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Um parto difícil

Lydia estava, como sempre, presa em casa. Wickham a trancava quando saía para bares de má reputação, em busca de jogos, bebida e mulheres.

As vezes o marido voltava trazendo uma pedaço de pão duro, e quase sempre era a única refeição que Lydia recebia ao longo do dia. Ela estava sozinha havia dois dias.

Faminta, a irmã caçula de Elizabeth encostou-se perto da vidraça da janela, que era a única fonte de luz dentro daquele casebre miserável.

— Vais me pagar caro, George. — Lydia amaldiçoava o marido — Não perdes por esperar...

Ela falava sozinha o que algumas vezes já havia dito diretamente para ele. Umas vezes Wickham gargalhava, debochando da mulher; noutras, a espancava para que ela deixasse de ser atrevida.

Foi neste momento de desabafo solitário que Lydia percebeu a aproximação de uma carruagem na estrada de terra. Quase não acreditava no que seus olhos viram, pois era rara a presença de pessoas naquela região isolada.

Enquanto a irmã caçula de Elizabeth observava a movimentação pelo lado de dentro de casa, Bingley comentava do lado de fora, ao descer da diligência:

— Será mesmo que a nossa cunhada está escondida sob estas ruínas? — perguntava ao amigo, desconfiado.

— Condiz com as informações do Sr. Holmes, inclusive a existência de um moinho de vento por trás da casa. — pontuou Darcy, descendo com a esposa em seus braços — Seja como for, teremos que entrar. Meu filho está prestes à nascer, e Lizzy precisa de um mínimo de privacidade para dar à luz.

— Não te preocupes, Will. Tudo dará certo, se Deus quiser. — Elizabeth falou, tentando tranquilizar o esposo e a si própria.

— O que significa aquilo? — Bingley perguntou, apontando na direção do barraco.

Ele viu um tecido vermelho tremulando por trás do vidro fosco, acima da janela. Era o método que Lydia utilizava para chamar a atenção e pedir ajuda àquelas pessoas que pararam em frente à sua residência. Ela não conseguira distinguir quem eles eram, mas o seu desejo de fugir dali era maior do que o medo de desconhecidos.

— Vá conferir quem é. Se ouvir uma voz feminina, arrombe a porta sem hesitar. — Fitzwilliam ordenou ao cocheiro. 

— Sim, senhor. — o criado respondeu, atendendo às ordens do patrão imediatamente.

O homem abriu o velho portão de madeira, que rangeu, mas não ofereceu resistência alguma. Caminhou mais alguns metros, e falou:

— Tem alguém ai? — perguntou, colando o ouvido à porta.

— Pelo amor de Deus, liberte-me! Estou presa aqui dentro! — Lydia implorou, desesperada.

— Afaste-se, senhora. — o serviçal avisou, afastando-se para pegar impulso.

Lydia saiu de perto, e viu a porta cair no chão com um único chute. Apenas uma mulher debilitada como ela permaneceria presa ali, pois as condições do local eram nitidamente precárias.

— Vamos entrar, não temos tempo a perder. — disse Darcy, seguindo à passos largos rumo à antiga construção.

                              ***
— Mais força, Lizzy! — Lydia pedia à irmã, que sentia uma contração ainda mais forte que a anterior.

A irmã de Elizabeth não tinha a menor experiência como parteira, mas um capricho do destino decidiu que ela fosse a responsável por ajudar no parto do sobrinho. Ela atendera ao pedido dos cunhados, mas estava nervosa.

Antes, porém, a esposa de Wickham havia comido, pois de outro modo não teria forças para ajudar Lizzy e o bebê. Obviamente, eles levavam mantimentos consigo para degustar ao longo da viagem, e logo providenciariam alguns pães e bolo para Lydia, os quais ela devorou com uma chocante avidez.

Agora, Darcy, Bingley e o cocheiro revezavam em tarefas secundárias para colaborar no trabalho de parto. Lydia pedira lençóis brancos e uma bacia com água morna. Felizmente, ouvira a mãe relatar seus cinco partos algumas vezes, por isso fazia ideia do que era necessário nessas horas.

Fitzwilliam não tinha lençóis, mas retirou algumas toalhas de uma das bagagens que trouxera. Certamente, substituiriam os lençóis com perfeição.

Bingley esquentava a água na chaleira amassada que milagrosamente encontrara na minúscula cozinha. Queimou-se mais de uma vez, por pura falta de intimidade com aquele ou com qualquer outro utensílio doméstico.

