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Os dois lados da moeda

Fitzwilliam acordara bem disposto. A noite passada fora inesquecível, nos braços da mulher que amava. Sentia-se tão bem que saíra montado à cavalo, mais cedo.

Neste momento, Darcy estava no escritório, que também era uma biblioteca com prateleiras repletas de vários clássicos da literatura, a maior parte em suas primeiras edições. O Sr. de Pemberley relia um de seus livros favoritos quando teve sua distração interrompida por um barulho de passos agitados sobre o assoalho de madeira que revestia todo o piso da casa.

"Lizzy!", sussurrou assustado, reconhecendo o som dos sapatos da esposa. Imediatamente, largou o livro sobre a escrivaninha e saiu para verificar o que ocorria. Enquanto Darcy abria a porta do escritório, Elizabeth abria a porta da sala principal da casa.

Lizzy pôde ver a carruagem de Charles chegando cada vez mais perto. Darcy aproximou-se da esposa, colocando a mão carinhosamente sobre seu ombro:

— Estás nervosa, minha querida? — sentindo-a levemente trêmula sob a sua mão firme.

— Um pouco... — Elizabeth reconheceu — É muito raro receber uma visita pela manhã, sem aviso prévio. Esta quebra de rotina deixou-me alarmada.

— Não há de ser nada grave, logo verás. — abraçou-a por trás, tentando acreditar nas próprias palavras.

A dama de companhia de Elizabeth ressurgiu, trazendo consigo uma bandeja de prata onde havia dois copos que faziam conjunto com uma jarra de cristal.Ofereceu aos patrões, que aceitaram a gentileza imediatamente.

Os Darcy aproximaram-se dos degraus de entrada do palacete, ao mesmo tempo em que a carruagem puxada por quatro cavalos parava diante dos dois.

O cocheiro abriu a porta. Em seguida, Charles tocou o chão com a bengala e pôs a cartola na cabeça, descendo elegantemente.

Lizzy e Darcy entreolharam-se tensos, pois logo perceberam pelo semblante preocupado de Bingley que não eram bons os ventos que o traziam.

                                                                                             ***
— Chamem um médico. Richard está ardendo em febre!

Era Jane, ditando ordens à uma parcela curiosa da criadagem, que surgira à porta do quarto de Richard assim que a notícia sobre seu estado de saúde espalhou-se pelo interior da residência. As ordens da patroa provocaram um alvoroço imediato entre eles, que partiram para cumprir com seus afazeres.

Georgiana estava posicionada por trás deles. Tinha vontade de saber como seu amado estava, mas as rígidas normas sociais a impediam de entrar no dormitório de um rapaz solteiro. Como se tivesse lido os pensamentos da donzela, Jane chamou-a:

— Venha. Sei que queres vê-lo. 

Georgiana ainda olhou para os lados, hesitante. Como não viu mais ninguém no corredor e em todo o caso estava acompanhada por uma senhora, entrou no quarto. A esposa de Bingley estava sentada no leito, colocando alguns panos brancos sobre a testa de Richard, que ainda balbuciava palavras e frases desconexas:

— Georgiana... Fique... Eu juro... Volte... Georgiana... — agitava-se o rapaz, movendo o rosto de um lado para o outro.

— Ele ficará bem? — perguntou a moça, aflita.

— Creio que sim. Richard ainda é jovem, tem tudo para recuperar-se.

"Lorelei também é jovem e não tem mais salvação.", pensou Georgiana, afastando o pensamento negativo logo depois: "Mas o caso de Richard é diferente. Ele vai ficar bem, tem que ficar bem."

— Sabes por que ele te chama? — Jane perguntou, embora já desconfiasse qual era o motivo.

— E-eu?! — Georgiana gaguejou, nervosa com a pergunta. — Ora, por que eu saberia? Creio que pelo fato de termos passeado ontem. — tentando fazer-se de desentendida.

Jane deixou de pressionar a testa do rapaz, encarando a moça que estava de pé, ao seu lado:

— Posso ser ingênua para algumas questões, Georgiana, mas não para tudo. E por experiência própria, sei reconhecer uma mulher apaixonada. E um homem também. — voltando a olhar o rapaz, carinhosamente.

A caçula dos Darcy percebeu que não poderia negar por mais tempo:

— Eu e Richard nos amamos.

Jane fitou a garota seriamente, apreensiva.

                                                                                             ***
Enquanto isso, no escritório de Pemberley

— E são essas as novidades que eu tinha para lhes contar. O que acham que poderemos fazer para solucionar este caso? Não faço ideia de por onde iniciarei as buscas por Lydia. — Bingley finalizava a explicação sobre sua visita inesperada, esperando por alguma sugestão do casal.

