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01 - Visões - Parte 01



— Alice, você vem ou não? — Alex chamou sua irmã pela porta entreaberta de seu quarto.

Alice estava sentada em frente ao seu espelho de parede, com uma moldura de madeira dourada e com flores de cor lilás entalhadas. Seus olhos verdes ficaram mais brilhantes com a luz que o espelho refletia. Uma leve brisa entrava pela janela e agitava seus longos e ondulados cabelos vermelhos. Olhava para seu reflexo com um ar de dúvida, virou sua cabeça em direção a seu irmão e o viu com a cabeça metade dentro e metade fora de seu quarto.

— Ah sim, já estava descendo — Alice fez uma pausa. — Alex, venha aqui um pouco.

Alex era alto e forte, tão bonito quanto Alice, tinha cabelos lisos e castanhos que caíam sobre seus olhos cor de âmbar, quase os escondendo. Sentou na cama ao sinal de sua irmã, ele a olhou atentamente e percebeu que ela estava diferente, não aparentava seu costumeiro ar sorridente e seu olhar brincalhão também não estava presente. Sentiu uma angústia ao ver sua irmã desse jeito.

— Alex, sabe que confio todos os meus segredos a você, mais do que em qualquer outra pessoa — disse com a cabeça levemente abaixada, levantou-a e continuou. — Preciso muito lhe contar uma coisa. Pode ser bobagem, mas preciso dizer.

— Sim. Foi o Marcos? Aquele imbecil andou mexendo com você outra vez? — Alex se levantou da cama num pulo.

— Não, ele nem está falando comigo. O que eu prefiro, já que ele é mesmo um imbecil. Só que o assunto é outro. Eu tive um sonho não muito agradável essa noite e estou com um péssimo pressentimento. Como se algo fosse acontecer.

Alex encarou a irmã por um instante, depois foi até ela e a abraçou dizendo:

— Não se preocupe, é por isso que existem os pesadelos, para nos deixar assustados. Foi só um sonho ruim, esqueça — disse para tranquilizá-la — Venha, temos que ir até a sorveteria. Nossos amigos estão esperando.

Com um aceno afirmativo de cabeça ela se levantou, apanhou sua carteira na cômoda e acompanhou o irmão. Desceram as escadas de sua casa, deixando um recado no mural. Ao passarem em frente ao escritório ouviram sua mãe e seu pai conversando sobre economia, finanças e outros assuntos pelos quais Alice não se interessava muito.

Ela ainda não entendia o sonho que tivera, sentia em seu interior que aquilo fora um sinal. Mas não queria estragar seu dia pensando em um pesadelo. Apenas afastou aquilo de sua mente por ora. Após saírem de casa desceram até um ponto de táxi e pediram ao taxista que os levasse até a sorveteria.

O táxi parou em frente a um lugar onde pessoas entravam e saíam, era um prédio pintado de azul-claro e no alto havia um letreiro onde se lia: Sorveteria Fada Azul.

Inclinada sobre o letreiro havia a imagem de uma moça pálida que sorria, ela usava um vestido azul-claro até os joelhos. Tinha cabelos azuis arroxeados e um par de asas transparentes que abriam e fechavam. Alice desceu do carro e aguardou parada em frente à porta do estabelecimento, enquanto Alex pagava o motorista. De repente, seus olhos foram cobertos por mãos macias com dedos longos seguidos de um "adivinha quem é" sussurrados ao pé de seu ouvido.

— Pela voz eu diria que é o Otávio. Mas como suas mãos são maiores... É você... Catherine! — livrando-se das mãos que a segurava, Alice virou-se e viu seus melhores amigos.

Catherine Portinelli era alguns centímetros mais alta que Alice. Tinha olhos castanhos, cabelos negros e encaracolados com suas pontas douradas. Usava um short jeans e uma camisa amarela listrada.

Otávio Scolabri era mais alto do que as duas garotas. Tinha olhos e cabelos pretos, usava óculos quadrados de aro vermelho e preto. Vestia uma camiseta azul petróleo e uma bermuda bege. Ambos olhavam-na e sorriam.

— Catherine, realmente não compreendo como ela sempre adivinha — disse Otávio.

— Não é à toa que ela ganhou o concurso de adivinhações da escola no oitavo ano — concordou Catherine sorrindo e cruzando os braços.

— Oi "dois" — cumprimentou Alex — Vamos entrar?

