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Uma oponente à altura

Notando o desconforto entre Caroline e Elizabeth, Fitzwilliam lançou um olhar de incógnita para Georgiana. Obviamente, ele não recordava-se da irmã de Charles, e menos ainda do quanto — num passado não muito distante — ela almejou tornar-se a Sra. de Pemberley. Georgiana arqueou de leve a sobrancelha, apreensiva. Para Darcy, este gesto sutil demonstrava que aquela ruiva não era querida por sua esposa, e vice-versa.

Elizabeth e Caroline avaliaram-se de cima a baixo. Enquanto Lizzy havia escolhido o azul, a vestimenta de Caroline era vermelha, assim como sua máscara. Opostas, como sempre. Ambas constataram que a outra fazia uma bela figura, embora jamais pretendessem externar tal pensamento. Contudo, mesmo que a resolução delas fosse idêntica, as razões que as impediam de admitir este fato divergiam profundamente.

Caroline, sob hipótese alguma, reconheceria nem para si mesma que outra mulher havia sido capaz de equiparar-se à ela em nenhum aspecto, por puro despeito, futilidade e inveja, características que lhe eram peculiares. Se fizesse alguma observação bondosa pela frente — com o propósito de manter as aparências — fatalmente falaria mal pelas costas.

Elizabeth, por sua vez, não sentiria constrangimento algum numa situação como esta. Não somente seria ela capaz de ver como também de verbalizar caso observasse a presença de alguma dama à sua altura em termos de bom gosto e beleza, ou até mesmo que lhe superasse em tais quesitos. Caso desaprovasse algo, preferiria ignorar.

Lizzy sempre fora segura e ciente de que suas qualidades iam muito além da aparência, portanto a questão envolvendo Caroline era uma exceção, provocada por um motivo bem específico: nunca ofereceria a esta o prazer de ouvir um longo elogio pronunciado por sua própria boca, simplesmente por perceber a total ausência de humildade na irmã de Charles. No máximo faria uma observação sutil, e apenas por educação.

Coube à Caroline, que fazia as vezes de anfitriã enquanto Jane e Bingley não apareciam, quebrar o clima pesado que instalara-se desde que ela aproximou-se dos Darcy. Forçou um sorriso, e após uma breve troca de beijos no ar com Lizzy, próximo ao rosto, comentou:

— Que bela escolha a sua, combinando tons de azul. — e, deixando transparecer sua verdadeira face, alfinetou — Pena que a sutileza do colar não esteja condizente com o resto da produção.

Darcy incomodou-se com a crítica. Logo compreendeu que Caroline era uma criatura maldosa e que sua esposa tinha motivos para não simpatizar com ela, mas permitiu que Elizabeth respondesse como bem entendesse.

— Este colar tem valor sentimental para os Darcy. Originalmente, era uma jóia da mãe de Fitzwilliam. Gosto é uma questão pessoal, concordas? O teu colar, em contrapartida, é bastante extravagante. Creio que nem mesmo Jane, sendo a esposa de Charles, será ousada a ponto de ofuscá-la! — devolvendo a crítica de maneira velada.

— O meu colar de rubis foi confeccionado especialmente para a ocasião, e estou muito feliz com o resultado. Fico igualmente contente em saber que o Sr. Darcy lhe confere tanto valor. Melhor ainda é saber que Georgiana não se importa em ter sido preterida, uma vez que era de se esperar que ela herdasse este colar por ele ter pertencido à sua mãe, e não tu, Elizabeth. - retrucou, provocando claramente.

Fitzwilliam quase perde a paciência, mas Georgiana tomou a frente da situação. Não deixaria que Caroline humilhasse a si mesma e à Elizabeth desta maneira. Tentando conter a irritação, respondeu:

— De fato, é uma alegria para mim saber que meu irmão teve tamanho bom gosto ao escolher a guardiã de uma relíquia de tamanho significado. Outra mulher certamente não ocuparia o lugar que um dia pertenceu à minha mãe com a dignidade e o caráter que ela certamente possuía — olhando intensamente para Caroline, numa indireta nem tão sutil assim —, qualidades raras, mas que Lizzy possui de sobra. E acrescento ainda que não há nada mais natural que a atual Sra. de Pemberley herde o que outrora pertenceu àquela que ocupou o mesmo posto.