Após um breve silêncio, Darcy levantou-se da poltrona de espaldar alto:

— Inicialmente, pretendo procurar por alguns contatos que fiz na época em que Lydia saiu da casa dos pais para fugir com Wickham. Talvez encontre alguma pista entre aquelas pessoas.

— Espere, meu amigo. Sabes onde encontrá-las? Falas como se... — sendo interrompido pelo anfitrião.

— Como se me lembrasse deste período? Se era isso o que ias dizer-me, estás certo: recuperei minha memória. Voltei a ser o mesmo de sempre. — estendendo os braços para Bingley, que correspondeu ao gesto calorosamente.

— Oh, que maravilhosa notícia! A vida é engraçada. Por um instante, só vemos problemas, e de repente, algo de bom acontece. Sem dúvida, são os dois lados de uma mesma moeda. — respondeu Bingley, enquanto aplicava alguns tapas nas costas de Darcy.

— Sim. Pena que não possamos comemorar esta novidade como se deve porque surgiu este problema com Lydia... — observou Lizzy, que excepcionalmente permanecera calada até então.

Darcy e Bingley olharam um para o outro, consternados com o incomum desânimo de Elizabeth.

— Logo resolveremos isto, meu amor. Não tens o que temer. — Fitzwilliam garantiu, chegando perto da cadeira em que ela estava sentada, aplicando-lhe um beijo no alto da cabeça. — Seu novo penteado lhe deixou ainda mais linda.

Lizzy deu um sorriso de canto de boca. Havia até se esquecido que mudara as madeixas, e ficou satisfeita com a sensibilidade do marido.

Depois disso, Darcy subiu as escadas em busca de papéis que pudessem levar ao atual paradeiro de Lydia.

                                                                                              ***
— Sabes que ele está comprometido? — Jane questionou Georgiana.

— Sim, sei. Conversamos durante o passeio no barco.

— E o que pensas disso? Se bem o conheço, Richard não voltará atrás em sua palavra.

— Também sei disso, ele esclareceu-me tudo. Apesar disso, estou disposta à esperá-lo. — disse a jovem, decidida.

— Não achas que é um tanto mórbido ficar aguardando a morte de alguém para enfim casar-se com quem se ama? — considerou Jane, referindo-se à frágil saúde da noiva de Richard.

— Não ficarei torcendo pela morte de Lorelei, mas tampouco serei hipócrita de dizer que sentirei por sua partida, até porque não a conheço. Amo Richard, e assim que ele puder ser meu, eu estarei pronta para ser dele. — afirmou a jovem, com firmeza.

— A tua convivência com Lizzy tem gerado frutos. Estás cada dia mais parecida com ela. — analisou a irmã mais velha da Sra. Darcy, surpresa com a determinação da moça.

Grande admiradora da cunhada, Georgiana sentia-se orgulhosa com a comparação. Contudo, para que — por ora — a sua satisfação fosse completa, faltava apenas a recuperação de Richard. E ela tinha fé de que ele voltaria à ser o mesmo de sempre em breve.

                                                                                          ***
Horas depois, quando Charles retornou à sua casa, Richard já havia recebido a visita do médico. Bingley ficou preocupado com a saúde do primo. O rapaz não costumava adoecer.

— Imaginas qual possa ter sido a causa deste resfriado? — Charles questionou a mulher, dentro do quarto do casal.

— Georgiana disse-me que ele caiu no lago durante o passeio de barco, ontem de manhã, mas não me forneceu maiores detalhes. Agora diga-me: como foi a conversa com Darcy? Ele está disposto à ajudar minha irmã? — Jane transparecia esperança na voz.

— Sim, evidentemente. Não esperava outra reação dele. E lhe digo mais: Fitzwilliam recuperou a memória! Não é fabuloso? — revelou Bingley, entusiasmado.

— Claro! — ela animou-se — Além de ser ótimo para ele, é menos um problema para Lizzy. Sem contar que este fator certamente ajudará na procura por Lydia.

— Certamente. — Charles concordou — Apenas lhe peço que não digas nada à Georgiana. Fitzwilliam quer revelar à irmã quando ela retornar para casa, e pediu-me discrição. Agora, que tal mandar servir o jantar? Almocei em Pemberley, mas o cansativo retorno para casa reabriu meu apetite.

— Sem dúvidas, o segredo de Darcy está seguro conosco. Quanto ao jantar, logo será servido.

Dito isso Jane saiu do quarto. Ainda no corredor, parou diante da porta do quarto de Richard, abrindo-a levemente.

O rapaz estava menos agitado, mas ainda sussurrava o nome de Georgiana. Após um suspiro de dó, Jane fechou a porta com o mesmo cuidado de quando a abrira, e desceu as escadas à fim de providenciar a refeição noturna.

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