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Seguindo em frente

Elizabeth saiu do escritório sentindo-se muito magoada com tudo o que ouvira do marido. Encostou-se na parede do corredor, buscando recuperar o equilíbrio de seu corpo e de sua alma, e aproveitou para tomar tempo antes de encarar as expressões inquisidoras nos rostos de Bingley, Jane e Georgiana, que ainda aguardavam à si e a Darcy na sala de estar. Toda aquela situação sufocava-a. Não queria ser vista num momento de fragilidade, com os olhos marejados de lágrimas.

Lizzy sabia que Darcy estava desmemoriado, porém uma parte dentro dela acreditou que; pelo fato dele haver descoberto que era seu esposo através do amigo, faria-o amenizar o tom das palavras; mas o desenrolar da conversa fora desastroso.

O futuro de seu casamento era um enigma cada vez mais difícil de decifrar. Fechou os olhos e tentou pensar em algo positivo. Tocou em seu ventre. Aquele bebê era o seu foco a partir dali. Não que fosse desistir de reconquistar o seu marido, mas o fruto do amor dos dois lhe daria ânimo para seguir em frente.

Após enxugar com um lenço algumas lágrimas que escaparam contra a sua vontade, Elizabeth decidiu que chegara a hora de retornar à presença dos anfitriões e da cunhada.

                                                                                           ***

Enquanto sua esposa seguia em direção aos parentes, Darcy ainda estava amaldiçoando-se em pensamento. "Onde estava com a cabeça para tomar por esposa uma mulher tão impertinente e pouco atraente?"; havia perguntado-se por diversas vezes e ainda não se compreendia.

Em sua visão, Elizabeth era uma mulher comum, sem qualidades excepcionais capazes de provocar-lhe um interesse maior. Excetuando seus belos olhos e seu ar de determinação — que não havia lhe causado boa impressão —, nada havia que a diferenciasse das demais mulheres que conhecera.

Deu voltas por quase todo o sóbrio escritório, mas ainda não conseguira achar resposta para seus inquietantes questionamentos. Até que, vencido pelo cansaço, sentou-se na mesma poltrona onde minutos antes estivera diante de Elizabeth. Estava emocionalmente esgotado.

                                                                                            ***

A Sra. Darcy colocara Georgiana e os Bingley à par da situação, omitindo um trecho ou outro que ela julgara desnecessário tornar do conhecimento de terceiros.

Todos ficaram tristes pelo casal, porém nem um pouco chocados. Os três esperavam que levaria tempo até que Darcy se acostumasse com a ideia de ser um homem casado com uma mulher que não estava presente em suas recordações e sequer encaixava-se em seus exigentes padrões.

— Farei o que estiver ao meu alcance para ajudá-los. Ao menos meu irmão lembra-se de mim, o que sem dúvidas será providencial para que eu sirva como um elo do casal. O que opinas, Lizzy? — perguntou Georgiana, na esperança de ser útil em tão delicada situação.

— Acho que és a melhor cunhada que eu poderia ter na minha vida — acolhendo carinhosamente a jovem em seus braços, que lhe retribuiu o gesto.

Neste ponto da conversa, Bingley comentou:

— As damas não acham que Darcy está demorando em demasia?

As três concordaram, num mesmo gesto de cabeça. Bingley voltou à falar:

— Irei até o escritório. Talvez ele esteja necessitando de uma companhia masculina para desabafar.

— Não se faz necessário. Aqui estou. — era Fitzwilliam, voltando.

Todos observaram-no no mesmo instante. O proprietário de Pemberley não compreendeu muito bem o motivo daqueles olhares. Constrangido, achou por bem esclarecer a questão.

— Não encontrava-me ouvindo a vossa conversa, apenas cheguei no momento exato em que Bingley falava sobre a minha pessoa.

Elizabeth livrou-o do embaraço:

— Certamente nenhum de nós pensou algo do tipo. — Olhando para cada um dos presentes, esperando apoio, e todos prontamente afirmaram com um sutil aceno de cabeça. — Apenas nos surpreendemos com sua chegada repentina.

Darcy teve que admitir que sua esposa expressava-se de maneira eloquente; e que possuia uma autoridade natural, provavelmente graças à sua presença de espírito. Ainda não simpatizava, mas reconhecia que era reconfortante descobrir que Pemberley tinha uma senhora capaz de comandar os funcionários, e Georgiana agora usufruia de uma marcante presença feminina perto de si.

— Sem mais delongas, quero agradecer a hospitalidade do Sr. Bingley. — apertando a mão de Charles.

— Imagina, amigos são para isso mesmo. Podem contar comigo sempre que for necessário. — direcionando o olhar para Darcy, Lizzy e Georgiana.

— E agradeço também à minha cunhada — beijando levemente a mão vestida por uma luva de seda, que Jane lhe oferecera.

— Não tem de quê.Faço minhas as palavras do meu esposo. — disse, timidamente.

Lizzy, que sentira-se enciumada com a aproximação dos dois, resolveu despedir-se logo em seguida.

— Eu também agradeço por tudo.Desde já convido-os para uma visita à Pemberley. Serão sempre muito bem vindos, obviamente.

O casal Bingley agradeceu, e os três partiram.

                                                                                              ***

O caminho de volta à Pemberley transcorreu de modo silencioso e tenso. Cada um dos ocupantes da carruagem estava envolvido por seus próprios pensamentos.

Elizabeth planejava arranjar um meio de distrair-se um pouco, tão logo chegasse às suas terras; Darcy pensava em como lidar com esse inesperado casamento dali por diante; e Georgiana sentia saudades dos passeios divertidos que os três haviam feito, em que todos conversavam animadamente e na mais completa harmonia.

Aguardava ansiosamente pelo retorno desses bons tempos.

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