C A P Í T U L O 4
Uma nova vida
A primeira coisa que vi quando abri os olhos, foi a escuridão. Eu só tinha a certeza de que estava em um quarto porque podia sentir a cama macia e calorosa abraçar o meu corpo, e o incrível cheiro limpo de lavanda que vinha dos lençóis, travesseiros e edredom. O que era estranho, a minha cama cheirava a rosas e não a lavanda.
Espreguicei-me soltando um suspiro de satisfação ante a adorável sensação de relaxamento e disposição, há muito tempo não me sentia tão leve. Lentamente a dormência do sono fora me abandonando e deixando a minha mente mais consciente, só então que percebi algo que me deixou confusa.
Eu deveria estar no casamento...
Será que tudo havia sido apenas um pesadelo? Sem contrato, sem fadas presas no Jardim de Aiden, sem casamentos indesejados, sem vampiros, sem um certo vampiro tão atraente quanto patife, sem olhos azuis claríssimos, frios e insanos. Meu peito se comprimiu e eu não compreendi o porquê, pois devia era estar sentindo um grande alívio com essa possibilidade.
Automaticamente meu polegar foi parar no anelar esquerdo, sentindo as elevações dos diamantes. Meu coração voltou a bater, e eu soltei a respiração que nem sabia que prendia. Para a minha infelicidade, ou não, não era um pesadelo, a aliança estava lá comprovando que eu estava casada.
No entanto, eu não deveria estar no casamento?
Procurei na memória a minha última recordação, e vi o contrato flutuando e queimando até se desfazer em cinzas... Céus! Eu devia estar saindo do ritual, de volta para a festa! Como eu havia ido parar naquele quarto? Eu não me lembrava de absolutamente nada. Sentei-me rápido levando a mão até a mesinha de cabeceira para acender o abajur. Toquei em um objeto inesperado, era frio, com algumas bolinhas penduradas que fazia um barulho fino e vibrante quando se chocavam.
Espera aí...
Aquele não era o meu abajur! Saltei da cama e comecei a tatear o objeto novamente, quase o derrubando, mas consegui pegar no último segundo, até que por fim, encontrei um meio de ligá-lo. A luz me deixou momentaneamente cega, e à medida que a minha visão fora voltando, o delicado abajur branco com cristais pendurados fora se definindo sobre o móvel espelhado, ao lado de um gracioso arranjo de pequenas rosas-brancas.
Aos poucos fui reconhecendo a cama de cabeceira alta e almofadada, o lindo tapete felpudo sob ela, os espelhos que compunham parte da decoração e que ficavam dispostos atrás das mesinhas de cabeceira, além do papel de parede totalmente branco, porém, estampado com sutis arabescos. Eu também me recordava do aparador espelhado e das confortáveis poltronas que ficavam perto da porta que levava para a sacada. Tudo branco, desde a cortina até os objetos de decoração.
Eu não estava no meu antigo quarto, mas sim, no da casa que iria morar com o Anton. Um dia antes do casamento eu mesma fizera questão de levar as minhas coisas para lá, e o escolhi para ser meu. Dentre todos, ele era o mais lindo e o com a vista mais bela da propriedade.
Da minha nova casa.
Abracei o meu corpo sentindo frio, e um inusitado sentimento de solidão. Aquela seria a minha vida dali para frente, e nada poderia ser feito para mudar isso. De alguma forma, eu sentia que aquele quarto seria a minha fortaleza, e que eu passaria muito tempo lá dentro se quisesse evitar aquele que era o meu marido.
Marido.
Só de repetir essa palavra eu ficava sem ar.
Rapidamente meus pensamentos voltaram, ainda mais confusos que antes. Eu não tinha a menor noção de como havia chegado lá ou ao menos de como havia me trocado... trocado! Quase soltei um grito enquanto o meu coração pulava para a boca. Quem havia me vestido com aquela camisola? Eu não poderia ter o feito sozinha, porque jamais a escolheria para vestir.
