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C A P Í T U L O 34

O Amor físico

          Seu sorriso surgiu arrogante, mas com uma leve tristeza refletida em um piscar lento que me fez indagar por que ele estava tão estranho desde a conversa com Vincent. A culpa quis despontar de repente, e eu me forcei a engoli-la de volta, mas já era tarde, porque num segundo ela havia conseguido destruir a tensão sensual do momento, e eu me peguei pensando nas razões que deixara o Anton tão distante. Algo me dizia que não era só a conversa o motivo, o encontro de ambos parecia ter trazido à tona muitas coisas enterradas no passado, em sua vida.

          Eu queria entendê-lo e talvez o melhor caminho seria começar pela superfície, pelas fissuras que ele havia me permitido presenciar, mesmo que sem querer, como a cena que eu vira no escritório. Vieram longos minutos silenciosos, tomado apenas pelas trocas de olhares profundos, enquanto eu criava coragem para tocar em um assunto tão confusamente delicado.

          Um suspiro, um pensamento cintilando nos limites da minha consciência, e assim deixei escorregar uma das perguntas que brotava em mim.

          ― Por que você estava sangrando, Anton?

          Silêncio.

          Observei que os seus olhos se fixaram nos meus e a sua expressão se tornou reflexiva. Parecia existir tantos pensamentos escondidos. Uma existência de três mil anos de memórias não faladas. Me senti olhar para dentro de um abismo, um poço infinito de segredos e conflitos. Talvez houvesse sido esses segredos que lhe usurparam parte das emoções e da normalidade presente nos seres.

          Eu já havia desistido de ouvir uma resposta, quando, me pegando de surpresa, aqueles lábios se entreabriram e a voz cava reverberou imperturbável.

          ― Quando se vive há mais de três mil anos, chega um momento em que você não sente mais nada. Nada mais te surpreende, nada mais te chama a atenção ou te interessa. A indiferença se torna o veneno que corre nas veias e que lhe suga a vida. Então você se percebe morto por dentro, assim como tudo à sua volta, e só o que você deseja é sentir algo, qualquer coisa que te traga à vida novamente. ― Anton tomou um tempo, parecendo mergulhar em mais um ciclo de introspecções, e eu ainda tentava digerir todas aquelas informações quando ele prosseguiu. ― E assim você se pega fazendo coisas boas, coisas ruins, se pega recorrendo aos meios mais inusuais, condenáveis, só para sentir um mísero segundo de vida. ― Ele prendeu o ar e o soltou com exaustão. ― É por isso que eu estava sangrando, fada. Era eu ou você.

          Novamente me veio a dúvida se Anton acabava de me dar motivos para fugir ou se era uma forma, mesmo que toda errada e confusa, de me dizer que se importava comigo. No entanto, naquele segundo nada disso era relevante, porque na minha mente o peso das suas palavras se misturou às de Avigayil, e se fundiram às lembranças do que havia acontecido horas antes, uma comprovando a outra, me provendo a compreensão de uma pequena parte dele.

          Tudo passou a fazer um grande sentido, um grande e cruel sentido que justificava muitas das suas ações e reações.

          Foi então que o meu instinto emergiu reprimindo qualquer pensamento. Eu só queria abraçá-lo, beijá-lo, queria lhe dar motivos para sentir alguma coisa, e essa necessidade incontrolável me fizera levantar da cama e ir até ele. Parada à sua frente, puxei-lhe a perna que descansava sobre a outra e me sentei em seu colo, sendo recebida com um olhar impreciso, mas ao mesmo tempo, surpreso.

          ― Você sente isso?

          Arqueei-me para frente alcançando os seus lábios, e prontamente, Anton os abriu para receber a minha língua e me devolver o mesmo afago. Capturei as suas mãos, que até então não haviam se movido do braço da poltrona, e as levei para a minha cintura apertando meus dedos sobre os dele.

          ― Sente alguma coisa? ― sussurrei entre os seus lábios. Eu não queria parar de beijá-lo, mas me distanciei para tentar lê-lo através dos olhos. ― Você me sente, Anton?

          Um meneio afirmativo, um meio sorriso genuíno, íntimo, e então aquele olhar.

          ― Gosta do que sente? ― ousei perguntar, e tão logo senti as suas mãos deslizando pelas laterais do meu corpo desvendando as minhas curvas com uma certa ansiedade.

