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C A P Í T U L O 9

Verdade verossímil

          Eu adorava noites como aquela, quando as estrelas cintilavam vivamente para compensar o resplandecer da lua que só aparecia pela metade. O jardim ao longe se escondia nas sombras sob o delicado lume natural, enquanto o caminho de pedra que seguíamos era aclarado por modernas luminárias de jardim que fulguravam uma luz amarelada.

          ― É o que estou pensando?

          Abri um sorriso para a minha avó como uma resposta à sua pergunta, e logo saí correndo na frente. Puxei as pesadas portas de vidro para as laterais, e acendi as luzes. Toda a estufa se iluminou, assim como os olhos de Louise, que passaram a examinar com admiração ao redor. Eu até podia ver a sua mente projetando inúmeras ideias para o lugar, o qual ainda se encontrava quase vazio, a não ser pelo conjunto de sofás e poltronas que existiam na pequena cúpula solar ao fundo.

          Eu poderia afirmar com toda certeza que aquele era um dos meus locais prediletos da propriedade. Ele me lembrava a minha infância, quando Ava me ensinara a plantar a minha primeira roseira. Era engraçado me recordar disso, mais engraçado ainda era ter sido a minha mãe a ter feito isso, e não a minha avó. Na verdade, Ava me ensinara muitas outras coisas, nós que havíamos feito a horta da nossa antiga casa, e tudo começara em uma estufa como aquela.

          Estar parada ali dentro, à noite, me trouxera recordações que há muito haviam desaparecido da minha mente.

          ― Mamãe, faz crescer as cenouras!

          Mamãe sorriu enquanto retirava outro pé de alface da terra.

          ― Nem sempre podemos utilizar a nossa luz para acelerar o tempo das coisas, meu amor. Isso pode causar um desequilíbrio que pode ser perigoso. ― Ela levantou a mão, e me apontou as primeiras estrelas que apareciam no céu. ― Está vendo aquelas estrelas? Elas andam no céu de acordo com os meses do ano, então daqui a três meses elas estarão um pouco mais para a direita, que é quando as cenouras estarão prontas para serem colhidas.

          ― E as beterrabas?

          ― O mesmo acontece com as beterrabas, batatas, alfaces, e todas as outras verduras e legumes. ― Mamãe se levantou com a cesta de alface em uma das mãos, e com a outra, segurou a minha me guiando de volta para dentro de casa. ― Isso acontece com toda forma de vida que existe na Terra, mas cada uma delas possui o seu próprio tempo para crescer, o tempo que os Deuses acreditam ser necessário para manter a ordem natural dos seres e da natureza.

          ― Então não teremos verduras para comer no jantar. ― Mamãe riu e eu sorri para ela.

          ― Você não vai se safar dessa, espertinha. ― Ela largou a cesta sobre a pia da cozinha, então se abaixou e começou a me fazer cócegas me arrancando altas risadas. ― Há várias verduras na geladeira, e ainda temos as nossas alfaces.

          ― Não quero brócolis... ― protestei chorosa balançando a minha cabeça.

          ― Nem mesmo se o brócolis for o cabelo do senhor cabeça de tomate?

          Como eu havia me esquecido de tudo isso?

          Aquela estufa me despertava vagas memórias, mas vívidas, as quais me deixavam feliz, e eu desejava profundamente preservá-las o quanto pudesse. Na minha cabeça já existiam grandes ideias para ela, assim como para o jardim. Seriam um pedaço meu deixado naquele lugar, algo que fizesse eu me sentir verdadeiramente em casa.

          ― Ela fica ainda mais linda de dia, vó. ― Era uma pena que Louise fosse voltar para Ilha de Aiden na manhã seguinte, e que a sua visita estivesse sendo apenas uma despedida. ― Se a senhora ficasse por aqui nesse final de semana, poderia me ajudar a planejar o que fazer com este lugar, e poderíamos passar mais tempo juntas. ― Era uma boa oportunidade, já que o Anton estava viajando, e eu não fazia ideia de quando teria outra igual.

          Minha avó riu e me envolveu em seus braços.

