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02 - Sonhos Estranhos - Parte 03


A chuva batia fortemente contra a janela. Os ventos açoitavam a vidraça. Comemorou com um gritinho quando o provedor abriu na página de pesquisas. Digitou na barra: Sonhos. Uma lista com vários links apareceu, sugerindo vários sites e blogs. Ela leu alguns que, vistos pela ciência, os sonhos não passavam de pensamentos diurnos armazenados no subconsciente do cérebro e que se manifestam durante o sono.

Clicou em outro link mais abaixo, onde seu antivírus dizia ser um site confiável, leu um artigo de uma jovem astróloga que descrevia o sonho como uma situação de desapego espiritual da alma humana, onde o corpo é apenas um recipiente e, que ao deixar "essa casca" o espírito voa livre por todo o plano astral. Vivendo diversas situações que ao acordar, as pessoas têm essas lembranças na forma dos sonhos.

Alice voltou ao buscador e rolou o cursor do mouse mais para baixo. Um blog dizia que os sonhos eram premonições futuras ou passadas. E ao ligar imagens, sons e quaisquer outros sentidos uns aos outros, poderiam ser decifrados. Ela voltou à barra de pesquisas e digitou outro parâmetro: "é possível trazer objetos de sonhos?", outros links de site apareceram, ela vasculhou e ignorou alguns que não pertenciam à sua pergunta, e se deteve em um.

— Como trazer objetos de sonhos? — leu em voz alta.

Clicou no site. O buscador redirecionou Alice para uma nova janela. O fundo do site era lilás e rosa. O nome do site estava escrito em vermelho: "Artes e Magia". As palavras de uma caixa piscavam anunciando um prêmio. Como ela sabia que era um possível vírus ou uma fraude, ignorou. Ali estavam descritos passo a passo como trazer objetos de sonhos. Ficou intrigada, no entanto, prosseguiu. Assistiu a um vídeo rápido, da criadora do blog. Uma mulher com um semblante sério, cabelos curtos e castanhos. Seus olhos pareciam cansados. Alice apertou o botão para reproduzir o vídeo.

"A nobre arte da magia está diretamente relacionada com tudo e todos. Desde o início dos séculos. Esse feitiço que eu lhes ensino é muito complicado de se fazer, em virtude da indisponibilidade de alguns dos ingredientes em algumas localidades. Antes de começarem, peço a vocês que tentem trazer objetos pequenos. Que não passem de quinze centímetros em suas dimensões. Desde já agradeço a sua visita ao meu blog. E um beijo para vocês da Madame Dolores."

Terminando o vídeo ela deu um aceno com a mão e sumiu em uma fumaça rosa. Alice deu uma risadinha, pois pôde ver a mulher se arrastando por debaixo daquela fumaça rosa. Desceu o cursor um pouco mais e começou a ler o feitiço.

"Passo Um: Vá até um local vazio, pode ser uma sala ou um jardim, conforme sua preferência. Faça um círculo no chão de um metro de diâmetro, com um giz branco ou conforme sua preferência. Estenda sobre ele uma toalha de seda de cor clara." — Alice não podia acreditar no que estava lendo, começou a desconfiar que isso fosse magia negra, mas estava muito curiosa.

"Passo Dois: Você precisará de uma pedra de quartzo branca, uma safira de cor vermelha e um rubi azul. Deve lavá-las com as águas de uma tempestade e deixá-las à luz da primeira lua cheia do mês sem nenhuma interrupção seja de nuvens ou quaisquer outras que possa haver. Cinco ramos de madressilva e três ramos de erva do dragão, três gotas de um perfume amadeirado, um lenço de seda de sua cor favorita e um caldeirão de estanho ou chumbo com diâmetro de no máximo vinte centímetros e um litro de sua capacidade."

Alice perguntava-se onde conseguiria essas coisas, nas quais jamais pensou algum dia.

"Passo Três: Coloque o caldeirão no centro da toalha e organize as pedras à sua volta formando um triângulo. De forma que a safira fique no topo, o rubi na base lateral direita e o quartzo na base lateral esquerda. Forre o fundo do caldeirão com as ervas, derrame as gotas do perfume sobre elas e cubra com o lenço".