Um silêncio constrangedor tomou conta dos quatro. Georgiana pôs o dedo na ferida de Caroline, propositalmente. A irmã de Darcy sentia-se contente por ter colocado aquela inconveniente em seu devido lugar. Elizabeth estava positivamente surpresa por perceber a evolução da desenvoltura de Georgiana, que noutros tempos ficaria constrangida e calada diante da insinuação de Caroline. Darcy, por sua vez, gostou de observar a capacidade de auto-defesa que Lizzy e Georgiana possuíam.

A única que não sentia-se nada satisfeita com a situação era Caroline. A irmã de Bingley percebeu que os três formavam uma família unida e feliz. Não era o que ela desejava. Se não poderia ser a esposa de Darcy como tanto quis, sua única possível satisfação seria ver o arrependimento estampado no rosto de Elizabeth, mas não era isso o que ela presenciava. Sua rival conquistara não apenas Fitzwilliam, como também Georgiana. Não lhe parecia justo que uma mulher de origem inferior, como Lizzy, fosse mais bem sucedida do que ela mesma, entretanto era o que constatava, com profunda frustração.

Todos encontravam-se assim, imersos em seus próprios pensamentos, quando Bingley e Jane surgiram no alto das escadas. Não haviam descido antes para criar expectativa entre os convidados. Ideia de Charles, que não perdia a chance de ser o centro das atenções, sobretudo em seu aniversário. A pequena orquestra parou, para destacar o dono da festa. Todos os convidados o aplaudiram. Caroline, aproveitando o momento, fez uma mesura e afastou-se dos Darcy, causando-lhes alívio.

Lizzy parabenizou Charles, assim como Darcy e Georgiana logo em seguida. Depois, Elizabeth aproximou-se de Jane, sorrindo:

— Como estás linda, minha irmã! — abraçando-a calorosamente — Por sinal, sempre estás, mas caprichastes ainda mais hoje. Esse vestido salmão combina muito com o tom da tua pele. — observou, admirada.

— Que bom que te agrada. Fiquei numa dúvida absurda, nem imaginas! — disse Jane, olhando para si mesma.

— Quanto a isso, nada surpreendente. — insinuou Lizzy, sorrindo abertamente.

— Sabes ser má quando queres, Lizzy — Jane franziu o cenho, fingindo irritação — A indecisão é uma característica minha que desagrada mais a mim mesma do que a ti, podes ter certeza disso. - confessou.

— Há pessoas com características infinitamente piores, mas que não se incomodam nem um pouco com elas. — olhando na direção de Caroline, que rodopiava com um par desconhecido pelo salão.

— O porém no meu casamento tem nome e sobrenome: Caroline Bingley. Felizmente, ela vai embora amanhã mesmo. — desabafou Jane.

— Fico feliz por ti, minha irmã. Mas vamos falar sobre assuntos mais interessantes, está bem? Hoje é um dia de comemoração, afinal. — propôs Lizzy, ao perceber o incômodo da irmã.

— Como queira. — concordou a mais velha.

Então, as duas trataram de comentar sobre temas mais agradáveis.

                                                                                          ***
Como Darcy e Bingley também conversavam entre si, Georgiana decidiu refrescar-se. O salão estava quente, consequência da grande quantidade de velas e o calor dos corpos movimento-se ao som das músicas. Chegando na sala de refrescos, optou por uma limonada. Dava o primeiro gole na bebida quando deu-se conta da presença de um rapaz desconhecido, que caminhava sorrateiramente.

O jovem trajava um roupa de luxo. O tecido era nobre, sua máscara cobria apenas os olhos e suas botas lembravam as de um soldado, o que levou Georgiana à recordar-se de George Wickham. Ela sentiu um frio na espinha pela recordação. Ele, alheio aos pensamentos dela, tentou uma aproximação:

—  Conheci algumas senhoritas, mas nenhuma delas era tão bela quanto tu és. Em que concha estavas escondida, pérola rara? — questionou, com olhar curioso.

Georgiana sentiu a imagem do seu antigo pretendente distanciar-se. Wickham não passava de uma vaga sombra do passado se comparado à magnitude que aquele misterioso rapaz exercia sobre si no presente.

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