          ― Eu adoraria, minha princesa, mas não é tão simples assim. Agora, mais do que nunca, não posso ficar fora do Conselho de Aiden. ― Senti seu beijo em minha testa, antes que se afastasse. A sua sutil maneira de evitar me fitar os olhos, a denunciou.

          Algo estava errado.

          ― O que foi, vó? ― A resposta não veio de imediato, e eu sabia que era porque ela estava pensando em alguma desculpa. ― Sei que há algo errado, dona Louise, pode falar. ― Ela se voltou para mim, um sorriso triste curvava seus lábios. Então algo me veio à mente fazendo-me ficar subitamente nervosa. ― A senhora está bem? Como vai a sua saúde?

          ― Por Aine, estou ótima e muito saudável! ― Louise riu, e foi o suficiente para me tranquilizar.

          ― O que está acontecendo, então? ― insisti indo até ela e a puxando para o sofá.

          ― Não está acontecendo nada que não possamos resolver, minha princesa. ― Louise sentou-se ao meu lado, seu olhar se perdeu, parecendo flutuar com seus pensamentos. ― No entanto, andei conversando com os seus avós, e acreditamos que agora que o casamento já passou, precisamos nos organizar e inseri-la nos assuntos provenientes dos Conselhos de Aiden, assim você estará preparada para assumir o seu lugar. Pensei em começarmos com os registros, é preciso... ― A voz de Louise foi diminuindo, ficando cada vez mais baixa, até se extinguir de vez, me restando somente a imagem dos seus lábios finos se movendo devagar, e por lestos segundos, o meu subconsciente inibiu todos os meus pensamentos pragmáticos.

          Meu lugar? Desejei não ter ouvido direito, mas ouvi, e sabia bem do que ela falava, só não queria acreditar que aquele momento havia chegado. O que antes era apenas uma possível escolha que deixaria os meus avós felizes, passou a ser uma obrigação irremediável. Eu não queria, não estava preparada, e só de pensar nessas coisas, já sentia o desespero afogar o meu coração.

          ― Liz, você está me ouvindo? ― Sua mão me tocou a face suavemente, fazendo-me fixar os olhos em seu semblante preocupado.

          ― Vó, eu não quero, não estou preparada. ― Movimentos involuntários começaram a levar minha cabeça de um lado ao outro em uma intensa negação. ― Não sei o que fazer, nem por onde começar. Eu não sei nem decidir o que é bom para mim, imagine para uma raça inteira. Eu não posso ainda, por favor...

          ― Meu amor, se acalme ― interrompeu-me ela com um sorriso terno repuxando seus lábios. ― Não estou dizendo que você precisa assumir agora. Até mesmo porque, como você sabe, Avigayil nos pediu sigilo quanto ao Contrato de Destino. Não sabemos o porquê e muito menos até quando, mas ela prometeu nos ajudar com os esclarecimentos aos demais assim que chegar a hora. Por este motivo, ainda temos algum tempo até que você seja apresentada como rainha. O mais sensato seria prepará-la para esse momento, mas se você ainda não se sente confortável com a ideia, podemos esperar.

          A tentativa de Louise para me acalmar não surtira muito efeito, pois só de pensar que cedo ou tarde eu teria de assumir uma responsabilidade tão grande, deixava o meu estômago revirado. No mais, a sua expressão atribulada continuava lá, me indicando que talvez o problema não fosse apenas este, mas sim, algo mais sério.

          Por um momento hesitei, enquanto ponderava muitas coisas, e logo cheguei à conclusão de que quanto mais eu pensava, mais me sentia confusa entre o que deveria ou não fazer. Encontrei-me dividida entre o receio de me aprofundar em assuntos para os quais eu não estava pronta, e o egoísmo por querer deixar todo o peso deles sobre os meus avós.

          Não era justo com eles, mas também não parecia ser justo comigo.

          ― Esse não parece ser o problema que está te deixando apreensiva ― murmurei buscando a verdade em seus olhos.

          Louise abriu um sorriso lastimoso apoiando sua mão em minha face num gesto alentador.