          ― Catastroficamente. ― Franzi a testa sem entender, e ele abriu um sorriso tênue. ― Muito mais do que deveria gostar.

          De repente o meu coração não parecia mais me caber no peito. Tive vontade de sorrir, sorrir muito, mas não queria estragar o momento com qualquer perturbação emocional, isso poderia afastá-lo e aquele segundo era sobre ele, só sobre ele. Segurei uma das suas mãos e a coloquei sobre a minha face.

          ― Consegue se sentir vivo quando me toca?

          Outra vez a quietude veio reflexiva, enquanto aquelas íris árticas me absorviam.

          ― Muito vivo, quase imortal.

          Foi impossível não sorrir do seu trocadilho perspicaz, mas também porque a emoção falou mais alto com a declaração clara do quanto eu o afetava.

          Houve um momento de compreensão silenciosa, carregada de significado. Não havia necessidade de palavras, ele parecia enxergar através do meu corpo, da minha alma, e o seu olhar me dizia que ele precisava de mim tanto quanto eu precisava dele. O fulgor do desejo estava lá, primitivo, selvagem, carnal, e isso era o suficiente para que o meu coração sucumbisse ao instante, levando-me a beijá-lo de novo.

          Desta vez fora ele que comandou o beijo, com dentes, língua, lábios, ávido e forte. Suas mãos viajaram até as minhas coxas alcançando a bainha da camisola, e escorregaram espalmadas por debaixo dela encontrando a pele ardente dos meus quadris, das minhas costas, em uma deliciosa resistência ao contato frio dos seus dedos. Eu o sentia, ele me sentia, e o desejo ia sendo trocado através do contato como uma energia, uma terceira presença que ia preenchendo o quarto.

          Agarrei-me aos seus ombros explorando a dureza dos músculos, me aninhando sob o seu toque ansioso que me subia pela espinha e deslizava para as minhas nádegas. Anton moveu a boca até o meu pescoço e eu deixei minha cabeça cair para trás sentindo o calor embebido da sua respiração. Eu precisava tanto dele, tanto, que não poderia ser saudável uma relação assim, mas não importava, nada importava. Eu precisava viver aquilo que ele fazia nascer dentro de mim.

          ― Me peça para tirar as mãos de você ― ele exigiu, a boca contra a minha garganta levando-me a estremecer com a efusão da sua voz.

          Eu jamais pediria. Naquele momento, pedir para que ele se afastasse era o mesmo que pedir para que me arrancassem a alma. Corri as mãos por entre os seus cabelos sedosos e desci os meus lábios até a sua orelha fechando os olhos e inalando fortemente a essência sensual.

          ― Mas eu quero as suas mãos em mim, só assim vou saber por onde você esteve nesses milênios.

          O seu êxtase viera através de um grunhido exasperado, quase inaudível. Anton fechou os dedos no meu cabelo e voltou a me beijar ferozmente agravando o amontoado de sensações que me corriam pelo corpo. A outra mão me apertou a bunda por debaixo da camisola e fora a minha vez de gemer ao sentir o volume em sua virilha se encaixar em mim, e provocar uma pressão deliciosa quando ele se levantou comigo envolta dos seus quadris.

          Eu havia pedido por aquilo, e céus, como eu queria aquilo, era como se eu sempre estivesse pronta para ele, e não importava se eu me afogava em minha própria respiração, eu queria mais, eu o queria em mim até nos tornamos um só.

          Anton me colocou sentada na cama, e eu me apoiei nas mãos para arquear o corpo à frente conforme sentia a calidez molhada da sua língua me descer pelo queixo e garganta. A ardência intoxicante também se projetou através das mãos grandes, quando subiram febris pelas minhas coxas encontrando a curvatura dos meus quadris e arrastando com elas, a suavidade da seda branca. Os tremores foram intensificados, o arfar, e aquele nó de expectativa que descia e descia, enquanto o tecido se juntava lentamente entre os seus dedos, revelando o meu corpo.