Corri até a porta e a tranquei. Me sentia mais segura assim, pelo menos até entender o que estava acontecendo. Eu precisava de respostas, e ia a procura delas depois que tomasse um banho e vestisse algo mais decente. Naquele momento me dei conta de que nem as horas eu sabia, só vi que estava escuro. Será que ainda era madrugada?
Me apressei para tomar um banho e lavar o meu cabelo. Curiosamente as minhas coisas estavam todas no lugar, desde as minhas roupas no closet até meus produtos de higiene no banheiro. Me recordei da vampira simpática que havia me recebido quando fui levar as minhas malas, se eu não estava enganada, ela se chamava Rose e trabalhava como governanta para o Anton. Provavelmente havia sido ela quem organizara tudo.
Depois de me enxugar, sequei o cabelo e vesti um vestido cinza que ia até às coxas. Talvez não fosse a melhor escolha por ser de uma malha fina e justa ao corpo, mas era confortável e era o que eu usaria em casa com a Sophi. De todo jeito, a casa era grande, e eu não poderia contar que iria encontrar o Anton andando por ela. Sinceramente, eu esperava que não. Não queria vê-lo sem antes saber como fui parar ali.
Um telefone era tudo o que eu precisava para ligar para Sophi ou Ava, e então voltar para o meu quarto. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo, minha mente se revirando em confusão e o meu estômago congelando diante das mais excêntricas possibilidades. Eu poderia voltar a dormir e esperar amanhecer, mas a curiosidade era tão grande quanto a minha preocupação e ansiedade.
Ao sair do quarto fui envolvida por uma escuridão parcial e um silêncio desolador. Guiada pela primeira luz acesa que via, caminhei até o início do corredor, o qual dava para a grande sala do segundo andar que separava os dois corredores de quartos que existiam ali. Um moderno jogo de sofás pretos e poltronas cinzas ficavam em seu centro, a parede da esquerda era de vidro, de onde dava para ver a piscina do pátio, já do lado direito não tinha uma parede, mas sim, um corrimão também de vidro que resguardava o andar do enorme vão que se projetava para baixo. Seguindo por este mesmo corrimão, cheguei ao elevador e às escadas que subiam para o terceiro andar, e desciam para o primeiro. Optei pela última, sentindo a ansiedade se intensificar à cada degrau descido.
O ar passou a vibrar e se abrasar com uma energia que eu já conhecia. Ele estava perto, e a única coisa que passou pela minha cabeça fora voltar e subir correndo, mas as minhas pernas pareciam desconectadas da minha mente e apenas continuaram a descer. Quando percebi, já estava lá embaixo no meio da sala de entrada olhando para o painel de vidro que a separava da sala de jantar. Pelos intervalos entre uma tela negra e outra que o painel sustentava, eu podia vê-lo sentado à ponta da mesa.
― Boa noite, Sra. Skarsgard. ― Foi inevitável, dei um sobressalto, alarmada. Rose aparecera sorrateiramente por trás, e eu sequer senti a sua energia. Na verdade, a energia do Anton era tão intensa que ofuscava a de todos os outros vampiros à sua volta. ― Perdoe-me, não foi a minha intenção assustá-la.
― Tudo bem.
Abri um sorriso amigável para tranquilizá-la, recebendo o mesmo gesto em troca, porém, o seu sorriso estava carregado de tensão, assim como seus movimentos corporais. O corpo de estatura mediana estava tão rígido quanto a uma pedra, o que evidenciava ainda mais seu perfil esguio sob a camisa preta rigorosamente bem alinhada e a saia de linho de mesmo tom. Para completar o arranjo austero, seus cabelos castanho-escuro estavam retidos em um coque bem preso.
Ela estava diferente do dia em que a conheci, a leveza e simpatia que esbanjava deu lugar à uma apreensão que chegava a ser assustadora. Concluí que só haveria uma razão para tal comportamento, e esta, era o vampiro sentado à mesa da sala de jantar. Anton provocava esse efeito em todo mundo.
Mal tive tempo de processar e tampouco de corrigi-la pelo "Sra. Skarsgard", quando ela prosseguiu:
― Estou feliz que tenha acordado. O jantar acabou de ser servido e imagino que esteja com fome, por favor, sente-se à mesa que irei servi-la ― disse gesticulando elegantemente a mão em direção à sala de jantar.