          ― Não é nada que tenha que se preocupar, é só que... ― Ela se calou como se ponderasse se de fato devia prosseguir. ― Você sabe que Johan, Agnes e eu revelamos sobre o seu casamento apenas para os mais próximos, mas ainda assim, os boatos correram. ― Um suspiro longo foi dado, e as mãos delgadas lhe passaram sucintamente por sobre os olhos. ― Alguns dos seus tios-avôs que lideram os outros Conselhos de Aiden ficaram sabendo, e não gostaram de descobrir que uma potencial soberana do Conselho de Aiden tenha se casado com alguém que não seja um Aileen ou Irwin. Para piorar a situação, descobriram que foi com um vampiro, e estão chocados.

          ― Como assim potencial soberana? Eu não acreditava que era uma fada até três meses atrás, vó, e você mesmo disse que eles não sabem sobre o Contrato, então, como chegaram a essa conclusão?

          Não tinha lógica. Antes do Contrato, pela ordem de ascendência, o tio Jaron, por ser o primogênito do meu avô Johan, assumiria o lugar dele como soberano dos Irwin, da mesma forma que o meu tio Ivo assumiria o posto de soberano dos Aileen. Não havia motivos para me intitularem uma soberana, dado que, o máximo que eu poderia ser, seria um membro real comum, participante, mas não a suprema da raça.

          ― Você sempre foi observada de perto, princesa. Na verdade, desde quando os seus pais decidiram se casar, todos os Conselhos passaram a prestar muita atenção neles, e tenho minhas suspeitas de que talvez seja por isso que ambos escolheram manter-se distantes. Então você veio, e como se não bastasse ser neta dos soberanos dos Irwin e dos Aileen, possui o sangue mais puro de ambas as famílias. Eles não são tolos, e sabem que pela linhagem pura, você possui o direito de assumir as duas cadeiras, mais até do que Jaron e Ivo.

           ― A sua preocupação é que eles não me aceitem como rainha, por eu ter me casado com o Anton?

          ― Não exatamente, porque quando você for apresentada, o Contrato e toda história que o precede será revelada como justificativa, e eles terão de aceitar quer queiram ou não. Acontece que estão exigindo uma reunião urgente para esclarecimentos, e nós não possuímos nenhuma desculpa plausível.

          ― Sim, vocês possuem ― declarei recebendo seu olhar confuso em troca. ― A mais verossímil possível. Fale que me apaixonei perdidamente, que escolhi me casar, e que não pretendo ter nenhuma relação com o Conselho de Aiden, simples assim.

          Uma gargalhada gostosa ecoou parecendo sair do fundo do seu coração.

          ― Estou falando sério, vó, não ria! ― De certa forma era verdade, a escolha havia sido minha. Agora quanto ao resto, bem, não importava. Muito provável que eu já estivesse sendo renegada e odiada pelo restante dos Aileen e dos Irwin só por ter me casado com um vampiro, então não faria diferença se os meus avós confirmassem o fato. Pelo menos, eu os livraria de qualquer responsabilidade que meus tios-avôs quisessem atribuir a eles. ― Faça isso, por favor.

          Louise pensou por alguns segundos, até que um suspiro derrotado lhe trouxe um sorriso tênue.

          ― Essa desculpa não me deixa confortável, mas acredito que você tem razão, ela parece ser verossímil o suficiente para acalmá-los por enquanto. ― Sorri para ela, satisfeita, e tão logo senti seus olhos me avaliando. ― Agora me diz, como vai o casamento?

          Essa não.

          Se me perguntassem como estava a minha vida, eu não saberia dizer. Confusão a definia em todos os sentidos, fossem eles físicos, mentais ou emocionais. Os meus grandes sonhos deram lugar a pequenas promessas de que tudo ficaria bem, enquanto, na verdade, não era possível nem prever o que aconteceria no dia seguinte. Por hora, para não ensandecer, era preciso me adaptar com o que tinha, o aqui, o agora, por isso decidi viver um dia de cada vez, sem muitos planos, sem grandes expectativas e, principalmente, evitando problemas e aborrecimentos.

          Eu era uma pessoa prática quando queria, portanto, conseguiria fazer isso.

          ― Elas chegaram, Sra. Skarsgard. ― Olhei para Rose que havia acabado de entrar na cozinha. ― Vá recebê-las, eu organizo tudo por aqui ― falou apontando para as compras de supermercado que eu havia feito naquela manhã, as quais, Mike acabava de colocar sobre o balcão.

