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05 - O Outro Lado - Parte 03


Seus pais chegaram cedo. Como estavam muito cansados devido ao trabalho, decidiram ligar para a pizzaria. Em instantes o entregador parou em frente ao portão. Alex fora buscar e pagou com o cartão de crédito de seu pai. Alice arrumou a mesa com os pratos e copos para o refrigerante. Seus pais desceram e juntaram-se a eles. Em minutos eles destruíram uma deliciosa pizza de calabresa com queijo e muita pimenta.

Após terminarem o lanche, Alberto deixara sua família assistindo a um filme de suspense e fora para o escritório terminar alguns relatórios de seu trabalho. Alice batera à porta e pedira licença para entrar. O escritório era uma sala bem ampla. Em uma das paredes havia uma estante embutida, com vários livros de variados assuntos.

As cortinas na janela haviam sido fechadas por seu pai, que estava sentado atrás de uma mesa com vários papéis e pastas. Alice sentou-se em um sofá acolchoado próximo à estante de livros. Estava ainda sem coragem para perguntar ao seu pai. Tinha medo de magoá-lo ou se magoar com a verdade. Seu pai pedira um tempo para terminar de preencher um dos relatórios mais importantes e já lhe daria a atenção necessária.

Ela ficou olhando para o tapete turco que estava no centro do escritório. A mancha de suco de uva, ainda estava em uma de suas bordas. Ela derrubara ao tentar se esconder de seu irmão ali. Seu pai levantou-se da cadeira e sentou do lado de Alice. Ela estava de cabeça baixa. Ele ergueu seu queixo de leve, fazendo-a olhar em seus olhos.

— Pai, me promete que não vai mentir para mim seja qual for a pergunta? — falou ela.

— Claro minha filha — sorriu ele. — O que seria?

— Eu sou adotada? — falou sem encará-lo.

— O quê? Como assim minha filha, de onde tirou essa ideia? — ele disse pondo se de pé.

— Ora, é só olharmos no espelho — ela o puxou para um espelho que estava em uma das paredes. — Tenho cabelos vermelhos, e não só os cabelos, mas as sobrancelhas, os pelos dos meus braços, enquanto que os seus são castanhos.

— Alice... — seu pai tentara dizer algo, mas ela continuou.

— Meus olhos são verdes, os seus são dourados, vovó e Alex também. A mamãe nem se fale, os dela são quase azuis. Tem alguma coisa que vocês não me contaram — Alice tinha se sentado e limpou as lágrimas de seu rosto.

Alberto não disse nada. Pacientemente foi até um armário que estava atrás de sua mesa e apanhou uma pasta preta. Ele a abriu e tirou alguns papéis de cor esverdeada. Os entregou para Alice. Ela estava olhando para sua certidão de nascimento e para a de Alex. Alguns documentos do hospital informavam o dia e a hora exata de seus nascimentos.

Nos documentos que estavam seu nome ela viu seu pezinho carimbado junto com a digital de sua mãe. Ela olhou outro papel. Um exame de DNA que comprovava que ela era mesmo filha deles. Alice chorava sem parar ao ler cada palavra que havia naqueles documentos. Seu pai parou em sua frente se ajoelhou de modo que seus olhos ficaram na altura dos de Alice.

— Minha filha, você não foi a única que fez essas mesmas perguntas. O médico nos disse que você poderia herdar os genes de nossos mais antigos familiares. Também nos certificamos de que você não fora trocada por acidente — disse ele limpando os olhos de Alice. — Acha que esconderíamos isso de você?

— Desculpe papai. Não quis ser inconveniente — soluçou.

— Que isso Alice, você tem todo o direito de querer saber, mas como foi que essa ideia surgiu nessa sua cabecinha? — ele sentou novamente ao lado dela.

— Foi só uma coisa boba que aconteceu e isso me deixou um pouco confusa — ela riu nervosa. — Não diz nada pra mamãe, não quero que ela se chateie.

— Claro minha querida — ele afagou seus cabelos gentilmente. Voltou à sua mesa e continuou seu trabalho. Alice saiu do escritório, apesar das lágrimas ela estava feliz.

*****

Como prometido Nena havia preparado um jantar deliciosamente esplêndido. O café da manhã não fora diferente. O sábado não estava frio como deveria. O sol aquecia cada canto da chácara. Alice, Catherine e Rebecca acordaram cedo e já desceram com o primeiro chamado de Mônica. Alex e Otávio demoraram a descer, Alberto teve de ir chamá-los, pois ficaram até tarde acordados.

A mesa estava recheada com jarras de suco, fatias de bolo, leite fresco, queijo, pães caseiros e muitas delícias de se perder de vista. Alice via toda a agitação dentro da casa de sua avó e a última vez que a casa estava cheia assim fora na festa de despedida para seus tios Emily e Rodrigo Demerwick, que foram embora para o exterior.

