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04 - O Circo e o Dom - Parte 01


O vento sacudia as árvores do jardim, algumas nuvens cobriam o céu e a lua cheia brilhava imponente. As duas garotas estavam sozinhas e nada diziam, apenas olhavam para o local certificando-se de que não havia mesmo ninguém por perto. O local estava vazio, exceto, talvez, por algumas corujas que piavam nos arredores. Cobertas por capas pretas as jovens deram início ao ritual, apesar de uma não parecer contente com o local ou qualquer outro motivo, a outra demonstrava o quanto queria fazer aquilo.

Um grande tecido claro foi estendido no chão sobre um círculo previamente desenhado. A garota de cabelos vermelhos, receosa, acendeu no chão pequenas luzes que foram improvisadas com gravetos e fogo. A garota de longos cabelos negros posicionava o caldeirão e arrumou as pedras ao seu redor formando um triângulo. Tirando da bolsa um punhado de ervas, as ajeitou no fundo do caldeirão, como dizia um pedaço de papel ao seu lado.

— Dê-me o meu lenço! — ordenou.

Levantando um lenço rosa, a segunda garota estendeu a mão, para que ela pudesse dar seguimento ao ritual. Ajeitou o lenço no caldeirão, ela ficou em silêncio e fechou os olhos para se concentrar. Os olhos verdes da outra garota brilhavam com a luz da lua e ansiosos seguiam os movimentos que sua companheira fazia. Com um fósforo aceso, a garota incendiou o interior do caldeirão ainda em silêncio. Continuou de olhos fechados, esperando algo ou algum sinal.

De repente ela abriu seus olhos e fitou o caldeirão vazio, apenas com as cinzas deixadas pelo fogo. Incredulidade e desapontamento eram o que sentia ao ver seu rito fracassado. Sem nada dizer deixou espaço para sua amiga tentar realizar o mesmo ritual com novos ingredientes e objetos. A ruiva apesar de nervosa seguiu passo a passo o que devia ser feito. Apanhou em sua bolsa, presa em sua cintura, um lenço branco de rendas, colocou-o no caldeirão cobrindo as ervas. Também fez silêncio e concentrou-se. A jovem de cabelos negros olhava para as cinzas em seu caldeirão um pouco inconformada, mas não interrompeu sua amiga.

O barulho das árvores e o vento que soprava cessaram e as corujas não mais piavam. Tudo à volta ficara em absoluto silêncio. A jovem levantou sua mão e lançou o fósforo caldeirão adentro. As chamas dançavam queimando o interior do caldeirão. Uma luz rosada tomou conta da garota que com os olhos fechados, nada via. Sua amiga espantou-se com o que estava presenciando. Os cabelos vermelhos ondulavam com alguma energia que estava emanando do local em que ela estava sentada.

O fogo começou a diminuir e a luz também desapareceu. Lentamente a garota abria os olhos, com uma ponta de dúvida olhou o interior do caldeirão. Seus olhos arregalaram-se ao ver que lá dentro estava seu lenço branco enrolado em alguma coisa. "Será que consegui?" pensou e com as mãos trêmulas ela retirou o embrulho do caldeirão. Estava intacto, sem nenhum indício de que fora submetido à ação do fogo. Calmamente ela abriu o lenço e viu uma pequena bola de cristal lilás com um boneco de neve em seu interior. Sorriu gentilmente e abraçou a esfera. A segunda garota que estivera todo o tempo calada levantou-se abruptamente.

— Alice. Victória. Demerwick. Como foi que você conseguiu? — disse Catherine indignada.

— Não sei, fiz o mesmo que você e, espero que tenha feito o mesmo que eu — falou enquanto virava o objeto em suas mãos.

— Isso é impossível, eu fiz tudo o que você escreveu no papel e o mesmo que você fez agora. E que droguinha é essa? — apontou para o bonequinho de neve que exibia um largo sorriso.

— Eu sonhei isso quando criança, o que foi que você sonhou e queria? — falou Alice calmamente, ignorando o acesso de raiva de sua amiga.

— Um par de brincos que sonhei sábado e que deveriam combinar com meu relógio — bufou ela. — Tenho que ver o que fiz de errado, qual é o site mesmo? — tirou a capa e estava indo correndo para sua casa.

