

Ele não tinha expressão alguma no rosto. Respirou profundamente, assentando com a cabeça. Estendeu as mãos para segurar as minhas na frente do corpo. Eu me imaginei acertando um soco forte em seu rosto.

— Onde você estava? — sussurrei como uma suplica.

— Me desculpa — foi tudo o que disse antes de tomar meu rosto com as mãos e se inclinar para me beijar. Senti a textura dos seus lábios em minha testa, demorando-se ali. Fechei os olhos, repousando minhas mãos sobre as suas, as segurando como se aquilo fosse tudo o que eu tinha.

— Ele vai ficar bem — completou, e percebi que ele me olhava. Balancei a cabeça positivamente — Eu tenho que o agradecer por ter te defendido.

— Olha, eu sei que vocês estão tendo o momento de fofoca de vocês, mas temos que saber o que está acontecendo — Jackson pigarreou, fazendo com que eu e Jungkook nos afastássemos instintivamente. Eu havia me esquecido completamente da presença de
Jackson e Jungkook também.

Tentei me explicar, mas Jackson abanou as mãos como se dissesse para deixarmos a questão de lado, embora tivesse as sobrancelhas cerradas. Ao seu lado, Mark repousava o peso do corpo na parede, os olhos também vermelhos como os nossos.

— Podem parar de fingir, tá? — Jackson continuou — tanto faz se vocês estão namorando ou não, depois eu me preocupo com isso. O que eu entender agora é, o que está acontecendo? Por que aqueles desgraçados levaram meu colar? Por que queriam o seu colar?

Apontou para mim, minha mão já repousada sobre o pingente. Balancei a cabeça com a ideia. Não gosto de me imaginar sem ele. Não há nada de valioso nele. Não contem diamante, ouro nem rubi. É simples e seu único valor é sentimental, um presente fúnebre de nossa mãe.

Foi só ao olhar para Jackson dessa vez que percebi o quanto estava triste com a perca. Seu colar era um complemento do meu, as pedras se encaixavam perfeitamente. Ele fechou os olhos por um momento, respirando fundo.

— Temos que contar a eles, Jungkook — Mark cortou, e Jungkook balançou as mãos ao pedir-lhe calma — eu não aguento mais isso.

— O que vocês dois estão escondendo?

— Jackson encarou Mark ao seu lado — Do que estão falando?

Mas, para nossa surpresa, a voz que nos respondeu era completamente diferente das presentes na conversa. Nos viramos, olhos vidrados na presença que furtivamente houvera se aproximado. O diretor vestia o mesmo terno marrom de sempre.

— Os colares de vocês juntos formam uma chave.

Pensei em questionar, mas não saberia como fazê-lo. Jungkook encolhia os ombros.

— Chave? — Jackson arqueava uma das sobrancelhas.

— Os colares formam uma chave capaz de abrir um baú enterrado em afloresta da escola — ele fez uma pausa — um baú que contém uma força inumana de dar a uma pessoasucesso em tudo o que ela quiser.

Isso não se encaixa! Por que diabos os colares que nossa mãe nos deu se transformar em uma maldita chave? Eu me acostumei com o fato da escola ser cheia de maluquices, mas as pessoas? Isso não.

Eu soltei uma risada fraca que logo desapareceu quando notei Jungkook cabisbaixo.
Antes que eu pudesse chamar por si, outra voz gritou por mim e meu irmão. Meu pai corria em nossa direção, puxando-nos para um abraço intenso quando nos alcançou.
Despejou um beijo em minha cabeça e depois na de Jackson, bagunçando nossos cabelos em seguida.

— Pai — eu o cortei e seus olhos encontraram os meus — sobre o colar...

— É verdade — ele não hesitou — é uma longa história, mas é verdade. Por isso mandei vocês para o internato, o diretor garantiu que vocês teriam segurança.

Minha mente era uma bomba relógio. Eu estava prestes a explodir. Isso é surreal, não posso acreditar que seja verídico.

— Assim como disse, eu cumpri. Tanto Mark quanto Jeon foram excelentes quanto a segurança dos dois — o diretor sorria orgulhoso.

Espera.

Jungkook meu segurança? Foi por isso que desistiu da bandeira para me proteger. Foi por isso que estava tão preocupado estes dias. Por isso ele estava sempre por perto. Meu Deus, eu não sei quanto mais disso vou suportar. Jungkook é apenas meu segurança?
Nada além disso?