Ela estava contente com tanta alegria, para poder espantar o clima ruim que havia pairado sobre ela por esses dias. Sua avó os comunicara que uma coisa estranha tinha acontecido no vale e com a cachoeira, ela vira isso numa visita rápida com Nena para espairecer os nervos. Seus pais ficaram de ir até lá. Alex como sempre curioso quis ir à frente, Rebecca o acompanhou. Alice e Catherine viram que Otávio não estava muito à vontade para sair.

Com muito sacrifício e esforço elas conseguiram tirá-lo para fora. Estava bem quente já, então resolveram pôr roupas mais leves para poderem andar mais confortavelmente no vale. Catherine e Otávio visitaram a chácara da avó de Alice uma vez e quando crianças. Não mais se lembravam do caminho. Imitando uma guia turística Alice fez uma pose e começou a falar como em uma excursão escolar. Seus amigos riam enquanto observavam cada parte do bosque em que eles estavam.

Catherine tropeçara no mesmo lugar que Alice algumas semanas atrás. Ela chutou as folhas secas e viu um nó de uma raiz, que era da mesma grossura do braço de Otávio. Alice riu e a ajudou a se levantar. Continuaram seu caminho até a saída do bosque que estava poucos metros à frente. Um grito fez com que os três amigos corressem rapidamente para a luz que invadia o bosque.

Um grande buraco se abrira no lugar em que costumava ficar o lago e a água que caía da cachoeira girava num redemoinho até esse o centro desse buraco. Rebecca estava parada perto da grama tentando inutilmente alcançar Alex que estava sendo puxado até o olho daquele redemoinho. Ele se agarrara em uma pedra e tentava livrar-se da correnteza. A força com que a cachoeira jorrava a água era de forma surpreendente. Catherine puxou Rebecca para trás e tentou acalmá-la.

— O que houve Rebecca? — Catherine sacudia Rebecca tentando tirá-la do estado em que estava.

— Eu não sei direito, ele caiu e eu não sei nadar e... — ela chorava desesperadamente.

— Tudo bem, se acalme. Vá até o bosque e procure um cipó ou um galho bem forte para puxarmos ele — disse Alice. Ela assentiu e entrou no bosque. — Se não encontrar corra até meus pais!

Otávio pulou no redemoinho e nadou até Alex. Segurando-o firmemente ele deu um aceno para Alice e Catherine indicando que estava tudo bem. Mas na verdade não estava. De repente o céu ficou escuro e nuvens negras cobriram todo o vale. A correnteza ficou mais forte e a cachoeira começou a jorrar mais água que o comum.

Alex não conseguiu segurar na pedra por muito tempo e foi arrastado para o grande buraco por onde a água estava caindo. O mesmo aconteceu com Otávio. Catherine chegou mais perto para tentar ver com clareza e também fora puxada para o interior do redemoinho. E de uma maneira estranha, já que a jovem estava longe da beira do lago.

Alice não podia crer no que estava vendo. Os ventos dobravam as árvores, quase as arrancando do chão. Alice soube que era isso que sua avó quis dizer. Não teria outra escolha. Alguma coisa aconteceu e o lago ficou assim. Não podia deixar seus amigos e seu irmão desaparecerem naquele buraco, para Deus sabe onde.

Esperar poderia ser tarde demais. Fez a única coisa que lhe passou pela cabeça. Um pensamento insano, mas o mais oportuno para ela. Correu em direção ao centro do redemoinho e pulou. A água gelada comprimiu seus pulmões. Estava sendo puxada para o centro daquele estranho vórtice aquático. Os barulhos do vento e do turbilhão se misturavam. Alice foi engolida.

Uma escuridão a envolvera. A água desaparecera e o redemoinho agora era de cores e ruídos. Ela não estava caindo. Parecia que ela estava sendo desintegrada, como se as moléculas de seu corpo estivessem se separando uma das outras. Um zumbido e não viu mais nada. Bateu com as costas numa clareira cercada por árvores e arbustos.

Ela olhou a sua volta e viu Catherine deitada desacordada. Otávio e Alex estavam cuidando dela. Uma figura encapuzada saiu de trás de alguns arbustos e estava envolta em uma névoa densa. Caminhava na direção deles. Catherine acordara e sentara com a ajuda de Otávio. Alex ficou entre Alice e o ser misterioso que ali estava. Um ser que Alice já vira antes. Em um sonho. Seu rosto estava oculto pela névoa que espiralava ao seu redor. Ele parou e com um aceno de mão a névoa desapareceu. Seus olhos não podiam ser vistos, mas podiam ser sentidos.

— Alice. Que bom que voltou! — disse.    


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