          Deixei-me escorregar para trás quando a roupa de dormir fora abandonada ao lado. Novamente seus lábios resgataram os meus, desta vez com a profundidade de uma mordida, outra, e outra, provocando uma leve dor, e incendiando o caminho da pele sensível da minha boca até o meio dos meus seios. Gemi quando sua língua se arrastou pelo monte macio e a sua respiração quente alcançou o meu mamilo. Uma mordiscada, e a sucção para dentro da umidade ardente desencadeou um desejo fluído que intensificava todos os meus sentidos e que ia me preenchendo todos os lugares.

          Apanhei os seus cabelos, pronta para abraçá-lo e puxá-lo para mim, mas Anton resistiu à minha investida ansiosa, afastando as minhas mãos e voltando a ficar em pé. Pela segunda vez naquela noite, aqueles olhos contemplaram as minhas curvas, retendo-se nos meus seios, e então na minha intimidade ainda coberta pela renda branca da calcinha.

          A vergonha quase me fizera fechar as pernas, mas havia algo muito brilhante e faminto cintilando em suas profundezas escurecidas à medida que elas varriam o meu corpo com um ardor tão tempestuoso e possessivo, que eu podia sentir todo aquele calor penetrando a minha pele e fazendo o meu coração bater descompassado.

          Foi então que, sem falar nada, Anton deu a volta na cama e seguiu para o closet. Na confusão do momento, sentei-me rapidamente me perguntando o que tinha acontecido. Minha respiração ainda falhava e a necessidade vibrava por toda a minha carne em uma sobrecarga de emoções, quando ele voltou trazendo consigo uma sacola preta, que reconheci ser a que eu vira naquela manhã.

          Sem retirar os olhos de mim, ele enfiou a mão no pacote e retirou de dentro um tecido preto, dobrado. A peça escorreu por entre as duas mãos, tão suave e maleável quanto a mais fina das sedas, até dar forma ao que reconheci ser uma echarpe. A ansiedade do momento não me deixou espaço para perguntar o que ele pretendia fazer com ela, porque eu estava absorta na espera por cada ínfimo gesto dele.

          Anton voltou a ficar de joelhos à minha frente. Os singulares olhos vítreos piscaram serenamente, seus lábios se entreabriram, e uma fascinação obscura atravessou a sua expressão conforme o tecido era posto ao redor da minha nuca, como se fosse um ritual, um culto de contemplação. Meus cabelos foram afastados e a delicadeza fria do pano entrou em contato com a minha pele aquecida, com os meus seios túrgidos, redobrando a sensibilidade de todas as minhas células.

          Devagar, acompanhando o silêncio do quarto, ele desceu os dedos pelo tecido parando-os sobre os meus mamilos, leves e provocativos. O suave roçar fizera o ar ficar suspenso, e eu me peguei fechando os olhos e curvando o corpo para ele, enquanto tênues sons de prazer me escapavam da garganta.

          ― Saiba que agora não tem mais volta, babe. ― Sua voz calma e aveludada parecia me tocar, instigando a excitação selvagem que se elevava dentro de mim.

          Seus polegares se moviam sobre o meu bico sensível em movimentos circulares e muito lentos. Trêmula, tentei ignorar a carícia erótica para dizer alguma coisa, mas cada parte do meu corpo formigava, e a respiração era impossível.

         ― Eu... ah... ― ofeguei quando ele levou os lábios até meu seio direito. ― Não... não quero que tenha volta... ― Consegui dizer e logo me engasguei com outro gemido. Tomei uma respiração, e as palavras saíram fáceis. ― Quero que seja único...

          A língua ardorosa retornou ao vale dos meus seios, passando a trilhar o caminho de volta para o meu queixo, meus lábios, devolvendo minhas costas para a cama. As mãos sôfregas deslizaram pelas laterais do meu corpo, o toque preciso, fremente, me fazendo vibrar, fazendo-me debilitar com a sua persistência lasciva.

          Abri os olhos quando seus dedos se encaixaram nas laterais da minha calcinha, Anton estava submerso em seus próprios gestos quando ele passou a descer a fina renda, lentamente, como se desembrulhasse um presente frágil. Quando a peça íntima saiu pelos meus pés, mantive minhas pernas fechadas, e ele me encarou com ar de incitação e desejo.

          ― Abra para mim ― ordenou, e eu hesitei. O coração batendo impetuoso e a excitação fervendo a minha pele, mas ainda existia aquele receio. ― Vamos, fada, mostre-me o que você quer dar pra mim.