          ― Tem certeza? ― Ela sorriu em anuência, e então segurou a porta da cozinha para eu passar. ― Obrigada, Rose.

          Dei-lhe um sorriso agradecido e saí dali direto para a sala de entrada, onde Sophi e Mel se encontravam paradas no meio observando tudo ao redor. Corri até elas e pulei sobre a Sophi que já havia quatro dias que não via. A envolvi em um abraço forte, percebendo que a minha saudade dela era ainda maior do que pensava. Para nós que morávamos juntas há mais de três anos, pareciam meses separadas, mesmo que nos falássemos todos os dias por telefone. Não era como se nesses anos nunca tivéssemos passado alguns dias longe uma da outra, até mesmo porque a Sophi sempre viajava para a casa dos pais, mas aquelas circunstâncias eram diferentes, porque algo me dizia que nunca voltaríamos a morar juntas, o que tornava o meu casamento ainda mais real.

          Não sei por quanto tempo ficamos abraçadas, mas logo um pigarreio forçado nos trouxe de volta do nosso momento emotivo.

          ― Eu também vim, bom? ― Soltei a Sophi e olhei para a Mel que nos encarava de braços cruzados e testa franzida.

          ― Para de drama, eu te vi ontem. ― A puxei para um abraço e lhe dei um beijo na bochecha.

          ― Tá, também te amo ― falou me devolvendo o beijo, e em seguida se afastou com seus grandes olhos castanhos observando à nossa volta. ― Agora nos leve pra conhecer esta casa, porque ainda não estou acreditando no que meus olhos veem.

          A Mel sendo a Mel.

          Deixei escapar uma risada divertida, que tão bruscamente se encerrou ao pegar a Sophi me examinando de cima a baixo com um sorriso torto nos lábios.

          ― O que foi? ― perguntei já descendo os olhos pelo meu vestido azul até os meus saltos nude para ver o que tinha de errado.

          ― Nada, só estou me perguntando aqui se essa produção toda é apenas para nos receber ― respondeu ela num tom sedoso em clara insinuação.

          ― Não começa, tive que sair hoje mais cedo. ― Sophi riu e ia falando algo, mas a cortei logo. ― Antes que você comece a falar besteiras, saiba que ele continua viajando, então isso aqui ― apontei para o meu corpo ―, não tem nada a ver com ele. ― E não tinha. Talvez eu tenha passado a usar mais vestidos e saltos, mas era somente uma mera eventualidade. Antes que quisessem estender o assunto, peguei as bolsas de ambas e as coloquei no sofá, então indiquei o largo corredor que ficava à esquerda. ― Vamos começar por lá.

          Ninguém falou mais nada e as duas saíram correndo na frente.

          Já no corredor, Sophi e Mel se aproximaram da excêntrica escultura de metal que ficava no meio, ao longo dele. Nada mais era do que alguns cabos de aço que desciam do teto sustentando lâminas muito finas e alguns ganchos esquisitos que davam forma a uma parede retalhada de metal com uma espécie de espinhos bem afiados. Na verdade, eu não fazia a menor ideia do que era aquilo. Não era feio, mas parecia ser algo perigoso demais para se tocar.

          Assim como ele...

          ― Por que alguém penduraria quadros pretos nas paredes? Por acaso é a última tendência de decoração? ― interrogou Mel parando ao lado de Sophi que encarava uma das telas. ― Sério, cadê as cores? Cadê a vida, a alegria daqui?

          Cadê a vida, a alegria daqui...

          Ela tinha razão. Onde estava? Porque no fundo algo me dizia que tudo aquilo não era somente uma questão de bom gosto ou preferência por certo estilo de decoração.

          Eu podia sentir a melancolia dali, o exílio, a indolência. Parecia que a beleza soturna dos objetos era apenas uma distração para amenizar o real significado deles, e era assustador ver que a aparente clareza e impessoalidade do arranjo pudesse trazer tantas acepções implícitas, e que causasse sensações tão intensas.