Por sorte havia lenha partida num antigo celeiro um pouco mais afastado da casa, e fora com ela que o cocheiro havia acendido o fogão. Agora o empregado trazia a água do poço que ficava perto do moinho de vento.

A dedicação de todos era essencial para promover o sucesso daquele tão esperado nascimento.

— Ela está bem? — Darcy, temeroso, colocou a cabeça para dentro do quarto — Oh, meu Deus! — pôs a mão sobre a boca ao ver como as toalhas que trouxera alvas, agora estavam rubras de sangue.

— Meu cunhado, por favor, saia daqui. — Lydia aproximou-se da porta — Homens, nessas horas; caso não sejam médicos; só atrapalham. Se eu precisar de alguma coisa, chamarei. — avisou, girando o trinco.

O dono de Pemberley foi para a sala, angustiado, e começou à rezar.  

                             ***
Minutos depois, um choro forte de bebê ecoou por todo o imóvel, emocionando quem estava lá, especialmente Fitzwilliam.

— Parabéns, papai! — parabenizou Bingley, abrindo os braços onde Darcy se jogou, aliviado.

— Já sou pai! Eu nem acredito! — olhava do concunhado para o cocheiro, sorrindo como um bobo.

— Passem uma tesoura no fogo e tragam-na para mim, por favor. — Lydia saiu do quarto para fazer o pedido, voltando para junto da irmã em seguida.

— Onde encontrarei uma tesoura aqui?! — Fitzwilliam ficou desnorteado, olhando para todos os lados.

— Eu tenho uma caixa de ferramentas. Hei de ter alguma tesoura por lá. — o cocheiro interveio, solícito.

Não esperou por um pedido do patrão, e foi direto buscar o instrumento. Na volta do criado, Darcy pegou a tesoura, levou ao fogão que ainda estava aceso e entrou no quarto.

O seu filho havia nascido, mas o cordão umbilical ainda o ligava à mãe.

— Quer cortar, meu amor? — Lizzy perguntou, ao mesmo tempo em que sorria e chorava.

— Posso? Quero dizer: será que eu saberei fazer do jeito certo? — inseguro, como poucas vezes em sua vida.

— Apenas corte, Darcy. Não tem segredo. - Lydia, que estava ao lado da irmã, deu sua opinião.

Fitzwilliam calou-se. Passou a mão na testa para enxugar o suor e realizou o procedimento com a mão trêmula de emoção. Depois disso, cobriu parcialmente o bebê com uma toalha que permanecera limpa, o abraçou carinhosamente e levou-o para junto de Lizzy.

— É um homem! — Darcy exclamou, orgulhoso.

— Bem vindo ao mundo, meu amorzinho. — Elizabeth envolveu o filho, beijando sua bochecha rechonchuda. Darcy repetiu o gesto na esposa. 

— Qual é o nome dele? — Lydia perguntou, curiosa.

O casal entreolhou-se: ainda não haviam pensado neste "detalhe".

                             ***
Mais de uma hora depois, todos já estavam dentro da carruagem. Temiam pela chegada de Wickham e o que ele poderia fazer para impedir que Lydia fosse embora. Além de duas mulheres, agora havia um bebê entre eles, e o risco de alguém sair ferido era grande.

Lydia organizou às pressas uma trouxa com a sua escassa quantidade de roupas, e partiu junto com os cunhados, a irmã, o pequeno sobrinho e o cocheiro.

Elizabeth, sentada ao lado da caçula, fez um pedido:

— Lydia, se por acaso eu não sobreviver, prometa-me que cuidará do meu filho e ajudará Fitz...

— Lizzy, por favor, não diga bobagens. — interrompeu a jovem, que não gostara dos rumos daquela conversa — Nunca foste dramática, não é agora que serás. Mais do que nunca, tens que pensar em viver. Apenas descanse e logo estarás melhor.

Pouco depois, Lizzy dormia, e o menino também. Darcy o tomou delicadamente em seus braços, para não machucá-lo e nem acordar a esposa.

Tudo parecia muito tranquilo, até que Lydia olhou para trás e viu uma labareda que parecia atingir o céu, de tão alta.

— Céus, olhem só para aquilo! — apontou para trás,  e os homens ficaram tão surpresos quanto ela. — O moinho de vento está pegando fogo!

Ninguém soube explicar o motivo.

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