Senti suas mãos apertarem as minhas, senti o toque macio dos seus dedos sobre meu queixo fazendo com que meus olhos encontrassem os seus. Seus olhos brilhavam assim como as estrelas, mil pontos de luz distante por quilômetros, exibidos em constelações
perfeitas no céu. Seus lábios rosados cheios, a cicatriz em uma das bochechas, o contorno do maxilar. Ele era perfeito...uma obra esculpida com extrema maestria.

Mas pensar que tudo entre nós fosse apenas uma maneira mais fácil para ele trabalhar, de que era uma forma definitiva de ficar de olho em mim...

— Mi, olha para mim — ele pediu — eu realmente te...

Mas ele não terminou. A médica que entrou pela sala de espera foi quem teve toda a atenção, a prancheta pesando de folhas nos braços.

— Familiares de Choi Youngjae?

Afastei minhas mãos das de Jungkook e olhei para a médica que arrumava a armação retangular dos óculos no rosto. O diretor fez uma mesura breve antes de se apresentar para ela e questionar sobre o estado de Jae.

— O corte que ele teve na região do tórax foi profundo, mas por sorte não atingiu nenhum órgão. — Juntei as mãos na frente do rosto, agradecendo por aquilo — Ele ficará de
observação pelas próximas vinte e quatro hora, então veremos se seu estado se estabiliza ou não. Manteremos o internado até então.

Ela devolveu a mesura antes de nos dar as costas e desaparecer pelo corredor. Eu me via sorrindo de novo e, céus, que alívio. Youngjae estava bem.

Busquei por Jungkook na sala de espera, o encontrando no fim do corredor junto a Mark e o Sr.Kim. Pareciam estar somente conversando, mas ouvi quando Jungkook elevou seu
tom de voz e me afastei dali. Quando me virei, acabei por me esbarrar eu meu pai. Forcei um sorriso para ele, cruzando os braços.

— Você vai me contar ou não? — eu questionei.

Ele tinha as mãos em meus ombros e o corpo inclinado quando deixou um selar breve em minha testa. Desde que minha mãe morreu, é meu pai quem tem cuidado de mim e Jackson. Certo que morei com minha avó por um tempo, mas ele me ligava todos os dias
e duas vezes no mês arrumava um jeito de ir me ver. Sempre presente, não importasse a distância.

— Eu prometo contar a vocês dois, mas não agora, está bem? — fez uma pausa

— Vocêsnão sabiam que eles eram seguranças, não é?

Eu balancei a cabeça negativamente. Senti a desesperança me alcançar de novo.

— Jungkook e eu estamos namorando — disse, e ele arregalou os olhos — mas agora não tenho certeza se isso é verdade. Não sei se ele me pediu em namoro só para facilitar seu
trabalho ou se realmente gosta de mim...

— Por que não pergunta para ele? — franzi a testa quanto a isso.

Mark e Jungkook haviam acabado de entrar na sala de espera. Jackson imediatamente se levantou da cadeira, fazendo questão de se esbarrar em Jackson ao se afastar.

Meu pai suspirou, observando enquanto meu irmão deixava a sala. Se afastou de mim, deixando alguns tapinhas no ombro de Mark antes de seguir atrás de Jackson. Jungkook
por sua vez tinha a cabeça ainda baixa, como se evitasse por tudo olhar para mim. Me aproximei dele, sentando-me na cadeira ao seu lado. Eu gostaria muito que ele me dissesse algo, de verdade, esperei que o fizesse, mas ele não o fez.

— Você deveria ter me falado — eu me mexi ruidosamente na cadeira para lhe chamar atenção.

— Me desculpe — ouvi-o dizer e, desta vez, ele me encarou — Eu queria ter te contado, mas tinha muito medo.

Essa é novidade. Medo de quê?

Ele abriu a palma da mão, estendendo-a na minha direção. Repousei minha mão sobre a sua, entrelaçando nossos dedos.

— Tenho medo de perder você — ele disse, simplista. Pisquei os olhos com força, talvez aliviada pelo que ouvia — eu tenho medo de que você pense que estamos juntos para facilitar meu trabalho.

— E não é isso? — perguntei, com medo da sua resposta, mas ele riu.

— Estamos juntos porque eu realmente amo você, Yang.

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