          Olhando para aquele corredor frio, tétrico e solitário, percebi a morte, porque simplesmente não havia vida ali, e nenhum tipo de alegria ou emoção. Era estático demais, vazio demais, inacessível demais, e sobretudo, instigante, assim como ele. Eu não só via o Anton através da decoração da casa, mas o sentia nela, e não importava o quão longe estivesse, ele estava em todos os lugares, quer eu quisesse ou não.

          Era quase como se ele estivesse presente, e a sua presença fosse tudo.

          "Ele está cansado da vida". "... a solidão é a única coisa que o mesmo conhece". "Tão cheio de ódio, tantas cicatrizes, que já não sente mais a dor das mesmas, apenas se habituou a lidar com elas."," Tente entendê-lo...". A intuição me trazia à mente as palavras de Avigayil que, ao contrário de antes, passaram a fazer um grande sentido.

          Pela primeira vez me peguei tentando entender aquele lugar como se eu pudesse compreender o próprio Anton. No entanto, como tudo o que o cercava era a imprecisão, eu não tinha certeza se as minhas prévias impressões eram razoáveis, mas de alguma forma, eu senti, e me entristeci com o que sentia.

          Anton não parecia ser feliz.

          Tudo ali me dizia que ele vivia à sombra da morte, preso a algo perturbador. E de repente, algumas atitudes dele se tornaram surpreendentemente coerentes. Se "ter tudo" significava "não ter nada" para ele, e se estava cansado da vida, tal fato justificava parte da sua indiferença, e o modo como se portava com as pessoas ou me tratava.

          Eu estava começando a entendê-lo, e isso fez com que a forte curiosidade que sempre tive a seu respeito, se convertesse a uma urgência subversiva, a uma necessidade irreprimível, quase como o ar indispensável à minha vida, de me aproximar dele. De todo jeito, era certo que esse detalhe não diminuía o peso do quanto Anton havia sido idiota comigo, mas as minhas recentes compreensões singularmente intensificaram o desejo de me aprofundar ainda mais naquele caos e, porventura, ajudá-lo assim como Avigayil havia pedido. Quem sabe se eu o desvendasse, nós poderíamos até nos tornar amigos.

          Certo, não era para tanto.

          Talvez "amigos" fosse um exagero, pois eles não nos faziam sentir como se estivéssemos à beira de um abismo olhando diretamente para baixo. Contudo, podia ser que ao conhecê-lo, o medo de cair se tornasse menor. O único problema de toda a situação, além da minha falta de controle perto dele, era que eu não sabia o que fazer ou por onde começar para criar alguma relação sustentável com ele.

          Foquei nos lindos olhos verdes à minha frente percebendo que estava divagando enquanto era arrastada pelos ombros para algum lugar. Após me soltar, Sophi deu alguns passos para trás até parar ao lado da Mel, então elevou as duas mãos unindo os dedos, como se estivesse me enquadrando.

          ― Aqui está a sua resposta ― disse ela sorrindo e mostrando para a morena. ― A vida e a alegria daqui.

          ― É, você tem toda razão ― concordou Mel soltando uma pequena risada.

          Franzi a testa olhando para as duas sem entender. Virei-me para a parede atrás de mim, e só então vi que estava em frente a uma das telas.

          ― Bobas. ― Abri um sorrisinho e não resisti a vontade de revirar os olhos ao passar por elas. ― Vamos logo terminar com isso, a Mel ainda tem que fazer o almoço.

          ― Eeeuuuu?

          ― Sim, você! ― Abri a porta do salão de jogos indicando a passagem para as duas. ― Me prometeu fazer burritos, lembra?

          ― Só faço se tiver tequila ― declarou ela dando dois tapinhas no meu ombro antes de entrar na sala.

          ― Tequila não sei se tem, mas aqui tem uma adega subterrânea, podemos passar lá depois. ― As duas se entreolharam e depois me encararam sorridentes.

          Que aquele dia tinha tudo para acabar com as três bêbadas, eu sabia, mas sinceramente, não me importava. Anton estava viajando, e eu aproveitaria cada maldito segundo de liberdade dentro daquela casa com as minhas amigas, afinal, se completava a minha primeira semana casada e eu continuava viva! 

          Definitivamente, era um bom motivo para comemorar.  



Louise Aileen




Sophia Lowes




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