Era muita informação reunida. Jantar? Eu havia dormido por quanto tempo? E eu nem estava com fome até ela ter falado, mas daquele momento em diante parecia que um buraco se abria no meu estômago como se estivesse há dias sem comer. Mesmo assim fiquei hesitante, eu teria de jantar com ele.
Olhei mais uma vez em direção à mesa, e depois me voltei para a vampira. Seu sorriso estava ainda mais congelado no rosto pálido e fino, aprofundando as sutis linhas de expressão ao redor dos olhos amendoados. O que eu devia fazer? Não sabia se seria uma boa ideia jantar com ele, mas eu estava com fome e ela ficava cada vez mais desconfortável com o meu silêncio, então acabei agindo por impulso.
― Sim, claro.
Outro sorriso, desta vez nervoso, se abriu em meus lábios. Silenciosamente a acompanhei até o outro lado do painel, onde a atmosfera parecia tempestuosa demais. Parei na ponta oposta à do Anton, mas Rose continuou seguindo pela longa mesa de vidro preto, até puxar uma cadeira ao seu lado. Ele nem se dera o trabalho de me dirigir um olhar, estava inteiramente concentrado no corte da carne em seu prato.
Engoli com dificuldade, as unhas cravadas nas palmas das mãos suadas, o coração parando de bater e os pulmões instando por ar. Calmamente andei até eles e me sentei na cadeira, tentando disfarçar a ansiedade crescente enquanto perscrutava tudo à nossa volta. Era tão contraditório que dava a vertiginosa sensação de que eu estava em alguma espécie de delírio.
Não havia nada fora do lugar, a mesa, as cadeiras de couro preto, as louças de prata com a comida à nossa frente, o lustre de metal retorcido e o aparador negro que ficava encostado na parede atrás dele, pareciam severamente alinhados. Tudo estava tão estático e milimetricamente acertado quanto a uma fotografia, o que era totalmente incompatível com a aura revolta e o caos que o ser ao meu lado causava por onde passava.
Ele e eu estávamos ali, casados, e íamos jantar juntos. Não seria a primeira vez que faríamos isso, mas, por que eu estava tão nervosa?
― Peço licença, buscarei a louça e os talheres para que eu possa servi-la ― proferiu Rose com uma sutil reverência antes de se retirar pela porta da cozinha, que ficava na parede oposta à ponta em que estávamos.
No segundo em que a porta "vai e vem" se fechou atrás dela, Anton me olhou. Seu olhar, como sempre, continuava frio, mas naquele momento havia um fulgor diferente, feroz, e da mesma forma que me enregelou o estômago, me ascendeu um calor poderoso que provocava um eco em uma parte muito particular do meu corpo.
Eu poderia contar as batidas do meu coração de tão altas e desesperadas que ressoavam. Aquilo estava errado, eu precisava assumir o controle da situação, ao invés de me afogar naquelas profundezas azuis e sentir todas aquelas coisas. Se eu o ignorasse, talvez ele também continuasse a me ignorar, e assim eu poderia tentar comer alguma coisa sem ficar pensando em como ele ficava lindo até mesmo com uma simples e maldita camiseta preta.
Balancei a cabeça desconsolada com a verdade, ele me atraía de uma forma tão profunda que eu não conseguia explicar. Anton era incrivelmente lindo, sofisticado e fascinante, mas em teor de decência, era um canalha. Antes que a prepotência saísse de sua boca em forma de palavras, me antecipei.
― Não diz nada. ― Desviei meus olhos para a travessa de salada à minha frente, era mais confiável e menos intimidadora.
Peguei um tomate cereja o levando até a boca. Era melhor mantê-la ocupada para resistir ao ímpeto de perguntar alguma coisa, pois eu bem sabia que qualquer resposta dele seria uma provocação que só me deixaria ainda mais aflita. Para o meu conforto, logo Rose voltou com a louça, a posicionando cuidadosamente à minha frente, e em seguida, se pôs a pegar as baixelas de prata uma a uma, me oferecendo o que tinha dentro.
