Sobre Um Amor
Quando a gente tem quinze, dezesseis anos, acha que qualquer baque da vida vai acabar com a gente, e fica puto quando dizem que não vivemos nada ainda para ficar frustrados com ela. Mas olha eu aí, com vinte e um, inteirinha. Devo concordar, a gente ainda não viveu nada.
Passei uns perrengues na adolescência, mas isso é de praxe. Molda o caráter, como eu muito ouvi dizer. Por um tempo fui dormir chorando, achando que me faltava alguém para compartilhar a vida e cada pequena conquista. Um desses dias, eu pedi pro Universo por alguém bom, que me amasse, que me ouvisse, que estivesse ali para mim para o que eu precisasse, e prometi estar lá por ele também.
Você não veio de imediato, é claro. Eu esqueci desse pedido, mas eu lembro daquela noite. O Universo desde então me ouviu e começou a planejar um presente incrível pra mim.
Pode parecer brega, eu sei.
O tempo passa e a gente nunca sabe quando vai ser o dia de encontrar aquela pessoa que faz o coração dar uma disparada.
Hoje você tá aí e às vezes eu esqueço como era minha vida sem a sua presença.
Hoje você me apresentou o amor, me apresentou sua família, seus amigos, me fez rir e chorar, rir até chorar, me levou pra praia, me ensinou parkour, me ensinou a jogar, me mostrou os livros e filmes e músicas que você gosta, jogou gartic com os meus amigos, aguentou todas as minhas crises e me ajudou a superá-las, ficou conversando comigo até tarde (meia noite, pra mim, né?), segurou meus sobrinhos no colo, fez planos para a gente e disse que me ama. E eu te amo.
Hoje eu estou bancando a escritora, como você já percebeu, e faz dias que eu procuro inspiração para botar umas palavras pra fora, e sempre te pergunto - sobre o que eu vou escrever hoje?
Mal sabia eu que só precisava escrever sobre você.
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