          Ah, céus...

          Como eu daria algo que já era dele? Eu havia nascido para ele, e isso, de um modo esquisito, dava ao momento a aura fantasiosa de um sonho, mas ao mesmo tempo estimulava a flama do meu corpo devolvendo-me a realidade. Com um movimento tímido, sem pressa, comecei a abrir as pernas. Anton acompanhou a ação com os olhos sensuais e enevoados, e quando eu já estava totalmente exposta, puxou meus quadris para ele.

          As carícias retornaram pesadas, queimando a parte interna das minhas coxas, mas o primeiro toque em minha intimidade foi sutil e delirante, completamente delirante. Um espasmo involuntário fizera minha barriga se contrair em excitação, e o som áspero que era uma mistura de gemido com rosnado ressonara de suas cordas vocais, enquanto ele raspava o polegar pelos meus sensíveis lábios, abrindo e buscando o caminho até minha protuberância latejante.

          ― Merda, tão molhada... ― Anton inalou fundo fechando os olhos, a língua correu pelo lábio superior até a presa, e o pomo-de-adão se arrastou lento. ― Tão cheirosa...

          Eu não precisava de mais nada, essa simples visão dele fez ondas de prazer expandirem-se como labaredas do meu centro para todas as partes do meu corpo. Movimentos circulares, leves apertos, e os dedos escorrendo pela minha carne pulsante facilmente, cada vez mais próximos à minha entrada.

          ― Anton...

          O gemido que ia saindo ficou preso na garganta, e o temor me invadiu quando o senti deslizar profundamente um dedo para dentro de mim. Segurei a sua mão e tentei respirar, só respirar... não estava doendo. Anton me olhou incerto percebendo a minha tensão, e eu me forcei a relaxar o soltando cautelosamente. Era o meu Anton, o meu marido, quem eu desejava tanto, e para quem eu havia pedido por aquilo.

          Sem falar nada, ele retirou o dedo indicador e o voltou sem pressa, enquanto o polegar retomava sua tortura erótica em meu núcleo. Liberei todo o ar retido, aquilo era bom, era muito bom... tão gostoso que dissipou qualquer pensamento de negação.

          O meu corpo voltava a se desmanchar sob o ritmo lânguido e incitador. Desta vez o prazer vinha mais forte, mais selvagem e difícil de controlar. Senti uma leve ardência quando ele escorregou um segundo dedo para dentro, mas não o bastante para inibir a intensidade da sensação deliciosa que encarnava ali. Eu queria mais, eu queria tudo que ele podia me dar. Agarrei-me aos lençóis e fechei os olhos erguendo os quadris. Os movimentos aumentaram, os gemidos se converteram em gritos, e o seu nome vinha à minha boca repetidas e repetidas vezes.

          Ele era tudo o que eu queria, eu faria qualquer coisa por ele, daria tudo a ele, eu sentiria qualquer coisa por ele.

          A mão que lhe estava livre alcançou o tecido negro em meu pescoço, senti um lado sendo passado por cima do outro até uma suave compressão ao meu redor. Abri os olhos e encontrei o mesmo olhar sombrio de antes, assistindo a tudo com deleite e um fascínio que se assemelhava a uma espécie de... perversão.

          A febre fluía, as sensações se ampliavam, castigavam, e uma intensa dor abaixo do meu ventre se acumulava e se acumulava à cada fricção incessante, à cada investida mais funda. A pressão da echarpe aumentava aos poucos, o ar deixava os meus pulmões demorando cada vez mais para voltar, e o meu coração batia desesperado como se eu fosse morrer a qualquer segundo. E eu morreria. No êxtase do momento, eu morreria só para me dissolver naquele desejo.

          ― Sim... oh céus... eu morreria por você...

          O silêncio, e então a imobilidade.

          Só me dei conta de que o pensamento ecoara com um gemido, quando Anton paralisou. Olhos confusos, a mão que segurava o tecido em punho, tremendo, e os dedos em minha intimidade, imóveis. Um segundo de compreensão, então veio um exalar arrastado, e as suas mãos me deixaram como se estivesse cometendo um pecado.

          Droga, eu acabava de estragar tudo!