― Carne? ― indagou ela com a última travessa contendo um enorme bife ensanguentado. Aquilo estava cru! Acredito que não consegui esconder a minha aversão, pois ela se apressou em continuar. ― Posso assá-la um pouco se assim desejar.
Agradeci pela gentileza, mas eu não queria incomodar, por isso neguei. Inconformada com a minha recusa, Rose saiu com o bife para a cozinha, e mais um vez, fiquei ali sozinha com ele. Comecei a comer fazendo um grande esforço para manter os modos, eu estava com tanta fome e o risoto era tão delicioso, que a minha vontade era de comer rápido enfiando tudo dentro da boca.
Peguei outro tomatinho da salada, então peguei outro, e outro... só mais um, e acho que até daria conta de mastigar mais, mas a minha boca já estava cheia, e ele me observava com algum tipo de estranheza. Tá, talvez eu tivesse perdido um pouco da compostura.
― O que foi? Estou com fome. Nem acredito que dormi o dia inteiro. ― Anton se manteve calado, e logo a sua atenção se voltou para o bife que ele cortava. Não resisti à curiosidade e acabei falando demais. ― Não me lembro de nada do que aconteceu após o ritual, você sabe como vim parar aqui?
De modo súbito, suas mãos pararam de ser mover e permaneceram estáticas enquanto ele continuava encarando o bife em seu prato. Poucos segundos depois seus movimentos retornaram, mas Anton permaneceu em silêncio, e eu, sem uma resposta.
― Está me ignorando, Anton?
Com um movimento calmo, os talheres foram abandonados em cima do prato, sua cabeça se elevou, mas ele continuou olhando para frente, enquanto sua mão ia de encontro à taça de vinho. Ela fora levada até a boca, e o líquido pareceu descer preciso, agradável, antes que seus lábios se abrissem quase imperceptivelmente para uma degustação. O gesto fora tão suave, elegante e... atraente.
Vampiro miserável, tinha conseguido me desconcentrar de novo.
A sua intrigante capacidade de nunca perder a postura imperativa mesmo em gestos tão triviais, e a sua enorme eficiência para ignorar o mundo à sua volta quando lhe era conveniente, me irritava. Após devolver a taça, Anton limpou a boca com o guardanapo de tecido que descansava sobre o colo, e só então me olhou.
Desprezei aquela apreensão que me contraiu o estômago, esperando-o falar algo, mas ele apenas me observava, e o silêncio me enervou tanto quanto a impetuosidade do seu olhar firme. Seus traços expunham a habitual neutralidade, no entanto, havia algo neles que eu não soube definir, e que de alguma maneira estava desdobrando uma sensação muito viva e desconcertante dentro de mim.
Anton estava estranho, não que antes ele fosse normal, mas eu já estava me habituando ao seu jeito excêntrico.
― Certo. ― Soltei meus talheres, recolhi o guardanapo do colo e o coloquei sobre a mesa. ― Se a sua intenção é ignorar a minha presença, sugiro que não fique me olhando assim.
― Você disse para eu não falar nada, fada ― incitou ele com uma de suas sobrancelhas alçadas.
― Ah, que maravilha, agora você me ouve ― ironizei, já me lamentando em seguida, pois se quisesse que ele falasse algo, não poderia desafiá-lo. Suavizei a voz e continuei. ― Você sabe como cheguei aqui?
― Eu a trouxe. ― Direto e seco, mas eu não podia esperar mais que isso, e também não pude deixar de imaginar um cenário que me encheu de receio. De repente, eu já não estava certa se desejava saber o que tinha acontecido.
― Você me trouxe... ― repeti suas palavras em um sussurro, a pulsação se acelerando conforme a calma me abandonava. Anton apertou os olhos ligeiramente, me analisando. ― E... o que aconteceu depois?
