Terceiro ano do ensino médio e eu e minhas amigas nos envolvemos nas atividades do colégio.

E como todas nos amamos o São João - por motivos óbvios de comidas - resolvemos ficar com a organização da barraca para a festa junina que ia ter ali. Coisa muito pouca, só tínhamos que enfeitar a barraquinha de beijo da nossa turma e pronto - sim, a saliência das minhas amigas veio bater na barraca do beijo, era no rosto, mas valia.

Chegamos cerca de uma hora antes da festa começar pra conseguir arrumar tudo e também para ficarmos conversando bobagens e na esperança que algum aluno interessante de outra turma tenha ficado com a organização da barraca deles. Fui toda trabalhada num vestido quadriculado até a metade das coxas - acredite, isso vai ser importante.

Bandeirinhas coloridas coladas ao redor da barraca e uma grande boca de cartolina vermelha colada no topo, e estamos prontas.

Ainda tínhamos uns bons minutos para matar e como a seleção de pessoas que estavam ali na organização nao tinha agradado a nenhuma de nos, resolvemos andar um pouco pela quadra e fazer aquelas brincadeiras nada haver.

Quase no centro da quadra, tinha uma daquelas fogueiras falsas, aquelas que têm uns ventiladores ligados pra cima com umas fitinhas coloridas para passar uma ilusão, e na base umas lâmpadas amareladas - claro que não iam colocar lenha e fogo perto de alunos.

As meninas, embaladas pela música que já estava tocando baixinho no sistema de som, decidem brincar de pular fogueira.

Eu sou a terceira a pular. Estou toda empolgada e aquele pulo vai ser tranquilo, ou pelo menos foi o que eu pensei.

Por conta do vestido maldito na altura do meio das coxas, quando eu vou pular, eu não consigo abrir a perna suficiente para poder passar sem problemas de um lado a outro da fogueira, o que faz o meu pé chutar uma das lâmpadas da fogueira, quebrando. E só não voou vidro por todo lugar, porque tinha um aparato que rodeava todas as luzes.

Mas claro que o barulho de vidro foi alto suficiente para todas as pessoas que estavam na organização parar o que estavam fazendo para poder ver o que diabos tinha acabado de acontecer.

E me viram com o pé dentro da fogueira, sem saber onde enfiar minha cara.

Mas a parte boa foi que eu não paguei mico sozinha. Minha amiga riu tanto de mim, que ficou fraca das pernas, e foi procurar alguma coisa para se escorar e rir mais tranquilamente, só que ela achou que aquele tripé que segurava uma caixa de som era mais firme, pois foi com muita sede ao pote quando se escorou nele.

E sim, o tripé caiu, derrubando a caixa de som, com um barulho lindo, alto e que fez todo mundo tirar as atenções de mim.

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A caixa só derrubou, mas não teve nenhum dano, mas eu paguei pela lâmpada que eu quebrei - que era alugada de uma empresa de eventos.