Assim que entraram Alice notou que algumas mudanças no espaço e decoração da sorveteria foram realizadas. O lugar havia sido ampliado e mesas para duas e quatro pessoas preenchiam a frente da sorveteria. As paredes deixaram de ter o habitual azul-marinho para um tom de azul mais suave. No alto um grande telão apresentava os preços e as promoções.

Várias moças andavam de um lado para outro equilibrando bandejas com sorvetes e milk-shakes de vários tamanhos e sabores. Sentaram-se em uma mesa para quatro pessoas, os bancos eram de cor azul-marinho e aveludado. O tom contrastava com a toalha da mesa, um fino tecido azul-claro. Alex sentou ao lado de Otávio e, juntos, começaram a brincar com os guardanapos, também azuis, que haviam sido ajeitados graciosamente no centro da mesa, em formato de cisnes. Alice e Catherine sentaram-se na ponta e levantaram a mão para uma garçonete próxima.

Uma bela jovem se aproximara do grupo. Seus longos cabelos loiros foram presos em um rabo de cavalo. Trajava o uniforme da sorveteria. Um vestido até os joelhos de tom azul-claro e com o logotipo da sorveteria em dourado. Além de um pequeno avental branco e rendado preso à sua cintura. Rebecca tirou do seu avental um bloquinho de anotações e uma caneta. Ajeitou uma mecha de seus cabelos atrás da orelha. Encarou-os com seus olhos azuis, sorriu para seus colegas de escola e perguntou:

— Oi pessoal, o que vão querer?

Alice viu Otávio jogar os guardanapos debaixo da mesa e pensou tê-lo visto ajeitar os cabelos, mas acabou por ignorar isso. Olhou o cardápio rapidamente e optou pelo vigésimo quinto da lista de milk-shakes, o qual Rebecca percebeu se tratar de um milk-shake de morango com licor de amarula e calda de vinho com raspas de limão.

Alex pedira um sorvete de amoras selvagens com calda de frutas cítricas, sem deixar os lenços em paz. Catherine pediu meio fondue de chocolate branco com uvas verdes e manga coberta com calda de essência de viñella. Todos olharam para Otávio que estava suando e apertando os pulsos de sua camisa, o que fazia com frequência quando estava irritado ou nervoso.

— Não vai pedir Otávio? — perguntou Alice, pegando nas mãos suadas e trêmulas.

— Hã, o que? — Otávio pareceu despertar de um sono profundo. — Ah, sim claro. Vou querer uma batida de frutas tropicais e calda de limão suíço — disse, levemente corado e levantando os óculos que caíram de seu nariz.

Alice e Catherine olharam uma para outra e riram baixo. Otávio olhou fixamente para a tela do seu celular, como se alguma coisa fosse emergir do aparelho, ficando vermelho novamente.

Rebecca deu meia volta e saiu para buscar os pedidos. Catherine começou a olhar para um dos rapazes que atendia nos balcões e, voltando-se para Alice, mostrou-o com um aceno de cabeça. A garota se virou e viu um rapaz alto e musculoso, de olhos e cabelos negros. Seu olhar era sombrio, sua pele intensamente pálida o deixava com um ar fantasmagórico e assustador.

— Que gato! — exclamou Catherine. Alice deu um sorriso e balançou a cabeça concordando — Cara de bad boy, misterioso, será que ele toparia sair comigo?

— Acho que sim, Catherine — disse Alice.

— Ah, finalmente — exclamara Alex — já estava quase indo pra casa!

— Nossa, mas não faz nem dois minutos que eu saí daqui! — Rebecca defendia-se, após botar a bandeja na mesa e servir os pedidos.

— Oh! Desculpe, você tem razão, não faz dois minutos — olhou para o seu relógio — faz três minutos! — foi o suficiente para todos caírem em risos, exceto Otávio que ficara sério repentinamente.

Rebecca deixou a comanda próxima aos guardanapos e se despediu, indo para outra mesa, onde uma senhora de chapéu verde-água com penas de pavão levantara a mão.

— Que tal falarmos sobre as nossas férias? — disse Catherine enquanto apanhava um gomo de uva e o levava à boca.

— Estive pensando, que tal se nós fôssemos pra Copacabana no Rio de Janeiro? — disse Alice recostando-se à sua cadeira.

— Por mim tudo bem, e você Catherine? — Otávio disse e olhou para Catherine, que concordou com a cabeça.

Alice de repente sentiu um calafrio. As cores ao seu redor começaram a misturar-se em um redemoinho. Ouviu uma voz dizendo seu nome. Então tudo ficou escuro e ela não conseguiu ver mais nada.



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