Minha voz soou esquisita, e ouvir esse pensamento inquietante abandonar a minha boca através dela, deixou tudo mais temível. Eu devia estar realmente delirando, com certeza não tinha acontecido nada entre nós dois, mas eu ainda não me lembrava de como tinha vestido aquela camisola.
Não sei se foi somente uma impressão, mas ele parecia ter ficado subitamente mais sério, e eu não suportei continuar o encarando, estava envergonhada, apreensiva. Desviei os olhos para a enorme porta de vidro da parede à frente, dava para ver do outro lado a longa piscina com iluminação interna, sob o céu estrelado.
― O que está presumindo, fada? Que ao chegar aqui fizemos juras de amor e depois fodemos a noite inteira? ― Meus olhos sobressaltaram e quase engasguei com o ar ao me virar para ele balançando a cabeça negativamente.
― Nada! Não estou presumindo nada! ― Minha garganta se fechou, e eu me forcei a respirar fundo para diminuir a ardência das minhas bochechas. ― É só que... eu não me lembro.
― Então deveria beber menos.
Pronto, Anton tinha voltado ao seu estado normal. Lá estava ele sendo o mesmo cretino detestável de sempre. Soltei um suspiro enraivecido, me perguntando se algum dia ele deixaria de ser tão desagradável comigo. Pensei em falar muitas coisas, mas por não saber o que tinha acontecido me sentia insegura, por isso retive a me defender com o que podia.
― Eu não bebi assim! ― Ele me lançou um último olhar acusador, e então terminou de virar o vinho de sua taça. ― Não sei por que, mas não me recordo de nada, e eu só queria que me contasse o que sabe.
― Sugiro que ligue para sua mãe ― declarou se levantando e jogando o guardanapo sobre a mesa.
Infeliz, custava ele me falar alguma coisa? Anton me aborrecia com tão pouco empenho e um sucesso tão grande, que perto dele eu praticamente adquiria uma nova personalidade, perturbada e irracional. Como a boba que eu era, sempre acreditava existir um lado bom nas pessoas, e talvez seja por isso que ainda insistia em ter algum tipo de relação amigável com ele, embora no fundo soubesse que essa seria uma façanha impossível.
Mas afinal, se ele mencionara a minha mãe era porque provavelmente ela sabia de algo. Eu precisava ligar para Ava urgentemente.
Naquele segundo Rose voltara com o meu bife devidamente bem passado, enquanto Anton se afastava caminhando rumo ao corredor existente na lateral da sala de entrada, onde ficava o salão de jogos, a academia, a biblioteca e o escritório dele.
― Vinho? ― Voltei-me para a governanta, que já havia colocado o bife em meu prato, e aguardava uma resposta com a garrafa em mãos.
― Não, obrigada.
Aceitei o suco de morango que foi oferecido em seguida, e quando Rose perguntou se eu preferia que ela saísse ou ficasse ali, assegurei que gostava da sua companhia. Era um modo de conhecê-la melhor, assim como também uma oportunidade de descobrir alguma coisa sobre o Anton. O que não aconteceu, pois do mesmo jeito que fora com o James, Rose não revelou nada, e quando eu insistia em respostas diretas, ela disfarçava uma recusa com palavras educadas. No entanto, descobri que trabalhava para ele há quinhentos anos, e que havia sido transformada aos cinquenta, mas já possuía mil cento e dois anos como vampira. Também me revelou que era natural da região de Alexandria, Egito, e que seu criador era Amahli Tate, cria de Sebastian.
Ao final do jantar, eu já havia compreendido duas coisas, a primeira era que, mesmo insistindo, Rose não deixaria de me chamar de "Sra. Skarsgard", e a segunda era que eu jamais descobriria algo sobre o Anton através dos seus funcionários. No mais, não iria insistir e muito menos criar alguma indisposição com eles por conta disso. Eram todos adoráveis e educados comigo.
Bebi um último gole de suco, e limpei a minha boca.
― Rose, sabe onde tem um telefone que eu possa usar?
― Peço licença, irei pegá-lo para a senhora ― enunciou ela sorrindo, e então se retirou pela sala a fora.
Era hora de ligar para Ava e descobrir a verdade.
Rose Tate
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