          ― Eu... eu... ― balbuciei entre um resfolegar apressado e outro numa tentativa de consertar o meu erro. ― Eu não quis...

          ― Shhh... ― Fui interrompida abruptamente com um beijo, uma mordida, e então aquela voz voltara controlando tudo. ― Não piora a situação com essa boca insolente, eu já estou fodido de qualquer jeito.

          Anton buscou a echarpe retirando-a o meu pescoço enquanto a sua língua ia me penetrando a boca, me impedindo de falar qualquer coisa. Agarrei-me aos seus ombros, deslizando as minhas mãos ao longo das costas delineadas por músculos, sentindo a suave textura veludosa de uma mistura única de quente e frio. O desejo havia voltado, na verdade, ele nunca havia ido embora e eu precisava desesperadamente aliviá-lo.

          ― Eu... eu preciso de você... ― suspirei, minha voz saindo lânguida e suplicante sob o desejo crescente das suas mãos em minha pele. Movimentei os quadris, e estreitei-me contra o seu corpo pressionando meus seios em seu peito. ― Por favor...

          Anton abandonou a minha boca com um brado, as íris escurecidas nubladas com uma violenta volúpia e incitação. A princípio pensei que ele voltaria me tocar com os dedos, mas contrariamente, o mesmo passou a descer o corpo sobre mim, nossos olhares moldados um no outro, os lábios tenros, sedentos, me mordendo o seio, a barriga, descendo e descendo...

          Por todos os Deuses...

          Era pecado envolvê-los nisso, mas eu não sabia se estava preparara para aquilo... Ah céus... eu não estava. As minhas pernas fremiram só de sentir sua respiração abrasadora em meu sexo. Instintivamente tentei recuar, mas as mãos fortes e ágeis capturaram os meus quadris e me levaram de encontro àquela boca morna, faminta, àquela língua exploradora, e àqueles lábios sugadores. Os olhos selvagens me analisavam por cima da minha pélvis, perversos, maliciosos, parecendo adorar a minha agonia.

          ― Ah minha nossa! ― gritei me contorcendo quando ele sugou aquele ponto delicioso.

          Anton segurou os meus quadris mantendo-me presa à sua boca, e então começou uma nova incursão com a língua, deslizando-a para cima e para baixo, absorvendo tudo que saía de mim. Uma suave pressão, uma dança circular lenta, então frenética, e a minha sensibilidade estava toda de volta em sua boca sendo devorada, enlevada e laçada por lambidas ávidas e insaciáveis.

          Nesse momento já não era possível ver ou pensar em nada. Eu só conseguia sentir o ardor da sua boca, o acelerado pulsar do meu sangue, e o desejo feroz que parecia me cortar inteira. Eu queria chorar e gritar ao mesmo tempo. Já estava no meu limite, vulnerável, e os meus músculos se contraíam cada vez mais, e mais...

          Minhas pernas começaram a tremer descontroladas, todo o meu corpo ficou teso e o prazer se tornou intenso demais para ser suportado. E assim, me desfiz, com um gemido enrouquecido ecoando o nome dele pelo quarto. Entreguei-me ao abismo profundo, secreto, alucinante, que me puxava, me tragava até tudo ficar escuro, quase silencioso, porque eu ainda ouvia os seus chupões em minha intimidade, ouvia o palpitar nos meus ouvidos, e a minha respiração rápida, irregular.

          Ao final daquele momento, eu só tinha certeza de duas coisas: aquela havia sido a melhor e a mais incrível experiência da minha vida, e eu queria tê-la de novo. Quando recuperei meus sentidos, Anton já havia se afastado e estava agora em pé, me olhando aparentemente satisfeito. Eu diria que muito satisfeito, consoante ao seu sorriso malvado.

          A língua lhe correu pelo lábio inferior, antes da boca se fechar sobre ele sorvendo a umidade excedente. E maldição, aquilo foi tão sexy, mas ao mesmo tempo me fez enrubescer de um jeito que não consegui mais olhá-lo, e já estava fechando as pernas e me encolhendo quando ouvi aquela voz rouca.

          ― Tsc, tsc... Nem pense nisso ― Anton advertiu afastando meus joelhos novamente. ― Agora você vai gozar no meu pau, e eu vou gozar bem fundo em você.

          Ah, minha nossa... eu ia ter mais daquilo. 



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