"Passo Quatro: Sente-se de frente ao tecido com as pernas levemente flexionadas". Anotava tudo em um bloco que tirara de sua gaveta. "Feche os olhos e concentre-se no sonho e no objeto que deseja. Com seu pensamento totalmente livre incendeie os ramos com um fósforo, não abra seus olhos até o aroma de madressilva se sobrepor ao tom amadeirado do perfume. Após isso conte até trinta silenciosamente e abra os olhos, no interior do caldeirão encontrará o objeto desejado enrolado em seu lenço". Alice estava de boca aberta.

Acabara de copiar um feitiço. Ficou ansiosa para tentar fazer essa experiência. Olhou para fora e viu que a chuva piorara. Lembrou que as pedras deviam ser lavadas com água de tempestade, rapidamente correu para seu armário no banheiro e procurou um recipiente para encher com a chuva. Achou uma garrafa de boca larga que usava para fazer como vaso.

Abriu a janela da sacada. Uma rajada de vento empurrou Alice para trás. Ela segurou-se em uma viga e estendeu a mão para que a garrafa pudesse recolher um bom tanto de chuva. Com a garrafa quase cheia entrou correndo e trancou a janela. Ficou toda encharcada, mas estava entusiasmada demais. Secou-se e trocou de roupa.

Agora restava a ela procurar os outros ingredientes e materiais necessários. Procurou na internet sobre o caldeirão, as ervas e as pedras. O caldeirão e as pedras conseguiu achar em uma loja na cidade mesmo. As ervas teriam de ser compradas em um empório de jardinagem em Itapetininga. Calculou o preço e quase teve um infarto. Desceu até a sala e chamou sua mãe.

— Mamãe, a senhora poderia perguntar ao papai se não teria problema dele adiantar a minha mesada do mês que vem? — disse fazendo cara de inocente.

— Claro meu amor, mas por que seu cabelo está molhado? — Mônica perguntou enquanto passava as mãos nos cabelos de Alice.

— Ah, não é nada, é que a janela se abriu com o vento e meu tapete se arrastou para sacada. Quando fui fechar a janela e pegar o tapete acabei me molhando. — A garota riu, apesar de estar mentindo.

Alice abraçou sua mãe e beijou seu rosto. Por cima do ombro viu Alex olhando-a fixamente. Parecia querer pedir desculpas, ela sorriu para ele e levantou os ombros. Sacudiu a cabeça e disse "esquece" com os lábios. Subiu para seu quarto novamente e apanhou seu celular. Digitou o número de Catherine. Uma música de rock nacional tocou no lugar do "tu" que Alice deveria ouvir.

— Legião! — Alice exclamou ao reconhecer a música.

— Oi Alice, como está aí de chuva? — Catherine riu do outro lado.

— Boba. Preciso muito de um favor, você pode pedir ao seu motorista para nos levar em Itapetininga segunda à tarde? — falou rapidamente.

— Calma filha, por que você quer ir pra Itapê? — perguntou calmamente.

— Te conto na escola, sei que vai me achar maluca, mas quero que você esteja comigo.

— Tudo bem, gostaria de adiantar o assunto?

— Não, não. Vou te deixar curiosa até segunda de manhã — Alice riu. Catherine resmungou no telefone.

— Alice, adivinha quem vai sair comigo... — Catherine falou arrastando as palavras.

— Não brinca? Aquele cara da sorveteria?

— Sim, o nome dele é Richard. Tive de voltar lá. Otávio ficou fulo comigo, mas foi por uma boa causa... A minha. — Riu mais uma vez.

— Por que ele ficou bravo?

— Porque eu o deixei sozinho com a Giovanna.

— Puxa vida, que crueldade Catherine — Alice não conteve as risadas. — Enfim, aonde vocês irão?

— Não sei ainda, ele me chamou para ir a um jogo de Paint Ball.

— Depois quero que me conte tudo. E você adivinha quem me mandou uma mensagem. É, Marcos! — Concordou sem entusiasmo ao ouvir a amiga pronunciar o nome do garoto.

— Cretino. Caras como ele deveriam ter um salto enfiado no... — o telefone ficou mudo. Alice agradeceu, não gostaria de ver Catherine terminar a frase.    


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