Alice estava muito contente com seu globo. Como Catherine sumira, ela tratou de limpar o quintal de sua amiga rapidamente. Pegou os caldeirões e as toalhas e colocou numa sacola de papel na varanda, deixando num canto onde pudesse pegar no outro dia. As cinzas ela jogou no latão de lixo que o jardineiro da casa deixava perto do roseiral. Fechou a porta de vidro da casa e subiu silenciosamente para o quarto de Catherine.

O quarto era impecavelmente arrumado, as paredes brancas combinavam com os móveis pretos e o lugar era tão grande quanto o quarto de Alice. Tirando a capa, que reluzia com as lâmpadas fluorescentes do quarto de Catherine, ela foi ao encontro de sua amiga que maltratava as teclas do seu computador a procura do site. Alice riu com o nervosismo dela.

— Era mesmo necessário usar aquelas capas de veludo? — falou sentando na cama de Catherine.

— Com certeza Alice, tratava-se de um evento importante e precisávamos estar de acordo, um evento que deu errado — retrucou.

— Ah calma, porque você não os compra? — Alice perguntou rolando na cama.

— Por que eles não existem, minha querida. — Catherine disse irônica, dando um tempo para o teclado — Ai, eles eram tão lindos. Agora voltemos ao que interessa.

Alice fechou os olhos e se perguntou por que conseguira realizar o feitiço e Catherine não, pelo visto as duas seguiram as instruções do site à risca. O martelar de teclas produzido por Catherine deixava Alice meio maluca, ela olhou para o relógio que informava que já passava das duas da manhã. Ela pegou seu celular e entrou em seu perfil no Facebook, olhou rapidamente as mensagens que deixaram e as notificações que piscavam na tela do aparelho. Catherine deu um pulo da cadeira fazendo Alice derrubar o celular no chão e ele se espatifar em várias partes.

— Ai, desculpa Alice. Encontrei o site, mas você leu isso aqui? — disse enquanto apontava para a tela do computador.

Alice terminou de juntar os pedaços de seu celular e foi até o computador, viu uma frase que não tinha notado da primeira vez. "Esse feitiço é apenas demonstrativo e sua finalidade é brincar com seus amigos, assistam esse vídeo para ver como deve ser feito...", Alice ficou de cara, aquela mensagem não estava ali e nem o vídeo da Madame Dolores estava no site. Ela tomou o mouse da mão de Catherine, procurou no site a última atualização, fora antes de ela ter visto.

Ela achou maluquice. O feitiço estava lá, clicou no vídeo e viu que não passava de um truque barato de mágica, ficou furiosa e jogou-se na cama de Catherine. Pegou seu globo de vidro e ficou girando-o contra a luz, feixes de luz coloridas se formaram através dele. Como poderia ter sido um truque de mágica se ela estava com um objeto que sonhara quando criança em suas mãos. Catherine veio até ela com um olhar inquisidor.

— Então é isso dona Alice? — falou com os braços cruzados. — Uma brincadeira para me tapear?

— Não Catherine eu te juro, você me ajudou com tudo, fizemos igual, você me viu com esse globo em algum momento? — disse levantando e encarando a amiga.

— Não, mas...

— Mas o quê? Por que eu iria querer te fazer perder tempo de ir daqui a Itapetininga para te fazer de boba? — falou enquanto estendia a mão à frente de Catherine.

Catherine olhou para o "X" que as mãos de Alice faziam ali paradas no ar. Lembrou-se de que quando crianças, elas, Otávio e Alex fizeram um juramento de serem amigos para sempre e nunca brigarem.

"Otávio havia esticado as duas mãos viradas para cima e formou um 'X'. Catherine o imitou, só que virou as palmas de sua mão para baixo. Com sua mão esquerda segurou a mão direita dele. Alex então repetiu o movimento e segurou as mãos de Catherine. Alice fechou o círculo, cruzando as mãos e segurando respectivamente em Otávio e em seu irmão."

Elas cruzaram e seguraram as mãos uma da outra, mesmo Otávio e Alex não estando ali para completar o quarteto. Parecendo duas crianças depois de uma briga se abraçaram e choraram juntas. Após recuperarem-se, resolveram deitar-se. Alice pulou no canto da cama de Catherine como sempre fazia quando ia dormir na casa dela.

— Nada de pôr os pés frios nas minhas costas de madrugada — advertiu Alice enrolando-se com um cobertor rosa.

— Boba! — disse Catherine mostrando a língua para Alice que riu. Catherine apagou as luzes de seu quarto e também se aquietou.

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